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Autarquia Educacional de Belo Jardim

Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim


Turma: 2012.1
Disciplina: Evolução Histórica da Enfermagem

DOCENTE: PROFª. SÔNIA


DISCENTES:
ELAINE FERREIRA
FERNANDA MARINHO
FERNANDO SANTOS
JACIANE SANTOS
MARIA JUCIENE DA SILVA
MARNO GALVÃO
WALTER JEFFERSON
Autarquia Educacional de Belo Jardim
Faculdade de Enfermagem do Belo Jardim
Turma: 2012.1
Disciplina: Evolução Histórica da Enfermagem

A HISTÓRIA
DA
ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO
 Cada período histórico é determinado por uma formação social
específica, trazendo consigo um caracterização própria que
engloba sua filosofia, sua política, sua economia, suas leis e sua
ideologia;

 A retomada do passado vem demonstrando que a história da


enfermagem é tão antiga quanto à humanidade e que se
desenvolveu entres as primeiras civilizações;

 Com base nessas considerações, faremos uma retrospectiva do


desenvolvimento das práticas de saúde e, em particular da
Enfermagem, no mundo primitivo, medieval e moderno.
DESENVOLVIMENTO
 Desde a época de Hipócrates, o médico deixava
os seus aprendizes ao lado do leito do paciente
para cumprir suas ordens, numa forma mais
efetiva de que o fariam seus parentes;

 Com o advento do cristianismo, a doença passou


a ser considerada uma entidade sobrenatural,
relacionada com a religião, e o cuidado com os
doentes,um dever de caridade;

 Febe: Primeira enfermeira do mundo;


DESENVOLVIMENTO

 Fabíola: Pioneira das enfermeiras, fundou o primeiro


hospital cristão de Roma. Desde então milhares de
mulheres seguiram seu exemplo, dando origem à
profissão de Enfermagem;

 Hotel Dieu (Hospital de Paris): a enfermagem era de


conteúdo religioso, era exercida por freiras da ordem dos
Agostinianos, qualificadas como enfermeiras por sua
piedade;

 Não havia assim uma formação profissional;


HOTEL-DIEU, PARIS
DESENVOLVIMENTO
 No Brasil, o despertar da enfermagem foi lento, como
nos outros países do mundo;

 Em 1890, surgiu a primeira tentativa de


profissionalização:

 Hospício Pedro II Hospício Nacional dos Aliados;


 Sua direção criou uma Escola Profissional para Enfermeiros e
Enfermeiras, Escola Alfredo Pinto ;
 Curso tinha a duração de dois anos;
 Finalidade: trabalhar com hospitais do governo (civis e
militares).
HOSPÍCIO PEDRO II
DESENVOLVIMENTO
 1914: a Cruz Vermelha mantinha um curso de pequena
duração (dois anos) para voluntários, dirigido por
médicos;

 Surgiu a Escola Prática de Enfermagem da Cruz


Vermelha Brasileira;

 1920: a Cruz Vermelha criou um novo curso para formar


visitadores sanitários;
DESENVOLVIMENTO
 1922: foi quando o grande impulso da Enfermagem
Brasileira surgiu com a criação do Departamento
Nacional de Saúde Pública, quando Carlos Chagas, seu
diretor, solicitou a cooperação e assistência da Fundação
Rockfeller para organizar no Brasil uma escola e um
serviço de Enfermeiras de Saúde Pública;

 Ethel Parson: primeira enfermeira americana;

 1923: Escola de Enfermagem do Departamento Nacional


de Saúde Pública;
DESENVOLVIMENTO
 1926: passou a denominar-se Escola Ana Neri;

 1937: foi incorporada à Universidade Federal do Rio de


Janeiro;

 Louise Kieninger: foi a sua primeira diretora americana;

 Raquel Haddoch Lobo: foi a primeira diretora brasileira;

 A parti de 1946: já se organizavam, nesta escola, os


primeiros cursos de pós-graduação em Enfermagem;
DESENVOLVIMENTO

 1938: a escola Ana Neri foi declarada padrão;

 1945: foi incorporada à Universidade do Brasil;

 Com o tempo, criaram-se outras escolas de Enfermagem


no Brasil;

 1961: seu número era de 38 de nível superior e 56 em


nível auxiliar de Enfermagem;
DESENVOLVIMENTO

 A Enfermagem Brasileira tem decreto nº 791, de 27 de


Setembro de 1890 que cria no Hospital Nacional de
Aliados uma Escola Profissional de Enfermeiros e
Enfermeiras, que foi o marco zero da sua existência
legal.
DESENVOLVIMENTO

 Santas Casas:
 Origem: Portugal;
 Acumulavam as atividades dos hospitais, albergues e
orfanatos;
 1543: surgiu a primeira Santa Casa na Vila de Santos;
DESENVOLVIMENTO
 José de Anchieta
 Figura que merece destaque quando se fala da História
da Saúde do nosso povo;
 Se limitou apenas ao ensino de ciências ou catequeses;
 Atendia as necessidades do povo, exercendo atividades
de médicos e enfermeiros.

 Francisca de Sande
 A primeira da enfermeira no Brasil;
 Viveu no fim do século XVII, na Bahia dedicando-se
aos cuidados do doente. Improvisava hospitais,
utilizando inclusive sua própria casa;
 Faleceu em 21 de Abril de 1702.
PRÁTICAS DE SAÚDE

1. Instintivas
 Grupos nômades primitivos:

 Busca de alimentos e proteção;

 Cultivo da terra e agricultura;

 Economia primitiva e Organização


social;

 Mulher: grande precursora do


atendimento às necessidades de saúde
da raça humana (cuidado com
crianças, velhos e doentes).
PRÁTICAS DE SAÚDE

2. MÁGICO SACERDOTAIS

 Uma casta sacerdotal que se apodera das funções médicas,


encarada com um segredo tradicional e simultaneamente
como manifestação do poder curador da divindade.

 As referências da época em questão relacionada com a


prática domiciliar são de partos e atuação de mulheres de
classe social elevada que dividiam as atividades dos
templos com os sacerdotes.

 Obs: As diversas camadas da sociedade recebiam tipos de


assistência diferentes.
PRÁTICAS DE SAÚDE

3. NO ALVORECER DA CIÊNCIA

 Procurar com o pensamento tranquilo, as causas da


doença sem perder de vista o fim imediato. Usar a razão
e a experiência, livres de ideias preconcebidas,
superstições e conceitos a priori.

(Castiglioni)
PRÁTICAS DE SAÚDE

3. NO ALVORECER DA CIÊNCIA

 As ruínas e os sofrimentos das guerras sagradas colocam


em dúvida o supremo poder dos deuses;

 Os progressos da ciência e da filosofia desviam as elites


das velhas crenças;

 A prática de saúde, antes mística e sacerdotal passa agora


a ser desta nova fase, baseando-se essencialmente na
experiência, no conhecimento da natureza no raciocínio
lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito
para as doenças;
PRÁTICAS DE SAÚDE

3. NO ALVORECER DA CIÊNCIA

 Esse período é considerado pela Medicina grega como


período hipocrático,destacando a figura de Hipócrates
que influenciado por Sócrates e outros filósofos
contemporâneos, propôs uma nova concepção em saúde
dissociando arte de curar dos preceitos místicos e
sacerdotais, através da utilização do método indutivo da
inspeção e da observação.
PRÁTICAS DE SAÚDE
4. MONÁSTICOS-MEDIEVAIS

 As praticas de saúde sofrem a influência dos fatores


socioeconômicos e políticos da sociedade feudal;

 Marcado pelas guerras bárbaras, esse período era retratado


como palco de grandes lutas políticas e de corrupção de
hábitos;

 Nesse período de fervor religioso, muitos leigos, movido pela


fé cristã, voltaram suas vidas para a prática das caridades,
assistindo os pobres e os enfermos por determinação própria.
PRÁTICAS DE SAÚDE
4. MONÁSTICOS-MEDIEVAIS

 As ordens e congregação passaram a assumir a liderança na


construção de hospitais e na assistência hospitalar, ligando
definitivamente a prática de saúde aos mosteiros;

 Os primeiros hospitais foram destinados aos monges;

 Mais tarde, surgiram outros para assistir os estrangeiros,


pobres e enfermos devido a necessidade de defesa publica
sanitária, causadas pelas grandes epidemias, á demandados
povos peregrinos e das guerras.
PRÁTICAS DE SAÚDE

4. MONÁSTICOS-MEDIEVAIS

 A moral e a conduta eram mantidas sob regras nos


grupos de jovens que se submetiam aos treinamento de
Enfermagem nos conventos.Foi um período que deixou
como legado uma série de valores:

 A abnegação, o espírito de serviço, a obediência, etc.


PRÁTICAS DE SAÚDE

5. PÓS-MONÁSTICAS

 O regime feudal inicia-se sua decadência;

 Mudanças revolucionárias na economia;

 Alguns camponeses puderam comprar sua liberdade;

 A oferta de empregos aumentou nas grandes cidades;


PRÁTICAS DE SAÚDE
5. PÓS-MONÁSTICAS

 Apesar da escassez de mão de obra e da queda da produção e


do consumo como o resultado da Guerra dos Cem Anos e da
Peste Negra que assolaram a Europa, nesse período ocorreram
importantes progressos econômicos, políticos e intelectuais;

 Essa fase tempestuosa significou uma grave crise para a


Enfermagem;

 Alguns movimentos reformadores partiram principalmente de


iniciativas religiosas e sociais para melhorar as condições do
pessoal a serviço dos hospitais.
PRÁTICAS DE SAÚDE
6. NO MUNDO MODERNO

 O surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século


XIX;

 O Estado passa a assumir o controle da assistência à saúde como


forma de garantir a reprodução do capital, restabelecendo a
capacidade de trabalho do operariado;

 Cria uma legislação de produção de proteção ao trabalho, com fim


de manter a população sadia e produtiva;

 Ao atender este objetivo, as práticas de saúde passaram a observar


a ideologia dominante e a colaborar para manutenção da
hegemonia e da relação de dominação/subordinação entre as
classes.
AREORGANIZAÇÃO HOSPITALAR E O
SURGIMENTO DA ENFERMAGEM MODERNA

 Aliado aos interesses políticos, o avanço da medicina vem


favorecer a reorganização dos hospitais que agora irão
desempenhar importante papel;

 Não só como agentes da manutenção da força do trabalho,


mas também como empresas produtoras de serviços de saúde.

 É, na reorganização da instituição hospitalar e no


posicionamento do médico, que vamos encontrar raízes do
processo de disciplinarização e seus reflexos na
Enfermagem.
AREORGANIZAÇÃO HOSPITALAR E O
SURGIMENTO DA ENFERMAGEM MODERNA
 A disciplinarização hospitalar segundo Foucault é garantido nessa
fase pelo controle sobre o desenvolvimento das ações, pela
distribuição espacial dos indivíduos no interior do hospital e pela
vigilância perpétua e constantes deste;

 É nesse cenário que a Enfermagem passa atuar quando Florence


Nightigale (1820-1910) é convidada pelo Ministro da Guerra da
Inglaterra, para trabalhar junto aos soldados feridos em combate nas
guerras;

 Florence enfatizou que a arte da Enfermagem consiste o triangulo de


cuidar, educar e pesquisar.

 Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no


Hospital Saint Thomas, que passou de servir de modelo para as
demais escolas, que foram fundadas posteriormente;
CONCLUSÃO
 O Enfermeiro não desfruta do conhecimento social como
categoria prestadora de serviço importante para a sociedade;

 Ele permanece como elemento secundário nas estratificações


sociais;

 Com a formação universitária a partir do século XIII, ele


despoja-se de muitas atividades manuais consideradas
inferiores, passando para outras categorias profissionais como
a Enfermagem para adquirir o prestígio, que foi reforçado
através do tempo. Ele conquista espaço e reconhecimento
social.

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