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MÓDULO 01_EDUCAÇÃO PARA AUTOCUIDADO

BIOSSEGURANÇA nas ações


de Saúde e Enfermagem 1
DIREÇÃO
Jones Braghirolli Menna Barreto

SUPERVISÃO DE CONTEÚDO
Carla Mariano
Celso Teixeira
Mileni Rodrigues D. Campos

REVISÃO
Izabela de Gracia Yabe

PROJETO GRÁFICO
Ana Maria Oleniki

DIAGRAMAÇÃO
João Pedro Lopes dos Santos

É vedada a reprodução total ou parcial desta


obra, ou tradução, assim como fotocópias ou
armazenamento de qualquer tipo, sem prévia
autorização por escrito dos detentores dos
sireitos autorais.
A reprodução total ou parcial constitui crime.
(Art. 184 do Cód. Penal e lei n°8635/93)
COLETIVA

BIOSSEGURANÇA nas ações


2 de Saúde e Enfermagem
Sumário

Introdução 5

1. Biossegurança em Saúde 7
2. Níveis de Biossegurança 8

3. Biossegurança em Estabelecimentos de Saúde 10

4. Conceitos Básicos para o Reprocessamento 12


de Artigos em Serviços de Saúde
5. Norma Regulamentadora nº 32 ou NR-32 14

6. Higienização das Mãos 16


7. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 21
8. Medidas adotadas para Controle de Infecções 22
9. Gerenciamento dos Resíduos em Saúde (RSS) 23
10. Campanha Abril Verde 29
Biossegurança

Referências Bibliográficas 31
BIOSSEGURANÇA nas ações
EDUCAÇÃO PARA
de Saúde e Enfermagem
AUTOCUIDADO 3
COLETIVA
INTRODUÇÃO

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A biossegurança é uma área de conhecimento definida pela Agência Nacional de


Vigilância Sanitária (AVINSA, 2007) como:

“condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,


reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana,
animal e o meio ambiente”.

A biossegurança tem o papel fundamental na promoção à saúde, uma vez que aborda
medidas de controle de infecção para proteção dos funcionários, além de colaborar para a
preservação do meio ambiente, no que se refere ao descarte de resíduos proveniente desse
ambiente, contribuindo para a redução de riscos à saúde.
As ações de biossegurança em saúde são primordiais para a promoção e manutenção
do bem-estar e proteção à vida.
Biossegurança

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de Saúde e Enfermagem 5
BIOSSEGURANÇA

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em Saúde 1
Contribui substancialmente
para a qualidade, promoção Lei da Comissão de Biossegurança

e proteção à saúde, LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005

assegurados nos princípios Estabelece normas de segurança e meca-


básicos do SUS. nismos de fiscalização sobre a construção,
A implantação de uma o cultivo, a produção, a manipulação, o

política adequada de transporte, a transferência, a importação, a


exportação, o armazenamento, a pesquisa,
Biossegurança propicia
a comercialização, o consumo, a liberação
práticas mais seguras,
no meio ambiente e o descarte de organis-
minimizando agravos à
mos geneticamente modificados – OGM
saúde dos trabalhadores e seus derivados, tendo como diretrizes o
e pacientes no ambiente estímulo ao avanço científico na área de
hospitalar. biossegurança e biotecnologia, a proteção
à vida e à saúde humana, animal e vegetal,
e a observância do princípio da precaução
para a proteção do meio ambiente. Cria
o Conselho Nacional de Biossegurança
– CNBS, reestrutura a Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança – CTNBio,
dispõe sobre a Política Nacional de
Biossegurança – PNB.

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de Saúde e Enfermagem 7
2 BIOSSEGURANÇA
Níveis de

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NB - 1: Nível de Biossegurança 1 FIGURA 1 - LACTOBACILUS SP

Requer procedimentos para o trabalho


com micro-organismos (classe de risco 1) que
normalmente não causam doença em seres
humanos ou em animais de laboratório.

FIGURA 2 - SCHISTOSOMA MANSONI


NB - 2: Nível de Biossegurança 2
Requer procedimentos para o trabalho
com micro-organismos (classe de risco 2)
capazes de causar doenças em seres humanos
ou em animais de laboratório sem apresentar
risco grave aos trabalhadores, comunidade ou
ambiente. Agentes não transmissíveis pelo ar.
Há tratamento efetivo e medidas preventivas
disponíveis. O risco de contaminação é
pequeno.
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8 de Saúde e Enfermagem
NB - 3: Nível de Biossegurança 3
FIGURA 3 - BACILLUS ANTHRACIS
Requer procedimentos para o trabalho
com micro-organismos (classe de risco 3)
que geralmente causam doenças em seres
humanos ou em animais e podem representar
um risco se disseminado na comunidade, mas
usualmente existem medidas de tratamento
e prevenção. Exige contenção para impedir
a transmissão pelo ar.

NB - 4: Nível de Biossegurança 4
Requer procedimentos para o trabalho com micro-organismos (classe de risco 4) que
causam doenças graves ou letais para seres humanos e animais, com fácil transmissão por
contato individual casual. Não existem medidas preventivas e de tratamento para estes
agentes.

FIGURA 4 - FILOVIRUS
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de Saúde e Enfermagem 9
3 BIOSSEGURANÇA
em Estabelecimentos
de Saúde
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Todo profissional que trabalha com substâncias químicas de risco, com material
biológico que esteja sujeito a radiações, ou que manipule material perfurocortante;
ou ainda, equipamentos com bases de funcionamento físico (micro-ondas, ultrassom,
autoclaves, etc.), deve:

1) Estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio,


autocontrole e comportamento.

2) Ler a recomendação da biossegurança de saúde e procedimentos


operacionais padrão do setor.

3) Agir com tranquilidade e sem pressa.

4) Prevenir-se de eventuais acidentes utilizando, de acordo com


a sua necessidade, os equipamentos de proteção individual e
coletivo (jaleco, avental, óculos, protetor facial, cabelos presos,
luvas, botas, máscara, avental de chumbo, câmara de exaustão,
cabina de segurança biológica e química).

O profissional deve ter consciência da necessidade de mudança de roupa na saída do


trabalho e da assepsia, pelo menos das mãos. Os cabelos devem estar amarrados e, ao
ingressar em casa, o profissional deve deixar a vestimenta e acessórios em local separado
para limpeza antes de serem guardados com os outros utensílios.
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10 de Saúde e Enfermagem
Nos setores de maior trânsito e fluxo de pessoas, as sinalizações gerais das áreas restritas
e permitidas devem ser frequentes e devem estar visíveis.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS HOSPITALARES

ÁREA CRÍTICA: a que oferece risco potencial para aquisição de infecção, seja pelos pro-
cedimentos invasivos realizados, ou pela presença de pacientes susceptíveis às infecções.
Exemplo:
Centro Cirúrgico e Obstétrico, Berçário, UTI, Hemodiálise, Laboratório, CME, Banco de
Sangue, área suja de lavanderia, etc.

ÁREA SEMICRÍTICA: possui menor risco de infecção, são ocupadas por pacientes que
não exigem cuidados intensivos ou de isolamento.
Exemplo: Enfermarias, Apartamentos e Ambulatórios.

ÁREA NÃO CRÍTICA: todas as áreas não ocupadas por pacientes e aquelas destinadas
a exames de pacientes.
Exemplo: Escritórios, Almoxarifado, Setor de Radiologia e Consultórios.
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4 para o REPROCESSAMENTO
Conceitos Básicos

de artigos em serviços de saúde


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4.1 CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS


Os artigos de múltiplo uso são classificados de acordo com os riscos potenciais de
transmissão de infecção para os pacientes e para definição dos processos a que serão
submetidos após seu uso, da seguinte forma:

•• Artigos críticos: são utilizados em procedimentos invasivos com penetração em


pele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular (áreas sem
colonização, com microbiota própria) incluindo também todos os artigos ou
produtos a eles conectados. Estes artigos, após limpeza, devem ser submetidos à
ESTERILIZAÇÃO.

•• Artigos semicríticos: entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas
íntegras (tecidos que possuem colonização com microbiota própria). Estes artigos,
após limpeza, devem ser submetidos à DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL OU
ESTERILIZAÇÃO.

•• Artigos não críticos: entram em contato com a pele íntegra, bem como aqueles que
não entram em contato direto com o paciente. Estes artigos requerem LIMPEZA
após seu uso e, dependendo do que destina seu último uso, devem ser submetidos
à DESINFECÇÃO DE BAIXO OU MÉDIO NÍVEL.
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12 de Saúde e Enfermagem
LIMPEZA: é a remoção mecânica de sujidade. É realizada pela aplicação de energia
mecânica (fricção), química (soluções detergentes, desincrustastes ou enzimáticas) ou
térmicas.

DESINFECÇÃO: é o processo de eliminação de micro-organismos na forma vegetativa,


presentes nos artigos e objetos inanimados, mediante a aplicação de agentes físicos ou
químicos. Este processo é subdividido em 03 níveis: alto (destrói quase todos os tipos
de micro-organismos, incluindo alguns esporos), intermediário (não possui ação contra
esporos, mas destrói vírus e microbactérias) e baixo (não possui ação contra esporos,
vírus não lipídicos e microbactérias).

ESTERILIZAÇÃO: é o processo pelo qual os micro-organismos são mortos a tal ponto


que não se possa detectá-los no meio padrão de culturas em que previamente os
agentes haviam proliferado. Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de
sobrevivência dos micro-organismos que o contaminavam é menor do que 1:1000.000

REPROCESSAMENTO: processo a ser aplicado em artigos odonto-médico-hospitalares;


para sua reutilização, inclui-se limpeza, desinfecção, preparo, embalagem, rotulagem,
esterilização, testes biológicos e químicos, análise residual do agente esterilizante, que
garanta o desempenho e a segurança. Este processo não pode ser aplicado a artigos
de uso único.

REESTERILIZAÇÃO: é o processo de esterilização de artigos já esterilizados, mas não


utilizados. Este processo está indicado caso ocorram situações que comprometam a
segurança da esterilização inicial (desde que estejam dentro do prazo de validade do
produto ou da esterilização)
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de Saúde e Enfermagem 13
5 NORMA
REGULAMENTADORA
nº 32 ou NR-32
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É uma legislação do Objetivo


Ministério do Trabalho Prevenir os acidentes e o adoecimento
e Emprego que causado pelo trabalho nos profissionais da
estabelece medidas saúde, eliminando ou controlando as condições
para proteger a de risco presentes nos Serviços de Saúde. Ela
segurança e a saúde recomenda, para cada situação de risco, a
adoção de medidas preventivas e a capacitação
dos trabalhadores de
dos trabalhadores para o trabalho seguro.
saúde.

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14 de Saúde e Enfermagem
Tabela 1 - Agentes e ambientes de risco ocupacional em serviços de saúde
TABELA 1 - Agentes e ambientes de risco ocupacional em serviços de saúde

FONTE: http://www.saude.sp.gov.br
Biossegurança

Fonte: http://www.saude.sp.gov.br/resources/crh/ggp/cartilhas/normas_regulamentares.pdf.
Acessado em: 12/04/2018.
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de Saúde e Enfermagem 15
6 Higienização
das MÃOS
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É considerada uma das As mãos constituem a principal via de


principais ferramentas de transmissão de micro-organismos durante a
assistência prestada aos pacientes, pois a pele
proteção, tanto para o
é um possível reservatório de diversos micro-
profissional da área da saúde, organismos, os quais podem se transferir de uma
quanto para o paciente, superfície para outra, por meio de contato direto
pois a sua falta ou execução (pele com pele), ou indireto, a partir do contato
de maneira imprópria com objetos e superfícies contaminados.
contribui para a infecção
cruzada nos ambientes de 6.1 FINALIDADES DA
trabalho, contribuindo para HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
a disseminação de micro- •• Remoção de sujidade, suor, oleosidade,
organismos que podem pelos, células descamativas e da microbiota
potencializar o quadro clínico da pele, interrompendo a transmissão de
infecções veiculadas ao contato.
dos pacientes.
•• Prevenção e redução das infecções
causadas pelas transmissões cruzadas.
Devem higienizar as mãos todos os profis-
sionais que trabalham em serviços de saúde, que
mantêm contato direto ou indireto com os pacien-
tes, que atuam na manipulação de medicamentos,
alimentos e material estéril ou contaminado.
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16 de Saúde e Enfermagem
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se:
água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico, esta última com indicação ao centro cirúrgico.
As diferenças nas técnicas estão pautadas na duração do procedimento, como no tipo produto
utilizado, tal qual veremos a seguir.

FIGURA 5 – HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS


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FIGURA 6 – HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS

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18 de Saúde e Enfermagem
Outro aspecto importante no processo de higienização das mãos é a orientação nos
momentos em que o profissional deve intensificar a atenção para que a garantia, quanto à
Segurança do Paciente, seja assegurada na assistência à saúde.

FIGURA 7 – OS 5 MOMENTOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

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de Saúde e Enfermagem 19
6.2 OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES DA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
•• Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas.
•• Não use unhas postiças, quando entrar em contato direto com os pacientes.
•• Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos, quando assistir ao paciente.
•• Aplique creme hidratante nas mãos, diariamente, para evitar ressecamento na pele.

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20 de Saúde e Enfermagem
Equipamentos de
Proteção Individual (EPI)

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7
NORMA REGULAMENTADORA no6 (NR no6)
É todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física
do trabalhador. Seu uso destina-se à proteção contra riscos capazes de ameaçar a segurança
e a saúde do indivíduo que utiliza este equipamento.

Obrigações do Empregador:

Fornecer os EPIs adequados às atividades.


Instruir e treinar os funcionários quanto ao uso dos EPIs.
Fiscalizar e exigir o uso dos EPIs.
Repor os EPIs quando danificados.

Obrigação do Empregado:

Usar e conservar seus EPIs.

Equipamentos de Proteção Individual utilizados pelos


profissionais que atuam na área da saúde.
ATENÇÃO!
•• Luvas de procedimento;
O uso dos Equipamentos de
•• Máscara de proteção respiratória;
Proteção Individual NÃO exclui a
•• Protetores faciais ou óculos; responsabilidade do profissional
de saúde de executar a técnica
•• Avental;
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da HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.


•• Gorro.

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de Saúde e Enfermagem 21
8 Medidas Adotadas para
Controle de Infecções
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Com o intuito de evitar a transmissão de doença no ambiente de saúde, principalmente no


ambiente hospitalar, foram adotadas medidas de precauções específicas, onde são aplicadas
a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

8.1 PRECAUÇÕES PADRÃO


Este tipo de precaução deve ser aplicado no atendimento de TODOS os pacientes, independente
do seu estado de saúde.

FIGURA 8 – PRECAUÇÃO PADRÃO

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22 de Saúde e Enfermagem
8.2 PRECAUÇÕES EXPANDIDAS
Apresentam-se de 3 formas: Contato, Gotículas e Aerossóis. Estas precauções devem
ser adotadas quando a doença possui algum modo de transmissão específico.

FIGURA 9 – PRECAUÇÃO DE CONTATO


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de Saúde e Enfermagem 23
8.3 PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS

FIGURA 10 – PRECAUÇÃO PARA GOTÍCULAS

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24 de Saúde e Enfermagem
8.4 PRECAUÇÃO POR AEROSSÓIS

FIGURA 11 – PRECAUÇÃO PARA AEROSSÓIS


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de Saúde e Enfermagem 25
9 Gerenciamento dos
Resíduos em Saúde (RSS)

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O gerenciamento dos RSS 9.1 MANEJO DOS RESÍDUOS EM


constitui-se em um conjunto SAÚDE (RSS)
de procedimentos de gestão,
É entendido como a ação de gerenciar
planejados e implementados
os resíduos, em seus aspectos intra e extra
a partir de bases científicas estabelecimento, desde a geração, até a disposição
e técnicas, normativas e final, incluindo as seguintes etapas:
legais, com o objetivo de
minimizar a produção de SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos
resíduos e proporcionar resíduos no momento e local de sua geração, de
aos resíduos gerados, um acordo com as características físicas, químicas,
biológicas, o seu estado físico e os riscos
encaminhamento seguro, de
envolvidos.
forma eficiente, visando à
proteção dos trabalhadores, ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de
embalar os resíduos segregados, em sacos ou
à preservação da saúde
recipientes que evitem vazamentos e resistam
pública, dos recursos naturais às ações de punctura e ruptura. A capacidade
e do meio ambiente. dos recipientes de acondicionamento deve ser
compatível com a geração diária de cada tipo de
resíduo.

IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas


que permite o reconhecimento dos resíduos
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contidos nos sacos e recipientes, fornecendo
informações ao correto manejo dos RSS.
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26 de Saúde e Enfermagem
•• A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de
coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais
de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando- se
símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500
da ABNT.

•• O Grupo A é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500


da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

•• O Grupo B é identificado por meiodo símbolo de risco associado, de acordo com a


NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco.

•• O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante


(trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido
da expressão REJEITO RADIOATIVO.

•• O Grupo E é identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500


da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da
inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.

FIGURA 12 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS EM SAÚDE


Biossegurança

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de Saúde e Enfermagem 27
TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até
local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade
de apresentação para a coleta.

•• Os recipientes para transporte interno devem ser constituídos de material rígido,


lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento,
cantos e bordas arredondados, e serem identificados com o símbolo correspondente
ao risco do resíduo neles contidos, de acordo com este Regulamento Técnico. Devem
ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído.

•• Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no


fundo. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga
permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do
Ministério do Trabalho e Emprego.

ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO - Consiste na guarda temporária dos recipientes


contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração,
visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os
pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá
ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo
obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.

TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique


as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de
contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento
pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento,
observadas, nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o
estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos
de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a
Resolução CONAMA nº. 237/1997, e são passíveis de fiscalização e de controle pelos
órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.

ARMAZENAMENTO EXTERNO - Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a


realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para
os veículos coletores.

COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS - Consistem na remoção dos RSS do abrigo de


resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final,
utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento
e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de
acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.

DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado


para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com
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licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/97.

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28 de Saúde e Enfermagem
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Campanha
ABRIL VERDE 10
Campanha que visa
fortalecer a cultura da Ressalta duas datas importantes:
prevenção de acidentes •• 7 de Abril – Celebração pela Organização
de trabalho apoiada Mundial da Saúde do “Dia Mundial da
pelo Sistema COFEN/ Saúde”.
Conselhos Regionais.
•• 28 de Abril – Celebração pela Organização
Promove debates com a Mundial do Trabalho do “Dia Mundial
comunidade, sociedade em Memória às Vítimas de Acidentes e
e profissionais de Doenças do Trabalho”.
Enfermagem, sobre as
problemáticas ambientais
que afligem a saúde e a
segurança do trabalhador,
promovendo a Saúde no
ambiente laboral.
O COFEN atua permanentemente na fiscalização
do dimensionamento profissional, diretamente
associado às condições de segurança no trabalho.
Propôs projeto de Lei do Descanso Digno para
Enfermagem, assegurando locais de repouso adequado
durante os plantões, e apoia a regulamentação da
Biossegurança

jornada de trabalho de 30h semanais.

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de Saúde e Enfermagem 29
FIGURA 13 – CAMPANHA ABRIL VERDE

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30 de Saúde e Enfermagem
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT NBR 7500.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2007.
BAHIA. Secretaria da Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de
Vigilância e Controle Sanitário. BRASIL. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Ciências da Saúde.
Manual de Biossegurança. Salvador. 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 306, de
07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde. Diário Oficial [da União da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, dez. 2004.
Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. Norma regulamentadora 32: segurança e saúde
no trabalho em serviços de saúde / Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais. – Belo
Horizonte: COREN-MG, 2007.
RESOLUÇÃO RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004.
RESOLUÇÃO Nº 237, DE 19 DE dezembro DE 1997.

FONTES DIGITAIS
Conselho Federal de Enfermagem. Conselho Federal de Enfermagem apoia campanha Abril Verde.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/conselho-federal-de-enfermagem-apoia-campanha-abril-
verde_50408.html. Acesso em: 12/04/2018.
Sindicato Vale dos Sinos. EPI para trabalhadores da saúde. Disponível em: http://www.sindisaudevs.
com/2012/08/epi-para-trabalhadores-da-saude.html#ixzz5Cmlq2cSl. Acesso em: 12/04/2018.

FONTES DAS IMAGENS


FIGURA 1 – https://noticias.uol.com.br. Acessado em: 13/04/2018.
FIGURA 2 – https://www.tuasaude.com/esquistossomose. Acessado em: 13/04/2018.
FIGURA 3 – http://www.bbc.com/earth/story. Acessado em: 13/04/2018.
FIGURA 4 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_por_v%C3%ADrus_%C3%89bola#/media/
File:Ebola_Virus_(2).jpg. Acessado em: 12/04/2018.
FIGURA 5 – https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
cartazes. Acessado em: 12/04/2018.
FIGURA 6 – https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
cartazes. Acessado em: 12/04/2018.
FIGURA 7 – https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/category/
cartazes. Acessado em: 12/04/2018.
FIGURA 8 – www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf. Acessado em: 12/04/2018.
Biossegurança

FIGURA 9 – www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf. Acessado em: 12/04/2018.

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de Saúde e Enfermagem 31
FIGURA 10 – www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf. Acessado em: 12/04/2018.
FIGURA 11 – www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf. Acessado em: 12/04/2018.
FIGURA 12 – https://pt.slideshare.net/williamvilhena2/resduos-hospitalares-53468171. Acessado em:
13/04/2018.
FIGURA 13 – http://www.jornaldanoticia.com.br/noticia_select.php?id=6291#.WtTyCPnwbIU.
Acessado em: 13/04/2018.
FIGURA 14 – http://www.cofen.gov.br/conselho-federal-de-enfermagem-apoia-campanha-abril-
verde_50408.html. Acessado em: 12/04/2018.

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32 de Saúde e Enfermagem
Biossegurança
são josé dos pinhais: rua cap. benjamin claudino ferreira, 1846 - centro - 41 3282-7887
paranaguá: rua joão eugênio, 558 - centro - 41 3425-5857
araucária: RUA PREFEITO ODORICO FRANCO FERREIRA, 654 - centro - 41 3031-7887
camboriú: rua pernambuco, 153 - areias - 47 3050-0808

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