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80 horas Imunização – Conceitos e

Técnicas de Vacinas
Samara Calixto Gomes
Com certificado
online

Este material é parte integrante do curso online "Imunização – Conceitos e Técnicas de


Vacinas" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É
proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem
autorização prévia expressa do autor (Artigo 29).
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Imunização – Conceitos e
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Samara Calixto Gomes
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI) ............................................................. 6
TIPOS DE IMUNIDADE .................................................................................................. 11
ORIGEM DAS VACINAS ................................................................................................ 13
FABRICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS VACINAS .................................................. 14
TIPOS DE VACINAS ....................................................................................................... 16
VACINAS DISPONÍVEIS NO CALENDÁRIO BÁSICO ............................................ 17
CONTRAINDICAÇÕES GERAIS .................................................................................. 20
8.1 DOENÇAS AGUDAS FEBRIS GRAVES ............................................................... 20
8.2 MITOS (FALSAS CONTRAINDICAÇÕES)........................................................... 21
8.2 PRINCIPAIS RISCOS .............................................................................................. 21
8.3 PRINCIPAIS EVENTOS ADVERSOS .................................................................... 22
QUAIS AS RECOMENDAÇÕES NECESSÁRIAS A SEREM DADAS AO CLIENTE
QUE RECEBERÁ A VACINA? ...................................................................................... 23
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ......................................................................................... 24
IDADE IDEAL PARA IMUNIZAÇÃO .......................................................................... 26
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS .............................................................. 27
CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS ................................... 28
CALENDÁRIO DE VACINAS 2019/2020 ...................................................................... 30
14.1 CALENDÁRIO DE VACINAS CRIANÇAS ......................................................... 30
14.2 CALENDÁRIO DE VACINAS ADOLESCENTE ................................................ 32
14.3 CALENDÁRIO DE VACINAS ADULTO ............................................................. 32
14.4 CALENDÁRIO DE VACINAS IDOSO ................................................................. 33
14.5 CALENDÁRIO DE VACINAS GESTANTE ........................................................ 33
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 34
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 38
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

01
INTRODUÇÃO

As vacinas são recursos indispensáveis para a saúde individual e pública. Através da


imunização é possível prevenir infecções e impedir que várias doenças se espalhem por um
território.

Elas atuam estimulando o organismo a produzir sua própria proteção (por exemplo, a
produção de anticorpos) contra doenças. É a maneira mais eficaz de controlar e até erradicar
doenças. São consideradas como um dos mais importantes avanços da Medicina, pois
reduziram a incidência de doenças infecciosas poupando milhões de vidas.

Por um longo tempo, conseguiu-se manter o controle, até mesmo provocar a eliminação
de algumas doenças que causavam pavor à população, tais como: a poliomielite, o sarampo, a
rubéola e a síndrome da rubéola congênita. Isso provocou em parte da população, e até mesmo
em alguns profissionais de saúde, a falsa sensação de que não há mais necessidade de se
vacinar.

Por outro lado, surgiram as “Fake News”, amplamente compartilhadas nas redes sociais
e aplicativos de mensagens, contendo frases como: “A vacina é mortal”; “Essas doses já
mataram milhares”; “Não vacine seus filhos. É um risco!”. Esse tipo de ataque às vacinas têm
se tornado problema de saúde pública e preocupado especialistas.

Tudo isso, acabou provocando um retrocesso na Saúde Pública, especialmente dentre


as doenças imunopreveníveis, onde em meados de 2016, voltamos a apresentar os primeiros
sinais de queda nas coberturas vacinais (BRASIL, 2019).

Desde então, doenças já erradicadas voltaram a ser motivo de preocupação entre


autoridades sanitárias e profissionais de saúde. Dados do Ministério da Saúde mostram que a
aplicação de todas as vacinas do calendário adulto está abaixo da meta no país, incluindo a
dose que protege contra o sarampo.

Entre as crianças, a situação não é diferente. Em 2017, apenas a BCG, que protege
contra a tuberculose que é aplicada ainda na maternidade, atingiu a meta de 90% de
imunização. Em alguns municípios, menos de 50% das crianças foram vacinadas contra a

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Unidade 1 – Introdução

poliomielite. Apesar de erradicada no país desde 1990, a doença ainda é endêmica em três
países: Nigéria, Afeganistão e Paquistão (BRASIL, 2019).
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

02
PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO (PNI)

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) surgiu em 1973, por determinação do Ministério


da Saúde, como parte de um conjunto de medidas que se destinavam a fiscalizar e redirecionar
a atuação governamental do setor. Entre elas, coordenar ações que se desenvolviam com
descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura.

Essas ações conduzidas dentro de programas especiais (erradicação da varíola, controle


da tuberculose) e como atividades desenvolvidas por iniciativa de Governos Estaduais,
necessitavam de uma coordenação central que lhes proporcionassem sincronia e
racionalização.

Criado através da Lei 6.259 de 30/10/75 e Decreto 78.231 de 30/12/76, o PNI visa
estimular e expandir a utilização de agentes imunizantes no país.

O PNI transformou-se ao longo desses anos, em uma das mais bem-sucedidas


intervenções de saúde pública do mundo. O episódio emblemático do ano de 1904 (Revolta da
Vacina), ilustra a grande importância que esse programa tem até os dias atuais.

O PNI coordena as atividades de imunização desenvolvidas rotineiramente na rede de


serviços de saúde.

As ações de vacinação constituem-se nos procedimentos de melhor relação custo e


efetividade no setor saúde, uma vez que os índices de morbimortalidade por doenças
imunopreveníveis nas décadas recentes, em nosso país e no mundo, reduzem cada vez mais.

O avançado declínio nos indicadores é decorrente do grande avanço tecnológico na


produção de vacinas, associadas a um sistema de conservação desses imunobiológicos e o
cumprimento de amplas coberturas vacinais.

A meta operacional básica é a vacinação de 100% das crianças menores de um


ano, com todas as vacinas indicadas no Esquema de Vacinação.

O PNI tem como objetivo contribuir para o controle, eliminação e/ou erradicação das
doenças imunopreveníveis, utilizando estratégias básicas de vacinação de rotina e campanhas

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Unidade 2 – Plano Nacional de Imunização (PNI)

anuais, desenvolvidas de forma hierarquizada e descentralizada, conforme Instrução


Normativa nº 1 de 19/08/04.

Agora que entendemos do que se trata o PNI e para que ele foi criado, vamos entender
alguns termos muito utilizados na administração de vacinas. São eles:

Adjuvantes: Ingrediente secundário numa preparação farmacêutica. São essenciais na


composição de vacinas inativadas, pois irão dificultar o processamento do antígeno pelas
células apresentadoras de antígeno. Assim, aumentam o período em que o antígeno estará em
contato com o sistema imune aumentando assim a resposta imunológica.

Agente Etiológico (Agente Infeccioso): Agente biológico que pode causar infecção ou
doença, também chamado de agente infeccioso ou agente patogênico. São exemplos: vírus,
bactérias, protozoários, fungos e rickettsias.

Anticorpo: Uma molécula orgânica (em geral uma glicoproteína), produzida por célula
do nosso sistema imune, encontrada em fluidos teciduais e no soro, em resposta à entrada de
um antígeno. É capaz de se combinar com este, neutralizando-o ou destruindo-o. Também
conhecido como imunoglobulina.

Antígeno: Também chamado de imunógeno, é toda espécie molecular de origem


biologia isolada ou constituída por uma célula, vírus, liquido biológicos ou sintética que quando
introduzida no hospedeiro ou receptor, é capaz de produzir uma reação imune (ou Tolerância).

Bacilo: Tipo de bactéria em forma de bastonete ou bastão. Exemplo: bacilo da


tuberculose.

Bactéria: Microrganismo formado por uma só célula (unicelular). As bactérias podem


ter formas variadas. Ocorrem isoladamente ou agregam-se em colônias; podem não se
movimentar sozinhos ou ter flagelos para se movimentar. Suas características, visíveis ao
microscópio, permitem que sejam identificadas e muitas vezes dão origem aos nomes pelos
quais são conhecidos: espiroquetas, vibriões, cocos, etc. Frequentemente, produzem toxinas
que agridem o hospedeiro e causam doença.

Cadeia ou Rede de Frios: É o sistema que inclui o armazenamento, transporte e


manipulação de vacinas em condições adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor
até o momento em que a vacina é aplicada em um indivíduo, o que garante a eficácia do
produto.

Cepa: População de microrganismos de uma mesma espécie descendente de um


antepassado comum ou que tenha a mesma origem. No caso de cepas vacinais, são conservadas
mediante uma série de passagens por hospedeiros ou meios de cultura adequados.

Cobertura Vacinal: Percentual da população que está vacinada. Quanto mais pessoas
receberem determinada vacina, maior será a cobertura vacinal. A eliminação ou controle de
qualquer doença imunoprevenível depende da obtenção desse índice de sucesso. Para acabar
com elas, é necessário que a maior parte da população esteja vacinada. Mas para a erradicação
ou controle não basta apenas atingir altas coberturas vacinais, é preciso mantê-las até que o
agente causador da doença esteja eliminado.

Conservantes, Estabilizadores e Antibióticos: pequenas quantidades de substâncias


antibióticas ou germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar o crescimento
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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

de contaminantes (bactérias e fungos); estabilizadores (nutrientes) são adicionados a vacinas


constituídas por agentes infecciosos vivos atenuados. Reações alérgicas podem ocorrer se a
pessoa vacinada for sensível a algum desses componentes;

Efetividade Vacinal: Refere-se aos efeitos da utilização de uma vacina em termos


populacionais. Relaciona-se com a capacidade de uma vacina em reduzir o risco de
determinada doença e o consequente impacto nos índices de saúde desta população.

Eficácia: Refere-se à capacidade da vacina de fornecer proteção, ou seja, à redução do


risco de adoecimento em vacinados, comparativamente com não vacinados. O dado é obtido a
partir da realização de estudos controlados. Quando se diz que tal vacina tem 95% de eficácia,
se está afirmando que 95 de cem pessoas que foram vacinadas ficaram protegidas. Mas atenção:
isto também significa que cinco dessas cem não responderam adequadamente à vacina. Por
isso é essencial obter uma alta cobertura vacinal, para que aqueles que não desenvolveram
anticorpos sejam indiretamente protegidos.

Falha vacinal: Em uma minoria de pessoas a vacina pode não gerar imunidade efetiva,
portanto, se expostas ao agente infeccioso, elas podem adoecer – daí o fenômeno ser
denominado “falha vacinal”. Ela depende do tipo de vacina utilizada, da idade, da condição de
saúde de quem a recebe, entre outros fatores. Por exemplo: as pessoas com o sistema
imunológico comprometido, seja em decorrência de doença ou tratamento médico, tendem a
apresentar falhas na resposta imunológica.

Hospedeiro: é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega.

Imunização: conjunto de métodos terapêuticos destinados a conferir ao organismo um


estado de resistência, de imunidade, contra determinadas enfermidades infecciosas.

Imunidade de Rebanho: são benefícios da aplicação de vacinas, extensivos às pessoas


que não as tomaram. O efeito acontece de modo indireto. Indivíduos que recebem vacinas com
vírus atenuados se transformam em vetores desses parasitas. Como essas vacinas são
produzidas a partir de partículas enfraquecidas, a resposta imunológica da pessoa afetada é
mais eficaz. A transmissão dos vírus atenuados pode ser feita por via oral e fecal. Além disso,
ao reduzir o número de doentes, reduz a chance de transmissão de seus agentes causadores,
beneficiando indiretamente toda uma comunidade, inclusive aqueles que não tiveram acesso à
vacinação.

Imunobiológicos: Produtos capazes de estimular a imunidade.

Imunoglobulina: Produtos constituídos de anticorpos obtidos a partir do plasma de


humanos previamente imunizados.

Imunodeficiência: Deficiência no sistema imunológico. Pode ser adquirida por


doença, medicamento ou contato com radiação (imunodeficiência secundária), ou ser inerente
ao indivíduo – ele nasce com alguma alteração genética que interfere no sistema imunológico
(imunodeficiência primária ou congênita).

Imunossupressão: Ato de reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico,


geralmente com a utilização de medicamentos, para que o corpo não rejeite, por exemplo, um
novo órgão, através do seu sistema imune. Com o sistema imunológico praticamente
desativado, o indivíduo imunossuprimido é vulnerável a infecções oportunistas.

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Unidade 2 – Plano Nacional de Imunização (PNI)

Memória Imunológica: Estado alterado da responsividade imunológica, resultante do


contato inicial com o antígeno, que habilita o organismo a produzir mais anticorpos e mais
rapidamente, em resposta a um estímulo antigênico secundário.

Período de incubação: É o espaço de tempo que um vírus ou bactéria leva para se


proliferar no organismo após invadi-lo, até surgirem os primeiros sintomas da doença. Esse
período varia de acordo com o agente infeccioso, podendo ser muito curto (como uma gripe)
ou muito longo (como as hepatites A e B). Durante o período de incubação, a pessoa não
apresenta sintomas, portanto, não sabe que já foi infectada. A chance de adoecer mesmo se
vacinada após a infecção é inversamente proporcional, ou seja: quanto menor for o período de
incubação, maior será a chance de a doença se manifestar, apesar da vacinação. Isso porque
toda vacina leva cerca de duas semanas para estimular níveis adequados de anticorpos.

Plasma: Componente líquido do sangue, no qual as células (glóbulos brancos e


vermelhos) estão em suspensão.

Profilaxia: Conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar as doenças,
suas complicações e consequências.

Sistema Imunológico: É responsável pela prevenção e tratamento de infecções às quais


estamos expostos no dia a dia.

Soro: produto farmacêutico constituído de anticorpos obtidos a partir de animais


hiperimunizados.

Tolerância: Também chamada de Reação Imune, acontece quando o sistema


imunológico não ataca o antígeno.

Toxina: Produto ou componente de microrganismo que pode prejudicar outro


organismo. Em geral, é uma proteína, mas também podem ser lipídeos ou outras substâncias.

Vacina: Substância de origem em microorganismos (mortos ou de virulência branda)


que se introduz no organismo a fim de produzir anticorpos que o defendam contra determinada
doença.

Vacina Associada: Misturam-se as vacinas no momento da aplicação. Ex: DTP + Hib

Vacina Combinada: Dois ou mais agentes são administrados numa mesma preparação.
Ex: Tríplice Bacteriana e Viral.

Vacinação de Bloqueio: É a vacinação feita com o objetivo de imunizar toda uma


comunidade em caso de surto, visando impedir que apareçam novas ocorrências de
determinada doença.

Vacinação Simultânea: Duas ou mais vacinas são administradas em diferentes locais


ou por diferentes vias num mesmo atendimento. Ex: a vacina tríplice DTP por via IM, a vacina
contra o sarampo por via SC, o BCG por via ID e a vacina contra a poliomielite por VO.

Vetor: É a fonte de transmissão de agentes patogênicos. Com frequência, o termo


restringe-se a hospedeiros intermediários de microrganismos cujos ciclos de vida ocorrem em
mais de uma espécie hospedeira. Como exemplos comuns, temos os insetos, que transmitem
alguns agentes infecciosos aos humanos. Entretanto, existem vetores não vivos.
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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

Viremia: É a presença de vírus na circulação sanguínea. O termo também engloba o


próprio processo de multiplicação do vírus dentro do hospedeiro.

Vírus: Agentes etiológicos de estrutura muito simples, de tipo não celular. Possuem
um só tipo de DNA ou RNA com informação necessária para sua reprodução, cercado por uma
capa de natureza proteica. Os vírus não conseguem se reproduzir fora de uma célula hospedeira,
sendo então chamados “parasitas intracelulares obrigatórios”. São muito menores e mais
simples que os organismos celulares (como as bactérias) e só são visíveis ao microscópio
eletrônico.

Mas de que forma conseguimos essa imunidade? O nosso corpo é capaz de nos proteger
sozinho?

A imunização é uma das estratégias de prevenção mais significativas, uma vez que é
definida como a aquisição de proteção contra uma doença infecciosa, que tem o objetivo
aumentar a resistência de um indivíduo contra infecções específicas.

Entretanto, nem sempre o nosso corpo trabalha sozinho. Algumas vezes necessitamos
“receber” uma imunidade para que ela trabalhe em conjunto com o nosso organismo. Essa
imunidade pode ser administrada por meio de vacina, imunoglobulina ou por soro de
anticorpos.

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Unidade 3 – Tipos de Imunidade

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TIPOS DE IMUNIDADE

A imunidade ou imunização pode ser classificada em dois tipos: a imunização ativa e a


imunização passiva.

A imunização ativa (quando há gasto de energia pelo organismo) é a produção de


anticorpos pelo indivíduo que recebeu antígenos. Essa imunização pode ser natural e artificial.

Imunização ativa natural acontece quando o antígeno penetra de forma natural no


organismo. Ex: casos infecciosos provocados por vírus e bactérias (sarampo).

A imunização ativa artificial é quando ocorre a inoculação proposital de antígenos no


organismo. Ex.: A vacina é composta por agente infeccioso enfraquecido ou por toxinas por
ele produzidas contendo antígenos específicos, sendo, portanto, um processo que visa à
profilaxia.

Quando um microorganismo penetra em pessoas vacinadas, já encontra


anticorpos específicos que inativam os antígenos por ele produzidos.

A imunização passiva (sem gasto de energia do organismo) é quando ocorre a


inoculação de anticorpos no organismo, produzidos por outro organismo contra o
correspondente agente infeccioso. Constitui um processo de soros terapêuticos.

A soroterapia é utilizada durante a fase aguda de uma infecção. Protege apenas por um
tempo relativamente curto, sendo logo destruído e eliminado.

A imunização é muito importante, pois evita a disseminação de doenças e contribui


para o controle de determinadas patologias, evitando possíveis epidemias e/ou pandemias.

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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

Abaixo, relacionamos os tipos de imunidade de acordo com sua classificação:

Imunidade Específica Ativamente Adquirida Passivamente Adquirida

Natural Infecções Clínicas; Congênita;


Infecções Inaparentes Colostro;
Leite Materno

Artificial Vacinas Soros;


Imunoglobulinas

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Unidade 4 – Origem das Vacinas

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ORIGEM DAS VACINAS

Atualmente as vacinas são conhecidas por todos nós. Fazem parte da nossa rotina preventiva.
Mas você sabe como surgiu a vacina?

Em estudos, o primeiro indício de vacina surgiu no início do século XVIII, quando a


Varíola era uma doença que causava a morte de muitos e, por causa dela, muitas crianças nem
chegavam a atingir a fase adulta.

Foi nessa época que um médico inglês, Edward Jenner, percebeu que pessoas que
conviviam com vacas, inclusive as adoecidas pela varíola, apresentavam ferimentos tais como
esses animais, porém não eram contagiados. A partir dessa observação injetou o pus dessas
vacas em uma criança saudável e, tempos depois, apesar das reações adversas, foi inoculado
com a varíola humana, não apresentando sinais de contaminação.

Em seguida, Jenner continuou esse procedimento em várias pessoas, retirando o pus


dos adoecidos e transferindo para as pessoas, como forma de prevenção. Após alguns anos,
inoculou na mesma criança que participou de seu primeiro experimento e em mais duas
pessoas, que continuaram imunes. A partir desses resultados, publicou um estudo de nome
“vacina”. O sucesso da descoberta de Jenner, em 1805, impulsionou Napoleão Bonaparte a
obrigar que todos os seus soldados fossem vacinados, gerando assim, alguns conflitos.

No Brasil, 1904, ocorreu um episódio parecido, quando o então presidente Rodrigues


Alves, com intuito de combater as pestes que prejudicavam o turismo e o comércio nacional,
juntou-se a Oswaldo Cruz para executar uma grande empreitada sanitária, retirando as pessoas
das ruas, lançando guerra a mosquitos, ratos e outros animais “pestilentos” e obrigando toda a
população a vacinar-se contra a varíola. Mesmo aliado à Lei da Vacina Obrigatória, a
população demonstrou grande resistência, com pedradas, protestos, incêndios, iniciando,
assim, a Revolta da Vacina.

Aos dias atuais, consideramos a varíola, doença erradicada.

Assim como a Varíola, também existem outros tipos de doenças que já sumiram das
estatísticas de mortalidade mundial. Desde a descoberta de Edward Jenner, diversas vacinas
foram criadas e adaptadas para atender a necessidade do indivíduo.

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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

05
FABRICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS
VACINAS

As vacinas são fabricadas por laboratórios, a partir de cepas e meios de cultura inicialmente
padronizados e provenientes de instituições de referência da Organização Mundial de Saúde
(OMS).

O Programa de autossuficiência Nacional em Imunobiológicos foi lançado em 1984


para atender à demanda do nosso país por esses produtos e tentar eliminar a necessidade de
importação. Com esse programa e auxílio do Ministério da Saúde, foram realizados
investimentos em instalações e equipamentos para os laboratórios.

No Brasil, temos dois grandes laboratórios, Manguinhos e Butantã.

No Instituto Butantan, além do investimento na produção, percebeu-se a importância


do investimento em pesquisas e foi criado o Centro de Biotecnologia, para o desenvolvimento
de novas tecnologias para a produção de soros e vacinas e de novos produtos. Atualmente, o
Instituto Butantan produz cerca de 80% dos soros e vacinas utilizados no País. Toda essa
produção de imunobiológicos é enviada ao Ministério da Saúde, e por ele redistribuída às
secretarias de Saúde dos Estados.

O laboratório Bio-Manguinhos, possui vínculo federal, vinculado à Fundação Oswaldo


Cruz. Está responsável por mais de 50% dos imunizantes.

O processo de criação, produção e teste de uma vacina, pode levar anos, por tratar-se
de um processo altamente complexo. Antes que os cientistas iniciem a formulação de uma
vacina, os pesquisadores estudam o vírus ou bactérias em particular.

Esses microorganismos têm que ser isolados para que seja descoberto à forma como ele
provoca a doença. A partir de então, desenvolvem a vacina como atenuada ou inativada. Em
seguida, os pesquisadores estudam a melhor maneira de proteção, calculando a melhor
dosagem, a quantidade de aplicações e o tempo de duração de cada uma delas.

A maioria das pesquisas recentes são realizadas em laboratórios em ambiente


acadêmico e são pagas por uma fundação ou pelo governo.

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Unidade 5 – Fabricação e Conservação das Vacinas

O processo de teste é realizado em quatro etapas, que podem durar anos. Essa fase é
patrocinada por empresas farmacêuticas e tem um custo muito alto.

1ª Fase: As vacinas são testadas em centenas de adultos saudáveis com baixo risco de
complicações. Se essa fase não tiver sucesso, a vacina volta para fase de desenvolvimento ou
é abandonada.

2ª Fase: Realizada após o sucesso da primeira fase. Nessa etapa, a vacina é testada no
grupo alvo que deverá receber a vacina pronta. Ex.: a vacina de catapora foi testada em
crianças. É testada em centenas de indivíduos, por garantia de segurança.

3ª Fase: A fase mais longa. Testes são realizados em vários locais com milhares e até
dezenas de milhares de pessoas com estilos de vida variados e de diferentes localidades
geográficas. Nessa etapa, é buscada a certeza de que a vacina funciona em pessoas de diferentes
tipos e vários ambientes.

4ª Fase: Mesmo após a sua distribuição, é necessário mais algum tempo de estudo para
assegurar que nenhum efeito colateral não previsto possa ocorrer.

O controle de qualidade deve seguir critérios do Instituto Nacional de Controle de


Qualidade em Saúde (INCQS).

Após lançadas, os imunobiológicos (vacinas, imunoglobulinas e soros) devem ser


conservados em geladeiras específicas, fora do congelador, em uma temperatura entre +2 e
+80C. O diluente deve estar na mesma temperatura da vacina. Esfriar o diluente colocá-lo no
refrigerador, pelo menos, seis horas antes da reconstituição. Lembrando sempre que, as vacinas
não podem ser congeladas.

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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

06
TIPOS DE VACINAS

Existem dois tipos principais de vacinas: vacinas de vírus vivos atenuados e vacinas de vírus
inativados.

Vacinas de Vírus Vivos Atenuados: a vacina é feita com vírus vivos, mas que causam
uma forma muito fraca da doença. Esses vírus se reproduzem cerca de 20 vezes dentro do
corpo. Ao ser fabricada, os vírus ou bactérias são atenuados em laboratório até o ponto em que
continuam vivos e capazes de se reproduzirem, mas que não possam causar doenças graves.
Sua presença é suficiente para fazer com que o sistema imunológico produza anticorpos para
combater a doença no futuro.

Vacinas de Vírus Inativados: quando as vacinas inativadas são criadas, os vírus ou


bactérias são completamente mortos por processos químicos. Partes mortas (inativadas) desses
microorganismos causadores de doença (geralmente bactérias) são colocadas nas vacinas.
Como os antígenos estão mortos, a força dessas vacinas tende a se desgastar com o tempo,
resultando em imunidade com menor duração. Por essa razão, várias doses de vacinas
inativadas são geralmente necessárias para oferecer uma melhor proteção. Reações alérgicas
são menos prováveis.

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Unidade 7 – Vacinas Disponíveis no Calendário Básico

07
VACINAS DISPONÍVEIS NO CALENDÁRIO
BÁSICO

O Brasil oferece gratuitamente vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas


pela Organização Mundial de Saúde (OMS). São elas:

BCG – Indicada contra as formas graves da tuberculose, devendo ser administrada


preferencialmente após o nascimento. Também indicada para profissionais de saúde e
comunicantes de casos de Hanseníase.

DTP - Vacina contra Difteria, Tétano e Coqueluche. Também conhecida como Tríplice
Bacteriana. Reforço da penta, aos 15 meses e aos 4 anos.

DT e dT - Vacina contra Difteria e Tétano. Encontra-se em dois tipos: a vacina dupla


infantil (DT) e a vacina dupla adulto (dT). Essa última contém uma menor quantidade de
toxóide diftérico. A dT é indicada a partir dos 7 anos de idade.

dTpa ADULTO – A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto,
recomendada para gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As mulheres que perderam a
oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, devem receber uma dose de dTpa no
puerpério, o mais precoce possível.

Febre Amarela (FA): Indicada para prevenir a febre amarela. Faz parte do calendário
vacinal apenas em áreas endêmicas e regiões limítrofes dessas áreas. Pessoas que se deslocam
para essas áreas também devem receber a vacina contra a febre amarela. A finalidade da
vacinação é imunizar determinado número de pessoas, de forma a constituir uma barreira de
proteção que se oponha à propagação geográfica da doença.

Meningocócica C (Conjugada) - Vacina contra a Neisseriameningitidis tipo C


(Meningococo C), principal bactéria causadora de meningite. Introduzida no Calendário Básico
de Vacinas em 2010. É indicada para crianças entre 2 meses e 4 anos. Em 2017, o Ministério
da Saúde passou a disponibilizar a vacina meningocócica para adolescentes.

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17
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

Pentavalente – Contém a DTP, HB e Hib e é indicada para imunização das crianças


menores de 1 ano de idade. É segura e bem tolerada, com elevada imunogenicidade contra os
antígenos componentes. É usada na vacinação primária de lactentes que já receberam a
primeira dose de hepatite B ao nascimento.

Pneumocócica 10 - Valente. Essa vacina visa proteger crianças, menores de 5 anos,


contra infecções respiratórias e otite média aguda causadas por Streptococcuspneumoniae
sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.

Rotavírus – Vacina Oral contra o Rotavírus, que é o vírus responsável pelos quadros
mais graves de diarreia, vômitos e desidratação, e que está associado aos quadros que
necessitam de internação por desidratação grave, podendo levar a óbito.

Tetra Viral – (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela - SCRV). Está disponível,


exclusivamente, para as crianças de 15 meses de idade, que tenham recebido a 1ª dose da vacina
tríplice viral.

Tríplice Viral - (Sarampo, Caxumba e Rubéola). É composta por três vírus vivos
atenuados: o vírus do sarampo, caxumba e da rubéola. A vacina tríplice viral, quando
administrada em mulheres em idade fértil (12 a 49 anos), tem se mostrado bastante eficaz no
controle destas doenças, e também na prevenção da Síndrome de Rubéola Congênita. É
indicada a partir dos 12 meses de vida.

Vacina Contra Influenza (Gripe) - A gripe é considerada pela Organização Mundial


da Saúde, a mais importante doença de transmissão respiratória depois da tuberculose. A vacina
protege todos os indivíduos, principalmente os idosos e os com baixa resistência e previne as
complicações respiratórias. É indicada a partir dos 6 meses de vida.

Vacina Contra a Hepatite A - Vacina contra a Hepatite causada pelo vírus A. As


hepatites virais são infecções que acometem o fígado e o paciente leva de 15 a 20 dias para se
recuperar. É indicada a partir dos 12 meses de vida. Introduzida na data de 28 de julho de
2014, dia em que se comemora mundialmente a luta contra hepatites virais.

Vacina Contra a Hepatite B - Vacina contra a Hepatite causada pelo vírus B,


produzida através de engenharia genética. É indicada a aplicação de preferência logo após o
nascimento, nas primeiras 12 horas de vida. Caso não seja possível, iniciar o mais
precocemente possível.

Vacina Contra Varicela - Corresponde à segunda dose da vacina varicela,


considerando a dose de tetra viral aos 15 meses de idade.

VIP – Vacina Inativada Contra a Poliomielite. Introduzida no Calendário Básico desde


junho de 2012. As crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar
a 1ª dose aos 2 meses e a 2ª aos 4 meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma
injetável.

VOP - Vacina Oral Contra Poliomielite. Indicada para a proteção contra a doença
poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A vacina protege contra os três tipos
de poliovírus (I II e III).

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Unidade 7 – Vacinas Disponíveis no Calendário Básico

Vacina Quadrivalente Contra o Papilomavírus Humano (HPV) - A vacina surgiu


como uma estratégia de saúde pública, com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção
do câncer do colo do útero. É indicada para adolescentes (meninos e meninas).

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19
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

08
CONTRAINDICAÇÕES GERAIS

As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados não devem ser administradas a princípio, a
pessoas:

 Com imunodeficiência congênita ou adquirida;

 Acometidas por neoplasia maligna;

 Em tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores (2mg/kg/dia por


mais de uma semana em crianças, ou 20mg/dia ou mais em adultos);

 Submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica,


radioterapia), transfusão de sangue ou plasma;

 Gravidez de risco teórico de danos ao feto, salvo em situações de alto risco de exposição
a algumas doenças virais imunopreveníveis, como a febre amarela;

8.1 DOENÇAS AGUDAS FEBRIS GRAVES


Durante a evolução de doenças agudas e febris, as pessoas não devem ser vacinadas devendo
ser aguardado o final do processo infeccioso, principalmente para que seus sinais e sintomas
não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis efeitos adversos relacionados à vacinação.

O adiamento da vacinação é recomendado em situações muito específicas. Ex:


tratamento com imunodepressores ou com corticóides em dose imunossupressora. Neste caso
agendar a vacinação para três meses depois do final do tratamento.

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Unidade 8 – Contraindicações Gerais

8.2 MITOS (FALSAS CONTRAINDICAÇÕES)

 Doenças benignas comuns: afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias


respiratórias superiores (tosse/ou coriza);

 Diarreia leve ou moderada;

 Doenças da pele (impetigo, escabiose, etc.);

 Desnutrição;

 Doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada) ou pregressa, com


sequela presente;

 Antecedente familiar de convulsão;

 Tratamento sistêmico com corticosteroide durante curto período (inferior a duas


semanas), ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com doses baixas ou
moderadas;

 Alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves, relacionadas a componentes


de determinadas vacinas;

 Prematuridade ou baixo peso no nascimento (exceto a BCG, que deve ser aplicado
somente em crianças com > 2 kg).

 Internação hospitalar (crianças hospitalizadas podem ser vacinadas antes da alta e, em


alguns casos, imediatamente depois da admissão, particularmente para prevenir a
infecção pelo vírus do sarampo ou da varicela durante o período de permanência no
hospital).

 História ou diagnóstico clínico pregresso de Coqueluche, Difteria, Poliomielite,


Sarampo, Tétano e Tuberculose não constituem contraindicação ao uso das respectivas
vacinas.

8.2 PRINCIPAIS RISCOS


Apesar da eficácia e segurança que as vacinas oferecem a imunização não está isenta de riscos.

Os principais riscos são:

 Infecção no local da inoculação;

 Transmissão de doenças por meio do produto injetado e contaminação do material


empregado na administração;

 Complicação devido a outros compostos dos produtos imunizantes;

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21
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

 Encefalite pós-vacinal, quando da utilização de antígenos vivos;

 Agravamentos de enfermidades crônicas cardíacas, renais, do sistema nervoso central,


entre outras;

 Reações locais gerais: nódulos, edemas, dor ou mal-estar, lipotimia, entre outras;

 Reações de hipersensibilidade;

 Complicações específicas secundárias à natureza e tipos de antígenos ou substâncias


fontes de anticorpos.

8.3 PRINCIPAIS EVENTOS ADVERSOS


Como já sabemos, as vacinas são constituídas por agentes infecciosos. Sejam eles atenuados
ou inativados, por algum de seus produtos ou componentes que apesar da modernização de
processos utilizados na produção e purificação, podendo induzir a reações indesejáveis.

Algumas dessas reações, também chamadas de eventos adversos, são observadas com
uma frequência relativamente alta. Entretanto, as manifestações que surgem, são geralmente
benignas e transitórias, tais como febre e dor local, que eventualmente surgem na administração
da DTP, uma possível contaminação, qualidade inadequada de determinados componentes, ou
de falhas na técnica de aplicação.

Complicações podem ocorrer em pacientes com deficiência imunológica primária, ou


seja, com deficiências congênitas da imunidade, que são doenças raras, ou secundárias,
decorrentes de doenças ou tratamentos que comprometem a imunidade. Ex: Leucemia, linfoma,
etc.

O risco de complicações se manifesta nas vacinas vivas, como a contra o sarampo,


caxumba e rubéola, antipoliomielite oral, BCG, etc.

No caso das vacinas mortas, como a tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e
coqueluche, o risco é da resposta imunitária não se processar adequadamente, continuando o
receptor da vacina suscetível às doenças contra as quais se vacinou.

Os eventos adversos específicos de cada vacina serão revisados junto as seus


respectivos imunobiológicos.

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Unidade 9 – Quais as Recomendações Necessárias a serem dadas ao Cliente que Receberá a
Vacina?

09
QUAIS AS RECOMENDAÇÕES
NECESSÁRIAS A SEREM DADAS AO
CLIENTE QUE RECEBERÁ A VACINA?

1. Converse com o cliente sobre os benefícios da vacina a ser administrada

2. Compartilhe a segurança de que não existe nenhuma contraindicação para a vacinação


naquele momento.

3. Informe sobre os eventos adversos mais comuns ou esperados das vacinas a serem
aplicadas.

4. Oriente o cliente ou responsável para retornar à unidade de saúde, caso observe que os
eventos adversos comuns ou esperados se apresentem com maior intensidade, demorem
muito a passar e se, além destes, surgirem outros sinais e sintomas.

5. Explique que vacinas de bactérias e vírus vivos atenuados injetáveis podem ser
aplicadas no mesmo dia. Caso não seja possível, deve ser dado um intervalo de 30 dias,
no mínimo 15 dias, entre a aplicação de vacinas que tenham esta composição, tais como
BCG, tríplice viral, entre outras.

6. Considere as doses já recebidas de cada vacina, para completar o respectivo esquema


vacinal.

7. Oriente para que não se coloquem pomadas no local de aplicação das vacinas.

8. Registre no cartão do cliente e no cartão espelho, a vacina administrada com seu


respectivo lote. Na vacina contra a febre amarela, o registro é uma recomendação
internacional.

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23
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

10
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO

As vacinas devem ser administradas de acordo com as normas recomendadas pelos fabricantes.

Antes de aprendermos quais as vias de administração mais indicada para cada vacina,
vamos revisar as principais vias de administração.

O que é uma via de administração?

Via de Administração é o caminho que a droga percorre para entrar em contato com o
organismo. Ela transporta a substância à parte do corpo onde se deseja que ocorra sua ação.

As vias de administração de fármacos podem ser a grosso modo divididas em 3: Tópica,


Enteral e Parenteral.

A Via Tópica tem efeito local. Nessa técnica, a substância é aplicada diretamente onde
se deseja sua ação.

Classifica-se em:

 Epidérmica: aplicação sobre a pele (testes de alergia, anestesia local tópica).

 Inalável: através das vias aéreas.

 Enema: administrados através do reto.

 Colírios: sobre a conjuntiva;

 Gotas otológicas: na via auricular (antibióticos e corticóides para otiteexterna);

 Intranasal: (spray descongestionante nasal).

A Via Enteral tem efeito sistêmico. Por essa via, a substância tem como porta, o trato
digestivo.

Pode entrar através de:

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Unidade 10 – Técnicas de Aplicação

 Via Oral (Boca). A maioria em forma de tabletes, cápsulas ou gotas.

 Tubo gástrico, tubo de alimentação duodenal ou gastrostomia;

 Via Retal. (supositórios ou enemas).

A Via Parenteral é a mais utilizada na administração de vacinas. Essa via tem efeito
sistêmico. Recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo.

As principais vias parenterais são:

 Intravenosa (IV): Através da veia

 Intramuscular (IM): Através dos músculos

 Subcutânea (SC): Entre os músculos e a pele.

 Intradérmica (ID): Sob a pele

Em Lactentes: administrar as de uso Intramuscular (IM) no músculo vastolateral da


coxa.

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25
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

11
IDADE IDEAL PARA IMUNIZAÇÃO

A idade em que as vacinas devem ser administradas varia de acordo com a faixa etária de maior
risco para a doença, idade específica em que o imunobiológico é capaz de estimular a resposta
imunológica, potencial interferência de anticorpos adquiridos por via transplacentária e risco
de complicações da vacina em determinada idade.

Dessa forma, é importante lembrar que algumas vacinas não devem ser administradas
no período neonatal, para evitar o fenômeno de tolerância imunológica, e que aquelas que
contêm agentes vivos podem ser inativadas pelos anticorpos maternos da classe IgG, que
cruzam livremente a barreira placentária.

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Unidade 12 – Equipamentos e Materiais Básicos

12
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS BÁSICOS

 Bancada ou mesa para preparo dos imunobiológicos;

 Refrigerador para conservação dos imunobiológicos. O refrigerador, de compartimento


único, deve ter capacidade mínima para 280 litros, aproximadamente.

 Quando necessário, utilizar dois refrigeradores: um para os imunobiológicos em


estoque e outro para os produtos que serão usados no dia de trabalho.

 De modo geral, utiliza-se a caixa térmica para conservar os imunobiológicos que serão
usados no dia de trabalho.

 Bandeja de aço inoxidável.

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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

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CUIDADOS GERAIS NA ADMINISTRAÇÃO
DE VACINAS

O vacinador, antes de administrar a vacina, deve:

 Lavar as mãos e organizar todo o material;

 Retirar a vacina da caixa térmica ou do refrigerador, verificando o nome da mesma,


bem como o prazo de validade;

 Vencido o prazo, desprezar o resto da vacina;

 Preparar a vacina de acordo com recomendações específicas.

 Ao aspirar o volume a ser administrado, verificar se a graduação da seringa se a


dosagem estão corretas;

 Quando utilizar o frasco multidoses, ao aspirar cada dose, perfurar a borracha em locais
diferentes, evitando a parte central da tampa.

 Antes de aspirar cada dose, limpar a tampa de borracha com algodão seco. Fazer um
movimento rotativo com o frasco da vacina para homogeneização, evitando, assim,
reações locais mais intensas.

 Os procedimentos básicos para remoção e reconstituição de soluções são os mesmos.

 Recolocar o frasco na caixa térmica ou no refrigerador até a aspiração de outra dose.

 Preparar a pessoa, colocando-a em posição segura e confortável, fazendo a limpeza do


local da administração, se necessário.

 No caso de vacinas injetáveis, administrar o líquido lentamente. Administrar com


cautela em indivíduos com trombocitopenia ou qualquer outro distúrbio de

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Unidade 13 – Cuidados Gerais na Administração de Vacinas

coagulação, uma vez que pode ocorrer sangramento após a administração


intramuscular nesses pacientes.

 Desprezar a seringa e a agulha, conforme orientações de Biossegurança;

 Atentar para reações imediatas.

 Orientar a pessoa vacinada ou seu acompanhante para usar compressa fria no caso de
dor ou vermelhidão no local da administração. Nunca usar compressa quente no local
da vacina.

 Após a administração, lavar as mãos; registrar o nº do lote e a validade;

 Orientar sobre o retorno, quando for o caso, para a complementação do esquema básico
de vacinação.

Não é mais orientada a manutenção de uma agulha no frasco; a


borracha utilizada atualmente apresenta melhor resistência às
múltiplas perfurações, em consequência do constante aperfeiçoamento
dos materiais.

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29
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

14
CALENDÁRIO DE VACINAS 2019/2020

14.1 CALENDÁRIO DE VACINAS CRIANÇAS


Público- Alvo Idade Vacinas Proteção contra Dose/ Via Idade máxima
para aplicação
BCG (DU) Tuberculose 0,1ml/ID 4 anos 11 meses e
Ao nascer 29 dias
Hep. B Hepatite B 0,5ml/IM 30 dias
Penta (1ªd) Difteria, 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
Tétano, 29 dias
Coqueluche,
Meningite,
Hep. B
2 meses Rotavírus (1ªd) Diarreia por 1,5ml/VO 3 meses e 15 dias
Rotavirus
Pneumocócica (1ªd) Pneumonias, 0,5ml/IM 1 ano 11 meses e
Otites, Sinusites 29 dias
pelos sorotipos
Crianças
que compõem a
vacina
VIP (1ªd) Poliomielite 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
29 dias
Meningocócica Meningite tipo C 0,5ml/IM 1 ano 11 meses e
3 meses (1ªd) 29 dias
Penta (2ªd) Difteria, 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
Tétano, 29 dias
Coqueluche,
Meningite,
Hep. B
Rotavírus (2ªd) Diarreia por 1,5ml/VO 7 meses e 29 dias
4 meses Rotavírus

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Unidade 14 – Calendário de Vacinas 2019/2020

Pneumocócica (2ªd) Pneumonias, 0,5ml/IM 1 ano 11 meses e


Otites, Sinusites 29 dias
pelos sorotipos
que compõem a
vacina
VIP (2ªd) Poliomielite 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
29 dias
Meningocócica Meningite tipo C 0,5ml/IM 1 ano 11 meses e
5 meses (2ªd) 29 dias
Penta (3ªd) Difteria, 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
Tétano, 29 dias
Coqueluche,
6 meses Meningite,
Hep. B
VIP (3ªd) Poliomielite 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
29 dias
9 meses Febre Febre 0,5ml/SC _________
Amarela Amarela
Ref. Pneumocócica Pneumonias, 0,5ml/IM 1 ano 11 meses e
Otites, Sinusites 29 dias
pelos sorotipos
que compõem a
vacina
Ref. Meningocócica Meningite tipo C 0,5ml/IM 4 ano 11 meses e
12 meses 29 dias
Tri. Viral Sarampo, 0,5ml/SC 49 anos 11 meses
Caxumba, e 29 dias
Rubéola
15 meses Hep. A Hepatite A 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
29 dias
Tetra Viral Sarampo, 0,5ml/IM 4 anos 11 meses e
(SCRV) Caxumba, 29 dias
Rubéola,
Varicela
DTP Difteria, Tétano, 0,5ml/IM 6 anos 11 meses e
Coqueluche 29 dias
VOP Poliomielite 2 Gotas/VO 4 anos 11 meses e
29 dias
Ref. DTP Difteria, Tétano, 0,5ml/IM 6 anos 11 meses e
Coqueluche 29 dias
Ref. VOP Poliomielite 2 Gotas/VO 4 anos 11 meses e
4 anos 29 dias
Vacina Varicela Varicela 0,5ml/SC 6 anos 11 meses e
(Catapora) 29 dias
9 anos HPV quadrivalente Infecções pelo 14 anos e 11
(Meninas) HPV 6, 11, 16 e 0,5ml/IM meses
18

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31
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

14.2 CALENDÁRIO DE VACINAS ADOLESCENTE


Público- Alvo Idade Vacinas Proteção contra Dose/ Via Idade
máxima
para
aplicação
Hepatite B Hepatite B 0,5ml/IM ____
(2ª 30 dias)
(3ª 180 dias)

11 a 19 anos dT Difteria, Tétano 0,5ml/IM ____

Febre amarela Febre amarela 0,5ml/SC ____

Tríplice Viral Sarampo, 0,5ml/SC ____


Adolescente Caxumba,
Rubéola
11 a 14 anos HPV Infecções pelo 0,5ml/IM 14 anos e
(Meninos) (2ª dose 180 dias HPV 6, 11, 16 e 11 meses
da 1ª dose) 18

11 a 14 anos Meningocócica Meningite tipo C 0,5ml/IM


(meninos/
meninas)

14.3 CALENDÁRIO DE VACINAS ADULTO


Público- Alvo Idade Vacinas Proteção contra Dose/ Via Idade
máxima para
aplicação
Hepatite B Hepatite B 1 ml/IM

Tríplice Viral Sarampo, 0,5 ml/SC


Adulto 20 a 59 Caxumba,
anos Rubéola
Febre Amarela Febre Amarela 0,5 ml/SC
dT Difteria, Tétano 0,5 ml/IM

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32
Unidade 14 – Calendário de Vacinas 2019/2020

14.4 CALENDÁRIO DE VACINAS IDOSO


Público- Alvo Idade Vacinas Proteção contra Dose/ Via Idade máxima
para
aplicação

Influenza Gripe por influenza 0,5ml/IM ____


Pneumocócica Meningites, 0,5ml/IM ____
23V pneumonias,
A partir de 60 sinusites etc.
Idoso Anos Hepatite B Hepatite B 1 ml/IM ____
(2ª 30 dias)
(3ª 180 dias)
dT Difteria e tétano 0,5ml/IM ____
Febre Amarela Febre amarela 0,5ml/SC ____

14.5 CALENDÁRIO DE VACINAS GESTANTE


Público- Alvo Idade Vacinas Proteção contra Dose/ Via Idade
máxima para
aplicação
Hepatite B Hepatite B 0,5ml/IM ____
(2ª 30 dias)
(3ª 180 dias)
dT Difteria e tétano 0,5ml/IM ____
(2ª 60 dias após
Qualquer a 1ª)
Gestantes faixa etária dTpa Difteria, Tétano 0,5ml/IM 20sem de
acelular gestação a
45dias após o
parto
Influenza Gripe por 0,5ml/IM 1 dose anual
influenza

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33
Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual ou
superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. O Programa Nacional de Imunizações surge por determinação do Ministério da Saúde,


como parte de um conjunto de medidas que se destinavam a fiscalizar e redirecionar a
atuação governamental do setor, através de que Lei?

a. Lei 6.000 de 30/10/70

b. Lei 78.231 de 30/12/76

c. Lei 6.259 de 30/10/75

d. Lei 68.239 de 30/12/76

2. A imunização é muito importante, pois além de evitar a disseminação de doenças:

a. Contribui para o controle de determinadas patologias;

b. Mantém o usuário sempre presente na unidade básica de saúde;

c. Não é tão cara para o bolso do brasileiro, principalmente para a população mais
carente;

d. Aumenta o apetite em pessoas desnutridas.

3. Existem dois tipos de imunidade. São elas:

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Avaliação

a. Passiva e comercial

b. Ativa e passiva

c. Natural e comercial

d. Ativa e comercial

4. Na data de 28 de julho de 2014, a área da imunização foi marcada pela inserção de uma
nova vacina no calendário vacinal de rotina de crianças pelo PNI. De que vacina estamos
falando?

a. Tetra Viral

b. Penta Brasil

c. Meningocócica C

d. Hepatite A

5. Classifica-se como uma falsa contraindicação para a vacinação em pessoas:

a. Submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras, transfusão de sangue ou plasma;

b. Doenças agudas febris graves.

c. Diarreia leve ou moderada.

d. Em tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores por tempo


prolongado;

6. Existem dois tipos principais de vacinas, as vacinas de vírus vivos atenuados e as de


vírus inativados.

a. As Vacinas de Vírus Vivos Atenuados são feitas com vírus vivos e que causam uma
forma muito forte da doença, agravando os efeitos colaterais

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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

b. As Vacinas de Vírus Inativados são feitas com vírus vivos, mas que causam uma
forma muito fraca da doença.

c. As Vacinas de Vírus Vivos Atenuados são feitas com vírus vivos, mas que causam
uma forma muito fraca da doença.

d. As Vacinas de Vírus Vivos Atenuados são compostas por vírus ou bactérias


completamente mortas por processos químicos.

7. A vacina Pentavalente ou Penta Brasil foi introduzida no Calendário Básico a partir do


segundo semestre de 2012. A penta refere-se a:

a. Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e


Haemophilusinfluenzaeb (conjugada);

b. Vacina difteria, sarampo, tétano, hepatite B e Haemophilusinfluenzaeb;

c. Vacina adsorvida rubéola, tétano, hepatite C (combinada) e Haemophilusinfluenzaeb


(reconjugada);

d. Vacina adsorvida difteria, rubéola, hepatite A (recombinante) e


Haemophilusinfluenzaeb (conjugada).

8. São benefícios da aplicação para aquelas pessoas ainda não vacinadas. O efeito acontece
de modo indireto. Indivíduos que recebem vacinas com vírus atenuados se transformam
em vetores desses parasitas. Como essas vacinas são produzidas a partir de partículas
enfraquecidas, a resposta imunológica da pessoa afetada é mais eficaz. A transmissão
dos vírus atenuados pode ser feita por via oral e fecal. Além disso, ao reduzir o número
de doentes, reduz a chance de transmissão de seus agentes causadores, beneficiando
indiretamente toda uma comunidade, inclusive aqueles que não tiveram acesso à
vacinação.

a. Campanhas vacinais

b. Efeito de rebanho

c. Vacinação cruzada

d. Profilaxia

9. A Via Tópica tem efeito local. Nessa técnica, a substância é aplicada diretamente onde
se deseja sua ação. São tipos de Via Tópica:
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Avaliação

a. Epidérmica - Inalável - Enema – Colírios - Gotas otológicas - Intranasal.

b. Subcutânea - Intradermica - Enema – Intranasal.

c. Intramuscular - Inalável – Subcutânea – Colírios - Gotas otológicas - Intranasal.

d. Inalável - Enema – Intradérmica - Intramuscular - Intranasal.

10. A Via Parenteral é a mais utilizada na administração de vacinas. Essa via tem efeito
sistêmico. Recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo.

a. Intravenosa – Enema – Intramuscular – Intranasal;

b. Intramuscular – Colírios – Gotas otológicas – Inalável;

c. Intradérmica – Injetável – Colírios – via oral;

d. Subcutânea – Intradérmica – Intravenosa – Intramuscular.

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Imunização – Conceitos e Técnicas de Vacinas

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

ALBERGARIA, D. Motivações e Consequências Sociais das Reformas Urbanas no Rio.


Revista Eletrônica em Jornalismo Científico. Com Ciência, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Rede de Frios. Ministério da Saúde, Secretaria


de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 4. ed. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_rede_frio4ed.pdf>

Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações (PNI): 40 anos.


Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância
Epidemiológica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_nacional_imunizacoes_pni40.pdf>

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Normas e


Procedimentos para Vacinação. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde,
2014. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf>

Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. Guia


Prático de Vacinas _ 2016-2017. Brasília, 2016. Disponível em:<http://www.epi.uff.br/wp-
content/uploads/2013/10/guia_de_vacinas_padrao.pdf>

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota informativa Nº 311, de 2016. Referente às mudanças


no calendário nacional de vacinação para o ano de 2017. Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em:<https://sbim.org.br/images/files/nota-informativa-311.pdf>

BRASIL. Ministério da Saúde. Novo calendário vacinal de 2017. Ministério da Saúde,


Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2017. Disponível em:
<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/03/Novo-calendario-vacinal-
de-2017.pdf>

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Referência

FARHAT, CK; WECKX, L; CARVALHO, L.H.F. R; MENEZES, RC. Imunizações –


Fundamentos e Prática - 5ª ed. São Paulo - SP: Atheneu, 2007

GADELHA, C; AZEVEDO, N. Inovação em vacinas no Brasil: Experiência recente e


constrangimentos estruturais. Hist. Cienc. Saúde – Manguinhos vol.10 suppl. 2 Rio de
Janeiro, 2003

GUSHIKEN, C.T. & CHAGAS, L.G.C.P. Imunização. In: CURSINO, M.R. et al


Assistência de Enfermagem em Pediatria. São Paulo: Sarvier, 1992.

Portal da Saúde. Disponível em <www.saude.gov.br>

RIBEIRO, MCS. Programa de Imunizações. In: AGUIAR, ZN; RIBEIRO, MCS (org.).
Vigilância e controle das doenças transmissíveis. 2. Ed. São Paulo: Martinari, 2006.

SCHMITZ, E.M.R. et al Imunização Básica na Infância. São Paulo: Atheneu, 1989.

SCLIAR, M. Oswaldo Cruz: entre micróbios e barricadas. Rio de Janeiro: Perfis do Rio,
1996.

SEVCENKO, N. A Revolta da Vacina: mentes insanas em corpos rebeldes. São Paulo:


Scipione, 1993.

SOCIEDADE Brasileira de Imunização. Imunização: tudo o que você sempre quis saber.
Organização Isabella Ballalai, Flavia Bravo. – Rio de Janeiro: RMCOM, 2016. Disponível
em:< https://sbim.org.br/images/books/imunizacao-tudo-o-que-voce-sempre-quis-
saber.pdf>

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