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HISTÓRIA DA

ENFERMAGEM, ÉTICA
E LEGISLAÇÃO
O QUE É ENFERMAGEM?

• função de tratar de pessoas enfermas.


• o conjunto de serviços de enfermaria.
• Arte de cuidar
Evolução Histórica

 O cuidar de pessoas enfermas tem sido observado como a


essência da profissão de enfermagem. No entanto o modo
como esse cuidado vem sendo exercido ao longo dos anos
exerce estreita relação com a história da humanidade.

 Os povos desenvolveram sua arte de tratar os doentes,


baseados em seus conhecimentos, crenças e costumes
locais. Com base nisto, se pode afirmar que o hospital,
antes do século XVIII, era uma instituição de assistência
aos pobres e feridos em guerras.
 Mas as transformações ocorridas ao
longo do tempo, além das descobertas
científicas, permitiram que os hospitais
passassem a ser concebidos como um
espaço para cuidar, tratar e curar os
doentes. Tudo isto, se pode dizer,
graças às mudanças resultantes da
organização do trabalho de
enfermagem.
• O dia 12 de maio é mundialmente
comemorado como o Dia Internacional da
Enfermmagem.

• Era a da de nascimento de Florence


Nightingale, a figura mais marcante da
enfermagem mundial. Ela viveu até os 90
anos, sendo cultuada até os dias atuais,
em Londres, como uma das grandes
heroínas inglesas.
Evolução Histórica

 Florence, desde a infância, gostava de cuidar de animais e


crianças doentes, e se revelava uma revolucionária, não
aceitando o destino reservado às mulheres de sua época:
casar e ter filhos. Assim, aos 24 anos decidiu trabalhar em
um hospital.

 No entanto, àquela época, os hospitais ingleses não


ofereciam condições recomendáveis de trabalho, dado que
as pessoas que prestavam algum tipo de cuidado ou
assistência na área eram religiosas católicas ou
anglicanas, em sua maioria composta por mulheres, sem
preparo nem princípios morais, muitas vezes atuando
embriagadas, sendo, por isto, mal vistas pela sociedade.
Evolução Histórica

 De acordo com Brasil (2003), aos 31 anos Florence


conseguiu autorização dos pais para fazer estágios na
Alemanha, numa instituição de diaconisas, sob orientação
do Pastor Fliedner, onde aprendeu a cuidar de doentes
pobres.

 Sendo poliglota, Florence aproveitou sua estada em um


hospital de Paris, onde conheceu, aprendeu e
acompanhou por vários meses o trabalho assistencial e
administrativo realizado pelas irmãs de caridade de São
Vicente Paulo.
Evolução Histórica

 Foi com elas que Florence aprendeu sobre regras, a cuidado


com os doentes, a fazer anotações, elaborar gráficos, listas de
atividades desenvolvidas, etc. Durante a Guerra de Crimeia,
em 1854, Florence ofereceu seus serviços e partiu com outras
38 voluntárias de diferentes hospitais.

 Ao encontrar 4.000 feridos em imensos galpões, organizou a


lavanderia, a cozinha e todos os serviços necessários para o
cuidado dos feridos, conseguindo baixar a mortalidade de 40%
para 2%. ( Por isso foi considerada uma enfermeira
ambientalista
Evolução Histórica

 À noite, ela percorria os alojamentos e corredores do


hospital improvisado com uma lamparina para poder ver
os pacientes, passando a ser conhecida como a Dama da
Lâmpada – motivo pelo qual até hoje a enfermagem é
representada pela lâmpada, símbolo da sentinela, de
vigília constante e do cuidado contínuo do profissional que
trabalha junto aos doentes.
 A ideia de Florence era reformar a enfermagem não
apenas na Inglaterra, mas no mundo inteiro, a partir da
seleção de candidatas jovens, educadas e de elevada
posição social. Este rigor se dava pelo intuito de eliminar o
baixo nível social daquelas que, até então, presavam
assistência aos pacientes em hospitais.

 Apesar disto, o início foi de intensa luta, visto que poucos


entendiam a necessidade de se ter enfermeiras cultas e
com elevados dotes morais. E o mais grave: não se
acreditava que seriam necessários estudos e preparação
especial para cuidar de pessoas doentes.
 Acredita-se que as experiências de Florence durante sua
passagem pela França, aquelas adquiridas com as regras
das irmãs de caridade, de São Vicente de Paulo, além da
rígida convivência com a disciplina militar, a influenciaram
quanto à concepção de um modelo militarizado de
organização das atividades de enfermagem.

 Algumas das enfermeiras diplomadas em sua escola


trabalharam na Europa, e outras forma para os EUA,
Canadá, Nova Zelândia e Austrália, o que permitiu a
divulgação do sistema Nightingale em todo o mundo,
chegando, inclusive ao Brasil.
 Este sistema tinha como pontos centrais :

a) As enfermeiras deveriam assumir a direção das


escolas de enfermagem, sendo as principais
responsáveis pelo ensino metódico da profissão;

b) Os critérios de conduta moral, intelectual, bem como


de aptidão, deveria ser usados na seleção das
candidatas.
História da Enfermagem no Brasil

 “No Brasil, como em muitos outros países, durante um


longo período, as funções de enfermagem foram
relegadas ao plano doméstico ou religioso, sem nenhum
caráter técnico ou científico” (BRASIL, 2003, p. 127).

 Os poucos hospitais que existiam àquela época, voltavam-


se para o atendimento das vítimas de epidemias, soldados
feridos em guerra e indigentes. Às parteiras cabia o
atendimento às mulheres grávidas e doentes.
História da Enfermagem no Brasil

 No início do século XIX, entre os graves problemas de


saúde pública existentes no território nacional,
destacavam-se a falta de saneamento das cidades, a
precariedade das habitações, a necessidade de
controle sanitário dos portos e das doenças
epidêmicas, assim como alguns problemas sociais
decorrentes da presença de doentes mentais
perambulando pelas ruas (BRASIL, 2003, p. 127).
História da Enfermagem no Brasil

 Nesse sentido, entre as múltiplas propostas de


intervenção sobre o espaço urbano com vistas ao
saneamento, tem especial importância a criação, no Rio
de Janeiro, em 1824, de um hospício, chamado
posteriormente de Hospital Nacional de Alienados. A
criação deste pode ser considerada um marco histórico
que antecedeu à criação da primeira escola de
enfermagem no país.

 A Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras foi


crida em 1890, por força de um decreto federal, no 791,
que funcionava dentro do Hospital Nacional de Alienados.
História da Enfermagem no Brasil

 Essa escola denominou-se, posteriormente, Escola de


Enfermagem Alfredo Pinto, que hoje pertence à
Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio). Observa-
se que a escola não fora instalada nos moldes do sistema
Nightingale, dado que sua divulgação não havia chegado
ainda Brasil.

 O primeiro curso de enfermagem seguindo os moldes


“nightingaleanos” surgiu em São Paulo, no ano de 1895,
por iniciativa de enfermeiras inglesas que praticavam
também a enfermagem domiciliar, que era muito
importante na época, tendo em vista que havia muita
resistência à hospitalização, especialmente no que diz
respeito às camadas sociais elevadas.
História da Enfermagem no Brasil

 Por ser um grupo restrito, dirigido por pessoas ligadas à


religião presbiteriana, essa iniciativa não teve grandes
repercussões. Em 1916, no Rio de Janeiro, durante a
Primeira Guerra Mundial, a Cruz Vermelha Brasileira criou
sua escola de enfermagem, com o objetivo de preparar
voluntárias para o exercício da enfermagem em frentes de
batalha (BRASIL, 2003).

 O início da década de 1920 foi marcado pelas epidemias


que assolavam o País: tifo, cólera e febre amarela. Surgiu,
então, o Departamento Nacional de Saúde Pública,
organizado pelo Dr. Carlos Chagas.
História da Enfermagem no Brasil
 Com vistas a conter a epidemia de febre amarela, Carlos
Chagas promoveu a vinda de um grupo de enfermeiras
norte-americanas, tendo a colaboração da Fundação
Rockfeller.

 Embora já funcionasse, há mais de vinte anos, uma escola


profissional e enfermeiros e enfermeiras, contando com a
ajuda do Departamento Nacional de Saúde Pública, criado
por Chagas, estas enfermeiras fundaram, então, em 1923
uma escola de enfermagem, vinculada a este
departamento, denominada Escola de Enfermagem Anna
Nery, que atualmente faz parte da Unirio.

 Deste modo, as duas escolas passaram a coexistir de


forma totalmente independente.
História da Enfermagem no Brasil

 Após a formatura da primeira turma de enfermeiras dessa


nova escola, surgiu, então, a Associação Brasileira de
Enfermagem (Aben), em 1926. Diz-se que a história da
enfermagem brasileira se confunde com a história da
Aben, cujas pioneiras (Edith de Magalhães Fraenkel, Glete
de Alcântara, Marina de Andrade Resende, Haydée
Guanais Dourado, Maria Rosa de Souza Pinheiro, Irmã
Maria Tereza Notarnicola, Maria Ivete Ribeiro de Oliveira,
entre muitas outras) lideraram, com intensa luta, todas as
conquistas da profissão (BRASIL, 2003).
• https://www.youtube.com/watch?v=wv6R2IPIRmg

Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da


enfermagem no Brasil, Prestou serviços
voluntários nos hospitais militares de
Assunção, Corrientes e Humaitá,
durante a Guerra do Paraguai.
Ana Justina Ferreira Néri nasceu em Vila
de Cachoeira do Paraguaçu, Bahia, no dia
13 de dezembro de 1814. Casou-se aos
23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-
de-fragata da Marinha, que estava sempre
no mar. Ana Néri acostumou-se a ter a
casa sob sua responsabilidade. Ficou
viúva com 29 anos quando, em 1843, seu
marido morreu a bordo do veleiro Três de
Maio, no Maranhão.
Apesar da falta de condições, pouca higiene,
falta de materiais e excesso de doentes, Ana
Néri chamou a atenção por sua dedicação
ao trabalho como enfermeira por todos os
hospitais onde passou. Ana Néri com seus
próprios recursos montou uma enfermaria-
modelo em Assunção, capital paraguaia,
sitiada pelo exército brasileiro. Ali, Ana Néri
perdeu seu filho Justiniano.
Referencias :
• Apostila de uso da escola
• https://www.ebiografia.com/ana_neri/
• www.gov.com.br
• www.educamaisbrasil.com.br
Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, no dia
20 de maio de 1880. A primeira escola
oficial de enfermagem de alto padrão no
Brasil foi fundada por Carlos Chagas em
1923 e em 1926 recebeu o nome de Ana
Néri, em homenagem à primeira
enfermeira brasileira. O dia do enfermeiro
é comemorado em 20 de maio.

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