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A ORIGEM DA

PRÁTICA DO CUIDAR
O processo civilizatório teve início há uns 10
mil anos, quando o homem abandonou o estilo de
vida nômade e passou a fixar-se na terra, dando
início á sua transformação de caçador e coletor
em agricultor e criador. As práticas de saúde eram
totalmente instintivas.
CUIDADO MÍSTICO
*Neste período as doenças eram tidas como um castigo de
Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os
sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos
e enfermeiros.
O tratamento consistia em aplacar as divindades,
afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios.
Usavam-se:
Massagens, banho de água fria ou quente, purgativos,
substâncias provocadoras de náuseas.
Daí o surgimento dos xamãs , feiticeiros e
consequentemente os sacerdotes.
Os Sacerdotes tinham responsabilidades
espirituais e materiais no Antigo Egito. Eram eles
que administravam as riquezas e os bens dos
grandes e ricos templos no Império. Ficaram
conhecidos por serem guardadores dos segredos das
ciências e dos mistérios religiosos.
Tinha autoridade de eliminar do grupo todo o mal:
a “lepra” –sinal tangível do mal;
os hereges;
os ciganos; os mendigos;
os loucos,
Esta figura através de milhões de anos se
transformou no médico.
AINDA NA BABILÔNIA
Encontravam-se o que chamamos de jardins
suspensos onde cultivava-se muitas plantas com
poderes curativos e medicinais.
No século XVII, a economia da Mesopotâmia
baseava-se principalmente na agricultura, mas
os povos da região desenvolveram também
1. a criação de gado,
2.o artesanato,
3. a mineração
4. comércio à base de trocas.

Não acreditavam na vida após morte e não se


preocupavam com os mortos, mas acreditavam
em demônios, gênios, espíritos bons, magias e
adivinhações.
Na prática da hospitalidade era uma prática, a
visita e o cuidado de doentes, pois constituíam um
dever religioso.

Observa-se que atividade do cuidar ou “tomar


conta” de pessoas se confudem no tempo com o
trabalho da mãe no cuidado e na nutrição dos filhos e
de outras pessoas dependentes como idosos, os
feridos e os doentes.

A proteção materna instintiva foi a primeira


forma de manifestação do ser humano no cuidado
com o semelhante.

Podemos dizer que as mães são nossas primeiras


enfermeiras, uma vez que cuidam de seus filhos com
O cuidar da mulher no parto configurou-se desde
logo como ofício específico somente para as mulheres
experientes. A figura da parteira estava sempre
aliada a mulher sábia.
Na idade média as atividades de cuidar dessa
época consistiam de delegar ás mulheres a tarefa
de se dedicar fundamentalmente á compensação
das perdas demográficas causadas pelas guerras
continuadas e pelas epidemias.
As escravas realizavam tarefas domésticas e
ajudavam a cuidar de feridos e enfermos.
A igreja então passou a deter o monopólio moral,
intelectual e financeiro como precursora da lei, da
caridade e da bondade e começou a difundir o
dogmatismo cristão.
Cuidar era um ato que tinha por fim, permitir
que a vida continuasse a desenvolver-se e, assim
lutar contra a morte, morte de um indivíduo,
morte do grupo, morte da espécie.
Durante milhares de anos, os cuidados não
pertenciam a um ofício, menos ainda a uma
profissão, pois diziam respeito a qualquer pessoa
que ajudasse qualquer outra a garantir o que lhe
era necessário pra continuar a vida, em relação á
vida do grupo. Seria o cuidador.
Surgiram as práticas de cuidados habituais,
compostas de coisas permitidas e proibidas, esses
hábitos foram dirigidas ao xamã (feiticeiros) e depois
ao sacerdotes. Ele deveriam interceder, tentar
expulsar o mal velando para assegurar as forças
benéficas através de rituais e oferendas,
encantamentos e sacrifícios.
Nesse período as doenças eram consideradas
castigos de Deus ou possessão diabólica e por tais
motivos, sacerdotes e feiticeiras exerciam as
funções de médicos, enfermeiros e farmacêuticos.
O objetivo do tratamento era aplacar as
divindades, muitas vezes através de sacrifícios.
Porém desde essa época, já se utilizavam banhos
(água fria ou quente), massagens, produtos
purgativos e provocadores de náuseas e vômitos
para alguns casos.
OBJETIVO: tornar o corpo tão desagradável, que
nem os espíritos queriam ficar neles. Com o passar
do tempo, alguns sacerdotes começaram a adquirir
conhecimentos sobre plantas medicinais e por isso,
delegaram as funções de cuidar para outros,
surgindo então uma divisão de função e a atividade
de enfermeiros.
MOISÉS ESTABELECEU O CÓDIGO
MOSÁICO
Métodos para prevenir doenças por meio de certas
regras de higiene pessoal, alimentação e repouso;
inspeção e seleção de animais para o abate, cuidados com
a excreta e notificação em caso de doença contagiosa.
As cruzadas no século XI eram expedições
militares organizadas pelos cristãos com objetivo de
libertar e recuperar Jerusalém, ou terra santa, que
havia caído em poder dos muçulmanos no século VII.
As cruzadas tiveram início em 1095, os
expedicionários que delas participavam usavam uma
cruz vermelha nos ombros, no peito, e no estandarte,
daí o nome de cruzada, derivado da cruz, símbolo de
cristo.
Com guerra, a igreja com ajuda da população
começou a construir hospitais, onde instalou grandes
números de monges-militares para cuidar de
ferimentos e doenças. ´Daí o surgimento do Hospital
de São João de Jerusalém para os homens e Santa
madalena para as mulheres.
As cruzadas tinham, além das funções militares,
também as religiosas e assistenciais de enfermagem.,
a ponto de ser consideradas ordens militares de
enfermagem. Militares porque pretendiam resgatar
a terra santa com uso de armas; religiosas porque
queriam difundir o cristianismo e receber
indulgências prometidas pelos papas.
Outro aspecto relevante a considerar
durante as cruzadas é que a ação de cuidar era
exercido praticamente pelos homens e as
ordens militares com monges enfermeiros
caracterizavam a enfermagem como atividade
masculina.
No longo período das cruzadas, os papas,
preocupadas com a reconquista da terra santa e com
as guerras, pareceram descuidar-se da missão
espiritual.
1483-1546-ocorreu uma reforma espiritual
liderada por Martin Lutero.
O papa Leão X, necessitando arrecadar recursos
para as obras do vaticano, decidiu conceder
indulgências em troca de ajuda e doações, atitude
essa excessivamente comerciais.
Lutero criticou essa campanha defendendo a
doutrina da salvação pela fé e não pelas
indulgências. Chamado a retratar-se pelo o papa,
recusou-se e foi excomungado em 1520, rompendo
definitivamente com a igreja, essa rebeldia
inquietou o imperador que o expulsou do império .
Lutero refugiou-se e traduziu a bíblia em alemão
colocando as sagradas escrituras ao alcance dos fiéis.
Sucessivos grupos continuaram alterando e
reformulando a religião, criando assim inúmeras
seitas e sub-religiões derivadas do Cristianismo.
Outro tipo de reforma religiosa ocorreu na Inglaterra
com Henrique VIII.No início do seu reinado era ardoroso e
defensor do papa e da igreja romana, mas ao pretender-se
divorciar-se da primeira esposa, entrou em choque com o
papa Clemente VII que se recusou a anular o matrimônio.
Assim em 1543 Henrique VIII consumou a separação,
criando a igreja Anglicana que tornava o rei da Inglaterra
o chefe supremo da religião do país.
Em 1536 ordenou o confisco de todos os bens da igreja
católica e expulsou seus religiosos da Inglaterra .
A expulsão dos religiosos católicos de mosteiros e
conventos da Inglaterra desencadeou uma grande e
prolongada crise nos hospitais e abrigos de pobres, doentes
e órfãos, que eram por eles cuidados. A saída dos religiosos
ocorreu sem ter quem os substituíssem. A solução
encontrada foi formado em sua maioria por mulheres nas
ruas analfabetas e pouco escrupulosas. Essa crise ficou
conhecida como período negro da enfermagem.
A divisão do cristianismo e protestantes não
trouxe grandes consequências para a
enfermagem, pois ambos os seguimento
consideravam a prestação de cuidados a doentes
como exercício do espírito cristão e da prática de
caridade.
A função do cuidar não era propriamente dita
como enfermagem na qual conhecemos, os
cuidados eram prestados por grupos de mulheres
sem preparo algum, ou ainda por membros da
família.
Algumas atividades realizadas que se
identificavam como de enfermagem eram as
cerca do nascimento e cuidado com crianças. Os
templos eram lugares que serviam não apenas
OBRIGADA!
OS PRECURSORES DA
ENFERMAGEM
OS PRECURSORES DA ENFERMAGEM
MODERNA
* Os gregos invocavam os deuses para obter o bem
estar físico, faziam os tratamentos e regimes
recomendados e acatavam instruções para não ficarem
enfermos.
*No período pré cristão, os enfermos recorriam aos
templos para pedir ajuda aos deuses e lá permaneciam.
*Apolo era venerado com deus da saúde e da
medicina, mas era seu filho Esculápio conhecido como
médico, o invocado em caso de doença.
*Esculápio era representado pela figura de um homem
com um bastão ou cajado de viajante, no qual estava
enroscada uma serpente (símbolo da sabedoria e da
vigilância), o cajado simbolizava o apoio ao médico em
suas viagens para visitar o doente.
Os mais antigos estabelecimentos gregos para
tratamento de doentes eram as xenodóquias.;onde os
doente ficavam internados e o iatrion onde atendiam os
doentes sem hospedá-los.
No ano de 460 a.c nasceu Hipócrates, filho de médico,
afirmou que as doenças era parte do processo natural e
não sobrenatural. Para Hipócrates, os sintomas eram
reações do organismo á doença e o principal papel do
médico era ajudar as forças naturais desse organismo.
Assim Hipócrates e seus seguidores afastaram-se
dos templos e das divindades e fizeram da observação
clínica e do raciocínio crítico seu objeto de atividade.
Historicamente, o ato de cuidar, considerado um
atributo feminino, iniciou-se com a difusão do
cristianismo em Roma, fato que levou muitas
mulheres da nobreza romana a se dedicar aos pobres
e enfermos e a transformar seus palácios em
hospitais.
*Assim, pode-se dizer afirmar que a prática da
enfermagem foi sendo desenvolvida quase que
exclusivamente pela Igreja Católica.

*O cuidado do doente era a atividade que recebia


maior atenção das diaconisas, pois antes essa ocupação
era forçada e atribuída aos escravos, que obviamente
não tinham por ela maior dedicação nem buscavam com
sua prática atender a suas necessidades.

*Os cuidados prestados á época pelas diaconisas


consistiam, provavelmente, apenas em banhar os
doentes com febre, limpar feridas, fazer curativos,
dar água e comida, oferecer remédios domésticos,
como ervas e raízes e melhorar as condições de
limpeza e ar puro do ambiente.
PRECURSORES DA ENFERMAGEM
Outras figuras se destacaram pelos os cuidados com
doentes e pobres;
*1098-1179- Sta Hildegarda
*1207-1231- Sta Catarina de Siena
*1540- São João de Deus
*1550-1614-São Camilo de Lelis
*1576-1660- São Vicente de Paulo
*1591-1660-Sta Luisa de Marillac
*1182-1226-São Francisco de Assis
Alguns precursores influenciaram a atividade de
enfermagem, inclusive no Brasil.Entre eles se destacaram:
No século XIX, a igreja protestante começou a
desenvolver trabalhos para cuidar de doentes.
Fliedner visitou hospitais, escolas e asilos e acabou se
interessando pela enfermagem e pela assistência aos
doentes.
Fundou em 1873 uma escola de enfermagem, as
alunas recebiam um pequeno treinamento para
cuidar de doentes e depois faziam várias horas de
trabalho nos hospitais, onde obtinham instruções e
médicos e supervisores não possuíam preparo
específico, por não terem aulas formais nem
instrução teórica sistemática, essas alunas eram
treinadas para a prática de enfermagem domiciliar.
Em 1851 recebeu em sua instituição Florence
Nightingale a quem deu oportunidade de estudar e
aprender a cuidar de doentes e feridos.
Em 1863 Jean Henri Dunant, inspirado por
Florence Nightingale, formulou um plano em que
propunha organizar em cada país uma associação
permanente de voluntários, que em tempo de guerra
pudesse socorrer e dar alívio aos feridos, sem
distinção de nacionalidade.
Em 1864 foi assinada a Convenção de Genebra,
que estipulou que cada nação que havia ratificado a
convenção deveria ter sua própria comissão ou
sociedade da Cruz Vermelha. Ela deveria ser civil
quanto ao caráter e as funções, e ter direito de
enviar suprimentos ou pessoal para a guerra.
A cruz vermelha criada por uma contingência de
guerra, sempre teve preocupação de treinar pessoal
pra prestar ajuda humanitária.
A cruz vermelha Brasileira foi fundada em 1908
no Rio de Janeiro, seus objetivos era prestar socorro
MARCOS HISTÓRICOS
*O exercício da enfermagem como profissão não
existia na antiguidade.
*As atividades consideradas hoje como enfermagem
estavam relacionadas apenas com o nascimento e as
crianças.
*Os templos eram lugares que serviam não apenas
para a s orações e sacrifícios como também para
abrigar doentes.
* A enfermagem praticada na época era muito simples.
Pois consistia somente em atender as necessidades
físicas do dentes e ministrar alguns medicamentos,
fazer curativos e cuidar da higiene.
* No primeiro milênio do cristianismo, o principal
papel das religiosas que cuidavam dos doentes era de
ordem espiritual e era executado de acordo com
orientação da igreja católica.
*Na idade média a medicina era exercida sob duas
influências:
1. Laica
2. Eclesiástica
* As primeiras tentativas para ensinar a cuidar de
doentes foram feitas por médicos que sentiam a
necessidade de ter ao lado pessoas mais preparadas
para ajudar em seu trabalho.
* O médico Valentine Seaman foi o primeiro a dar
cursos regulares com aulas teóricas e de
demontrações práticas de anatomia, fisiologia,
obstetrícia e pediatria, em Nova York.
• *Uma grande reformadora social inglesa foi Elizabeth
Fry (1780-1845), suas principais reformas estão
relacionadas com os criminosos na cadeia de Newgate.
Elizabeth passou a divulgar a necessidade de uma
reforma nos cárceres para separar doentes, colocá-los
em hospitais e dar a eles a devida assistência.
• *Elizabeth Fry exerceu forte influência em muitas
pessoas inclusive no pastor Theodor Fliedner,
posteriormente el criou em Kaiserwerth na Alemanha, o
Instituto das Diaconisas.
• * Em 1848, foi criada em Londres a casa São João mais
tarde associou-se ao Hospital King College que tinha
como objetivo atrair jovens mulheres de classe média
para a enfermagem.
• * Anualmente crescia o efetivo de religiosas e havia uma
espécie de convenção entre as congregações
administrativas que prescreviam os direitos e as
obrigações dessas religiosas.
* Neste período, os hospitais eram utilizados como
refúgio dos pobres e oprimidos onde as religiosas
acolhiam, assumindo os cuidados dos doentes a sua
maneira, já que não tinham o hábito de obedecer os
médicos.
*Com as descobertas de Louis Pasteur (1822-1814)
desencadeou uma revolução nos costumes de higiene e
assepsia da época, pois a comprovação da existência
de micróbios e a possibilidade de contágio exigiam
mais defesa, que não foram aceitas pelas as religiosas
que detinha o poder de comando sobre o pessoal
auxiliar dos hospitais.
*Para substituir as religiosas, os médicos
necessitavam de auxiliares com a seguintes
qualidades:
1.Devotamento
2.Submissão
3. Rigor na ordem e limpeza como as religiosas, mas
sem caráter religioso.
Queriam recrutar jovens de origem modesta a quem
iria ensinar os princípios de higiene, e que não
tentasse substituí-los.
*Pode se dizer que a profissão de enfermagem nasceu
na França a partir desse ritual de cuidados praticados
por essas leigas treinadas por médicos interessados
em mudar atitudes, mas que limitavam a instrução ás
funções que elas deveriam executar, sempre secudando
o médico, pois eram meras executoras de ordens,
proibidas de tomas iniciativas.
OBRIGADA!
FLORENCE NIGHTINGALE
FLORENCE NIGHTINGALE
Nasceu no dia 12 de maio de 1820, em Florença na
Itália em uma família rica e aristocrática. Era a segunda
filha do casal Fanny e William Nightingale precedida por
Parthenope.
Nesta época as meninas estudavam em casa, com os
seus pais, governantas e mestres, pois não haviam
escolas para elas, a não ser mosteiros e conventos
católicos.
Florence sob influência de seus pai adquiriu
conhecimentos de história, ciências, filosofia, artes,
matemática e dominava vários idiomas (inglês, grego,
francês, alemão e italiano), também tinha aulas de piano
e canto.
Aos 17 anos Florence teria sentido uma vocação, como
um chamado de Deus para prestar serviços a doentes,
mas não foi encorajada pelos os pais, pois os hospitais
ingleses não eram considerados locais convenientes para
Eram rudes, analfabetas, de moral duvidosa e
incapazes de transmitir qualquer ensinamento.
Aos 24 anos Florence ainda não havia concretizado
seu sonho, mas foi encorajada pelo amigo da família o
médico Samuel Gridley.
Florence observou quando teve a oportunidade de
cuidar de um doente em sua família que não bastava
ter carinho, bondade e paciência para assistir um
enfermo, era necessário ter conhecimentos e
habilidades.
Aos 29 anos conheceu Theodor e Frederika Fliedner,
e conheceu o trabalho com as diaconisas em
kaiserwerth e verificou que nesta escola poderia receber
treinamento desejado.
Aos 31 anos Florence conseguiu vencer a resistência
da família e foi autorizada a ir para a instituição de
Kaiserwerth onde permaneceu por três meses.
Florence completou seus estudos na França com as
filhas de caridade, no Hotel Dieu de Paris, ode pode
visitar os hospitais, ver a prática de enfermagem e
também conhecer as comunidades religiosas.
Retornou a Kaiserwerth e foi indicada para
trabalhar como superintendente de uma instituição de
mulheres doentes da alta sociedade.
Trabalhou no famoso Hospital King College e foi
chamada para ir á guerra da Criméia.
.
A guerra da criméia( 1853-1856) foi uma disputa entre
Rússia e as forças aliadas da França, Inglaterra e
Turquia. A Rússia e França tinha sua próprias
religiosas para atender os doentes e feridos de seus
respectivos exércitos, mas a Inglaterra contava apenas
com alguns poucos homens sem nenhum treinamento
Florence recrutou candidatas e se preparou para ir ao
campo de batalha selecionou 38 mulheres entre religiosas
anglicanas, leigas e algumas católicas.
Os doentes encontravam-se com várias amputações,
disenteria e cólera, Florence e sua equipe foram
encarregadas de cuidar de mais de 1.500 feridos.
As condições dos hospitais eram as piores possíveis
com excesso de feridos, muitos deitados no chão, poucos
sanitários, falta de suprimentos para a alimentação ou
higiene e escassez de roupa e material.
A taxa de mortalidade estava em torno de 40%.
Florence começou a organizar a lavanderia e cozinha,
ela concordava que a ciência e arte de alimentar um
doente eram partes essenciais da enfermagem.

Em dois meses, Florence consegui colocar ordem no


hospital o que lhe valeu a reputação de
administradora; e em seis meses ela reduziu a
mortalidade em 2%.
Os soldados a amavam e a respeitavam pelo o
conforto que lhes ofereciam á frente de sua equipe de
enfermagem, mas foi pela ronda noturna que
Florence se notabilizou, depois que todos os
profissionais já haviam se recolhido, ela ia fazer
ronda solitária, como uma lâmpada para clarear o
caminho e ver as condições dos pacientes.
Quando de seu retorno à Inglaterra, em 1856, acamada
e limitada pela doença que contraiu na guerra( febre
tifóide) Logo que se recuperou voltou ao trabalho, mas
ficou com sequelas para o resto de sua vida.
Depois da guerra recebe um prêmio em dinheiro do
governo britânico, pelo extraordinário trabalho e a
dedicação incondicional aos feridos na guerra.
Todo o dinheiro foi usado por Florence para fundar, em
1859, a Primeira Escola de Enfermagem, no
Hospital Saint Thomas, tornando-se modelo para as
demais escolas que surgiram no mundo ao
estabelecer as bases da enfermagem moderna. Era o
seu sonho transformando-se em realidade: ensinar a
outras mulheres a grandeza e a dignidade da enfermagem,
concebida como uma verdadeira profissão e exercida com
ciência e como uma arte.
“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la
como arte, requer uma devoção tão exclusiva,
um preparo tão rigoroso, como a obra de
qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar
da tela morta ou do frio mármore comparado ao
tratar do corpo vivo, o templo do espírito de
Deus? É uma das artes, poder-se-ia dizer, a mais
bela das artes”…
Florence Nightingale

“Escolhi servir ao próximo porque sei que todos


nós um dia precisamos de ajuda.
Escolhi ser enfermeira porque amo e respeito a
vida!!!”
Florence Nigthtingale (1820-1910)
“Escolhi os plantões noturnos, porque sei que o
escuro da noite amedronta os enfermo, estar
presente na dor, porque já estive muito perto do
sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei
que todos nós um dia precisamos de ajuda.
Escolhi a cor branca porque quero transmitir
paz. Escolhi estudar métodos de trabalho,
porque os livros são a fonte do saber. Escolhi ser
enfermeira porque amo e respeito a Vida!”
“Juro, livre e solenemente, dedicar
minha vida profissional a serviço da
pessoa humana, exercendo a
enfermagem com consciência e
dedicação; guardar sem desfalecimento
os segredos que me forem confiados,
respeitando a vida desde a concepção
até a morte; não participar
voluntariamente de atos que coloquem
em risco a integridade física ou psíquica
do ser humano; manter e elevar os
ideais de minha profissão, obedecendo
A escola de enfermagem começou a funcionar
no dia 09 de Julho de 1860, com um grupo de 15
alunas. Essa data é considerada por muitos o
nascimento da enfermagem moderna.
Para o grande público isso era uma grande
aventura, os médicos viam como exagero porque
para eles bastavam que elas soubessem cumprir
suas ordens médicas e não tentasse substituí-los.
O objetivo da escola eram preparar enfermeiras
para que elas pudessem atuar como
multiplicadoras de conhecimento. As qualidades
buscadas por elas nas candidatas eram
principalmente as de caráter moral, aliadas a
outras habilidades como saber ler e escrever
bem.
Um a um os médicos acabaram se convencendo da
importância da boa formação para enfermeiras.
De fato Florence possibilitou a criação de uma
ocupação útil e adequado ás mulheres que buscavam
trabalho fora do círculo doméstico.Elevou o status
social da profissão, tornou-a uma ocupação digna e foi
fundadora da moderna educação da enfermagem.
Florence não era favorável á existência de
entidade para o controle da enfermagem, pois
acreditava que a boa seleção de candidatas e os
estudos rigorosos seriam suficientes. Assim não
apoiava a criação de associações ou sociedades
de enfermeiros em nível nacional e
internacional.
Florence publicou em suas observações o livro:
Notas sobre enfermagem- descrevia os princípios
fundamentais da enfermagem.
Notas sobre enfermagem- descrevia sobre os
cuidados com o bebê.
Notas sobre hospitais- descrevia as péssimas
condições na arquitetura nos hospitais e sugeria reformas
que garantisse mais conforto e facilidades para os
pacientes.
Com tudo isso, Florence elevou o status da enfermagem
para o patamar de profissão digna, melhorou a qualidade
da assistência e foi a fundadora da educação da
enfermagem moderna.
Apesar da oposição de Florence em 1889 as
enfermeiras Ethel Bedford e Lavínia Dock, que ajudou a
fundar o Conselho Internacional de Enfermeiras.
Morreu em 13 de agosto de 1910, sua morte foi
tranquila, ocorrendo enquanto estava dormindo
Alguns estudos que relatam a manifestação da
esquizofrenia em Florence, pois depois da
guerra isolou-se por ter uma fobia quase
patológica de multidões..
Marcos Históricos

*As enfermeiras diplomadas pela escola do Hospital


St. Thomas levaram o sistema Nigtingale para outros
países dentro e fora do continente Europeu.
*Em países como Alemanha, Áustria, Dinamarca,
Suécia, Noruega, França, Itália e Grécia seguiram o
modelo Nigtingale, o interesse pela reforma da
enfermagem atingiu toda a Europa.
* A difusão do modelo Nigtingale deu-se em
decorrência da posição de seu país (Inglaterra) como
potência mundial. Tanto é que em quinze anos,
hospitais de todo o mundo requisitaram
“enfermeiras Nightingale” para abrir novas
escolas.
Primeiras Escolas de Enfermagem

Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem


tiveram que enfrentar, devido à incompreensão dos valores
necessários ao desempenho da profissão, as escolas se
espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados
Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as
primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar
serviços a domicílio em New York.

As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da


Escola Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-
chave:

1- O treinamento de enfermeiras deveria ser


considerado tão importante quanto qualquer outra
forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro público.
2- As escolas de treinamento deveriam ter uma
estreita associação com os hospitais, mas
manter sua independência financeira e
administrativa.

3- Enfermeiras profissionais deveriam ser


responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas
não envolvidas em Enfermagem.

4- As estudantes deveriam, durante o período de


treinamento, ter residência à disposição, que
lhes oferecesse ambiente confortável e
agradável, próximo ao hospital.
Sistema Nightingale de Ensino
As escolas conseguiram sobreviver graças aos pontos
essenciais estabelecidos:

1º. Direção da escola por uma Enfermeira.

2º. Mais ensino metódico, em vez de apenas ocasional.

3º. Seleção de candidatos do ponto de vista físico,


moral, intelectual e aptidão profissional.

Nightingale defendia que a enfermagem não


deveria estar submissa ao médico, e sim, possuir
uma hierarquia própria, deveria ser leal à classe
médica, e não servil.
A IMPLANTAÇÃO DA ENFERMAGEM MODERNA
NO BRASIL
ANÁLISE DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO
BRASIL DE ACORDO COM OS PERÍODOS
HISTÓRICOS
⚫ 1500 ATÉ PRIMEIRO REINADO
* Um país colonizado, basicamente por
degredados e aventureiros desde o
descobrimento até a instalação do império, não
dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde
da população.
* Deste modo, a atenção à saúde limitava-se
aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e,
àqueles que, por conhecimentos empíricos
(curandeiros), desenvolviam as suas habilidades
na arte de curar.
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO
BRASIL

A profissão surge como uma simples prestação de


cuidados aos doentes, realizada por um grupo formado,
na sua maioria, por escravos, que nesta época
trabalhavam nos domicílios.
Desde o princípio da colonização foi incluída a
abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram
origem em Portugal.
1. A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila
de Santos, em 1543.

2. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do


Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus.

3. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada


em 1880, com a presença de D. Pedro II .
Foi padre José de Anchieta o primeiro a tratar dos
doentes e improvisar um hospital que posteriormente
se tornou a Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro.

Como era dirigida e mantida por jesuítas, eles


acumulavam as funções de médicos e enfermeiros,
mas também tinham ajuda dos escravos. Alguns deles
eram alugados por senhores para tratar dos enfermos
particularmente.
PADRE JOSÉ DE ANCHIETA
Destacou-se o Frei Fabiano de Cristo,
franciscano que viveu no século XVIII que
exerceu a função de enfermeiro no Convento
de Santo Antônio por 40 anos, exerceu
atividades de enfermeiro no Convento de
Santo Antonio do Rio de Janeiro, (Séc.XVIII).
Em 1896, os hospitais começaram a receber
alunas em regime de internato, o curso é
considerado o primeiro adotar o sistema de
ensino Nightingaleano no Brasil (Hosp.
Samaritano- São Paulo).
As candidatas deveriam ser solteiras e falar
inglês, já que a diretora era Inglesa. O curso era
de três anos e as alunas eram submetidas a um
período probatório, sendo admitidas apenas
aquelas que possuíssem grau suficiente de
instrução, educação e “robustez” física .
O curso constava de aulas teóricas ministradas
por médicos e práticas por Enfermeiras.
Quando as americanas chegaram nos Brasil, o
sistema Nightingale já havia sido adaptada nos
Enfermeiras diplomadas na primeira turma da
escola tentaram formar uma associação para
congregar ex alunas como eram nos Estados
Unidos.
Surgindo a Associação Nacional de Enfermeiras
Diplomadas Brasileiras , representadas por Edith
de Magalhães. Atualmente essa organização
chama-se Associação Brasileira de Enfermagem (
ABEn).

Vídeo
A ENFERMAGEM COMO PROFISSÃO
Antes de 1890, o exercício da Enfermagem no
Brasil era praticamente com base na solidariedade
humana, como no senso comum e também nas
crendices, surge partir das prestações de cuidados
à pessoa enferma nos domicílios, na sua maioria ,
por mães e escravas que lá trabalhavam.
No Brasil, a profissionalização da Enfermagem
surgiu por meio da Sistematização de ensino da
prática do cuidar, atividades antes exercidas por
pessoas que não tinham o devido preparo técnico.
A CONTRIBUIÇÃO DA ASSISTÊNCIA
PSIQUIÁTRICA NO PROCESSO DE
PROFISSIONALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM
NO BRASIL
Até a primeira metade do século XIX, a loucura era
vista como um problema tipicamente social e
portanto, recebia, praticamente, o mesmo
tratamento dispensado pelas autoridades brasileiras
aos demais grupos que representavam uma ameaça
à ordem social dominante. Ou seja, a loucura era
tratada como uma espécie de ato criminoso.
A partir da segunda metade do século XIX,
os médicos atribuíram à loucura o status
especialidade médica. Neste mesmo período,
o corpo médico conferiu a mudança do
termo louco para alienado.

A psiquiatria brasileira teve como marco


fundamental o ano de 1852, no qual se
assistiu a formação da primeira instituição
psiquiátrica brasileira: o Hospício Pedro II,
no Rio de Janeiro, criado através do decreto
n° 82 de 18 de julho de 1852.
A primeira iniciativa de profissionalização da
enfermagem ocorreu em 1890, com a criação, no Rio
de Janeiro, da Escola Profissional de Enfermeiros e
Enfermeiras do Hospício Nacional de Alienados,
atual Escola de Enfermagem Alfredo Pinto.

Essa Escola, criada anexa ao hospital,


denominado Hospício Pedro II, dirigido pela
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, surgiu
para atender à crise de pessoal daquele momento, e
com objetivos direcionados, principalmente, para a
psiquiatria.
A partir do movimento de laicização, houve o fim
das subvenções e isenções de impostos das Santas
Casas de Misericórdia – que não mais dispunham de
condições para o atendimento ao público o que
ocasionou a superlotação dos hospícios, provocando
uma grande incidência de mortalidade.

Esta medida também acirrou a crise de pessoal no


Hospício Nacional de Alienados, já que eram as irmãs
de caridade as responsáveis pelos atendimentos
Diante desta crise estrutural e de pessoal, a
situação exigia soluções rápidas, tais como a criação
de uma Escola para preparar profissionais para
cuidar dos enfermos internados.
O Presidente Marechal Deodoro da Fonseca, a fim
de resolver o problema da falta de pessoal
qualificado para assistência a alienados, aprovou o
Decreto nº. 791 (BRASIL, 1890) que estabeleceu a
criação da Escola Profissional de Enfermeiros e
Enfermeiras (EPEE) do Hospício Nacional de
Alienados, para o fornecimento de mão-de-obra
qualificada para todos os hospitais civis e militares
do país.
Nessa direção, o alvorecer da Escola Profissional
de Enfermeiros e Enfermeiras do Hospital Nacional
de Alienados, em 1890, ocorreu durante o processo
de criação e consolidação da psiquiatria no Brasil.
Diante desta crise de pessoal, a situação exigia
soluções rápidas, dentre as quais se destacam a
criação da Escola Profissional de Enfermeiros e
Enfermeiras, em 27 de setembro de 1890 e a vinda
de enfermeiras francesas , com o objetivo de prestar
o cuidado aos psicopatas no HNA. Essas
enfermeiras, não religiosas, foram contratadas
pelo Ministro da Justiça e Negócios Interiores,
Campos Sales e por Juliano Moreira, diretor do HNA,
que permaneceu por mais de quatro anos na
instituição (MOREIRA, 2002)
O perfil da enfermagem adotado em Paris, na
Escola fundada pelo Désiré Maglorie Bourneville,
delineava os requisitos de higiene, da laicização, das
leis sobre a educação feminina da França, da
gratuidade, e da total submissão aos médicos.
A enfermagem deveria cumprir as diretrizes
estabelecidas pelos médicos, se limitando somente a
desempenhar seu papel.
No Brasil não foi adotado o modelo sistematizado
por Florence Nightingale nos hospitais psiquiátricos,
nos quais o curso se destinava a preparar
enfermeiros e enfermeiras para o cuidado aos
doentes mentais seguindo um modelo francês, sob as
orientações dos médicos alienistas (KIRSCHBAUM,
1994).
Segundo o Decreto nº. 791 (RIO DE JANEIRO, 1890),
o curso de enfermagem, destinado à formação de
homens e mulheres, teria uma duração mínima de
dois anos, seria ministrado três vezes na semana
por médicos e seria constituído das seguintes
matérias:
Noções Práticas de Propedêuticas Clínicas,
Noções Gerais de Anatomia, Fisiologia, Higiene
Hospitalar, Curativo, Pequenas Cirurgias, Cuidados
Especiais a Certas Categorias de Enfermos, Aplicação
de Balneoterapia, Administração Interna,
“Escripturação” do Serviço Sanitário e Econômico das
Enfermarias(BRASIL, 1911)
Apesar das reinaugurações realizadas pelo diretor
do Hospital Nacional de Alienados, Dr. Juliano
Moreira, o funcionamento da Escola Profissional de
Enfermeiros e Enfermeiras foi precário, devido às
dificuldades de ordem orçamentária, sem sede fixa,
não havia diretor próprio e condições adequadas para
o ensino, e os alunos não conseguiam frequentar a
Escola com assiduidade, pois, em sua maioria,
estavam trabalhando no HNA e não havia tempo para
o estudo.
⚫ A CRIAÇÃO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM e
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

Foi a escola Carlos Chagas em 1936 que fez o


primeiro curso com duração de um ano,
posteriormente a escola Ana Neri pela lei 775 de
1949, passou a ministrar o curso com duração de
18 meses. O curso técnico foi um curso criado
para preencher a lacuna entre os cuidados
elementares e as funções de magistério,
supervisão e chefia de serviços.
Observou-se a necessidade de ter um
profissional que soubesse lidar com doentes em
condições melindrosas e na época, o número de
enfermeiras era insuficiente. Em 1961 a Lei
40.024, de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, possibilitou a abertura dos cursos
técnicos e as Escolas Ana Neri e Luiza de Marillac
foram as pioneiras.
PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM NO
BRASIL

Profª Adellúcia S. Silva


1. Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto"
Esta escola é a mais antiga do Brasil, data de 1890, foi
reformada por Decreto de 23 de maio de 1939. O curso passou
a três anos de duração e era dirigida por enfermeiras
diplomadas.

2. Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro


Começou em 1916 com um curso de socorrista, para atender
às necessidades prementes da 1ª Guerra Mundial. Os
diplomas expedidos pela escola eram registrados
inicialmente no Ministério da Guerra e considerados oficiais.
Escola de Enfermagem Luisa de Marillac

- Fundada e dirigida pela Irmã Matilde Nina


- Representou grande avanço na Enfermagem
nacional → atendia não só às jovens estudantes mas
também a todas as religiosas de qualquer
congregação
- É a mais antiga escola de religiosas no Brasil
• Escola Paulista de Enfermagem
- Fundada em 1939 pelas Franciscanas
Missionárias de Maria
- Pioneira na renovação da enfermagem
paulista
- Acolhia também religiosas de outras
Congregações
- Iniciou Cursos de Pós-Graduação em
Enfermagem Obstétrica
OBRIGADA!
ANA NERY (1814-1880)
Ana Justina Ferreira Néri, nascida em Vila de
Cachoeira, Província da Bahia, em 13 de dezembro de
1814 e falecida no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de maio
de 1880, era filha de José Ferreira de Jesus e de Luísa
Maria das Virgens, uma família patriota e religiosa.
Tinha quatro irmãos.
A prática de cuidar dos doentes, Ana Néri adquiriu
em Salvador, com as irmãs da Ordem de São Vicente de
Paulo, considerado o "pai da caridade", pela Igreja
Católica, com as freiras vicentinas, aprendeu noções de
higiene pessoal, primeiros-socorros, a aplicar injeções,
controlar hemorragias, dissecar feridas e fazer
remédios caseiros, como um a base de pimentão
amarelo, potente antiinflamatório.
Porém, a habilidade ambulatorial que mais se
revelaria útil nos campos de batalha foi a de
cauterização, feita com uma lâmina quente
A filha do meio dos Ferreira casou-se com o capitão
de-fragata Isidoro Antônio Néri, em 1837.
O capitão Néri falece de meningite a bordo . Ana,
então viúva aos 29 anos, cria seus três filhos: Justiniano
de Castro Rebelo (médico e militar incorporado),
Isidoro Antônio Néri Filho (médico) e Pedro Antônio
Néri (militar de carreira).
Em 1865, o Brasil formava a Tríplice Aliança com a
Argentina e o Uruguai. Quando estourou a guerra
contra o Paraguai, os filhos de Ana foram convocados,
assim como dois de seus irmãos. Ver seus parentes indo
à luta armada mexeu muito com a matriarca de 51 anos
de idade.
Deferido o pedido, partiu de Salvador incorporada ao
10º Batalhão de Voluntários da Pátria (agosto de 1865),
na qualidade de enfermeira.
Durante toda a campanha, prestou serviços nos hospitais
militares. Tornava-se a primeira mulher brasileira a exercer
a profissão oficialmente. Ajudava-lhe muito seus amplos
conhecimentos de fitoterapia, a arte de utilizar matérias-
primas naturais para fins medicinais.
Certa noite é comunicada por um auxiliar que seu filho,
o Dr. Justiniano,fora alvejado por tiros. Ficou nestes
cuidados por quase 5 anos, tornando-se famosa por onde
passava por causa de sua tenacidade, compaixão e
competência.
Terminada a guerra, Ana regressou ao Brasil sendo-lhe
prestadas grandes homenagens e ofertadas honrarias de
apreço e reconhecimento de mérito no Rio e na Bahia, onde
chegou em 5 de junho de 1870.
Dom Pedro II conferiu-lhe a Medalha Geral de
Campanha e a
Medalha Humanitária de primeira classe.
Recebeu do imperador D. Pedro II uma medalha e uma
pensão vitalícia para cuidar dos novos filho que adotou de
pais desaparecidos em combate.
Homenagem à Ana Neri:
*Bahia: Resolução da Intendência nº 20,
de 12 de agosto de 1916, substituiu o nome da
Rua da Matriz por Rua Anna Nery.
No Museu da Bahia é mantida uma Placa de
Mármore branco com os dizeres: “À Heroína
D. Anna Nery.”
Na cidade de Salvador, pela Resolução
Municipal nº 650, de 1º de março de 1924, o
antigo Largo da Palma foi renomeado como
Praça Anna Nery
* Em 1923, por proposta do Dr. Carlos Chagas foi
dado o nome de Ana Néri, à primeira escola oficial
brasileira de enfermagem, hoje Escola de
Enfermagem Ana Néri da UFRJ.

*A Portaria nº 446, de 19 de abril de1930, da


Directoria Geral de Instrucção da Bahia, dá o nome
Anna Ney às Escolas Reunidas de Cachoeira.
Contemporâneas, muitas são as semelhanças entre
Ana e Florence: ambas ricas, estudadas, cultas e
poliglotas, severas e disciplinadoras, organizadas e
dedicadas com denodo às tarefas auto-impostas em
benefício dos sofredores das dores da guerra.

Florence, objetivamente, cria a enfermagem; Ana


Néri torna-se o exemplo nacionalmente reconhecido
da enfermeira. São símbolos preciosos que se
completam na feição e dedicação ao próximo.
Decreto nº 48.202/60, de 12 de maio de 1960.
Institui a "Semana da Enfermagem“

O Presidente da República,usando da atribuição que


lhe confere o artigo 87, item I, da Constituição decreta:
Art. 1º - Fica instituída a Semana da Enfermagem, a
ser celebrada anualmente, de 12 a 20 de maio, datas
nas quais ocorreram, respectivamente, em 1820 e
1880, o nascimento de Florence Nightingale e o
falecimento de Ana Neri.
Juscelino Kubitschek
Clovis Salgado
REGULAMENTO APROVADO PELA
RESOLUÇÃO 218/99
I - SIMBOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM:
Os significados dados aos símbolos utilizados na
Enfermagem, são os seguintes:
• Lâmpada: caminho, ambiente;
• Cobra: magia, alquimia;
• Cobra + cruz: ciência;
• Seringa: técnica
• Cor verde: paz, tranqüilidade, cura, saúde
Ø Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda
Ø Cor que representa a Enfermagem:Verde
Esmeralda
Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz
Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa
Transcendem suas lutas pelos leitos
O Enfermeiro, a Enfermeira
Já é eleito em nossos corações amor e
luz
Amor e Luz
Amor e Luz, uma bandeira branca avisa
A vida sempre vale mais
Amor e Luz
Amor e Luz, chama acesa
Vida em tantos hospitais
Vive a vida.
ATIVIDADE
Seminário
Data:
Entidades de Classe
1. ABEN
2. COFEN
3. COREN
4.SINDICATOS
AVALIAÇÃO
Tempo: 25min
Apresentação do grupo com identificação
Apresentação dos slides
Defesa Individual
Interação da equipe
Entrega dos Folders
Construção das perguntas para interação

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