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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 1
DIREÇÃO
Jones Braghirolli Menna Barreto
AUTOR
Centro Educacional Menna Barreto
COORDENAÇÃO
Celso Teixeira
SUPERVISÃO DE CONTEÚDO
Dalva Prata
Mileni Rodrigues D. Campos
Margareth Lavorati
REVISÃO
Izabela de Gracia Yabe
PROJETO GRÁFICO
Ana Maria Oleniki
DIAGRAMAÇÃO
João Pedro Lopes dos Santos
HISTÓRIA DA
2 ENFERMAGEM e ÉTICA
Sumário
Referências Bibliográficas 58
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 3
Módulo 1_03
EVOLUÇÃO da
ASSISTÊNCIA de
SAÚDE nos PERÍODOS
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HISTÓRICOS
1
PERÍODO PRÉ-CRISTÃO
Neste período, as doenças eram tidas como um castigo de Deus. Os sacerdotes ou
feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. Usavam-se: massagem, banho de
água fria e quente, purgativa, substância provocadoras de náuseas. Mais tarde, os sacerdotes
adquiriram conhecimentos de plantas medicinais. Foram, então, delegadas a eles as funções
de enfermeiros e farmacêuticos.
EGITO
Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida nesta época. As
receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas.
Havia ambulatório gratuito, onde era recomendada a hospitalidade.
ÍNDIA
Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos,
nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamentos e o processo
digestivo. Realizavam determinados procedimentos, tais como: suturas, amputações,
trepanações e corrigiam fraturas. Tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais.
Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e
conhecimentos científicos.
ASSÍRIA E BABILÔNIA
Entre os assírios e babilônios existiram penalidade para médicos incompetentes, tais
como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia, pois
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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 5
acreditava-se que sete demônios eram causadores de doenças. Conheciam a lepra e a sua
cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão.
CHINA
Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenças eram classificadas da
seguinte maneira: benignas, médias e graves. Os chineses conheciam algumas doenças:
varíola e sífilis. Procedimentos: operação de lábio. Tratamento: para as anemias indicavam
ferro e fígado; para as doenças da pele aplicavam o arsênico. Anestesia: ópio.
JAPÃO
Aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica
era o uso de águas termais.
GRÉCIA
Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos
estranhos; também tinham casas para tratamento dos doentes. Graças a Hipócrates, a
medicina tornou-se de científica, deixando de lado a crença de que as doenças eram causadas
por maus espíritos.
Hipócrates é considerado o pai da medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico,
prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria,
neurose, luxações e fraturas.
ROMA
A medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo, era exercida por escravos
ou estrangeiros. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas e rede de
esgotos. Os mortos eram sepultados fora das cidades. O desenvolvimento da medicina dos
romanos sofreu influência do povo grego.
O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Desde o início do
cristianismo, os pobres e enfermos foram objetos de cuidados especiais por parte da igreja.
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HISTÓRIA DA
6 ENFERMAGEM e ÉTICA
ORIGEM da PROFISSÃO
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2
A profissão surgiu As práticas de saúde, mágico-sacerdotais, abordavam
do desenvolvimento a relação mística entre as práticas religiosas e de saúde
e da evolução das primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este
período corresponde à fase de empirismo. Posteriormente,
práticas de saúde.
desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte
Quanto à Enfermagem, de curar, no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos
as únicas referências, grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa.
concernentes à época A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa
em questão, estão agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se,
relacionadas com a essencialmente, na experiência, no conhecimento da
prática domiciliar de natureza, no raciocínio lógico, que desencadeia uma relação
partos e a atuação pouco de causa e efeito para as doenças - e na especulação
clara de mulheres de filosófica, baseada na investigação livre e na observação
dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase
classe social elevada
total de conhecimentos anatômicos e fisiológicos. Este
que dividiam as
período é considerado pela medicina grega como período
atividades dos templos
hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que, como
com os sacerdotes. já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova
concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos
preceitos místicos e sacerdotais, por meio da utilização
do método indutivo, da inspeção e da observação.
Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem
nesta época. As práticas de saúde monásticas medievais
focalizavam a influência dos fatores socioeconômicos e
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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 7
saúde e nas relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da
Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos, a qual contemplou o período
medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado
uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos
pela sociedade com características inerentes à Enfermagem.
A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à
Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. A retomada da
ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não
constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos,
permaneceu empírica e desarticulada, durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda
mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa inquisição.
Sob a exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões
morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para
as mulheres de casta social elevada.
As práticas de saúde, no mundo moderno, analisam as ações de saúde e, em especial,
as de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista.
Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta
análise inicia-se com a Revolução Industrial, no século XVI, e culmina com o surgimento da
Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.
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HISTÓRIA DA
8 ENFERMAGEM e ÉTICA
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Enfermagem
MODERNA 3
FIGURA 1 _ FLORENCE NIGHTINGALE
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 9
FIGURA 2 _ A ARTE DO CUIDADO
institucionalizada e específica.
HISTÓRIA DA
10 ENFERMAGEM e ÉTICA
Primeiras Escolas
de ENFERMAGEM
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4
As escolas deveriam funcionar de acordo com, a filosofia da Escola de Florence
Nightingale, baseada em quatro ideias-chave:
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 11
5
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HISTÓRIA da
ENFERMAGEM no BRASIL
HISTÓRIA DA
12 ENFERMAGEM e ÉTICA
DESENVOLVIMENTO
da EDUCAÇÃO em
ENFERMAGEM no
BRASIL (séc. XIX)
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6
A doença infectocontagiosa, trazida pelos europeus e pelos escravos africanos, começa
a propagar-se rápida e progressivamente. O governo, sob as pressões externas, assume a
assistência à saúde por meio da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle
mais eficaz sobre os portos; inclusive estabelecendo quarentena Revitaliza com a reforma
Oswaldo Cruz. Tal reforma foi introduzida em 1904, pela Diretoria-Geral de Saúde Pública,
e incorporava novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre
Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que,
posteriormente, veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz. Mais tarde, a Reforma Carlos
Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento
Nacional de Saúde Pública, órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva
das atividades de Saúde Pública no Brasil.
A formação de pessoal de Enfermagem - para atender inicialmente aos hospitais civis e
militares e, posteriormente, às atividades de saúde pública - principiou com a criação, pelo
governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao
Hospital Nacional de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Esta escola, que é
de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal n°. 791,
de 27 de setembro de 1890, denominada, hoje, de Escola de Enfermagem Alfredo Pinto,
pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO.
Esta escola é a mais antiga do Brasil, data de 1890, foi reformada por Decreto de 23
de maio de 1939. O curso passou a três anos de duração e era dirigida por enfermeiras
diplomadas. Foi reorganizada por Maria Pamphiro, uma das pioneiras da Escola Ana Néri.
A primeira diretora foi Miss Clara Louise Kienninger. Os cursos tiveram início em 19 de
fevereiro de 1923, com 14 alunas. Instalou-se um pequeno internato, próximo ao Hospital
São Francisco de Assis, onde seriam feitos os primeiros estágios. Em 1923, durante um surto
de varíola, enfermeiras e alunas dedicaram-se ao combate à doença. A primeira turma de
Enfermeiras foi em 19 de julho de 1925.
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HISTÓRIA DA
14 ENFERMAGEM e ÉTICA
•• Escola de Enfermagem Carlos Chagas
Por Decreto n°. 10.925, de 7 de junho de 1933, e iniciativa do Dr. Ernani Agrícola, diretor
da Saúde Pública de Minas Gerais, foi criada pelo Estado a Escola de Enfermagem “Carlos
Chagas”, a primeira a funcionar fora da Capital da República. A organização e direção dessa
Escola couberam a Laís Netto dos Reys, sendo inaugurada em 19 de julho do mesmo ano.
Fundada e dirigida pela Irmã Matilde Nina, Filha de Caridade, a Escola de Enfermagem
Luisa de Marillac representou um avanço na Enfermagem Nacional, pois abria largamente
suas portas, não só às jovens estudantes seculares, como também às religiosas de todas as
Congregações.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 15
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ENTIDADES de CLASSE
e DOCUMENTOS BÁSICOS
de ENFERMAGEM
HISTÓRIA DA
16 ENFERMAGEM e ÉTICA
A Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), a primeira a surgir dentre os três tipos de
entidades, foi também responsável pela criação dos outros dois: Conselhos de Enfermagem
e Sindicatos de Enfermeiros.
Historicamente, os enfermeiros começaram a despertar para a necessidade de ver a
profissão regulamentada, em face da proliferação de diferentes grupos de pessoas, com
pequeno ou nenhum preparo que também desenvolveram atividades de enfermagem. A
solução, identificada pelas enfermeiras pioneiras na ocasião, era a criação de um Conselho
de Enfermagem.
Assim, foi elaborado o primeiro anteprojeto do Conselho de Enfermagem que deu
entrada, segundo Carvalho, no Ministério da Educação e Saúde, em julho de 1945. Nessa
mesma ocasião, isto é, em 1945, houve a mudança de denominação do “Sindicato de
Enfermeiros e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde”. O primeiro congregava
somente enfermeiros, diplomados ou não, que estivessem exercendo a profissão. Tendo a
denominação alterada, passou a admitir todos os trabalhadores de instituições hospitalares,
mesmo os não pertencentes ao serviço de enfermagem, com todas as consequências
deletérias possíveis.
Assim, viram-se os enfermeiros diante de dois grandes problemas: Qual era o mais
urgente? A criação de um Conselho ou de um órgão de reivindicação da classe, ou dos dois?
Por desígnios da própria história, tiveram precedência os Conselhos Federais e Regionais
de Enfermagem, criados pela Lei nº 5.905; de 13 de julho de 1973.
O primeiro órgão de reivindicação da classe surgiu no Brasil, em maio de 1976, o
Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Sul. Em agosto de 1977, a Associação
Profissional de Enfermeiros do Município do Rio de Janeiro também recebeu sua carta sindical.
E, finalmente, em junho de 1980, foi outorgada a carta sindical à Associação Profissional dos
Enfermeiros do Estado da Bahia, transformando-a no terceiro Sindicato dos Enfermeiros já
criado no país.
A multiplicação de entidades de classe na enfermagem, como em qualquer outra
profissão, é uma decorrência do próprio crescimento e especificação de atribuições. Muito
embora a ABEn, como está registrada em sua história, em inúmeras oportunidades, tenha
saído em campo para defender interesses, inclusive econômico da profissão, na verdade ela
não tinha e não tem competência legal para isso. Se há 10 anos, essa incompetência não era
arguida, hoje já não são admitidas interferências dessa ordem pelos próprios órgãos públicos.
As possíveis dúvidas que ainda persistem na mente de alguns enfermeiros, o que os
levaram a fazer as queixas referidas no início, motivaram o presente estudo, como colaboração,
para que esses profissionais possam melhor compreender e valorizar as entidades que
representam a própria classe.
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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 17
Acompanhe o quadro que resume as diferenças entre as diversas entidades de classe
na Enfermagem.
Registro em Registro em
Origem Outorgada I
cartório de pessoas cartório de pessoas Lei n° 5.905/73
na criação Carta sindical
jurídicas jurídicas
Autarquia federal
Tipo Sociedade civil de Sociedade civil de Sociedade civil vinculada ao
de organização direito privado direito privado de direito privado Ministério do
Trabalho
Enfermeiros,
Obstetrizes,
Enfermeiros, Enfermeiros,
educadores, ou
Obstetrizes, Obstetrizes,
outras pessoas
Membros técnicos de Técnicos de
interessadas na Enfermeiros
ou inscritos enfermagem, enfermagem,
educação em
estudantes do Auxiliares de
enfermagem e
curso de graduação enfermagem
instituições (ABEn,
escolas, etc.)
Disciplina e controle
Promoção de
Promoção de Defesa de exercício
Competências educação em
atividades culturais econômica profissional.
enfermagem
Fiscalização
No COFEN – pelos
Pelos associa- Pelos sindicaliza-
delegados eleitores
Eleição Pelos associados dos em assembleia dos em assem-
No COREN – pelos
geral bleia Geral
inscritos
Comissão de
tomada de contas
Conselho fiscal
Controle e inspetoria geral
Conselho fiscal Conselho fiscal e Ministério do
financeiro de finanças do
Trabalho
Ministério do
Trabalho
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HISTÓRIA DA
18 ENFERMAGEM e ÉTICA
8.1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM
Sociedade civil, sem fins lucrativos, que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem,
fundada em agosto de 1926, sob a denominação de “Associação Nacional de Enfermeiras
Diplomadas Brasileiras”.
É uma entidade de direito privado, de caráter científico e assistencial, regida pelas
disposições do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial. Em 1929, no Canadá,
na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem foi admitida no Conselho
Internacional de Enfermeiras (lCN). Por um espaço de tempo, a associação ficou inativa.
HISTÓRICO
Criação - Em 12 de julho de 1973, por meio da Lei 5.905, foram criados os Conselhos
Federais e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais
vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho Federal e os
Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício da Profissão de Enfermeiros,
e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem. Em cada estado existe um
Conselho Regional, os quais estão subordinados ao Conselho Federal, que é sediado no
Rio de Janeiro e com escritório Federal em Brasília.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 19
Finalidade - São entidades públicas de direito privadas, vinculadas ao Poder Executivo, na
esfera da fiscalização do exercício profissional. O objetivo primordial é zelar pela qualidade
dos profissionais de Enfermagem, pelo respeito ao Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional.
HISTÓRIA DA
20 ENFERMAGEM e ÉTICA
e colhendo dados para a instauração dos processos de competência do COREN para
encaminhamento às repartições competentes.
8.4.2 - Juramento
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 23
9.4 O QUE É ÉTICA PROFISSIONAL?
Modernamente, a maioria das profissões tem o seu próprio código de ética profissional,
que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, frequentemente
incorporadas à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força de lei; note-
se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão incorporados à lei, seu estudo
tem alta probabilidade de exercer influência; por exemplo, em julgamentos nos quais se
discutam fatos relativos à conduta profissional. Ademais, o seu não cumprimento pode resultar
em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura pública e suspensão
temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão.
HISTÓRIA DA
24 ENFERMAGEM e ÉTICA
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas
nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma
pessoa pode exercer.
Atitudes de generosidade e cooperação no trabalho em equipe, mesmo quando a
atividade é exercida solitariamente em uma sala, fazem parte de um conjunto maior de
atividades que dependem do bom desempenho desta.
Uma postura proativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a
você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja temporário.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 25
9.10 O QUE SÃO VALORES HUMANOS?
Os valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana.
Todos os seres humanos podem e devem tomar conhecimento dos valores a eles inerentes.
Muito das causas que afligem a humanidade está na negação destes valores como suporte
e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e, consequentemente,
do social.
A vivência dos valores alicerça o caráter, e reflete-se na conduta como uma conquista
espiritual da personalidade.
Para um profissional/homem conduzir com sucesso (que é um conceito relativo a cada
um) a sua vida, tem de percorrer lado a lado com os seus valores humanos, a sua escalada
e a sua trajetória por este mundo.
Entendo que os principais sejam: honestidade, verdade, justiça, ética, disciplina,
integridade, paz (autoestima, autocontrole, autoconfiança, auto aceitação e desapego) e amor.
Distanásia: é a prática pela qual se continua, por meio de recursos artificiais, a vida de
um enfermo. A distanásia representa, atualmente, uma questão bioética e de biodireito.
Algumas pessoas prolongam artificialmente a vida de uma pessoa biologicamente morta.
Ortotanásia: é o termo utilizado pelos médicos para definir a morte natural, sem
interferência da ciência, permitindo ao paciente uma morte digna, sem sofrimento,
deixando a evolução e percurso da doença. Portanto, evitam-se métodos extraordinários
de suporte em pacientes irrecuperáveis e que já foram submetidos a Suporte Avançado
de Vida. A persistência terapêutica em paciente irrecuperável está associada à distanásia,
considerada morte com sofrimento.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 27
9.13 CÓDIGO PENAL: PARTE ESPECIAL
Crime Doloso
Crime Culposo
II. Culposo quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o
houver causado ao menos culposamente.
Capítulo I
Direitos
Art. 2° Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação
à sua prática profissional.
Art. 3° Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos
e interesses da categoria e da sociedade.
Art. 4° Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por meio do Conselho
Regional de Enfermagem.
Responsabilidades e deveres
HISTÓRIA DA
28 ENFERMAGEM e ÉTICA
Art. 6° Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e
na diversidade de opinião e posição ideológica.
Art. 7° Comunicar ao Coren e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam dispositivos legais
e que possam prejudicar o exercício profissional.
Proibições
Art. 8° Promover e ser conivente com a injúria, calúnia e difamação de membro da Equipe
de Enfermagem, Equipe de Saúde e de trabalhadores de outras áreas, de organizações da
categoria ou instituições.
Art. 9° Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato,
que infrinja postulados éticos e legais.
Lesão Corporal
1° - Se resulta:
2° - Se resulta:
V. aborto.
HISTÓRIA DA
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Lesão Corporal Seguida de Morte
3° - Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem
assumiu o risco de produzi-la:
4°- Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Obs. dji. Grau. 4: Pena (s)
Substituição da Pena
5° - O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de
multa:
6° - Se a lesão é culposa:
III. com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;
IV. à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou tome
impossível a defesa do ofendido;
HISTÓRIA DA
30 ENFERMAGEM e ÉTICA
SEÇÃO I
Direitos
Art. 10 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica,
ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
Responsabilidade e deveres
Art. 13 Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente
aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.
Art. 17 Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos,
riscos, benefícios e intercorrências acerca da Assistência de Enfermagem.
Art. 18 Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu
representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto e bem-estar.
Art. 19 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo
vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 31
Art. 22 Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência,
epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.
Art. 23 Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão, nos
termos da lei.
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com
consciência, sobre a sua participação ou não abortivo.
Art. 31 Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos casos previstos na
legislação vigente e em situação de emergência.
Art. 33 Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso
de emergência.
Art. 34 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência.
HISTÓRIA DA
32 ENFERMAGEM e ÉTICA
SEÇÃO II
Direitos
Responsabilidades e Deveres
Art. 40 Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia,
imprudência ou negligência.
Proibições
Art. 42 Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas
ações sejam assinadas por outro profissional.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 33
SEÇÃO III
Direitos
Responsabilidades e deveres
Proibições
Art. 56. Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e às demais
Módulo 1_03
Art. 59 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional
quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem.
SEÇÃO IV
Direitos
Art. 66 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu exercício profissional
e do setor saúde.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 35
Art. 68 Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da Enfermagem informações
referentes ao processo de cuidar da pessoa.
Responsabilidades e deveres
Proibições
Art. 74 Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência
desleal.
Art. 75 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde,
unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere
sem nele exercer as funções de Enfermagem pressupostas.
Art. 77 Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas ou jurídicas
para conseguir qualquer tipo de vantagem.
Art. 78 Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor
ordens, opiniões, atentar contra o pudor, assediar sexual ou moralmente, inferiorizar pessoas
ou dificultar o exercício profissional.
Art. 79 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular de que
tenha posse em razão do cargo, ou desviá-la em proveito próprio ou de outrem.
HISTÓRIA DA
36 ENFERMAGEM e ÉTICA
Capitulo II
Do sigilo profissional
Direitos
Responsabilidades e deveres
Art. 82 Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua
atividade profissional, exceto casos previstos em lei, ordem judicial, ou com o consentimento
escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal.
1°- Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de
falecimento da pessoa envolvida.
2°- Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à
prestação da assistência.
Proibições
Art. 84 Franquear o acesso a informações e documentos a pessoas que não estão diretamente
envolvidas na prestação da assistência, exceto nos casos previstos na legislação vigente ou
por ordem judicial.
Art. 85 Divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de forma que os envolvidos
possam ser identificados.
Capítulo IV
Direitos
Responsabilidades e deveres
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Art. 89. Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres humanos, segundo
a especificidade da investigação.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 37
Art. 90 Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida e à integridade da
pessoa.
Art. 93 Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da profissão no ensino,
na pesquisa e produções técnico-científicas.
Proibições
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa bem como, usá-las para fins diferentes
dos pré-determinados.
Art. 98 Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito participante do estudo
sem sua autorização.
Art. 100 Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, dados,
informações, ou opiniões ainda não publicados.
Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha participado
como autor ou não, implantadas em serviços ou instituições sob concordância ou concessão
do autor.
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou
coautor em obra técnico-científica.
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HISTÓRIA DA
38 ENFERMAGEM e ÉTICA
Capítulo IV
Da publicidade
Direitos
Art. 103 Utilizar-se de veículo de comunicação para conceder entrevistas ou divulgar eventos
e assuntos de sua competência, com finalidade educativa e de interesse social.
Responsabilidades e deveres
Art. 106 Zelar pelos preceitos éticos e legais da profissão nas diferentes formas de divulgação.
Proibições
Art. 107 Divulgar informação inverídica sobre assunto de sua área profissional.
Art. 108 Inserir imagens ou informações que possam identificar pessoas e instituições sem
sua prévia autorização.
Art. 111 Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor honorários que caracterizem
concorrência desleal.
Capítulo V
Art. 112 A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros
dispositivos legais.
Art. 113 Considera-se Infração Ética a ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem.
Art. 114 Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal
e Regional de Enfermagem.
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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 39
Art. 115 Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela
obtiver benefício, quando cometida por outrem.
Art. 116 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos, do dano e
de suas consequências.
Art. 117 A infração é apurada em processo instaurado e conduzida nos termos do Código
de Processo Ético das Autarquias dos Profissionais de Enfermagem.
Art. 118 A penalidade a serem imposta pelos Conselhos Federais e Regionais de Enfermagem,
conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I. advertência verbal;
II. multa;
III. censura:
3° - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos
Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
HISTÓRIA DA
40 ENFERMAGEM e ÉTICA
Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de
Enfermagem, terá como instância superior a Assembleia dos Delegados Regionais.
Art. 121 As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, segundo a natureza
do ato e a circunstância de cada caso.
I. ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência,
evitar ou minorar as consequências do seu ato;
I. ser reincidente;
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 41
IV. cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
VII. cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou
função;
Capítulo VI
Art. 124 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas,
cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 125 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 5° a 7°; 12 a 14; 16 a 24; 27; 30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69 a
71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 89; 98 a 102; 105; 106; 108 a 111 deste Código.
Art. 126 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 5° a 9°; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38 a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82;
84; 85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107; 108; 110; e 111 deste Código.
Art. 127 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 8°; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51; 54; 56 a 59; 71 a 80; 82; 84; 85; 90; 91;
94 a 102; 106; 107 a 111 deste Código.
Art. 128 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos: 8°; 9°; 12; 15; 16; 25; 26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48;
56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.
Art. 129 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de
infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9°, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código.
Capítulo VII
Art. 130 Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 131. Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por
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HISTÓRIA DA
42 ENFERMAGEM e ÉTICA
Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria,
coordenada pelos Conselhos Regionais.
Art. 132 O presente Código entrará em vigor 90 dias após sua publicação, revogadas as
disposições em contrário. Rio de Janeiro, 08 de fevereiro de 2007.
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o Art. 81, item 111, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no Art. 25 da Lei n° 7.498, de 25 de junho de 1986.
Decreta:
I. o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
IV. aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiveram título de Enfermeira
conforme o disposto na letra “d” do Art. 3°. do Decreto-lei Decreto n° 50.387, de 28 de
março de 1961.
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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 43
Art. 5° São técnicos de Enfermagem:
II. titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como
diploma de técnico de Enfermagem.
III. o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do Art. 2°. da Lei n° 2.604, de
17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei n° 4.024, de 20 de dezembro
de 1.961;
VI. o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo
as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
I. privativamente:
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HISTÓRIA DA
44 ENFERMAGEM e ÉTICA
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde,
pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
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ENFERMAGEM e ÉTICA 45
k) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem
distocia;
II. Identificação das distocias obstétricas e tomadas de providências até a chegada do médico;
Art. 10° O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de níveis médios técnico,
atribuídos à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I - Assistir ao Enfermeiro:
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes
durante a assistência de saúde;
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46 ENFERMAGEM e ÉTICA
f) na execução dos programas referidos nas letras “i” e “o” do item II do Art. 8°.
c) fazer curativos;
IV. prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
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ENFERMAGEM e ÉTICA 47
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de
Enfermagem e médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação
para a saúde;
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes:
VIII- participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 12 Ao Parteiro incumbe:
I. prestar cuidados à gestante e á parturiente;
II. assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e a assistência de saúde;
III. cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único - As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão de
Enfermeiro Obstetra, quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível,
sob controle e supervisão de unidade de saúde, quando realizadas em domicílio ou onde
se fizerem necessárias.
Art. 13 As atividades relacionadas nos Artigos 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob
a supervisão, orientação e direção de Enfermeiro.
Art. 14 Incumbe a todo o pessoal de Enfermagem:
I. cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem;
II. quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência de
Enfermagem, para fins estatísticos.
Art. 15 Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito
Federal e dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e
funções e contratação de pessoal de Enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição
no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único - Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em
articulação com o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das
situações já existentes com as disposições deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos
quanto a vencimentos e salários.
Art. 16 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 17 Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 08 de junho de 1987.
José Sarney
Eros Antônio de Almeida
Dec. n° 94.406, de 08.06.87 - Publicado no DOU de 09.06.87 seção I - fls. 8.853 a 8.855
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HISTÓRIA DA
48 ENFERMAGEM e ÉTICA
CÓDIGO DE ÉTICA
dos PROFISSIONAIS
de ENFERMAGEM
VOLTAR AO SUMÁRIO
10
CAPÍTULO I
CAPITULO II
Dos Direitos
Art. 7° Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal.
Art. 8° Ser informado sobre o diagnóstico provisório ou definitivo de todos os clientes que
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Parágrafo único - Ao cliente sob sua responsabilidade, deve ser garantida a continuidade
da assistência de Enfermagem.
Art. 12 Receber salários ou honorários pelo seu trabalho que deverá corresponder, no mínimo,
ao fixado por legislação específica.
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades
Art. 16 Assegurar ao cliente uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprudência.
Art. 17 Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos
ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para a clientela.
CAPÍTULO IV
Dos Deveres
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Art. 24 Prestar à clientela uma assistência de Enfermagem (livre dos riscos decorrentes de
imperícia, negligência e imprudência).
Art. 27 Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento
e seu bem-estar.
Art. 29 Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua
atividade profissional, exceto nos casos previstos em Lei.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 51
Art. 39 Alertar o profissional, quando diante de falta cometida por imperícia, imprudência
e negligência.
CAPÍTULO V
Das Proibições
Art. 42 Negar assistência de Enfermagem em caso de urgência ou emergência.
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com
a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo.
Art. 47 Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que o compõem e
da existência de risco para o cliente.
Art. 51 Prestar ao cliente serviços que por sua natureza incumbem a outro profissional, exceto
em caso de emergência.
HISTÓRIA DA
52 ENFERMAGEM e ÉTICA
Parágrafo único - A participação do profissional de Enfermagem nas pesquisas experimentais,
deve ser precedida de consentimento, por escrito, do cliente ou do seu representante legal.
Art. 54 Publicar trabalho com elementos que identifiquem o cliente, sem sua autorização.
Art. 55 Publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participação ou omitir
em publicações, nomes de colaboradores e/ou orientadores.
Art. 56 Utilizar-se, sem referência ao autor ou sem autorização expressa, de dados, informações
ou opiniões ainda não publicados.
Art. 59 Trabalhar e/ou colaborar com pessoas físicas e/ou jurídicas que desrespeitem
princípios éticos de Enfermagem.
Art.61 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência
desleal.
Art. 63 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde,
unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere
sem nele exercer as funções de Enfermagem pressupostas.
Art. 64 Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que outro
profissional assine as que executou.
Art. 65 Receber vantagens de instituição, empresa ou de cliente, além do que lhe é devido,
como forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer
natureza para si ou para outrem.
Art. 67 Usar de qualquer mecanismo de pressão e/ou suborno com pessoas físicas e/ou
jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem.
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HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 53
Art. 68 Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor
ordens, opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício profissional.
Art. 69 Ser conivente com crime, contravenção penal ou ato praticado por membro da equipe
de trabalho que infrinja postulado ético profissional.
Art. 70 Denegrir a imagem do colega e/ou de outro membro da equipe de saúde, de entidade
de classe e/ou de instituição onde trabalha.
CAPÍTULO VI
Art. 74 Manter-se regularizado com suas obrigações financeiras com o Conselho Regional
de Enfermagem.
Art. 78 Não se apropriar de dinheiro, valor ou quaisquer bem imóveis, públicos ou particulares
de que tenha posse, em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.
CAPÍTULO VII
HISTÓRIA DA
54 ENFERMAGEM e ÉTICA
Art. 81 Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federais
e Regionais de Enfermagem.
Art. 82 Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela
obtiver benefício, quando cometida por outrem.
Art. 84 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos deste Código.
I. advertência verbal;
II. multa;
III. censura;
Parágrafo terceiro - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações
oficiais dos Conselhos Federais e Regionais de Enfermagem.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 55
Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de
Enfermagem, terá como instância superior a Assembleia dos Delegados Regionais.
Parágrafo primeiro - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física,
mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade.
Parágrafo segundo - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida,
debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa.
I. ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência,
evitar ou minorar as consequências do seu ato;
I. ser reincidente;
HISTÓRIA DA
56 ENFERMAGEM e ÉTICA
V. facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra
infração;
VII. cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo
ou função;
CAPÍTULO VIII
Art. 92 A pena de Advertência Verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 16 a 26; 28 a 35; 37 a 44; 47 a 50; 52; 54; 56; 58 a 62 e 64 a 78 deste
Código.
Art. 93 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 16 a 75 e 77 a 79, deste Código.
Art. 94 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 16; 17; 21 a 29; 32; 35 a 37; 42; 43; 45 a 53; 55 a 75 e 77 a 79, deste Código.
CAPÍTULO IX
Art. 98 Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por iniciar
a própria e/ou mediante proposta de Conselhos Regionais.
Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria.
Módulo 1_03
Art. 99 O presente Código entrará em vigor na data de sua publicação, revogando as demais
disposições em contrário.
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HISTÓRIA DA
58 ENFERMAGEM e ÉTICA
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM e ÉTICA 59
são josé dos pinhais: rua cap. benjamin claudino ferreira, 1846 - centro - 41 3282-7887
paranaguá: rua joão eugênio, 558 - centro - 41 3425-5857
araucária: RUA PREFEITO ODORICO FRANCO FERREIRA, 654 - centro - 41 3031-7887
HISTÓRIA DA camboriú: rua pernambuco, 153 - areias - 47 3050-0808
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