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Biossegurança

Enfª Débora Lago

Aula 1
Biossegurança

o Biossegurança é constituída por um conjunto de


procedimentos ações, técnicas, metodologias, equipamentos
e dispositivos que visam nortear os trabalhadores, usuários,
pacientes e clientes quanto à realização de procedimentos
cada vez mais seguros, orientando-os ainda quanto às
medidas profiláticas e de emergência a serem tomadas em
caso de acidentes.
o Biossegurança refere-se à vida protegida, preservada, livre de
danos, perigo ou risco.
Biossegurança

o Têm-se como principais medidas de biossegurança, as


seguintes: a higienização das mãos, a qual é considerada
atitude básica das precauções-padrão; uso de Equipamento
de Proteção Individual (EPI’S), como: avental, gorro,
máscara, sapato fechado, entre outros; uso de técnicas
assépticas e as barreiras físicas, designadas também como
isolamentos de contato e respiratório (SOUZA, 2010).
Biossegurança

o Durante o desenvolvimento de nosso trabalho na área da


saúde, tanto no atendimento direto ao paciente ou nas
atividades de apoio, entramos em contato com material
biológico.
o Como material biológico, nos referimos a sangue, secreções e
excreções tipo vômito, urina, fezes, sêmen, leite materno,
escarro, saliva e outros fluidos corporais.
Biossegurança

o Estes materiais biológicos podem estar alojando


microrganismos, por isso consideramos estes fluidos de
pacientes ou os equipamentos e ambiente que tiveram contato
com eles, como potencialmente contaminados por germes
transmissíveis de doenças.
o Por não sabermos se os germes estão ou não presentes nestes
equipamentos, vamos sempre considerá-los contaminados.
Biossegurança

o Desta forma, na nossa rotina de trabalho sempre devemos


estar conscientes da importância de nos protegermos ao
manipularmos materiais, artigos, resíduos e ambiente sujos de
sangue e/ou secreções.
Sistema de Precauções e
Isolamento
Biossegurança

Sistema de Precauções e Isolamento

o O objetivo básico de um sistema de precauções e isolamento é


a prevenção da transmissão de um microrganismo de um
paciente portador, são ou doente, para outro paciente, tanto de
forma direta ou indireta.
o Esta prevenção abrange medidas referentes aos pacientes, mas
também aos profissionais de saúde.
Precaução Padrão

o É o conjunto de técnicas que devem ser adotadas por todos


os profissionais de saúde para atendimento de todos os
pacientes, independentemente de seu diagnóstico. Deverão
ser usadas quando existir risco de contato com sangue,
fluídos corpóreos, pele não íntegra e mucosas.
o Recomendada para todas as situações, independente da
presença ou ausência de doença transmissível comprovada.
Precaução Padrão -PP

ANVISA, 2015
Precaução por Contato

ANVISA, 2015

Ex: paciente com infecção ou colonizado por


microrganismo multirresistente, varicela, herpes zoster
disseminado; imunossuprimido.
Precaução por Gotículas

ANVISA, 2015

Ex: meningite bacteriana, coqueluche, difteria,


caxumba, influenza e rubéola.
Precaução por Aerossóis

ANVISA, 2015

Ex: tuberculose, varicela e sarampo.


Precaução para Bactérias
Multirresistentes
Isolamento ou Quarto Privativo

o Entende-se por isolamento ou quarto privativo o


estabelecimento de barreiras físicas de modo a reduzir a
transmissão dos microrganismos de um indivíduo para
outro.

1.isolamento reverso: é estabelecido para proteger das


infecções um indivíduo imunocomprometido.
Isolamento ou Quarto Privativo

2.Isolamento para transmissão por via aérea (gotículas ou


aerossóis) e contato: caso não seja possível dar um quarto a
cada doente, junte doentes com a mesma doença.
Conceitos
Alguns Conceitos

o Sanificação: destruição de microrganismos de uma


superfície inanimada.

o Degermação: é o ato de redução ou remoção parcial dos


microrganismos da pele, ou outros tecidos por métodos
químicos-mecânicos.
Alguns Conceitos

o Esterilização: é a destruição ou remoção total dos


microrganismos.

o Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói a


maioria dos microrganismos patogênicos de objetos
inanimados e superfícies, com exceção de esporos
bacterianos.
Alguns Conceitos

o Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o


crescimento de microrganismos ou removê-los de um
determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal
fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.

o Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para


impedir a penetração de microrganismos num ambiente que
logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele
que está livre de infecção.
Higienização das
Mãos
Higienização das Mãos

o A higienização das mãos com água e sabão, elimina além da


sujidade (sujeira) visível ou não, os microrganismos que se
aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas
atividade, mesmo estando a mão enluvada.

o É a principal medida de bloqueio da transmissão de germes.


Higienização das Mãos

o As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde


podem ser higienizadas utilizando-se:

 Água e sabão;
 Antissépticos: Clorexidina degermante 2% ; PVPI 10%; Álcool
gel a 70%.
5 Momentos para a Higienização das
Mãos
5 Momentos para a Higienização das
Mãos
Higienização das Mãos

Duração do procedimento: duração mínima


de 40 a 60 segundos.
Higienização das Mãos
Higienização das Mãos
Higienização das Mãos
Higienização das Mãos
Higiene das Mãos com Álcool Gel

o Recentemente vários estudos destacaram as qualidades do


álcool, como ação antimicrobiana rápida, de largo espectro,
baixo custo, fácil obtenção e com poucos efeitos indesejáveis.

o O álcool é um dos mais seguros e efetivos antissépticos,


reduzindo rapidamente a contagem da microbiota da pele.
Higiene das Mãos com Álcool Gel
o Indicações:

o Mãos não visivelmente sujas;


o Antes de entrar em contato com os pacientes;
o Após contato com pele íntegra de pacientes;
o Após o contato com objetos inanimados próximos ao
paciente.
Higiene das Mãos com Álcool Gel
o Finalidades:

o A utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos


sob a forma gel (na concentração final mínima de 70%) tem
como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode
substituir a higienização com água e sabonete líquido quando
as mãos não estiverem visivelmente sujas.
o A fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica
não realiza remoção de sujidades.
o Deve ter duração de no mínimo 20 a 30 segundos.
Higiene das Mãos com Álcool Gel

o Tem excelente atividade germicida contra bactérias,


incluindo patógenos multirresistentes. Apesar do álcool
não possuir efeito residual, sua ação de dano microbiano
permanece por várias horas.
o As principais desvantagens das soluções alcoólicas são o
ressecamento da pele.
Higiene das Mãos com Álcool Gel

Considerações:

o Recomenda-se que após 05 (cinco) aplicações de álcool


realize-se a higienização das mãos com água e sabão.

o As mãos com qualquer sujidade DEVEM ser higienizadas


com água e sabão!
Higiene das Mãos com Álcool Gel
Recomendações:

o Não higienizar as mãos com água e sabonete imediatamente


após o uso de preparações alcoólicas, a fim de evitar
dermatites;
o Evitar água muito quente ou muito fria na higienização das
mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele;
o Enxaguar bem as mãos para remover todo o resíduo de
produtos químicos;
o Secar bem as mãos antes de calçar as luvas.
Manipulação de Instrumentos,
Materiais e Perfurocortantes;
Ambientes e Equipamentos, Roupas e
Campo de Uso no Paciente,
Vacinação.
Manipulação de Instrumentos e
Materiais
o Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos
corporais, secreções e excreções devem ser manuseados de
modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos,
nariz e boca), roupas, e ainda, prevenir a transferência de
microrganismos para outros pacientes e ambiente.
o Todos os instrumentos reutilizados tem rotina de
reprocessamento.
Manipulação de Instrumentos e
Materiais

o Verifique para que estes estejam limpos ou desinfetados/


esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente
ou profissional.
o Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo
realmente descartados em local apropriado.
Manipulação de perfurocortantes

o Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas,


lâminas de barbear, tesouras e outros instrumentos de corte
tenha cuidado para não se acidentar.
o A estes materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes.
Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e
impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em
que os materiais são usados.
Manipulação de perfurocortantes

o Nunca recape agulhas após o uso.


o Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas
descartáveis e não as quebre ou entorte.
Manipulação de perfurocortantes

ERRADO

CORRETO
Ambientes e Equipamentos

o Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e


desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos.
o Colabore na supervisão para conferir se estas medidas estão
sendo seguidas.
o Proteja as superfícies do contato direto, como botões, alças
de equipamentos, teclados, mouses e monitores com
barreiras do tipo filme plástico (PVC) ou outros materiais
próprios a este fim.
Ambientes e Equipamentos

o Este procedimento impede a aderência da sujidade,


requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras
entre pacientes, dispensando a limpeza da superfície do
equipamento.
Roupas e Campos de uso no Paciente

o Manipule e transporte as roupas sujas com sangue, fluidos


corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as
em sacos plásticos.
o Os serviços de saúde que utilizam rouparia e campos
reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia, própria ou
terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas.
Vacinação

o Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra


a hepatite B, tétano. etc...
o Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal.

Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria


Municipal de Saúde promove. Vacina é proteção específica de
doenças. Previna-se!
Infecção Relacionada a
Assistência - IRA
IRA

o Infecção Relacionada a Assistência (IRA) é toda infecção


adquirida pelo paciente durante internação no hospital ou pós
alta, desde que tenha relação com a internação ou com o
procedimento hospitalar realizado.
IRA

o A IRA é geralmente provocada pela própria flora bacteriana


do paciente, que se desequilibra pelo estado de saúde, cujo
mecanismo de defesa contra infecções fica debilitado.
o A infecção pode ser desencadeada pelo uso de procedimentos
invasivos (soros, cateteres e cirurgias) ou pelo contato da flora
do paciente com a flora bacteriana do hospital.
IRA

o Geralmente os sítios de infecção relacionada a assistênia


mais frequentemente atingidos são o trato urinário, feridas
cirúrgicas e trato respiratório.
o Os patógenos implicados nas infecções hospitalares são
transmitidos ao indivíduo tanto via endógena, ou seja, pela
própria flora do paciente quanto pela via exógena.
IRA

CONCEITOS

o Infecção: Quando ocorre uma diminuição nas defesas do


organismo, os micro-organismos patogênicos (bactérias,
vírus, fungos ou protozoários) invadem e penetram no corpo,
reproduzindo-se e causando o que é chamado de “doença
infecciosa”.
o Infecção comunitária (IC): é aquela constatada ou em
incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
IRA
Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter

o Os cateteres intravasculares são dispositivos de grande


importância no cenário da assistência à saúde.
IRA

Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter

o As vantagens proporcionadas pela utilização dos cateteres


somam-se às complicações que podem advir de seu uso,
entre elas, vale mencionar as infecções de sítio de inserção,
as infecções de corrente sanguínea, as tromboflebites
sépticas, as endocardites e outras infecções metastáticas
(osteomielite, abscesso cerebral, etc.).
IRA

Infecções relacionadas ao acesso vascular

o As infecções do sitio de inserção dos acessos vasculares,


geralmente são de menor gravidade do que as de corrente
sanguínea. No entanto, elas merecem duas considerações
importantes: pode indicar contaminação do sitio de inserção
do dispositivo e apontar para a possibilidade de uma
intervenção preventiva específica;
IRA

Infecções relacionadas ao acesso vascular

o Infecções relacionadas ao acesso vascular central (IAVC):


são definidas como a presença de sinais locais de infecção
em pacientes sem diagnóstico concomitante de IPCS.
o Infecção relacionada a acesso vascular periférico (IAVP):
são definidas como a presença de sinais locais de infecção
com ou sem a presença de cordão inflamatório em pacientes
sem diagnóstico concomitante de IPCS.
IRA

Infecção do Sítio Cirúrgico

o O Staphylococcus aureus (S. aureus) é um dos principais


agentes causadores de infecção de sítio cirúrgico (ISC), com
taxas que variam de 20 a 30%, sendo que em
aproximadamente metade dos casos a fonte é a microbiota
endógena.
IRA

Infecções do Trato Respiratório:

o Causas = A pneumonia relacionada a assistência a saúde é


geralmente de origem aspirativa, sendo a principal fonte, as
secreções das vias áreas superiores, seguida pela inoculação
exógena de material contaminado ou pelo refluxo do trato
gastrintestinal.
IRA

Infecção do Trato Urinário – ITU:

o Entende-se que o tempo de permanência da cateterização


vesical é o fator crucial para colonização e infecção
(bacteriana e fúngica).
o Inserir cateteres somente para indicações apropriadas, e
mantê-los somente o tempo necessário. Se possível, escolher
a intermitente (conhecida como sondagem de alívio).
IRA

Os principais fatores que influenciam a aquisição de uma


infecção são:

o Status imunológico;
o Idade (recém-nascidos e idosos são mais vulneráveis);
o Uso abusivo de antibióticos;
IRA

Os principais fatores que influenciam a aquisição de uma


infecção são:

o Procedimentos médicos, em particular, os invasivos;


o Imunossupressão;
o Falhas nos procedimentos de controle de infecção.
IRA
Modo de transmissão de Infecção

Contágio Direto

o Decorre do contato pessoal de um hospedeiro susceptível com


outro, portador assintomático ou doente.
o A maioria das infecções hospitalares é transmitida por
contágio direto, através de mãos contaminadas.
IRA
Modo de transmissão de Infecção

Contágio Indireto

o Decorre do contato pessoal de um hospedeiro susceptível


com os objetos inanimados, genericamente designados
fômites e depois transferência do material infectado para a
boca, pele e mucosas lesadas ou íntegras; entre os artigos
hospitalares.
IRA
Modo de transmissão de Infecção

Através do Ar

o Durante a respiração normal, o ar expirado é praticamente


estéril e a contaminação da atmosfera ambiente,
consequentemente nula.
o Todavia, durante a conversação, a tosse e principalmente o
espirro, um número variável de partículas contaminadas é
expelido.
IRA
Modo de transmissão de Infecção

Veículos

o Ocorre quando a água, alimentos, medicamentos, incluindo o


sangue e antissépticos, serem de meio através do qual o
agente infeccioso passa de seu reservatório natural para um
hospedeiro susceptível, por ingestão, inoculação ou deposição
sobre a pele e mucosas.
Programa de Controle de Infecção
Hospitalar - PCIH

Portaria nº 2616, de 12 de maio de


1998
CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES

o No Brasil, a publicação da Lei nº 9.431 de 06 de janeiro de


1997 que dispõe sobre a obrigatoriedade da manutenção de
programa de controle de infecções hospitalares pelos
hospitais do País, bem como, da Portaria Nº 2616 de 12 de
maio de 1998 que define as diretrizes e normas para
prevenção e o controle das infecções hospitalares, tornam
evidente a preocupação com o tema e justificam a
manutenção de um Programa Nacional de Prevenção e
Controle das Infecções relacionadas à Assistência à Saúde –
PNPCIRAS, (2016-2020).

o
CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES

o Programa de Controle de Infecção Hospitalar – PCIH


(Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998) é um conjunto de
ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com
vistas à redução máxima possível da incidência e da
gravidade das infecções hospitalares.
o Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão
constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da
instituição e de execução das ações de controle de infecção
hospitalar.
Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH)

o A CCIH do hospital deverá: elaborar, implementar, manter e


avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado
às características e necessidades da instituição, contemplando,
no mínimo, ações relativas a:

o Implantação de um Sistema de Vigjlância Epidemiológica das


Infecções Hospitalares.
Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH)

o Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da


instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das
IRA´s;
o Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos,
sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de
controle.
O termo infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção
relacionada à Assistência à Saúde (IRA´s)
Equipamentos de
Proteção Individual
(EPI´s)
EPI

o Os equipamentos de proteção individual EPI´s têm como


finalidade a proteção dos profissionais da saúde, que de um
modo geral, estão expostos a uma série de riscos biológicos,
químicos e físicos e riscos suscetíveis contra a segurança e a
saúde no trabalho.
o Antes da utilização de qualquer EPI o profissional devera se
atentar para a higienização das mãos.
EPI
Luva

o As luvas funcionam como barreira, atuando no controle da


disseminação de microrganismos nos ambientes hospitalares
podendo ser estéreis (Cirúrgicas, utilizada me procedimentos
invasivos ou manipulação de material estéril) ou de
procedimento (Limpas, não estéreis, utilizadas para proteção
do profissional na manipulação de materiais infectados ou
com procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos
corporais e secreções).
EPI
Luva
EPI
Luva
EPI

o O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das


mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve ser adotado
indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a
seguir:

o Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato


com sangue e líquidos corporais e contato com mucosas e
pele não íntegra de todos os pacientes;
EPI

o Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro-


organismos das mãos do profissional contaminarem o campo
operatório (luvas cirúrgicas);
o Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de
microrganismos de um paciente para outro nas situações de
precaução de contato;
o Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro
paciente;
o Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas;
EPI

o Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for


mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo;
o Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais
como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas;
o Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas.
EPI
Luva

o A correta técnica correta de calçamento e fundamental para


não se contaminar a luva estéril, e a sua retirada é
fundamental no sentido de não contaminar o profissional com
o conteúdo externo das luvas.
Luva de látex Luva nitrílica Luva de vinil
EPI
Como Calçar Luva de Procedimento
EPI
Como Remover Luva de Procedimento
EPI
Como Calçar Luva Estéril

o Realizar a higienização das mãos;


o Remover o invólucro externo da embalagem, abrindo
cuidadosamente as laterais;
o Pegar a embalagem interna e coloca-la sobre uma superfície
plana e limpa;
o Identificar as luvas da mão direita e esquerda. Cada luva
apresenta um punho de aproximadamente 5 cm de largura;
EPI
Como Calçar Luva Estéril

o Com o polegar e o dedo indicador da mão não dominante,


pegar a borda do punho da luva da mão dominante (tocar
somente a superfície interna da luva).
o Retirar do campo;
o Puxar cuidadosamente a luva sobre a mão dominante,
preocupando-se com o punho para a luva não enrolar, sem
soltar o punho;
o Com a mão dominante enluvada, colocar os dedos indicador,
médio, anelar e mínimo sob o punho da segunda luva;
EPI
Como Calçar Luva Estéril

o Puxar cuidadosamente a segunda luva sobre a mão não


dominante com cuidado evitando-se contaminação;
o Uma vez que a segunda luva já tenha sido calçada,
entrelaçar os dedos de ambas as mãos para que as luvas se
ajustem.
EPI
Como Calçar Luva Estéril
EPI
Como Retirar Luva Estéril

o Após o procedimento estéril, o profissional despreza as luvas


das mãos, da seguinte maneira:
o Segurar o punho da luva da mão dominante, com os dedos
polegar, indicador e médio da mão não dominante sem tocar
a pele;
o Retirar vagarosamente de modo que a mesma permaneça do
lado avesso;
o Segura-la na mão não dominante;
EPI

Como Retirar Luva Estéril

o Colocar o dedo indicador da mão dominante sem luva, sob o


punho da luva da outra mão de modo a tocar somente abaixo
da luva (na pele);
o Retira-la de modo que fique no avesso desprezando em
seguida em recipiente adequado (o par).
EPI
Como Retirar Luva Estéril
EPI
Avental

o Utilizar sempre que houver risco de contato com materiais


biológicos; o avental na situação de precaução de contato
deve ser colocado apenas se houver contato direto com o
paciente.
EPI
Óculos de Acrílico

o Proteção de mucosa ocular devendo ser de material acrílico


que não interfira com a acuidade visual do profissional e
permita uma perfeita adaptação à face oferecendo proteção
lateral e com dispositivo que evite embaçar.
EPI

Máscara Facial

o Proteção contra impactos de partículas volantes; respingos de


produtos químicos; radiação infra vermelha; luminosidade
intensa.
EPI

Máscara Cirúrgica

o É uma barreira de uso individual que cobre nariz e boca,


indicada para proteger o trabalhador da saúde de infecções
por inalação de gotículas transmitidas a curta distância e pela
projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam
atingir suas vias respiratórias.
EPI

Máscara Cirúrgica

o Serve também para minimizar a contaminação do ambiente


com secreções respiratórias geradas pelo próprio trabalhador
da saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
o A máscara cirúrgica não protege adequadamente o usuário
em relação a patologias transmitidas por aerossóis, pois,
independentemente da sua capacidade de filtração, a vedação
no rosto é precária neste tipo de máscara.
EPI
Máscara PFF2 (N95)

o Equipamento de proteção individual que cobre boca e nariz,


proporcionando uma vedação adequada sobre a face do
usuário possuindo um filtro eficiente para retenção dos
contaminantes presentes no ambiente de trabalho na forma de
aerossóis.
EPI
Touca ou Gorro

o Indicado especificamente para profissionais que trabalham


com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis,
projeção de partículas e proteção de pacientes quando o
atendimento envolver procedimentos cirúrgicos.
EPI
Propé

o Tem como finalidade de uso evitar o desprendimento de


sujidades em áreas especiais e restritas, que tenham como
necessidade em hospitais como hemodiálise, centro cirúrgico,
centro obstétrico, CME, expurgo e outros setores preconizados
pela CCIH do hospital
EPI

Propé

o Protegem também os pés contra eventuais fluídos corpóreos


ou outros tipos de contaminação provenientes do meio
externo.
o Não deve ser reutilizado.
EPI
Calçados

o Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica


são aqueles fechados de preferência impermeáveis (couro ou
sintético). Evita-se os de tecido que umedecem e retém a
sujeira.
o Escolha os calçados cômodos e do tipo antiderrapante. Se o
local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas
de borracha.
EPI
EPI
Referências

o TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de


enfermagem. 8ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
o COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR Elaborada em 07/12/2010
ROTINA B 4. Disponível em: http://www.hgb.rj.saude.gov.br/. Acesso: 12 de
agosto de 2015.
o Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com
certificado. Disponível em:
http://www.portaleducacao.com.br/cotidiano/artigos/54602/luvas-estereis-e-
deprocedimentos#ixzz3k7SzuDzf. Acesso: 02 de janeiro de 2015.

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