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ENFERMAGEM
TEC. EM ENFERMAGEM
2019.2
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM
Maslow concebe que a necessidade de um nível tem que ser minimamente satisfeita
para que o indivíduo tenha disposição para buscar a satisfação do nível seguinte e,
nunca há satisfação completa ou permanente de uma necessidade, pois se houvesse, não
haveria mais motivação individual.
1º Nível – Necessidades Fisiológicas
São necessidades que devem ser atendidas, pelo menos em nível mínimo, para a
sobrevivência do corpo ou espécie. Dentre elas:
Oxigenação: obtida através do mecanismo da Respiração;
Nutrição: obtida através da Alimentação;
Hidratação: obtida através da ingestão de Água;
Manutenção da temperatura corporal: através do Sistema Nervoso Central (bulbo) e
ambiente;
Eliminação de resíduos ou substâncias tóxicas formadas no metabolismo: obtida através
da Excreção:
- pulmões: eliminam o CO2 (gás carbônico)
- aparelho urinário: elimina urina
- intestino: elimina as fezes
- glândulas sudoríparas: eliminam o suor
Organismo refazer-se das atividades desenvolvidas durante o estado de vigília:
conseguido através do Sono e Repouso;
Reprodução e prazer: através da Sexualidade;
Proteção das estruturas internas do organismo: obtida através da integridade cutâneo-
mucosa (primeira linha de defesa do organismo)
Desenvolvimento e fortalecimento dos músculos; facilitar a digestão, o peristaltismo e a
eliminação intestinal; ativar a circulação sanguínea; aumentar a capacidade pulmonar;
favorecer o padrão do sono; reduzir o estresse: prática de Exercícios e Atividades
Físicas;
Prevenção de deformidades; perda ou limitação de função do sistema músculo-
esquelético: obtida através da Mecânica Corporal (utilização eficiente do corpo, através
do uso correto de todos os segmentos);
Manter a pele limpa e íntegra, unhas aparadas, etc.: obtida através da realização e
manutenção da Higiene Corporal;
2º Nível – Necessidades de Proteção e Segurança
É a necessidade que o ser humano possui de sentir-se protegido, sem ameaças de ordem
física, psíquica ou social.
Inclui a necessidade de abrigo, que compreende habitação e vestuário adequados
conforme as condições climáticas. A habitação proporciona conforto físico porque
protege das intempéries, e psíquico porque proporciona sensação de segurança.
O meio-ambiente deve ser livre de agentes agressores físicos, químicos e biológicos;
deve possuir saneamento básico, iluminação, pavimentação, controle de insetos e
roedores, coleta de lixo, enfim, uma infra-estrutura básica que permita ao cidadão viver
dignamente.
Quando o ser humano está saudável e protegido, sente-se seguro.
3º Nível – Necessidade de Amor e Pertencer (gregarismo)
As pessoas necessitam de amor e afeição, de sentir que pertencem a um grupo
(gregarismo). Necessitam ter à sua volta pessoas (família, amigos, professores, etc.)
com quem possam compartilhar suas alegrias e tristezas, suas ansiedades e suas dúvidas.
Esta necessidade, em geral, surge após as necessidades de segurança e proteção estarem
satisfeitas, porque somente quando o indivíduo sente-se seguro e protegido, ele tem
tempo e energia para procurar amor e pertencer e, assim, compartilhar amor com os
outros.
4º Nível – Necessidade de Auto – Estima
Auto-estima significa “valorização de si mesmo; amor próprio”.
As pessoas devem se sentir bem em relação a si próprias, e orgulhosas quanto às suas
habilidades e realizações. A auto-estima elevada é um motivador poderoso do
comportamento.
5º Nível – Necessidade de Auto – Realização
A auto-realização é a ânsia de continuar a crescer e mudar, de trabalhar por novos
objetivos, de desenvolver talentos, de cultivar seus potenciais.
Normalmente, a auto-realização ocorre com a maturidade. O adulto auto-
realizadomostra-se satisfeito com as suas realizações e com a sua vida. Há uma
sensação de plenitude e contentamento.
Uma pessoa que se auto-realiza é autônoma, facilmente motivada, não é egocêntrica.
Geralmente é capaz de resolver seus problemas, aceita as outras pessoas e as ajuda.
BIOSSEGURANÇA
O PROCESSO DE ENFERMAGEM
O EXAME FÍSICO
O exame físico envolve uma avaliação abrangente das condições físicas gerais de um
paciente e de cada sistema orgânico. Informações úteis no planejamento dos cuidados
de um paciente podem ser obtidas em qualquer fase do exame físico. Uma avaliação
física, seja parcial ou completa, é importante para integrar o ato do exame na rotina de
assistência de enfermagem.
O exame físico deverá ser executado em local privado, sendo preferível a utilização de
uma sala bem equipada para atender a todos os procedimentos envolvidos.
Palpação: Avaliação adicional das partes do corpo realizada pelo sentido do tato. O
profissional utiliza diferentes partes da mão para detectar características como textura,
temperatura e percepção de movimentos. O examinador coloca sua mão sobre a área a
ser examinada e aprofunda cerca de 1 cm. Qualquer área sensível localizada deverá ser
examinada posteriormente mais detalhadamente. O profissional avalia posição,
consistência e turgor através de suave compressão com as pontas dos dedos na região do
exame. Após aplicação da palpação suave, intensifica-se a pressão para examinar as
condições dos órgãos do abdômen, sendo que deve ser pressionada a região
aproximadamente 2,5 cm. A palpação profunda pode ser executada com uma das mãos
ou com ambas.
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
-Proteger tecido dérmico lesionado com coxins – manter
-Aplicar curativo hidrocolóide em tecido dérmico lesionado- Manhã
-Realizar troca do curativo hidrocolóide- Tarde
-Realizar curativo em tecido dérmico lesionado com SF e óleo de girassol- Manhã e
Noite
EVOLUÇÃO
O registro da etapa de avaliação ou evolução de enfermagem no processo de
enfermagem pode estar baseado no Prontuário Orientado para o problema (POP),
segundo Weed (Philip e Leslie, 1987). A avaliação proposta pelo POP está organizada
em quatro etapas designadas sob a sigla SOAP (Subjetivo, Objetivo, Análise e Plano).
Os dados subjetivos referem-se às informações fornecidas pelo cliente, familiares e ou
amigos. Os dados objetivos apresentam observações clínicas, resultados dos exames
complementares e tratamentos significativos (terapêutica medicamentosa e cirurgias). A
análise explica o significado dos dados subjetivos e objetivos e nesta etapa o
profissional de enfermagem definir o diagnóstico de enfermagem. O plano ou prescrição
de enfermagem representa a decisão para se ter uma conduta específica baseada em
novos dados e na análise
É constituída de todo o registro das atividades de enfermagem planejadas e
desenvolvidas, observações sobre o estado físico, emocional e mental da clientela, assim
como as respostas quanto às intervenções realizadas. É utilizado como instrumento de
comunicação para a equipe multiprofissional, além de constituir fonte de informações
para auditorias, pesquisas, dentre outros.
Os registros de enfermagem são de importância fundamental para se determinar
à qualidade da assistência prestada ao indivíduo (cliente) no atendimento de suas
necessidades básicas e das necessidades da própria enfermagem em marcar sua
personalidade no contexto global da instituição e da profissão.
Podem ser realizados no prontuário pela equipe de enfermagem (membro da equipe
multi-profissional) ou no espaço pertinente a observações nos impressos prescrição de
enfermagem ou prescrição médica. A importância dos registros se expressa em quatro
aspectos:
1) Evolução do cuidado e do tratamento do cliente.
2) Fonte de investigação.
3) Educação de profissionais da saúde.
4) Documento legal.
Algumas definições importantes:
Registro é o ato ou efeito de registrar. Registrar é consignar por escrito.
Anotação: É um ementário. O ato de anotar pormenores, tais como os principais
dados técnicos, ao final de um determinado plano.
Evolução: Desenvolvimento progressivo de uma ideia, ação, condição etc.
Registro de Enfermagem: É a anotação e/ou evolução realizada pela enfermagem.
Cliente: Pessoa submetida a tratamento e exames, que tem direito e acesso a todas as
informações sobre sua saúde, inclusive em prontuário.
Prontuário: É um instrumento legal que relata a vida do cliente no hospital, por meio
de registros de atendimentos feitos ao mesmo e que dá sequencia e continuidade
para a equipe de saúde em relação à sua recuperação. Possibilita análise apurada
dos fatos ocorridos e serve para acusação ou defesa em pendência jurídica, bem
como apuração de custos e estatísticas assistenciais e administrativas. É fonte para
pesquisas científicas e educação continuada.
UNIDADE DO CLIENTE
TIPOS DE CAMA
Cama fechada- Sem a ocupação do leito paciente. Permanece fechada até a admissão de
um novo paciente.
Certificar-se de que já foi realizada a limpeza terminal da unidade;
Lavar as mãos;
Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto;
Abrir as portas e janelas para arejar a unidade;
Cama aberta: com ocupação do leito paciente, que pode ou não se locomover.
Material:
Certificar-se de que já foi realizada a limpeza concorrente da unidade
Lavar as mãos;
Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto;
Abrir as portas e janelas para arejar a unidade;
Afastar a mesa de cabeceira, colocando uma cadeira de preferência ao pé direito
da mesma, com o espaldar voltado para a cabeceira, já limpa, próximo à cama;
Observar o estado de conservação do colchão e travesseiro (tomar as providências
cabíveis em caso de mau estado);
Manter a cama com cabeceira abaixada, pois facilita a arrumação;
Colocar sobre o assento da cadeira o travesseiro já com fronha;
Dispor a roupa no encosto ou espaldar da cadeira dobrada duas vezes no sentido
longitudinal e uma vez no sentido do comprimento de acordo com a ordem de
utilização (lençol de cima, forro móvel, impermeável, lençol de baixo) e com as
aberturas para o lado esquerdo da cadeira;
Dobrar a ponta do lençol superior, do lado da entrada da porta e colocar o
travesseiro deitado sobre a cabeceira da cama;
Deixar a unidade em ordem, retornando os móveis aos seus lugares originais, e
colocar a companhia sobre a cama, em local de fácil acesso ao paciente;
Lavar as mãos.
MECÂNICA CORPORAL
Conceito: Esforço coordenado dos sistemas musculoesquelético e nervoso para
manter o equilíbrio adequado, postura e alinhamento corporal, durante a inclinação,
movimentação, levantamento de carga e execução das atividades diárias. Facilita o
movimento para que uma pessoa possa executar atividades físicas sem usar
desnecessariamente sua energia muscular.
Como assistir o paciente utilizando-se os princípios da Mecânica Corporal:
Alinhamento: Condições das articulações, tendões, ligamentos e músculos em
várias partes do corpo. O alinhamento correto reduz a distensão das articulações,
tendões, ligamentos e músculos.
Equilíbrio do corpo: Realçado pela postura. Quanto melhor a postura, melhor é
o equilíbrio. Aumentar a base de suporte, afastando-se os pés a uma certa distância.
Quando agachar dobrar os joelhos e flexionar os quadris, mantendo a coluna ereta.
Movimento Corporal Coordenado: O profissional usa uma variedade de
grupos musculares para cada atividade de enfermagem. As forças físicas de peso e atrito
podem refletir no movimento corporal, e quando corretamente usadas, aumentam a
eficiência do trabalho do profissional. Caso contrário, pode prejudicá-lo na tarefa de
erguer, transferir e posicionar o paciente. O atrito é uma força que ocorre no sentido
oposto ao movimento. Quanto maior for a área da superfície do objeto, maior é o atrito.
Quando o profissional transfere, posiciona ou vira o paciente no leito, o atrito deve ser
vencido. Um paciente passivo ou imobilizado produz maior atrito na movimentação.
Como utilizar adequadamente o movimento corporal coordenado:
- Se o paciente não for capaz de auxiliar na sua movimentação no leito, seus
braços devem ser colocados sobre o peito, diminuindo a área de superfície do
paciente;
- Quando possível o profissional deve usar a força e mobilidade do paciente ao
levantar, transferir ou movê-lo no leito. Isto pode ser feito explicando o
procedimento e dizendo ao paciente quando se mover;
- O atrito pode ser reduzido se levantar o paciente em vez de empurrá-lo.
Levantar facilita e diminui a pressão entre o paciente e o leito ou cadeira. O uso
de um lençol para puxar o paciente diminui o atrito porque ele é facilmente
movido ao longo da superfície do leito.
- Mover um objeto sobre uma superfície plana exige menos esforço do que
movê-lo sobre uma inclinada;
- Trabalhar com materiais que se encontram sobre uma superfície em um bom
nível para o trabalho exige menos esforço que levantá-los acima desta superfície;
- Variações das atividades e posições auxiliam a manter o tono muscular e a
fadiga;
- Períodos de atividade e relaxamento ajudam a evitar a fadiga;
- Planejar a atividade a ser realizada, pode ajudar a evitar a fadiga;
- O ideal é que todos os profissionais que estejam posicionando o paciente
tenham pesos similares. Se os centros de gravidade dos profissionais estiverem
no mesmo plano, estes podem levantar o paciente como uma unidade
equilibrada.
POSICIONAMENTO DO PACIENTE:
Conceito: É o alinhamento corporal de um paciente. Pacientes que apresentam
alterações dos sistemas nervoso, esquelético ou muscular, assim como, maior fraqueza e
fadiga, freqüentemente necessitam da assistência do profissional de enfermagem para
atingir o alinhamento corporal adequado enquanto deitados ou sentados.
Posição de Fowler: A cabeceira do leitoé elevada a um ângulo de 45º a 60º e os
joelhos do paciente devem estar ligeiramente elevados, sem apresentar pressão que
possa limitar a circulação das pernas.
Posição de Supinação (dorsal): A cabeceira do leito deve estar na posição
horizontal. Nesta posição, a relação entre as partes do corpo é essencialmente a mesma
que em uma correta posição de alinhamento em pé, exceto pelo corpo estar no plano
horizontal.
Posição de Pronação (decúbito ventral): O paciente estará posicionado de
bruços.
Posição Lateral (Direito ou Esquerdo): O paciente está deitado sobre o lado,
com maior parte do peso do corpo apoiada nos quadris e ombro. As curvaturas
estruturais da coluna devem ser mantidas. A cabeça deve ser apoiada em uma linha
mediana do tronco e a rotação da coluna deve ser evitada.
Posição de Sims: Nesta posição o peso do paciente é colocado no ílio anterior,
úmero e clavícula.
Posição de Trendelemburgue: posição adotada onde as pernas e a bacia ficam
em um nível mais elevado que o tórax e a cabeça.
Em todas as posições que o paciente se encontrar, o profissional deve avaliar e
corrigir quaisquer pontos potenciais de problemas que se apresentem como
hiperextensão do pescoço, hiperextensão da coluna lombar, flexão plantar, assim como,
pontos de pressão em proeminências ósseas como queixo, cotovelos, quadris, região
sacra, joelhos e calcâneos.
POSICOES PARA EXAME FISICO
Posição de Decúbito Dorsal - É uma posição para relaxamento e conforto, usado para
exame físico.
Técnica
1. Higienizar as mãos;
2. Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;
3. Colocar a mesa de exame ou o leito na posição horizontal;
4. Deitar o paciente horizontalmente, de costas;
5. Manter os membros superiores ao longo do corpo, em posição anatômica, e os
inferiores alinhados;
6. Manter o paciente protegido com o lençol, expondo apenas a área a ser examinada;
7. Deixar o paciente em posição confortável, após exame;
8. Higieniza as mãos e anota no prontuário.
Posição de SIMS ou decúbito lateral- O paciente pode ficar deitado sobre o lado
direito ou esquerdo, conforme a indicação da posição.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Identificar o paciente e avisa-lo sobre o que será feito;
03 - Isolar a cama com biombos;
04 - Colocar o paciente deitado do lado esquerdo;
05 - Aparar a cabeça do paciente sobre o travesseiro;
06 - Colocar o braço esquerdo para trás do corpo;
07 - Flexionar o braço direito e deixa-lo apoiado sobre o travesseiro;
08 - Colocar o membro inferior esquerdo ligeiramente flexionado;
09 - Colocar o membro inferior direito fétido ate quase encostar o joelho no abdômen;
10 - Deixar o paciente sempre protegido com lençol, expondo apenas a região
necessária;
11 - Colocar o paciente em posição confortável após o exame ou tratamento;
12 - Recompor a Unidade;
13 - Lavar as mãos e anotar no prontuário do paciente.
Posição Genupeitoral - essa posição é usada para exames vaginais e retais e, também,
como exercício após o parto para fazer o útero retornar à posição normal
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Identificar o paciente e avisa-lo sobre o que será feito;
03 - Isolar a cama com biombo;
04 - Solicitar ao paciente para que fique em decúbito ventral;
05 - Apoiar o peito o peito do paciente de encontro com o colchão ou mesa de exame;
06 - Pedir ao paciente para fletir os joelhos;
07 - Colocar a cabeça virada para um dos lados, sobre um pequeno travesseiro;
08 - Pedir para o paciente estender os braços sobre a cama, na altura da cabeça;
9 - Solicitar ao paciente para que descanse o peso do corpo sobre a cabeça, ombros
peito, e os joelhos, formando assim, um angulo reto entre as coxas e as pernas;
10 - Proteger o paciente com lençol, expondo apenas o necessário;
11 - Colocar o paciente em posição confortável após o exame;
12 - Recompor a Unidade;
13 - Lavar as mãos e anotar no prontuário do paciente.
HIGIENE ORAL
Consiste na limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, língua e
lábios. Condições patológicas que predispõem a irritação e a lesão da
mucosa oral: (estado de coma e hipertemia).
Finalidades: Promover conforto ao paciente; Evitar halitose; Prevenir
carie dentaria; Conservar a boca livre de resíduos alimentares.
Material
Solução antisséptica - solução bicarbonatada (para cada 1 colher
de chá, 500 ml de agua);
Espátula envoltas em gazes;
Lubrificante (vaselina liquida);
Toalha;
Copo para colocar solução antisséptica;
Luvas;
Cuba-rim.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar ao paciente o que ser feito;
03 - Calcar luvas;
04 - Reunir o material na mesa de cabeceira;
05 - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira
elevada. Em pacientes inconscientes, coloca-los em decúbito lateral;
06 - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente,
com forro plástico, se necessário;
07 - Proceder a limpeza de toda a boca do paciente usando as espátula
envoltas em gazes, embebidas em solução antisséptica diluído em água;
08 - Utilizar cuba-rim para o paciente "bochechar;
(pacientes conscientes) 09 - Limpar a língua, para evitar
que fique seborreica;
10 - Enxugar os lábios com a toalha;
11 - Lubrificar os lábios com vaselina liquida, para
evitar rachaduras; 12 - Retirar luvas;
13 - Lavar as mãos;
14 - Recompor a unidade;
15 - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
HIGIENE ORAL em
paciente entubado
Material
Solução anti séptica - solução bicarbonatada,
Espátula envoltas em gazes;
Lubrificante (vaselina liquida);
Copo para colocar solução antisséptica;
Seringa de 20 ml;
Aspirador montado;
Cânula de guedel (estéril);
Toalha;
Luvas de procedimento.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar ao paciente
o que ser feito; 03 -
Calcar luvas;
04 - Reunir o material na mesa de cabeceira;
BANHO NO LEITO
O Banho no leito é uma das atribuições do Técnico de
Enfermagem, pois consiste na lavagem de toda/parte da superfície
corporal de forma a satisfazer as necessidades de higiene e conforto do
paciente. É uma intervenção autônoma de enfermagem que se constitui
de extrema importância para o bem-estar físico, psíquico e social do
doente. É um momento de relacionamento interpessoal único, que pode
e deve promover a comunicação e empatia com o doente.
BANHO DE
ASPERSAO
(chuveiro) Material
Roupa pessoal (pijama, camisola, shorts - fornecidos pelo Hospital);
Toalha de banho;
Sabonete (individual);
Pente,
Luva de banho (opcional).
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar ao paciente o que vai ser feito;
03 - Reunir o material e levar ao banheiro e encaminhar o paciente ao
banheiro (portas e janelas fechadas);
04 - Abrir o chuveiro e regular a temperatura da água e orientar o
paciente sobre o manuseio da torneira;
05- Ajudar o paciente a se despir, caso não consiga fazer sozinho;
06 - Iniciar o banho se a situação permitir, deixando o paciente sozinho;
07 - Enxugar ou ajudar o paciente a fazer, observando as condições da
pele e a reação do banho;
08 - Vestir e pentear o paciente caso não consiga fazê-lo sozinho;
09 - Conduzir o paciente a sua unidade, colocando-o em posição
confortável na cadeira; 10 - Arrumar o leito e deixar a unidade em
ordem;
11- Lavar as mãos e anotar no prontuário.
Obs: - Sentar na cadeira embaixo do chuveiro e muito mais seguro para
os pacientes idosos ou para os pacientes que ainda estão muito fracos,
facilitando para que lavem as pernas e pés, com menor probabilidade de
escorregarem, - Durante o banho deve-se assegurar a privacidade ao
paciente, mas pedir-lhe para não trancar a porta e chamar se precisar de
assistência. Manter-se perto do local.
BANHO DE IMERSÃO
É o banho na banheira utilizado em recém- nascido e em crianças
BANHO DE ABLUÇÃO
É o banho na banheira ou bacia ,jogando pequenas porções de água sobre o
corpo;
MASSAGEM DE CONFORTO
É a massagem corporal realizada durante o banho de leito, e
aconselhável ainda, após o uso de comadre e durante a mudança de
decúbito.
GLICEMIA CAPILAR
Valores de glicemia:
Procedimento
Material:
Luvas de procedimento.
Algodão.
Álcool a 70%.
Fita teste.
Descrição da Técnica:
Lavar as mãos.
Reunir o material.
Recolher o material.
Lavas as mãos.
ANOTACOES DE ENFERMAGEM
As anotações de enfermagem são todos os registros das
informações do paciente, das observações feitas sobre o seu estado de
saúde, das prescrições de enfermagem e sua implantação, da evolução
de enfermagem e de outros cuidados, entre eles a execução das
prescrições médicas. Tem como finalidades: relatar por escrito as
observações do paciente; contribuir com informações para o diagnóstico
medico e de enfermagem; Contribuir com informações para fazer o
planejamento do plano de cuidados de enfermagem; Servir de elementos
para pesquisa; Fornecer elementos para auditoria de enfermagem; Servir
para avaliação dos cuidados de enfermagem prestados (quanto a
qualidade e continuidade); Servir como fonte para a aprendizagem.
PRONTUÁRIO
É o conjunto de documentos padronizados, destinados ao registro da
assistência prestada ao paciente desde a sua matricula a sua alta.
As anotações no prontuário são baseadas em observação de
enfermagem. Com a finalidade de contribuir com informações para o
diagnóstico e tratamento medico e de enfermagem; conhecer o paciente,
família e comunidade; construir fator decisivo entre a vida e a morte
através dos dados colhidos; auxiliar a equipe multiprofissional na
tomada de decisões especificas; verificar os problemas aparentes e
inaparentes; planejar cuidados de enfermagem; analisar os serviços
hospitalares prestados; analisar os cuidados de enfermagem prestados.
Admissão
É a entrada e permanência do paciente no hospital, por determinado
período. Tem por objetivos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente
hospitalar, proporcionar conforto e segurança. Este é um momento
ímpar entre a equipe de enfermagem e o paciente ou usuário. Esse
primeiro contato, independentemente do cenário em que se realiza, é um
dos mais importantes, pois é neste contexto que a confiança do
paciente/usuário com a enfermagem são estabelecidas.
(MATSUDA,2006).
Na unidade de internação o paciente é recebido por um profissional
da unidade e encaminhado ao quarto ou enfermaria. Deve ser recebido
com gentileza e cordialidade para aliviar suas apreensões e ansiedades.
Geralmente, o paciente está preocupado com a sua saúde.
A primeira impressão recebida é fundamental ao paciente e seus
familiares, inspirando-lhes confiança no hospital e na equipe que o
atenderá. Se recebido atenciosamente, proporcionará sensação de
segurança e bem estar, e deste primeiro contato depende em grande parte
a colaboração do paciente ao tratamento.
Procedimentos:
1. Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão completas;
2. Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-
lhe todo o conforto possível;
3. Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto;
4. Orientar o paciente em relação à: localização das instalações
sanitárias; horários das refeições; modo de usar a campainha;
nome do médico e da enfermeira chefe;
5. Explicar o regulamento do hospital quanto à: fumo; horário de
repouso; horário de visita;
6. Os pertences do paciente devem ser entregues à família no ato
da admissão, se não for possível, colocá-los em um saco e
grampear, identificando com um impresso próprio e encaminhar
para a sala de pertences;
7. Preparar o paciente em relação aos exames a que será
submetido, a fim de obter sua cooperação;
8. Fornecer roupa do hospital, se a rotina da enfermeira não
permitir o uso da própria roupa;
9. Fazer o prontuário do paciente;
10. Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração,
proceder ao exame físico;
11. Anotar no relatório de enfermagem a admissão;
12. Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário.
Alta
A alta hospitalar é o encerramento da assistência prestada ao
paciente no hospital. O paciente recebe alta quando seu estado de saúde
permitir ou quando está em condições de recuperar-se e continuar o
tratamento em casa. A alta do paciente deve ser assinada pelo médico.
Procedimentos:
1. Certificar-se da alta no prontuário do paciente, que deve estar
assinada pelo médico;
2. Verificar no prontuário as medicações ou outros tratamentos a
serem feitos antes da saída do paciente;
3. Informar ao paciente sobre a alta, hora e de como será transportado;
4. Entregar ao paciente a receita médica e orientá-lo devidamente;
5. Auxiliar o paciente a vestir-se;
6. Reunir as roupas e objetos pessoais e colocá-los na mala ou sacola;
7. Devolver objetos e medicamentos ao paciente, que foram
guardados no hospital;
8. Providenciar cadeira de rodas ou maca para transportar o
paciente até o veículo;
9. Transportar o paciente;
10. Preparar a unidade para receber outro paciente.
Transferência
Existem dois tipos de transferências a externa e interna.
A transferência externa é o deslocamento do paciente para
outra instituição de tratamento, ocorre mediante a autorização
médica.
E a transferência interna do paciente ocorre de um setor para o outro,
dentro do próprio hospital. Poderá ser transferido quando necessitar de
cuidados intensivos, mudança de setor e troca do tipo de acomodação.
Procedimentos:
1. Após confirmação da vaga pela chefia, orientar o paciente;
2. Checar na prescrição toda a medicação que foi administrada e
cuidados prestados;
3. Separar medicamentos para encaminhá-los junto com o paciente;
4. Proceder as anotações de enfermagem no plano assistencial;
5. Fazer rol de roupas e pertences do paciente, entregando-os à
família ou encaminhando junto ao paciente;
6. Proceder o transporte do paciente, com auxílio;
7. Levar o prontuário completo, medicamentos e pertences;
8. Auxiliar na acomodação do paciente;
Óbito hospitalar
É o óbito que se verifica no hospital após o registro do paciente na unidade.
Passagem de plantão
A passagem de plantão é um mecanismo utilizado pela
Enfermagem para assegurar a continuidade da assistência prestada. Na
passagem de plantão acontece a transmissão de informações entre os
profissionais que, terminam e os que iniciam o período de trabalho.
Abordam sobre o estado dos pacientes, tratamentos, assistência prestada,
intercorrências, pendências e situações referentes a fatos específicos da
unidade de internação que merecem atenção. (NOGUEIRA,1998).
Neste processo pode-se adotar várias formas de comunicação,
entretanto, as formas verbal e escrita são as mais comuns, destacando-se
a verbal.
SINAIS VITAIS
Os sinais vitais, como o próprio nome sugere algo que é essencial à
vida.
As medidas de temperatura, pulso, pressão arterial (PA), frequência
respiratória e saturação de oxigênio são as mais utilizadas pelos
profissionais de saúde, elas indicam a eficiência das funções:
circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo, por isso são
chamadas de SINAIS VITAIS. Neste contexto, ainda podemos incluir a
dor, sintoma subjetivo referido como quinto sinal vital (POTTER;
PERRY, 2013).
AFERIÇÃO SINAIS VITAIS (SSVV)
Os sinais vitais devem ser mensurados, segundo Potter e Perry (2013):
Na Admissão do paciente;
Na prestação dos cuidados rotineiros;
Durante uma consulta;
Antes e depois de procedimentos invasivos (cirúrgicos ou
diagnósticos);
Antes e depois da administração de medicamentos cardiovasculares
e/ou respiratórios e de produtos hemoterápicos;
Condições físicas gerais alteradas;
Antes e depois de intervenções que influenciem um sinal vital;
Sintomas inespecíficos de estresse físico.
Então, vamos descrever cada um deles?
Variação da Temperatura:
Normotermia: 36°C a 38°C
Média oral: 37° C
Média retal: 37,5° C
Média axilar: 36,5° C
OBS: Pessoal, existem outros locais de aferição da T, mas nos
deteremos em falar somente destes três.
FONTE: POTTER; PERRY, 2013.
E quais outros locais são estes que se podem verificar a temperatura?
Vejamos, de acordo com as mesmas autoras, os locais são: artéria
pulmonar, esôfago e bexiga (temperaturas centrais); membrana
timpânica, artéria temporal e pele.
Caros alunos, vários fatores interferem na temperatura corporal, são
eles: idade, exercício, fumo, níveis hormonais, ritmo circadiano,
estresse, afecções diversas, ambiente, entre outros.
E como podemos classificar estas alterações da temperatura desta
interferência?
Da seguinte forma:
Febre ou pirexia: ocorre quando há incapacidade dos mecanismos
de perda de calor de acompanhar o ritmo de uma produção excessiva,
resultando em um aumento anormal de temperatura. Podemos considerá-
la um importante meio de defesa, pois elevações moderadas até 39°C
intensificam o sistema imune (POTTER; PERRY, 2013).
Padrões de febre:
Sustentada: temperatura constante, continuamente acima de 38°C e
com pouca flutuação;
Intermitente: picos de febre intercalados com temperaturas em níveis
usuais (a temperatura retorna a um valor aceitável pelo menos uma vez
em 24 horas);
Remitente: picos e quedas de febre sem retorno à temperatura normal;
Recidivante: períodos de episódios febris e períodos com valores de
temperaturas aceitáveis (períodos de episódios febris e períodos de
normotermia muitas vezes duram mais de 24 horas).
Hipertermia: é a temperatura elevada relacionada com a
incapacidade do organismo de promover a perda de calor ou de
reduzir a sua produção. Resulta de uma sobrecarga dos mecanismos
que fazem a termorregulação no organismo.
(POTTER; PERRY, 2013).
O termo hipertermia não é necessariamente sinônimo de febre. Por
exemplo, a exposição a altas temperaturas ambientais pode resultar em
esgotamento por calor, causando hipertermia (PIANUCCI, 2002).
Outra condição é a hipotermia que é caracterizada pela perda de
calor durante a exposição prolongada ao frio que se sobressai a
capacidade do organismo de produzir calor.
Classificação da hipotermia:
Leve: 34°C a 36°C
Moderada: 30°C a 34°C
Acentuada: <30°C
Profunda: <20°C
FONTE: POTTER; PERRY, 2013
Vejamos alguns cuidados ao verificar a temperatura corporal
(POTTER; PERRY, 2013):
Avaliar os sinais e sintomas das alterações de temperatura e de
fatores que a influenciam;
Determinar o dispositivo e o local adequados para verificar a
temperatura do paciente;
Explicar ao paciente a via pela qual a temperatura será medida e a
importância de manter a posição correta até o término da leitura;
Identificar qualquer atividade prévia que interfira na correta
determinação da leitura;
Quando verificar a temperatura por via oral, espere de 20 a 30
minutos antes de fazer a medição, caso o paciente tenha fumado ou
ingerido líquidos ou comidas quentes ou frias;
Caso a aferição seja axilar: proteger a privacidade do paciente
isolando o local com biombos, cortinas e/ou fechando a porta, auxiliar o
paciente a ficar em decúbito dorsal ou sentado; liberar o ombro e o braço
do cobertor ou da camisola; inspecionar a existência de lesões de pele
(caso existam não utilizar esta via) e transpiração excessiva;
Na verificação retal: proteger a privacidade do paciente isolando o
local com biombos, cortinas e/ou fechando a porta; usar luvas limpas;
ajudar o paciente a ficar deitado na posição Sims; afastar as roupas de
cama para expor somente a região anal, mantendo as extremidades e as
partes de cima do paciente cobertas; lubrificar o termômetro de
verificação.
Pulso (P)
Respiração (R)
OBS: apesar da saturação de O2 (SaO2) ser uma medida importante e muito utilizada junto
com os sinais vitais, nós a consideraremos como parte da função respiratória e não um sinal
vital separado, já que ela depende da relação ventilação/perfusão. Então vejamos:
Conceito: Percentual de hemoglobina que se liga ao O2 equivale ao percentual de saturação
de hemoglobina (SaO2).
Valores de normalidade: 95% a 100%.
Fatores de interferência: aqueles que interferem na ventilação, perfusão ou difusão.
Mensuração: por meio do oxímetro de pulso.
FONTE: POTTER; PERRY, 2013.
OBS: a contagem dos movimentos respiratórios deve ser realizada sem que o paciente
tenha consciência do procedimento, uma vez que pode assumir um padrão alterado quando
ele que alguém o está observando (BARROS & COLS, 2010).
IMPORTANTE:
Devem ser utilizados manguitos com câmara inflável (cuff) adequada para a circunferência do
braço de cada pessoa, ou seja, a largura deve ser de pelo menos 40% do comprimento do
braço (distância entre o olécrano e o acrômio) e o comprimento, de pelo menos 80% de
sua circunferência (BRASIL, 2006 apud BRASIL, 2013).
FONTE: MS, CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA, N° 37, 2013
Além das recomendações descritas, podemos relatar mais alguns cuidados que são
necessários para o preparo do paciente no momento da aferição (BARROS & COLS, 2010):
Explicar o procedimento;
Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo;
Evitar a bexiga cheia;
Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes;
Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes;
Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado;
Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito;
Posicionar o braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e
o cotovelo ligeiramente fletido;
Solicitar para que não fale durante a medida.
OBS: Segundo este mesmo caderno, são normotensas as pessoas que apresentarem PA entre
120/80mmHg.
E para finalizarmos as considerações sobre pressão arterial, vejamos alguns erros
comuns na sua avaliação:
Erros na avaliação da PA:
Câmara ou manguito muito largo
Câmara ou manguito muito estreito ou curto
Manguito colocado de forma muito frouxa
Desinflação do manguito muito lenta
Desinflação do manguito muito rápida
Braço posicionado abaixo do nível do coração
Braço posicionado acima do nível do coração
Braço sem apoio
Estetoscópio que se ajusta mal ou impedimento para o examinador ouvir, fazendo com que
os sons sejam abafados
O estetoscópio foi posicionado de modo firme demais contra a fossa antecubital
Inflação muito lenta
Avaliações repetidas muito rapidamente
Nível de inflação inadequado
FONTE: POTTER; PERRY, 2013
DOR
Pessoal, é bem verdade que todo mundo já sentiu algum tipo de dor, porém pelo fato
deste sintoma ser subjetivo os profissionais de saúde muitas vezes acabam subestimando a
queixa do paciente, por eles a acharem exagerada. Mas esta realidade vem se modificando
atualmente com estudos avançados com relação ao tema.
Podemos citar alguns tipos de dor, são elas: aguda (protetora e rápida), crônica (dura
mais de 6 meses, constante ou recorrente), episódica crônica (esporádica durante um período
prolongado de tempo), oncológica, idiopática, dor por inferência de processo patológico.
Podendo ainda ser classificada segundo sua localização em: superficial (cutânea), profunda
(visceral), referida ou irradiada (POTTER; PERRY, 2013).
Daí vocês me perguntam: e como avaliamos a dor?
A dor é avaliada por meio de escalas, vejamos algumas delas:
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato com o
organismo; é sua porta de entrada. Podemos administrar via oral (boca), retal (ânus),
sublingual (embaixo da língua), injetável (intravenoso), dermatológica (pele), nasal (nariz) e
oftálmica (olhos), dentre outras.
Cada via é indicada para uma situação específica; cada uma apresenta vantagens e
desvantagens. Podemos dividi-las em dois grandes grupos: a via enteral: são as vias oral,
sublingual e retal e a parenteral: são as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea,
respiratória e tópica, entre outras.
Conceito: É a administração de um fármaco no organismo através de uma via, com
finalidade terapêutica. Para que um medicamento tenha ação terapêutica ele deve entrar no
organismo do paciente, ser absorvido, metabolizado, atingir seu local de ação e ser distribuído
para as células, tecidos ou um órgão específico, alterar as funções fisiológicas e sair do
organismo.
CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
A administração de medicamentos é uma das maiores responsabilidades dos
profissionais de enfermagem, devendo ser exercida de modo adequado e seguro, por meio da
prevenção de erros e falhas (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012).
O efeito terapêutico é a resposta fisiológica esperada ou previsível causada por uma
medicação. Já os efeitos colaterais são efeitos secundários e não evitáveis produzidos durante
a administração de doses terapêuticas usuais. Ademais, os efeitos adversos são respostas
graves não pretendidas, indesejadas, e frequentemente imprevisíveis à medicação (POTTER;
PERRY, 2010).
1 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
A via prescrita para administração de um medicamento depende de suas propriedades
e do efeito desejado, assim como das condições físicas e mentais do paciente. As vias de
administração podem ser classificadas em três categorias: percutânea, enteral e parenteral
(CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
ADMINISTRAÇÕES CUTÂNEA E PERCUTÂNEA
Refere-se à aplicação de medicamentos na pele ou nas membranas mucosas para
absorção. De uma forma geral agem localmente (aplicação tópica), mas podem ocorrer efeitos
sistêmicos. Pode acontecer nas seguintes modalidades (CLAYTON; STOCK; COOPER,
2012; POTTER; PERRY, 2010):
Cremes: são emulsões semissólidas contendo agentes medicinais para aplicação externa;
Loções: são normalmente preparações aquosas que contêm matéria em suspensão;
Unguentos: são preparações semissólidas de substâncias medicinais numa base oleosa;
Emplastro transdérmico: proporciona a liberação controlada de um medicamento
prescrito através de uma membrana semipermeável de várias horas até 3 semanas, quando
aplicado à pele intacta;
Instilação nasal: as soluções nasais são usadas para tratar os distúrbios temporários que
afetam as membranas mucosas nasais. As formas mais comuns são o spray e as gotas
descongestionantes;
Instilação ocular: os medicamentos oftálmicos mais comuns são os colírios e as pomadas
oftálmicas;
Instilação auricular: as medicações usadas na orelha são chamadas de óticas e geralmente
estão sob a forma de gotas, formadas por uma solução contendo a substância desejada;
Instilação vaginal: as medicações vaginais estão disponíveis na forma de supositórios,
geleias, espumas, irrigações (duchas), comprimidos ou cremes;
Administração intraocular: essas medicações assemelham-se a lentes de contato.
Geralmente são posicionadas no saco conjuntival, onde permanecem por 1 semana;
Administração bucal: está relacionada àqueles comprimidos projetados para serem
mantidos na cavidade bucal (entre a bochecha e os dentes molares);
Administração sublingual: os comprimidos sublinguais são projetados para serem colados
sob a língua para dissolução e a absorção se dá por meio da vasta rede de vasos sanguíneos
dessa área (o efeito é sistêmico!).
ADMINISTRAÇÃO ENTERAL
Os fármacos são administrados diretamente no trato gastrintestinal (TGI) através dos
métodos oral, retal, gastrostomia endoscópica percutânea ou nasogástrico/nasoenteral
(CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010).
A via oral (VO) é a mais fácil e desejada, na qual os pacientes normalmente são
capazes de ingerir ou de autoadministrar os medicamentos. A principal contraindicação da
VO inclui a presença de alterações no TGI, incapacidade do indivíduo em engolir alimentos
ou fluidos e o uso de sucção gástrica (POTTER; PERRY, 2010).
Os medicamentos são administrados por sonda nasogástrica em pacientes que estão
impossibilitados de engolir, estão comatosos, ou com alguma desordem no esôfago. Toda vez
que for possível, uma forma líquida de um medicamento deve ser utilizada para esse tipo de
administração. A sonda deve ser lavada com ao menos 30 ml de água antes e após a
administração de medicamentos. Quando um ou mais medicamentos são administrados no
mesmo momento, uma lavagem entre cada medicação de 5 a 10 ml de água deve ser
realizada (CLAYTON; STOCK; COOPER, 2012).
Vejamos a seguir as diversas apresentações disponíveis para a via enteral (CLAYTON;
STOCK; COOPER, 2012; POTTER; PERRY, 2010):
Cápsulas: são pequenos recipientes cilíndricos gelatinosos que armazenam pó seco ou
líquido do agente medicinal;
Pastilhas ou tabletes: são discos achatados contendo um agente medicinal em uma base
com um sabor agradável;
Pílulas: são uma forma obsoleta de apresentação que não são mais fabricadas em razão do
desenvolvimento das cápsulas e comprimidos. Contudo, o termo é ainda utilizado para se
referir a comprimidos e cápsulas;
Comprimidos: são medicamentos secos e em pó que foram comprimidos até formarem
pequenos discos;
Elixires: são líquidos claros constituídos pelo medicamento dissolvido em álcool e água;
Emulsões: são disseminações de pequenas gotas de água em óleo ou de óleo em água;
Suspensões: são apresentações líquidas que contêm partículas sólidas e insolúveis de
drogas disseminadas em uma base líquida;
Xaropes: possuem agentes medicinais dissolvidos em uma solução concentrada de açúcar,
usualmente e sacarose;
Supositórios: são uma forma sólida de medicamentos para serem introduzidos em um
orifício do corpo. Na temperatura do corpo, a substância se dissolve e é então absorvida pelas
membranas da mucosa;
Via Oral:
- Via Sublingual:
- Instilação Ocular:
- Instilação Nasal:
- Instilação Auricular:
- Organizar a unidade;
- Lavar as mãos;
Técnica
Via Vaginal:
- Via retal
- Organizar a unidade;
- Lavar as mãos;
- Realizar checagem e anotação no prontuário;
- Organizar a unidade;
- Lavar as mãos;
Locais de aplicação:
- Colocar o garrote;
- Organizar a unidade
- Lavar as mãos
Cuidados
A tricotomia
01 - A tricotomia é aser
deve retirada dos no
realizada pelos de uma
máximo determinada
duas região.
horas antes da cirurgia;
02 - Ao realizar a tricotomia deve-se iniciar em direção ao crescimento dos pelos;
03 - Só se realiza tricotomia quando esta estiver prescrita pelo medico responsável pelo
paciente;
04 - Após a tricotomia encaminhar o paciente para o banho de aspersão com P.V.P.I.
degermante ou Clorohexidina, se indicada;
Oxigenioterapia
É a administração de oxigênio medicinal através de via
inalatória, com finalidade terapêutica de prevenir ou melhorar a hipóxia
tecidual, mantendo no ar inspirado uma concentração de gás capaz de
oxigenar adequadamente o sangue que sai dos pulmões.
Embora haja vários tipos de gás medicinal – como hélio, dióxido
de carbono, óxido nitroso, nitrogênio – o mais comumente usado é o
oxigênio (O2): o oxigênio é um gás inodoro, incolor, altamente
combustível e indispensável à vida humana. É um medicamento e deve
ser utilizado com cutela e sob prescrição médica. A situação clínica do
cliente é o melhor indicativo.
A Oxigenioterapia é indicada quando o
cliente apresenta:
* respiração ruidosa
* dificuldade ou impossibilidade de respirar estando deitado
* saturação menor que 90% com FiO2 maior que 0,4
* taquipnéia e ou taquicardia
* batimentos de asa de nariz (é mais raro no cliente adulto)
* tiragem supraclavicular e intercostal (manifestação visual
da insuficiência respiratória), ou seja, usa a musculatura
acessória para respirar.
* cansaço e/ou agitação
* sinais de desorientação, que antes não apresentava
* cianose (sinal tardio de hipóxia).
Medidas de segurança
Sendo o oxigênio inflamável, é muito importante:
* Não permitir que se fume no local
* Cuidado com os aparelhos elétricos que podem emitir faíscas
* Nunca usar graxa ou óleo nas válvulas e no manômetro de oxigênio
* Transportar o cilindro com cuidado: a queda pode provocar explosão
* É ideal que o oxigênio seja canalizado. Os cilindros portáteis devem
ser reservados apenas para os casos de transportes de clientes.
Meios de administração
O oxigênio pode ser administrado por intermédio de:
- Lavar as mãos;
Execução:
-Identificar-se;
- Checar o leito e o nome do cliente;
- Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
- Posicionar o cliente (decúbito elevado);
- Abrir o material a ser utilizado;
- Conectar a sonda de aspiração à extensão do frasco descartável;
- Ligar o aspirador;
- Colocar óculos protetor e máscara;
- Calçar as luvas, máscara e óculos;
- Com a mão não dominante, segurar a face do cliente;
- Com a mão dominante, introduzir a sonda de aspiração na cavidade
nasal e posteriormente oral, mantendo a válvula aberta (impedindo
aspiração pelo vácuo);
- Ocluir a válvula e retirar a sonda lentamente;
- Dar um intervalo entre uma aspiração e outra;
- Repetir o processo até a limpeza total da cavidade oral, avaliando
condição respiratória do cliente;
- Aspirar água destilada para limpeza da extensão;
- Retirar a sonda, as luvas, máscara e óculos;
- Desligar o aspirador;
- Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance;
- Manter o ambiente limpo e em ordem.
Pós Execução:
- Desprezar o material utilizado no expurgo;
- Lavar as mãos;
- Realizar as anotações necessárias;
- Checar a prescrição de enfermagem;
- Supervisionar e avaliar continuamente, o procedimento realizado.
Avaliação:
- Avaliar padrão respiratório;
- Avaliar lesão de orofaringe.
Riscos / Tomada de Decisão:
- Lesão de vias aéreas superiores: observar lesão, acionar fisioterapia e médico
responsável, manter decúbito elevado;
- Estimulação vagal: observar padrão respiratório e cardíaco, acionar médico
responsável;
- Diminuição da saturação : observar padrão respiratório, acionar fisioterapia.
Sondagem Nasogástrica
É o processo de introdução de sonda através do orifício nasal até a cavidade
gástrica. Este procedimento é utilizado para remoção do conteúdo gástrico, coleta de
material para exames,alivio das distensões abdominais e introdução de alimentos e
drogas no estomago.
A sonda nasogástrica pode permanecer aberta ou fechada conforme sua
indicação
Material
- sonda gástrica LEVINE ( mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
- seringa de 20ml; copo com água; gaze, benzina; toalha de rosto; xylocaína gel; fita
adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento; sacos para lixo.
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para
frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
-Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice;
Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Lubrificar a sonda com xilocaína;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até
a marca do adesivo;
- Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local: realize os testes
• Teste 1:Conectar a seringa à sonda e aspirar verificando se reflui conteúdo. Se
não for obtido o conteúdo gástrico, coloque o paciente em decúbito lateral
esquerdo (DLE) e aspire normalmente;
• Teste 2 :Conectar a seringa à extremidade da SNG. Colocar o diafragma do
estetoscópio sobre o hipocôndrio e, imediatamente abaixo do rebordo costal.
Injetar 15 a 20 cm³ de ar, enquanto auscultar o abdome do paciente.
Remoção da sonda
Material necessário: luva procedimento, gazes, gazes embebidas em água potável,
copo com água potável, seringa 10ml, campo protetor, biombo, material de higiene oral
e nasal, saco de lixo.
1- Explicar o procedimento ao paciente;
2- Avaliar as funções intestinais pela ausculta da peristalte e presença de flatos.
3- Lavar as mãos, calçar luvas de procedimento e auxiliar o paciente a ficar em Fowler
alto, proteger o tórax com um campo
4. Retire os adesivos que fixam a sonda, com auxílio das gazes umedecidas em água;
5.Peça ao paciente para segurar a respiração;
6. Fechar a sonda com auxílio de gazes, retirar a sonda de forma firme, mas delicada
(quando passar a orofaringe, puxá-la mais rapidamente);
7. Quando possível, cubra e remova imediatamente a sonda;
8. Desprezar a sonda e material de drenagem. Medir e avaliar volume de líquido
drenado;
9. Auxilie o paciente com cuidados orais meticulosos (higiene oral e nasal
supervisionada) e limpe os resíduos de adesivos do nariz;
10 Fazer relatório de enfermagem;
11. Informe a mudança de dieta ao paciente;
Sondagem Nasoentérica
Indicada para administração de nutrição enteral, administração de medicações e
descompressão do intestino delgado. As sondas de alimentação são de poliuretano ou
borracha de silicone, possuem diâmetros pequenos, ponta de tungstênio e algumas tem
lubrificantes ativados pela água. Deve ser feito controle de raio x após a passagem da
sonda.
A sonda nasoentérica, ou sonda longa, é introduzida através do nariz e passada
pelo esôfago e estômago até o trato intestinal. As sondas nasoentéricas podem ser
usadas tanto para alimentação quanto para aspiração e descompressão.
A sucção é necessária pelas seguintes razões:
- Evacuar líquidos e flatos, de forma a evitar vômito e reduzir a tensão ao longo da
linha de incisão;
- Reduzir edema, que pode causar obstrução;
- Aumentar o fluxo sanguíneo para a linha de sutura, dessa forma, fornecendo nutrição
ao local cirúrgico.
Materiais:
- Sonda enteral Doobbhoff, com fio guia (mandril);
- Seringa de 20 ml;
- Copo com água;
- Gaze;
- Toalha de rosto;
- Xilocaína gel;
- Fita adesiva;
- Estetoscópio;
- Biombo, se necessário;
- Luvas de procedimento;
- Sacos para lixo.
Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para
frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice
(acrescentar mais 10 cm);
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Injetar água dentro da sonda (com mandril);
- Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar; - Introduzir a sonda
em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até
a marca do adesivo;
- Retirar o fio guia após a passagem correta;
- Aguardar a migração da sonda para duodeno antes de administrar alimentação (até 24
horas) confirmada pelo raio x;
- Observar sinais de cianose, dispneia e tosse.
Para verificar se a sonda está no local:
- Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com estetoscópio na base do apêndice xifoide,
para ouvir ruídos hidroaéreos;
- Colocar a ponta da sonda no copo com água e verificar se há borbulhamento, caso
sim, a sonda está na traqueia e deve ser retirada;
- Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a
entrada de ar;
- Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
- Fixar a sonda não tracionando a narina;
- Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o
duodeno seja facilitada pela peristalse gástrica.
• As sondas podem permanecer por um tempo até que a peristalte retorne.
• Somente estará aberta se estiver infundido.
• Somente usada para alimentação.
Sondagem Retal
É a introdução de uma sonda através do reto. Indicada para pacientes com
flatulências, diarreias graves, cirurgias anais.
Normas
01 - A sondagem retal devera ser feita na posição de SIMS, a esquerda;
02 - Manter a privacidade do paciente durante o procedimento;
Material
Sonda retal n 22 ou 24,
Xilocaína gel,
Luvas,
Gazes,
Forro,
Esparadrapo.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Reunir o material;
03 - Explicar o procedimento ao paciente;
04 - Proteger o paciente com biombo;
05 - Colocar o paciente em posição
de SIMS, a esquerda; 06 - Calcar
luvas;
07 - Lubrificar a sonda retal;
08 - Separar a prega interglutea expondo a região anal com gazes;
09 - Introduzir a sonda retal de 8 a 10 cm, pedindo para o
paciente respirar fundo; 10 - Fixar a sonda, caso necessário;
11 - Retirar luvas;
12 - Deixar o paciente
em posição confortável;
13 - Lavar as mãos;
14 - Anotar no prontuário do paciente o horário do procedimento e se houve
retorno;
1. Objetivos:
3. Materiais:
Bandeja contendo:
1 pacote de gazes
Papel higiênico
Pinça Pean
Forro impermeável
Lençol móvel
Comadre
Biombo
Descrição do Procedimento
Higienizar as mãos;
Retirar as luvas;
Higienizar as mãos;
FERIDAS E CURATIVOS
A pele é o maior órgão do corpo humano.
1. Derme
Na derme, localizam os vasos sanguíneos, linfáticos, folículos pilosos, glândulas
sudoríparas e sebáceas, pelos e terminações nervosas, além de células como:
fibroblastos, mastócitos, monócitos, macrófagos, plasmócitos entre outros.
2. epiderme
A epiderme, histologicamente constituída das camadas basal, espinhosa, granulosa,
lúcida e córnea é um importante órgão sensorial.
1.FERIDAS
2. Corto-contusa - o agente não tem corte tão grande, sendo que a força do
traumatismo é que causa a penetração do instrumento, tendo como exemplo o
machado.
4. Pérfuro-contusas - são as causadas por arma de fogo, podendo ter dois orifícios,
o de entrada e o de saída.
1. limpas - são as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos
sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário. A probabilidade da
infecção da ferida é baixa, em torno de 1 a 5%.
4.CICATRIZAÇÃO
Quando ocorre a lesão a um tecido, imediatamente iniciam-se fenômenos dinâmicos
conhecidos como cicatrização, que é uma seqüência de respostas dos mais variados
tipos de células (epiteliais, inflamatórias, plaquetas e fibroblastos), que interagem
para o restabelecimento da integridade dos tecidos. O tipo de lesão também possui
importância no tipo de reparação; assim, em uma ferida cirúrgica limpa, há
necessidade de mínima quantidade de tecido novo, enquanto que, por exemplo, em
uma grande queimadura, há necessidade de todos os recursos orgânicos para
cicatrização e defesa contra uma infecção. Na seqüência da cicatrização de uma
ferida fechada, temos a ocorrência de quatro fases distintas: inflamatória,
epitelização, celular e fase de fibroplasia.
5.CURATIVOS
Definição: curativo é todo material colocado diretamente por sobre uma ferida,
cujos objetivos são: evitar a contaminação de feridas limpas; facilitar a cicatrização;
reduzir a infecção nas lesões contaminadas; absorver secreções, facilitar a drenagem
de secreções, promover a hemostasia com os curativos compressivos, manter o
contato de medicamentos junto à ferida e promover conforto ao paciente.
Os curativos podem ser abertos ou fechados, sendo que os fechados ou oclusivos
são subdivididos em úmidos e secos. Os curativos úmidos tem por finalidade:
reduzir o processo inflamatório por vaso-constricção; limpar a pele dos exudatos,
crostas e escamas; manter a drenagem das áreas infectadas e promover a
cicatrização pela facilitação do movimento das células.
As medicações tópicas podem ser veiculadas através de pós, loções, cremes, géis,
pastas, pomadas, sprays, aerosóis, etc.
O tratamento da ferida envolve, após verificação dos sinais vitais e de um anamnese
sucinta sobre as condições em que ocorreram as lesões os seguinte tópicos:
1. classificação das feridas: se existe perda de substância, se há penetração da
cavidade, se há perda funcional ou se existe corpo estranho e a necessidade de
exames auxiliares.
2. anti-sepsia: básicamente a irrigação vigorosa e intensa com soro fisiológico é
bastante eficaz para a diminuição da infecção.
3. anestesia
4. hemostasia, exploração e desbridamento: a hemostasia deve ser muitas vezes
realizada antes de qualquer outro procedimento, até em via pública.
5. sutura da lesão.
As soluções mais utilizadas nos curativos são: soro fisiológico para limpeza e como
emoliente; soluções anti-sépticas como polvidine tópico ou tintura a 10% (PVPI –
Polivinil Pirrolidona) ou cloro-hexidine a 4%; álcool iodado com ação secante e
cicatrizante e o éter que remove a camada gordurosa da pele, sendo útil na retirada
de esparadrapos e outros adesivos.
Os princípios científicos relacionados à uma curativo são: microbiológico – técnica
asséptica no manuseio do material estéril; físico - movimentos de execução,
mobilização e imobilização; químico e farmacológico - sobre as substâncias
utilizadas, e sociológicos - orientação para a paciente e família quanto aos cuidados
necessários.
Existem alguns tipos de ferida que devem ser particularizadas: nas lesões por
mordeduras, em princípio, as mesmas não devem ser suturadas, pois são
potencialmente infectadas; apenas naquelas que são profundas, com
comprometimento do plano muscular, este deve se aproximado. Nas feridas por
arma de fogo, a decisão da retirada do projétil deve ser avaliado caso à caso; caso
haja apenas um orifício, este não deve ser suturado, devendo-se lavar bem o interior
do ferimento, sendo que quando houver dois orifícios, um deles poderá ser suturado.
As lesões por prego devem ser limpas e não suturadas, tomando-se o cuidado com a
profilaxia do tétano.
A seguir, citaremos algumas das substâncias mais utilizadas em curativos de feridas
abertas e infectadas, principalmente no tocante de indicação, mecanismo de ação e
maneira de utilização. Considerações mais profundas sobre o assunto, serão tratadas
em futuras Disciplinas.
OUTRAS SUBSTÂNCIAS
Carvão ativado - nas feridas infectadas exudativas
Alginato de cálcio - nas lesões exudativas com sangramento
Filme com membrana de poliuretano - para proteção de lesões profundas não
infectadas.
7.PROCEDIMENTOS PRÁTICOS
Finalidades:
- Manter o corpo limpo e identificado, evitar a saída de odores e secreções, dispor o
corpo em posição adequada antes da rigidez cadavérica.
Material Necessário:
- 02 pares de luvas de procedimentos, 03 etiquetas de identificação de óbito, algodão
500g, 01 pinça Cheron, 01 jarro com água, sabão líquido (50ml), 01 toalha, fita crepe
(50 cm), 03 unidades de atadura de crepe, 10 unidades de gaze não esterilizada, 02
máscara, 01 tesoura, 02 lençóis, 01 bandeja grande, 01 maca sem colchão e 02 aventais
não esterilizados
Pré - Execução:
- Observar constatação de óbito;
- Preencher a etiqueta de óbito com os dados;
- Preparar o material;
- Lavar as mãos.
Execução:
- Checar o nome e o leito do cliente;
- Calçar as luvas de procedimento, avental e máscara;
- Desligar os equipamentos;
- Posicionar o corpo em decúbito dorsal e horizontal;
- Retirar sondas, catéteres e drenos;
- Proceder a higiene do corpo e realizar curativo nos locais necessários;
- Proceder o tamponamento das cavidades corporais com algodão e pinça de Cheron, se
necessário utilizar material impermeável;
- Garrotear o pênis com 01 gaze;
- Recolocar prótese dentária;
- Manter decúbito horizontal dorsal com braços fletidos sobre o tórax;
- Fixar mandíbula, pulsos e tornozelos com atadura de crepe;
- Proceder a identificação, atando a etiqueta na extremidade do corpo (mãos e pés);
- Forrar a maca com lençol e transferir o corpo;
- Cobrir o corpo, completamente com lençol e colocar outra etiqueta de identificação;
- Solicitar abertura do necrotério;
- Acionar elevador para transportar o corpo;
- Deixar o ambiente em ordem.
Pós - Execução:
- Desprezar material utilizado, no expurgo;
- Realizar limpeza da maca e recolocar o colchão;
- Lavar as mãos;
- Realizar as anotações de enfermagem;
- Vestir o corpo após a entrega da roupa pela família.
Avaliação:
- Aspecto geral do corpo;
- Transporte do corpo.
REFERÊNCIAS