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Índice

1 - História da Medicina Legal – pág..............................................: 02


2 - Anatomia – pág...........................................................................: 12
Sistema Nervoso – pág....................................................................:. 18
Sistema Respiratório – pág...............................................................: 20
Sistema Digestivo – pág....................................................................: 22
Sistema Endócrino – pág...................................................................: 24
Sistema Urinário – pág......................................................................: 24
Sistema Musculoesquelético – pág...................................................: 25
Sistema Reprodutor Masculino e Feminino – pág.............................: 27
3 – Fisiologia do Corpo Humano – pág.........................................: 29
Sistema Cardiovascular – pág..........................................................: 31
Sistema Respiratório – pág...............................................................: 33
Sistema Digestivo – pág....................................................................: 35
Sistema Endócrino – pág..................................................................: 37
Sistema Urinário – pág......................................................................: 44
Sistema Musculoesquelético – pág...................................................: 46
Sistema Reprodutor Masculino e Feminino – pág............................: 49

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HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL

A medicina é considerada como uma ciência que representa a arte de


curar, com isso a mesma foi desenvolvida por diversas pessoas que se
disponibilizaram para desenvolver métodos que pudessem proporcionar a cura
de diversas doenças que podem acometer a sociedade.
Dentre os primeiros relatos sobre a história da medicina destacam-se
as ações desenvolvidas pelo pajé, representante das tribos indígenas que
buscava desenvolver receitas ou métodos de procedimentos físicos buscando
assim a cura de sua tribo, quando estes indivíduos apresentavam (FERREIRA,
2016).
Os primeiros procedimentos físicos desenvolvidos são relatados a mais
de 10 mil anos atrás, e se constituíam apenas em trepanações. Estes
procedimentos eram realizados com objetivo de proporcionar a cura através da
retirada de espíritos e males que possivelmente habitavam o corpo dos
componentes da tribo e eram associados como os causadores de suas
doenças.

Figura 1 – Primeiros registros de procedimentos

Disponível em: https://canalcienciascriminais.com.br/wp-


content/uploads/2016/12/medicina-legal.jpg

É importante ressaltar que as doenças antigamente não possuíam


causas especificas, com isso surgiram diversas teorias relacionadas ao
desenvolvimento das doenças. Dentre estas teorias, surgiu a teoria mística,
teoria hipocrática e teoria dos miasmas. Entretanto, conforme a medicina foi
evoluindo os conhecimentos sobre o desenvolvimento das doenças também
foram aprimorados e relacionados com a o agente causador, o ambiente e o
hospedeiro.

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A teoria mística afirmou por muito tempo que as doenças eram
desencadeadas por castigos dos deuses que desencadeava nos humanos um
desequilíbrio do espirito. Com isso, se justificava o fato dos humanos não
prever quando as doenças iriam acontecer ou até mesmo a sua incapacidade
de proporcionar a cura. Sendo assim, a cura era impossível de ser alcançada
somente pelos humanos e se fazia necessário a intervenção de representantes
religiosos (GUMÃO, 2004).

Já na Grécia, Hipócrates relatou a mais de 2500 anos que as doenças


estavam relacionadas com os quatro elementos da natureza, portanto, foi
desenvolvida a teoria hipocrática ou dos humores. Que relacionava o
desenvolvimento das doenças com os quatro elementos naturais, ar, água,
fogo e terra.

FIGURA 2 – Teoria hipocrática

Disponível em: https://journals.openedition.org/e-


spania/docannexe/image/24859/img-1.png

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Nesta época o grupo de Galeno através da dissecção de alguns
animais, desenvolveu peças anatômicas para serem utilizadas na comparação
do corpo humano, através dos estudos. Este ato iniciou na Roma.
Posteriormente, o Egito se aperfeiçoou a medicina e desenvolveram diversas
técnicas de tratamento. Que proporcionou também a preservação de corpos
mumificados.

A teoria dos miasmas afirmava que as doenças eram desencadeadas


pelos ares e odores nocivos espalhados através da poluição. Nesta época
surgiu a malária que traduzida para o italiano significa “mau ar”. Foi graças a
essa teoria que diversas ações de saúde pública foram desenvolvidas como o
enterro de mortos, dejetos e a coleta de lixo.

FIGURA 3 – Representação da teoria dos miasmas

Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/92/Cholera_art.jpg/20
0px-Cholera_art.jpg

Atualmente a teoria da saúde e doença está relacionada com o agente


causador, o hospedeiro e o ambiente em que o hospedeiro está inserido. Onde
diversos fatores podem ser considerados como desencadeadores de doenças
e as mesmas são relacionadas com a teoria da multicausalidade, ou seja, as
doenças podem ser desencadeadas por diversos fatores (BYNUM, 2011).

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Figura 4 - Teoria da multicausalidade

Disponível: http://cssaudeedoenca.blogspot.com/2011/10/o-modelo-da-
explicacao-multicausal.html

Durante a Idade Média a medicina teve que enfrentar um grande


desafio devido as religiões que passou a tratar o corpo humano como sagrado
e portando não poderia ser tocado para estudos ou dessecações. Com isso as
primeiras dessecações foram autorizadas somente por volta de 1400, desde
que fossem realizadas com corpos de criminosos que naquela época eram
condenados a morte.
Entretanto, após esta autorização geral grandes problemas ilegais que
acabaram por tratar a medicina como uma área irregular. Isto ocorreu, pois,
diversos médicos escondiam as mortes ou aguardavam as execuções para em
seguida roubar o corpo do condenado. Além do roubo de corpos, foram
relatados também o roubo de esqueletos enforcados (MINAYO-GOMEZ et al,
2009).
Quando estas restrições foram derrubas a medicina ganhou força e
passou a se desenvolver juntamente com outras ciências que eram
descobertas. Dentre estas ciências destacam-se a biologia, física, química e
outras ciências que contribuíam para o desenvolvimento da medicina e suas
técnicas, que só foram possíveis através de experimentos.

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A medicina legal também conhecida como Medicina Forense ou
Medicina Judiciária, é conceituada como um conjunto de conhecimentos
médicos destinados para servir o Direito. A mesma coopera na elaboração,
interpretação, colaboração e execução dos dispositivos legais assimilados ao
campo de atuação da Medicina aplicada.
A Medicina Legal surgiu para colaborar e solucionar as questões
existentes na sociedade, que tornou a vida em grupo menos conturbada.
Entretanto, antes mesmo a medicina já havia ligação com o Direito, pois as
regras do bem viver sempre dependeram da influência entre a fisiologia e
patologia, que só podiam ser analisadas através da medicina para ser
relacionados corretamente com o comportamento humano (MONKEN, 2008).
O primeiro ato documentado da Medicina Legal ocorreu através da
Tanatoscopia que foi realizada no Ditador romano Caio Júlio César que em
março de 44 a. C. foi vítima de um ataque por Marcus Julius Brutus seu filho
adotivo. O médico que realizou a Tanatoscopia foi Antístio que relatou no corpo
do ditador 23 golpes de adaga, porém somente um deles foi mortal.
A Medicina Legal teve uma evolução histórica dividida em cinco
períodos sendo eles o período Antigo, Romano, Idade Média, Canônico e
Moderno/Científico. No período da Antiguidade as necropsias e vivisseção
eram proibidas, devido ao fato dos cadáveres serem sagrados. No Egito, os
cadáveres eram embalsamados e quando ocorriam crimes sexuais, o suspeito
passava por uma espécie de prova. O mesmo era amarrado em uma sala e
obrigado a ver a dança de algumas virgens nuas, se apresentasse ereção era
condenado. E essa era a única forma de ação da Medicina Legal naquela
época (MAURO, 2004).
No período romano houveram diversos relatos, porém todos são
considerados imprecisos na história da Medicina Legal. Entretanto, nesta
época surgiu o Código de Hamurabi, onde os juízes não eram obrigados a
ouvir os médicos para decretar a penalidade do condenado e o código de Manu
que determinou o impedimento dos testemunhos de crianças, idosos e
deficientes mentais.
Foi neste período ainda que foi elaborado o Tratado Chinês, que
declarou várias instruções sobre os exames post mortem, listando alguns
antídotos para venenos. A partir deste tratado foi possível identificar e
aprimorar as técnicas para descoberta dos variáveis tipos de veneno que eram
usados naquela época para causar crimes.
Na Idade Média os médicos foram reconhecidos como testemunhas
especiais perante o juiz, entretanto os juízes não eram obrigados a ouvir os
depoimentos médicos. Porém, Carlos Magno defendia a ideia de que os
julgamentos deveriam ser baseados em pautas médicas e os juízes deveriam
ouvir seus depoimentos nos casos de lesão corporal, infanticídio, tortura,
estupro, impotência e outros tipos de crimes.
Já no período Canônico a perícia médica ganhou grande importância,
onde passou a ser obrigatória para todos os feridos levados aos tribunais.

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Posteriormente, algumas cartas foram criadas por Felipe e tomadas como
juramentos na nomeação de médicos, barbeiros e parteiras, para o seu
licenciamento como peritos nos casos de lesões corporais e mortes violentas
(GRAZIANO et al, 2012).
Entretanto, após esta denominação as lesões corporais ainda
continuavam sendo realizadas de forma clandestinas por anatomistas. Atém
que em 1374 o Papa Gregório XI, concedeu as faculdades de medicina a
autorização para a realização de estudos anatômicos e clínicos em cadáveres,
quebrando assim a ideia de que o corpo deveria ser intocável ou tratado como
templo após a morte.
Em 1575 houve a primeira publicação do livro de Medicina Legal do
Ocidente pelo médico Ambrisé Parré, que é aclamado principalmente pelos
franceses como o pai da Medicina Legal. Antes disso em 1521 quando Papa
Leão X veio a óbito o seu corpo foi necropsiado na França de forma legal para
descobrir a causa de sua morte.
Em seu último período, o período moderno foi publicado na Itália o
primeiro Tratado de Medicina Legal por volta de 1620. Sendo assim, a área da
medicina voltado para o direito ganhou grande força, após a comprovação da
importância desta disciplina. Foi assim que em 1650 surgiu a primeira
Faculdade de Medicina Legal na Alemanha.
É importante ressaltar que no Brasil a Medicina Legal passou somente
por três fases, sendo estas a fase estrangeira, fase de transição e a fase de
nacionalização. Na fase estrangeira em 1832 houve o estabelecimento de
regras para exame de corpo de delito e ensino da medicina legal nas
universidades da Bahia e Rio de Janeiro. Três anos após surgiu o primeiro
relato de perícia Médico Legal no Brasil. Em 1854 foi uniformizado os primeiros
exames médico legais e criado o primeiro necrotério do Rio de Janeiro
(IWAMOTO et al, 2008).
Figura 5- Escola de Medicina Legal fundada na Bahia

Disponível: file:///C:/Users/user/Downloads/57253-Texto%20do%20artigo-
72650-1-10-20130624.pdf

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Na fase de transição em 1877 foi colocada em prática a Medicina
Médico Legal que ganhou grande força no Brasil. Em 1895 houve a ampliação
das áreas de estudo em medicina legal e em 1934 o surgimento do instituto
médico legal RJ.
No século XIX as Ciências Biológicas desencadearam uma grande
evolução no descobrimento de doenças. A partir de então, algumas
especialidades clínicas e cirúrgicas, se aliaram a Medicina Legal no Brasil, que
passou a ser considerada como uma forma de medicina aplicada.
Atualmente no Brasil a Medicina Legal é regida pelo Código de Processo
Penal que foi criado em 1941 e está em vigor até os dias atuais. O mesmo
determina que as pericias sejam realizadas somente por peritos oficiais em
território nacional. Em 1967 foi criada a Associação Brasileira de Medicina
Legal, que reconheceu e regulamentou está área no País (COUTINHO et al,
2008).

Figura 6 – Código de Processo penal (1941)

Disponível em: https://www.traca.com.br/capas/412/412373.jpg

1.1 Noções da medicina legal

Para adentrarmos em algumas noções relacionadas a medicina legal é


importante ressaltar que a está área da medicina envolve não somente
aspectos clínicos, mas também aspectos judiciais. Com isso, se faz necessário
a conceituação de alguns termos relacionados com a medicina e também os
aspectos jurídicos (RODRIGUES, 2009).

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Tabela 1- Conceitos da Medicina Legal

Ambroise Pare (Considerado o É a arte de fazer relatórios


pai da medicina legal) em juízo.

Adelon A medicina considerada


em sua relação com a
existência das leis e
administração da justiça.

Afrânio Peixoto Mistérios da justiça

Lacassagne Arte de pôr os conceitos


médicos a serviço da
justiça.

Le Grand du saule Resolução de todas as


questões especiais

Nerio rojas Problemas judiciais

Bonnet Totalidade das ciências


médicas.

Fávero Ciências Médico


biológicas

Hélio Gomes Medico e paramédicas

Hoffmann Administração de justiça


civil e criminal

Tourdes A medicina legal atende os


direitos do ser humano em
sociedade

Buchner Ciência do médico


atendendo a ciência do
direito

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Francisco Morais silva Investigação de fatos
médicos e biológicos

Tabela 2- Ângulos da Medicina Legal

Histórico Profissional Didático Doutrinário

Evolução da Busca entender Como a Define


medicina legal: como a medicina medicina legal especificidades
legal é realizada é estudada. de cada ramo
Pericial: a
na prática. Ramos de do direito.
medicina a serviço
estudo da
da justiça. Subdivide-a em:
medicina legal.
Legislativa: Medicina legal
Medicina legal
elaboração e pericial
geral:
revisão das leis
Criminalística
ligadas às ciências Deontologia:
biológicas. Identificação Deveres e
obrigações dos
Doutrinária:
médicos.
Discussão de
elementos Diceologia:
jurídicos que direitos
dependem das
Medicina legal
ciências médicas.
especial:
Filosófica: ética,
Ramos
moral e bioética
específicos.
medica.

A Medicina Legal apresenta diversas áreas de atuação no âmbito


jurídico, dentre estas atuações destacam-se o âmbito criminal que se refere
aos operadores do direito como promotores, juízes, advogados e delegados de
polícia. No âmbito civil, trabalhista e para os médicos e dentistas, em diversos
processos legislativos relacionados com a profissão.
É importante ressaltar que ao direito civil a medicina legal colabora em
diversas questões investigando por exemplo paternidade, impedimentos
matrimoniais, personalidade civil entre outros. Em relação ao direito penal a
mesma aplica seus conhecimentos em atividades como lesões corporais,
sexualidade criminosa, tipos de aborto, homicídio, embriaguez entre outros.
Em relação direito constitucional a medicina legal colabora através da
dissolubilidade de matrimonio, proteção à criança e maternidade. Ao Direito

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Processual Penal a mesma desenvolve ações de proteção a testemunha,
confissão, acareação do acusado e da vítima. Já no direito penitenciário atua
com a psicossexualidade nas prisões e livramento condicional. No direito
trabalhista atua investigando ações de insalubridade, higiene, doenças e
prevenção de acidentes profissionais (JACÓ-VILELA et al, 2009.).

Tabela 3- Áreas de atuação da Medicina Legal

Área de atuação Atividade desenvolvida


Antropologia forense Identidade e identificação.
Traumatologia forense Lesões corporais do ponto de
vista jurídico e as energias
causadoras dos danos
Sexologia forense Trata dos delitos contra a
dignidade e liberdade sexual.
Tanatologia Investigação da morte e do
morto.
Toxicologia forense Estuda venenos e cáusticos.
Asfixiologia forense Estuda os tipos de asfixia,
mecanismos e sinais
específicos.

Psicologia e psiquiatria forense Responsabilidade penal e


capacidade civil.
Medicina legal desportiva Questões médicas voltadas ao
esporte.
Criminalística Indícios materiais de crime
influencia no corpo de delito;
dinâmica do crime.
Criminologia Estuda questões sociais
relacionadas à pratica do
delito.

Infortunística: Estuda as doenças


ocupacionais.
Genética médico-legal Vínculo entre familiares.

Vitimologia Estuda a vítima e sua


participação ou
comportamento no delito.
Policiologia Científica Auxílio das investigações e
elucidações de crimes.

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ANATOMIA E FISIOLOGIA

II. ANATOMIA

A divisão do corpo humano dá-se em quatro partes sendo elas,


cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça é a extremidade superior do
corpo que através do pescoço é unida ao tronco. O tronco é a parte formada
pelo tórax, abdômen e suas cavidades torácicas. Já os membros são divididos
em superiores e inferiores. Os membros superiores são ligados ao tronco e os
inferiores são ligados a pelve.

Figura 1 – Divisões do corpo humano

Disponível em:
http://md.intaead.com.br/geral/anatomia/assets/img/capitulo1/figura6.png

Nos estudos anatômicos encontram-se termos para distinguir e


conceituar normalidades e anormalidades, nesse caso, o que é normal na
anatomia refere-se ao que é mais comum na análise das estruturas do corpo
humano e por essas características, considerado “sadio”, ainda dentro do que
se diz normal, são percebidas diferenças morfológicas que ainda que tragam
certa diferença não interfere no funcionamento correto de tal organismo,
denominam-se variações anatômicas externas e internas, é importante
ressaltar que o corpo dissecado nem sempre terá as formas idênticas as
figuras e peças estudadas e ainda assim será considerado e visto como
normal.

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Figura 2 – Variações anatômicas externas

Disponível em:
http://md.intaead.com.br/geral/anatomia/assets/img/capitulo1/figura1-small.png

Figura 3 – Variações anatômicas internas

Disponível em:
http://md.intaead.com.br/geral/anatomia/assets/img/capitulo1/figura2-small.png

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Ao que se diz respeito em conceituar o que não é normal na anatomia,
é representado por anomalias e monstruosidades. Anomalia é quando ocorre
certa variação morfológica com perturbação funcional entretanto não prejudica
a função, já a monstruosidade é quando ocorre a variação morfológica sendo
que esta pode, comprometer a função, deformar o corpo e até mesmo se tornar
incompatível com a vida.

Figura 4 – Normalidade, anomalia e Monstruosidade

Disponível em:
https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/_files/200000079-
8de558edf4/Normalidade.jpg

A descrição anatômica conta com uma posição padrão para que seja
possível o uso da mesma linguagem nos estudos, pesquisas e tudo aquilo que
envolva o corpo humano.

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Figura 5 – Posição anatômica

Disponível em:
https://personallplus.files.wordpress.com/2015/09/posic3a7c3a3o-
anatc3b4mica.png

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Figura 6– Planos de secção

Disponível em: http://www.poderdasmaos.com.br/wp-


content/uploads/2015/01/planos-do-corpo--300x300.jpg

A secção ou plano do corpo humano se divide em três principais tipos,


a secção sagital separa apenas lado direito e esquerdo independente da
proporção das partes, sempre paralela ao corte mediano que se refere ao corte
centralizado em que se obtém duas partes idênticas, outro tipo de secção é a
frontal, resulta na divisão das partes anterior e posterior, por último citaremos a
secção transversal, que se trata da divisão que resulta em parte superior e
inferior.

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Figura 7 – Planos de secção

Disponível em:

http://md.intaead.com.br/geral/anatomia/assets/img/capitulo1/figura7-small.png

Além disso o corpo humano é formado por alguns sistemas que agem
em conjunto para assegurar a vida e o bom funcionamento do corpo. Os
sistemas encontrados no corpo humano são os sistemas cardiovascular,
respiratório, digestório, nervoso, sensorial, endócrino, excretor, urinário,
reprodutor, esquelético, muscular, imunológico e tegumentar (FORNAZIERO et
al, 2009).

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Figura 8 - Sistemas do corpo humano

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/sistemas-do-corpo-humano/

Os sistemas do corpo humano devem ser conhecidos desde, a sua


forma até a sua funcionalidade pelo médico-legal, que deverá desvendar quais
as causas da morte ou problema encontrado, pelas características diferentes
encontradas durante os exames realizados no corpo. Portanto, é importante
ressaltar que cada sistema possui órgãos específicos, entretanto que cada
sistema e cada órgão se interligam uns nos outros (BRAZ, 2009).

2.1 Sistema Nervoso

O sistema nervoso é constituído pelo encéfalo e medula espinhal.


Juntos, são responsáveis pelo controle e coordenação de todas as atividades
do organismo, graças a comunicação de suas diversas estruturas por
intermédio de impulsos elétricos, fazendo com que cada estimulo chegue ao
seu destino (CRUZ, 2009).

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Figura 9 – Sistema nervoso

2.2 Sistema Cardiovascular

O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos


sanguíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar
materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos
vasos sanguíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue
por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sanguíneos (BRITO, 2011).
Figura 10 - Coração

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O coração é um órgão muscular oco localizado no centro do tórax. Os
lados direito e esquerdo do coração possuem uma câmara superior (átrio), que
coleta o sangue, e uma câmara inferior (ventrículo), que o ejeta. Para
assegurar que o sangue flua em uma só direção, os ventrículos possuem uma
válvula de entrada e uma de saída.
Além disso o coração possui quatro camadas, sendo estas o
pericárdio, epicárdico, miocárdio e endocárdio. Cada uma destas camadas
apresentam uma colocação diferente no coração, sendo designadas da mais
externa até a mais interna que é o endocárdio. O pericárdio é a membrana que
reveste e protege o coração. Ele restringe o coração à sua posição no
mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para
contrações vigorosas e rápidas (BRUM, 2009).
O miocárdio é a camada média e a mais espessa do coração. É
composto de músculo estriado cardíaco. É esse tipo de músculo que permite
que o coração se contraia e, portanto, impulsione sangue, ou o force para o
interior dos vasos sanguíneos. E por fim o endocárdio é a camada mais interna
do coração. É uma fina camada de tecido composto por epitélio pavimentoso
simples sobre uma camada de tecido conjuntivo. A superfície lisa e brilhante
permite que o sangue corra facilmente sobre ela. O endocárdio também
reveste as valvas e é contínuo com o revestimento dos vasos sanguíneos que
entram e saem do coração (BRITO, 2011).

2.3 Sistema respiratório

Figura 11- Sistema respiratório

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O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e
por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades
pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a
traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados
nos pulmões.
 Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas
narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por
uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há
dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar.
Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e
células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias
aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No
teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo
sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
 Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e
comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas
narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de
atingir a laringe.
 Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas,
situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O
pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das
peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote.
Acima dela existe uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada
epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe
sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento
ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe
apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a
passagem de ar.
 Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12
centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis
cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios,
que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar
adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar
inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao
movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
 Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com
aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma
membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios
ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos,
os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a
árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em
pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido
epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos,
denominadas alvéolos pulmonares.
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 Diafragma: A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, um fino
músculo que separa o tórax do abdômen (presente apenas em
mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os
movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo
frênico controla os movimentos do diafragma (ARBEX et al, 2012).

2.4 Sistema Digestório

O sistema digestório é o sistema responsável por algumas funções


como mastigação, deglutição, metabolização e absorção dos alimentos. Além
disso, tudo aquilo que não é aproveitado pelo nosso corpo é excretado ainda
pelo sistema digestório (CARITÁ et al, 2007).

Figura 12- Sistema digestório

Disponível em: google imagem

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A boca é formada pelas bochechas (formam as paredes laterais da
face e são constituídas externamente por pele e internamente por mucosa),
Palatos duro (parede superior), Palatos mole (parede posterior), Língua
(importante para o transporte de alimentos, sentido do gosto e fala). É onde o
alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino
delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das
glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar controlável.
Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da
mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala.
Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente
possuem 32 dentes secundários (TORTORA, 2016).
A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão
da fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se
no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. A raiz é a parte
posterior, por onde se liga ao osso hioide pelos músculos hioglosso e
genioglosso e pela membrana glossioidea; à epiglote, por três pregas da
mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos
músculos constritores superiores da faringe e pela mucosa.
A faringe é um tubo funicular que se estende das coanas até o esôfago
Dividida em três partes: nasal (respiração), oral (respiração e alimentação) e
laríngea (contrações musculares). Comunica-se com as vias nasal, respiratória
e digestória. O ato da deglutição normalmente direciona o alimento da garganta
para o esôfago, um longo tubo que se esvazia no estômago. Durante a
deglutição, o alimento normalmente não pode entrar nas vias nasal e
respiratória em razão do fechamento temporário das aberturas dessas vias
(ALMEIDA, 2014).
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a
faringe e o estômago. Se localiza posteriormente à traqueia começando na
altura da 7a vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato
esofágico e termina na parte superior do estômago. A presença de alimento no
interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento
se mova para o estômago. As contrações são repetidas em ondas que
empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento
sólido, ou semissólido, da boca para o estômago leva 4 – 8 segundos;
alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo.
O estomago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma,
anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado.
É parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no
quadrante superior esquerdo do abdome entre o fígado e o baço. O estômago
é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e Piloro. Com a
função de Digestão do alimento Secreção de suco gástrica; Secreção de
hormônios gástricos; Absorção de pequenas quantidades de agua e
substancias dissolvidas.

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O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-
se do piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte
do intestino grosso. Duodeno: parte proximal, Jejuno: média, Ìleo: distal.
Função: absorção dos nutrientes. Intestino grosso O intestino grosso é dividido
em 4 partes principais: Ceco (cecun), Colo (cólun) (Ascendente, Transverso,
Descendente e Sigmoide), reto e Ânus (COSTA, 2008).

2.5 Sistema Endócrino

Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que


apresentam como atividade característica a produção de secreções
denominadas hormônios, que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar
em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua
função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo (SANTAMARTA, 2009).
Figura 13- Sistema endócrino

Disponível em: google imagem

2.6 Sistema Urinário

O sistema renal é formado pelos rins, uretra, ureteres e bexiga onde


cada um deles tem sua função especifica na produção e eliminação de urina.
Os rins são dois órgãos localizados atrás e fora da cavidade peritoneal na
parede posterior do abdômen. Estes se encontram bem protegidos
externamente pelas costelas e os músculos abdominais e costais. Cada rim
possui uma glândula suprarrenal que se localiza em seu ápice, estes são

24
independentes, ou seja, cada uma tem sua função em relação ao suprimento
sanguíneo e inervação. Cada rim tem ainda um córtex que contém os néfrons.
As funções dos rins consistem na formação de urina, excreção de resíduos,
regulação de eletrólitos, regulação do equilíbrio ácido-básico, controle do
balanço hídrico e pressão arterial entre outras.
A uretra origina-se no final da bexiga e termina no pênis e na mulher
ela termina na vagina. Os ureteres são canais tubulares compostos por fibras e
músculos que ligam os rins na bexiga. A bexiga é um saco muscular que se
localiza atrás do osso pubiano e tem capacidade de acondicionar cerca de 300-
500 ml de urina (BONITO, 2013).

Figura 14 - Sistema Urinário

Disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Corpo/excrecao2.php

2.7 Sistema Musculoesquelético

O sistema locomotor tem a função de movimento, locomoção e


deslocamento dos seres vivos. Faz parte desse sistema um conjunto de ossos,
músculos e articulações. O esqueleto sustenta a estrutura do corpo, protege os
órgãos internos, armazena mineral e íons e produz células sanguíneas. Um
corpo humano em completa formação tem em geral 206 ossos ao todo porém

25
podem ser encontradas fontes em que essa quantidade esteja com alguma
variação pois a formação e definição dos mesmos depende de alguns fatores
como faixa etária, fatores individuais e critérios de contagem.
O esqueleto humano é dividido em dois grupos topograficamente,
ossos axiais e apendiculares. Os axiais são compostos por crânio, coluna
vertebral e caixa torácica, já os apendiculares são compostos dos membros
superiores e inferiores, os referidos grupos são unidos pelas cinturas pélvica e
escapular.
Os músculos são constituídos pelas fibras musculares, células
alongadas ricas em miofibrilas de proteínas, responsáveis pela contração
muscular. Ao se contrair, o músculo ocasiona o movimento do corpo e ou de
órgãos internos. Os músculos apresentam-se em três tipos: estriado
esquelético (ligado ao esqueleto e com contração voluntária), liso (encontrado
na parede dos órgãos ocos, apresenta contração involuntária), estriado
cardíaco (possui fibras de contração involuntária).
Os músculos, tendões e ossos produzem diversos tipos de movimentos
através do trabalho que realizam em conjunto nos pontos onde existem
articulações (SOEIRO, 2011).

Figura 15 - Sistema esquelético

Disponível em: google imagem

26
2.8 Sistema Reprodutor Feminino e Masculino

Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os túbulos


seminíferos, onde O sistema reprodutor masculino é o sistema responsável
pela produção dos gametas masculinos, tal como a maturação e introdução
destes no aparelho reprodutor feminino. Como processos fisiológicos
relacionadas a essas funções, há a produção de hormônios e do sémen. Sua
forma e função estão intimamente relacionadas à evolução dos sistemas de
acasalamento em primatas e ao conflito sexual entre macho e fêmea
(AMÉRICO et al, 2012).
Existem três formas de se dividirem os órgãos do sistema genital
masculino: anatomicamente, funcionalmente ou embriologicamente. A divisão
anatómica compreende uma parte externa e uma parte interna. Na parte
externa, está o pénis e o escroto, tal como as camadas do testículo. A parte
interna compreende as vias espermáticas, as glândulas acessórias e os
testículos. É formado por diversos órgãos, os testículos, os epidêmios, os
ductos deferentes, as glândulas seminais, a próstata, o ducto ejaculatório e o
pénis (PINTO; PIERUCCI, 2013).

Figura 16 - Sistema reprodutor masculino

Disponível: file:///C:/Users/user/Downloads/382692019-sistema-reprodutor-
masculino.pdf

27
O sistema reprodutor feminino apresenta características diferentes de
acordo com cada fase em que a mulher se encontra, sendo assim na Infância a
vulva apresenta-se sem pelos, os pequenos lábios e o clitóris, o meato urinário
e o hímen não são visíveis facilmente. As mamas não estão desenvolvidas e
abaixo do mamilo não há saliência glandular. Não existe função genital (os
ovários não secretam hormônios e não há muco na vagina).
Já na puberdade ocorre maturação dos órgãos e liberação de alguns
hormônios. Ocorre em média entre 11e 12 anos. Antes dos 9 anos, considera-
se puberdade precoce e, após os 15 anos, retardada. Começa a produção do
muco cervical no colo uterino, inicia-se a menarca (sangramento devido à
descamação do endométrio). A mucosa vaginal espessa-se e se descama,
produzindo um muco espesso e branco.
Na idade adulta a repetição das ovulações, da puberdade até a
menopausa, constitui-se a cada vez, tentativa de gravidez. A menstruação é
prova evidente da não conclusão desse processo.

Figura 17- Sistema reprodutor feminino

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/sistema-reprodutor-feminino/

28
III. FISIOLOGIA DO CORPO HUMANO

3.1 Sistema Nervoso

O encéfalo é responsável pela transmissão de impulsos elétricos em


um sistema que permite que cada estimulo seja enviado corretamente ao seu
destino. A medula espinhal é o importante centro de ação reflexão do corpo,
onde as respostas mais complexas são controladas. É onde se originam os
trinta e um pares de nervos espinhais que saem da medula inervando
músculos, pele e órgãos.
Neurônios: é a unidade básica do cérebro que é responsável por
receber as mensagens eletroquímicas (sinapse) realizada nos dendritos e
envia-las para o corpo realizado no axônio e ainda tem as células da neuroglia
que tem a responsabilidade de nutrir, sustentar e proteger os neurônios.
Células especializadas, denominadas neurônios, são as principais
responsáveis pelo recebimento e transporte de informações, por meio de
alterações elétricas que ocorrem na região da membrana conhecida por
impulsos elétricos.
Esses ocorrem, geralmente, da extremidade de um neurônio para a de
outro, sendo que o local de junção entre estes é chamado de sinapse nervosa.
Na grande parte das sinapses, os citoplasmas apresentam mediadores
químicos: os neurotransmissores. Esses permitem a ocorrência destes
impulsos ao se ligarem a proteínas de membrana da célula seguinte (CRUZ,
2009).

Figura 18- Neurônios

29
Disponível em: https://www.significados.com.br/neuronios/

Encéfalo é constituído de cérebro, cerebelo, e tronco encefálico, esse


último é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano e diencéfalo.
Cérebro é constituído pelos hemisférios cerebrais (telencéfalo) e diencéfalo.
Estes primeiros são unidos pelo corpo caloso: uma estrutura constituída de
fibras nervosas. Em cada uma dessas duas regiões existem divisões de
determinadas áreas, delimitadas por sulcos mais profundos: os lobos frontais,
parietais, temporais e occipitais. Estes se dão aos pares (um em cada
hemisfério), e cada tipo coordena uma função específica - como a audição,
ligada aos lobos temporais.
A região mais externa do cérebro é denominada córtex cerebral, rico
em corpos de neurônios e, em razão de sua tonalidade, era denominado
“substância cinzenta”. O córtex possui áreas sensoriais, motoras e associativas
(interpretação de sensações e elaboração de planos de ação).
A região mais interna do cérebro, rica em dendritos e axônios,
geralmente revestidos por mielina, é a substância branca, que leva informações
ao córtex, e recebe dele instruções acerca do funcionamento do corpo.
Cerebelo coordena os movimentos e a postura corporal, mantendo nosso
equilíbrio e permitindo com que façamos determinadas tarefas, como andar de
bicicleta. Isso só é possível porque ele recebe diversas informações do
encéfalo e medula espinal. Também possui substância cinzenta externa e
substância branca, internamente (DE KERCKHOVE, 2015).
Tronco encefálico: é formado apenas por substância branca.
Mesencéfalo recebe e coordena informações relativas ao tônus muscular e
postura corporal. É, também, responsável pelos reflexos visuais e auditivos.
Ponte também auxilia em relação ao tônus muscular, postura e equilíbrio. Além
disso, controla a respiração e coordena a movimentação do corpo, inclusive
dos olhos e pescoço.
Bulbo raquidiano, também chamado de medula oblonga, participa de
processos vitais, como respiração, batimentos cardíacos e vasoconstrição.
Medula espinal se localiza em nossas vértebras, na região onde estas são
perfuradas. Ao contrário do cérebro e cerebelo, a camada cinzenta da medula
encontra-se mais interna que a camada branca. Ela é quem recebe
primeiramente as informações transmitidas das mais diferentes regiões do
corpo, para depois encaminhá-las para o encéfalo. Da mesma forma, as
informações oriundas deste passam por ela, para depois serem conduzidas às
regiões específicas. .
Além disso, a medula é responsável por reflexos rápidos em resposta a
situações de emergência, como retirar imediatamente a mão da tomada ao
receber choque. Tudo isso acontece nesta região graças aos trinta e um nervos
espinhais que contém.
É composto pelo sistema nervoso central: constituído de encéfalo e
medula espinal, é responsável por processar informações. E sistema nervoso

30
periférico: com nervos, gânglios e terminações nervosas, se encarrega pela
condução dessas informações pelo corpo (COSTA, 2008).

Figura 19- Sistema nervoso

Disponível em: google imagem

3.2 Sistema Cardiovascular

O sangue que sai do ventrículo esquerdo, rico em oxigênio, é


impulsionado para a artéria de maior calibre do corpo: a aorta. Seu objetivo é
alimentar as células de todos os tecidos. Para tanto, possui muitas artérias
menores que recebem o sangue da aorta, conduzindo-o para lugares
diferentes.
As artérias vão-se dividindo e ficando cada vez menores, até se
tornarem arteríolas – os últimos e pequenos ramos do sistema arterial, que
atuam como válvulas controladoras pelas quais o sangue é liberado para os
capilares. Os capilares, por sua vez, possuem paredes extremamente
permeáveis - o que permite a passagem de nutrientes, gases e substâncias

31
para as trocas com o meio - e são capazes de dilatar-se de acordo com a
necessidade do tecido irrigado (BRITO, 2011).

Após efetuar as trocas com o meio, o sangue, agora rico em detritos e


gás carbônico, é recolhido pelas vênulas, que o conduzem e gradativamente
confluem formando veias de calibre cada vez maior até chegar à veia cava, que
o deposita no átrio direito. As finas paredes musculares dos átrios, no entanto,
não possuem força para vencer a resistência muscular das artérias, porém uma
vez repletos de sangue desencadeiam a abertura da válvula tricúspide - que se
localiza entre o átrio direito e o ventrículo direito e, quando aberta, permite a
passagem do sangue do átrio para o ventrículo; quando fechada, impede o
retorno sanguíneo do ventrículo para o átrio. Como as paredes ventriculares
são espessas e capazes de vencer a força vascular das artérias, o sangue é
mais uma vez, empurrado para fora do coração (BRUM, 2009).
Uma vez no ventrículo direito, o sangue é impulsionado para a artéria
pulmonar, sendo posteriormente conduzido aos pulmões – onde efetuará
importantes trocas, deixando gás carbônico e recolhendo oxigênio (Hematose).
Entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar localiza-se a valva do tronco
pulmonar ou semilunar, que impede o refluxo de sangue para o ventrículo
direito. Rico em oxigênio para as células, o sangue necessita percorrer o
organismo. Para isso, é novamente conduzido ao coração pela veia pulmonar,
que o libera no átrio esquerdo. Este, valendo-se de válvulas (mitral ou
bicúspide) que o separam do ventrículo esquerdo e impedem o refluxo
sanguíneo, repassa o sangue para essa câmara.

De volta ao ventrículo esquerdo, este novamente vence a força da


potente parede aórtica para reiniciar o processo. Entre o ventrículo esquerdo e
a artéria aorta encontra-se a válvula aórtica que, quando aberta, permite a
saída de sangue para as artérias e, quando fechada, impede o seu refluxo. A
distribuição de sangue pelo organismo recebe a denominação de circulação
sistêmica ou grande circulação.

A pressão com que o sangue é bombeado para as artérias precisa ser


adequada às suas resistências e às necessidades dos tecidos. Assim, uma
pressão abaixo do nível necessário resulta em lesões teciduais pela falta de
oxigenação de suas células. E uma pressão contínua acima do nível suportável
pelas paredes vasculares pode resultar no seu rompimento. A quantidade de
sangue bombeada pelo coração a cada minuto é denominada débito cardíaco
(SILVERTHORN, 2010).

32
Figura 20- Circulação sistêmica

Disponível em: https://alunosonline.uol.com.br/biologia/circulacao-pulmonar-


sistemica.html

3.3 Sistema Respiratório

O oxigênio é suprido as células, enquanto o dióxido de carbono é


removido dessas células através do sangue circulante. As células estão em
intimo contato com os capilares, cujas paredes finas possibilitam a passagem
fácil ou a troca de oxigênio e de dióxido de carbono. O oxigênio difunde-se do
capilar para o liquido intersticial através da parede capilar. Neste ponto difunde-
se através da membrana das células teciduais onde é usado pelas
mitocôndrias para a respiração celular.

33
Após a ocorrência dessas trocas capilares teciduais, o sangue penetra
nas veias sistêmicas (onde é denominado sangue venoso) e segue o seu
trajeto até a circulação pulmonar. A concentração de oxigênio no sangue dos
capilares dos pulmões é menor nos alvéolos. Em virtude desse gradiente de
concentração, o oxigênio difunde-se dos alvéolos para o sangue. O dióxido de
carbono, que apresenta uma maior concentração no sangue do que nos
alvéolos, difunde-se do sangue para dentro dos alvéolos. O movimento de ar
para dentro e para fora das vias respiratórias repõe o oxigênio e remove o
dióxido de carbono continuamente das vias respiratórias e dos pulmões
(CARPENITO; MOYET, 2009).

Durante a inspiração, o ar flui do ambiente para dentro da traqueia,


brônquios, bronquíolos e alvéolos. Durante a expiração o gás alveolar faz o
mesmo trajeto em direção contraria. Os fatores físicos que determinam o fluxo
de ar para dentro e para fora dos pulmões são coletivamente designados como
mecânica da ventilação e incluem as variações da pressão de ar, a resistência
ao fluxo de ar e a complacência pulmonar.

Variações da pressão do ar: o ar flui de uma região de pressão mais


alta para outra de pressão mais baixa. Durante a inspiração, o movimento do
diafragma e de outros músculos da respiração aumenta a cavidade torácica e,
portanto, diminui a pressão no interior do tórax até um nível abaixo daquela da
pressão atmosférica. Em consequência o ar é puxado pela traqueia e pelos
brônquios para o interior dos alvéolos. Durante a expiração, o diafragma relaxa
e os pulmões se retraem, resultando em diminuição do tamanho da cavidade
torácica. A seguir a pressão alveolar excede a pressão atmosférica, e o ar flui
dos pulmões para a atmosfera.

Resistência das vias respiratórias: é determinada pelo raio ou tamanho


da via respiratória através da qual o ar está fluindo. Com o aumento da
resistência é necessário um esforço respiratório maior que o normal para
alcançar níveis normais de ventilação. Complacência: refere-se a elasticidade e
expansividade dos pulmões e das estruturas torácicas. Permite o aumento do
volume pulmonar quando a diferença de pressão entre a atmosfera e a
cavidade torácica, faz com que o ar flua para dentro (TORTORA, 2016).

34
Figura 21- Fisiologia da respiração

Disponível em: http://educacao.globo.com/biologia/assunto/fisiologia-


humana/respiracao.html

3.4 Sistema Digestório

O processo da digestão começa com o ato da mastigação, quando


então o alimento é fracionado em partículas pequenas que podem ser
deglutidas e misturadas com enzimas digestivas. A deglutição começa com um
ato voluntario que é regulado pelo centro da deglutição na medula oblonga do
Sistema Nervoso Central (SNC). Quando o bolo de alimento é deglutido, a
epiglote move-se para cobrir a abertura traqueal e evitar a aspiração de
alimento para dentro dos pulmões.
A deglutição que impulsiona o bolo alimentar para dentro da parte
superior do esôfago, termina então como uma ação reflexa. O musculo liso na
parede do esôfago contrai-se em uma sequência rítmica a partir da porção
superior do esôfago, no sentido do estomago, para impulsionar o bolo alimentar
ao longo do trato.

35
Durante esse processo de peristalse esofágica, o esfíncter esofágico
inferior relaxa e permite que o bolo alimentar entre no estomago. Durante esse
processo de peristalse esofágica, o esfíncter esofágico interior relaxa e permite
que o bolo alimentar entre no estomago. Em seguida o esfíncter esofágico
inferior se fecha firmemente para evitar o refluxo do conteúdo gástrico para
dentro do esôfago.
O estomago armazena e mistura o alimento com as secreções, secreta
um líquido altamente ácido secretado por glândulas. A função dessa secreção
é clivar o alimento em componentes mais absorvíeis e ajudar na destruição de
bactérias ingeridas. A pepsina é uma enzima importante na digestão da
proteína (ALMEIDA, 2014).
As contrações peristálticas no estomago impulsionam o conteúdo
gástrico na direção do piloro. Como as grandes partículas de alimento não
podem atravessar o esfíncter elas são devolvidas para o corpo do estomago.
Dessa maneira, o alimento no estomago é agitado mecanicamente e clivado
em partículas menores.
A peristalse no estomago e as contrações do esfíncter pilórico
permitem que o alimento parcialmente digerido entre no intestino delgado em
uma velocidade que possibilite a absorção de nutrientes. Esse alimento
misturado com secreções gástricas é chamado de quimo. Os hormônios
neurorreguladores encontrados nas secreções gástricas controlam a motilidade
gástrica e as secreções gástricas.
Com o quimo no intestino delgado, as secreções duodenais, ou seja,
originadas nos órgãos acessórios – pâncreas, fígado e vesícula biliar e das
glândulas na parede do próprio intestino são misturadas com o quimo. Essas
secreções contem enzimas digestivas secretadas pelo pâncreas: tripsina, ajuda
na digestão da proteína; amilase, que ajuda na digestão do amido; e a lipase,
que ajuda na digestão dos lipídios. Secretadas pelo fígado e armazenado na
vesícula biliar a bile, auxilia na emulsificação das gorduras ingeridas facilitando
sua digestão e absorção.
No intestino delgado ocorrem dois tipos de contrações: as de
segmento, que produzem as ondas de mistura que movimentam o conteúdo
intestinal para frente e para trás em um movimento de trituração. E a peristalse
intestinal, que impulsiona o conteúdo do intestino delgado no sentido do cólon.
Ambos os movimentos são estimulados pela presença do quimo.
No intestino grosso as bactérias são um componente importante que
ajudam a terminar a clivagem do material residual, principalmente das
proteínas e sais minerais não digeridos. São liberados dois tipos de secreções:
a solução eletrolítica, uma solução de bicabornato que age para neutralizar os
produtos finais formados pela ação bacteriana. E o muco, que protege a
mucosa contra o conteúdo Inter luminal e fornece adesão para a massa fecal.
A atividade peristáltica lenta e fraca move o conteúdo ao longo da via e permite
a reabsorção eficiente de agua e eletrólitos. Com isso o material digerido chega
ao reto para ser excretado em formato de fezes (CARVALHO, 2011).

36
Figura 22- Fisiologia do sistema digestório

Disponível em: https://blogdoenem.com.br/sistema-digestorio-biologia-


enem/sistema-digestorio/

3.5 Sistema Endócrino

Hipófise: é responsável pela liberação de vários hormônios essenciais


como o do crescimento e a prolactina que estimula a produção de leite pelas
glândulas mamárias e o aumento das mesmas.

37
Figura 23- Glândula hipófise

Disponível em: google imagem

 Adenohipófise: A parte anterior da hipófise, a adenohipófise, é


composta de tecido epitelial glandular e é altamente vascular e
constituída de células epiteliais de tamanho e forma variados,
dispostas em cordões ou folículos irregulares. Sintetiza e libera
pelo menos oito hormônios importantes: Somatotropina (STH),
envolvida no controle do crescimento do corpo; Mamotropina
(LTH), que estimula o crescimento e a secreção da mama
feminina; Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção
de alguns hormônios corticais da glândula supra-renal; Tirotropina
(TSH), que estimula a atividade da glândula tireóide; Hormônio
estimulador do folículo (FSH), que estimula o crescimento e a
secreção de estrógenos nos folículos ováricos e a
espermatogênese nos testículos; Hormônio das células
intersticiais (ICSH), que ativa a secreção de andrógenos através
do testículo; Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de
progesterona pelo corpo lúteo; Hormônio estimulador de
melanócitos (MSH), que aumenta a pigmentação cutânea
(SANTAMARTA, 2009).

38
 Neurohipófise: O lobo posterior da hipófise é uma evaginação
descendente do assoalho do diencéfalo. A porção posterior da
hipófise é composta por tecido nervoso e, portanto, é chamada de
neurohipófise. Sintetiza dois hormônios: Vasopressina (ADH),
antidiurético, que controla a absorção de água através dos
túbulos renais; Ocitocina, que promove a contração do músculo
não estriado do útero e da mama. Os dois hormônios da
neurohipófise são produzidos no hipotálamo e transportados no
interior do infundíbulo (haste hipofisária) e armazenados na
glândula até serem utilizados.Os impulsos nervosos para o
hipotálamo estimulam a liberação dos hormônios da
neurohipófise.
 Hipotálamo: regula determinados processos metabólicos,
temperaturas corporais, fome, sede e sono. Importante na
homeostase corporal e é o principal centro da expressão
emocional como o humor e do comportamento sexual,
influenciando em funções tão diversas como o metabolismo, a
reprodução, as respostas aos estímulos agressivos e à produção
de urina. O hipotálamo está intimamente relacionado com a
hipófise no comando das atividades. Ele controla a secreção
hipofisária, produz ocitocina e hormônio antidiurético, que são
armazenados pela hipófise (BILA, 2007).

a) Controle Vegetativo e Endócrino

 Regulação cardiovascular é alteração da pressão arterial e frequência


cardíaca;
 Regulação da temperatura: a temperatura do sangue que passa pelo
hipotálamo regula a atividade dos neurônios, aumentando assim a
atividade e temperatura, regulando-a;
 Regulação hídrica: controla a água corporal através da sensação de
sede e perda de água pela urina.

Contração uterina e ejeção de leite é o hipotálamo produz ocitocina, que


controla essas duas atividades. Controle hipotalâmico: o hipotálamo estimula a
hipófise secretar hormônios (RODRIGUES, 2009).

b) Função Comportamental

As áreas do hipotálamo como hipotálamo lateral, ventromedial e


periventricular estão relacionados com a sensação de sede, fome,

39
agressividade, tanto produção dessas sensações quanto sensação de
saciedade. A área periventricular está relacionada com sensação de medo e
punição. A atividade sexual é estimulada principalmente pelas regiões
anteriores e posteriores.

Tireoide: É uma estrutura de dois lobos localizada no pescoço (em


frente à traqueia) e produz hormônios, principalmente tiroxina (ou
Tetraiodotironina - T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa do
metabolismo e afetam o aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas
do corpo, e é controlada principalmente pelo TSH (hormônio estimulante da
tireoide) que é secretado pela hipófise anterior. O iodo é um componente
essencial tanto do T3 quanto do T4. A tireoide também produz o hormônio
calcitonina, que possui um papel muito importante na homeostase do cálcio,
suprindo a reabsorção óssea.

A glândula tireoide se desenvolve do endoderma associada à parte


faríngea do tubo digestivo e sua principal função é a regulação do metabolismo
corporal, ela ainda pode interferir no desenvolvimento e crescimento normais.
Quando existe alguma anormalidade no aumento de tamanho dessa glândula,
surge o bócio. O TSH e os hormônios tireoidianos fetais são importantes para o
desenvolvimento do sistema nervoso central e do esqueleto ainda no
crescimento intrauterino (DELATTRE, 2009).

Suprarrenais: são principalmente responsáveis pela liberação de


hormônios em resposta ao stress através da síntese e liberação de hormônios
corticosteroides, como o cortisol, e de catecolaminas, como a adrenalina.
Estimulam a conversão de proteínas e gorduras em glicose, ao mesmo tempo
em que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a
utilização de gorduras e afetam no funcionamento dos rins.
Uma glândula suprarrenal seccionada revela um córtex externo, de cor
amarela e formando a massa principal, e uma fina medula vermelho-escuro,
formando cerca de 10% da glândula. A medula é completamente envolvida
pelo córtex, exceto no seu hilo.

O córtex supra-renal é uma fina camada externa (periférica), mostra


três zonas celulares: as zonas glomerulosa (mais externa), fasciculada (mais
larga) e reticulada (mais interna). O córtex secreta os hormônios chamados
esteróides.
 Zona Glomerulosa: Produzem aldosterona (mineralocorticóide), que
tem função importante na regulação do volume e da pressão do sangue,
e na concentração do equilíbrio eletrolítico do sangue. Em geral, a
aldosterona retém o sódio e a água e elimina potássio (TODOROV,
2012).

40
 Zona Fasciculada: Produzem hormônios que mantêm o equilíbrio dos
carboidratos, proteínas e gorduras (glicocorticóides). O principal
glicocorticóide é o cortisol.
 Zona Reticulada: Podem produzir hormônios sexuais (progesterona,
estrógenos e andrógenos).
O córtex é essencial para a vida; a remoção completa é letal sem
terapia de substituição. Também exerce considerável controle sobre os
linfócitos e tecido linfático.

 Medula Supra-renal:
A medula da supra-renal secreta dois hormônios:
1. Epinefrina (Adrenalina), que possui efeito acentuado sobre o
metabolismo de carboidratos;
2. Norepinefrina (Noradrenalina), que produz aceleração do coração
vasoconstrição e pressão sanguínea elevada.
Esses hormônios são classificados como aminas e por estarem no
grupo químico chamado. catecol, são denominados catecolaminas. Esses
hormônios são produzidos em situações de emergência e estresse, produzindo
os seguintes efeitos (além dos descritos acima):
 Conversão de glicogênio em glicose no fígado;
 Elevação do padrão metabólico.

 Pâncreas:

Produz muitos hormônios importantes, como a insulina que transporta a


glicose para dentro da célula, o glucagon que aumenta a glicemia (nível de
glicose no sangue). As células que produzem esses hormônios são
denominadas ilhotas pancreáticas (Langerhans).
O pâncreas humano pode conter mais de um milhão de ilhas,
geralmente mais numerosas na cauda. Essas ilhotas possuem dois tipos de
células: os endocrinócitos alfa, que produzem glucagon e os endocrinócitos
beta que produzem insulina.
Ação da insulina: diminui os níveis de glicose através de dois
mecanismos: 1) aumenta o transporte de glicose do sangue para o interior das
células; 2) estimula as células a queimar glicose como combustível. A insulina
é o único hormônio que diminui a glicose sanguínea.
Ação do glucagon: esse hormônio aumenta a glicose sanguínea de
duas maneiras:

1. Estimulando a conversão de glicogênio em glicose no fígado;

2. Estimulando a conversão de proteínas em glicose (DA ROSA, 2019).

41
Figura 24- Características pancreáticas

Disponível em: http://www.scholarslabs.com/products-by-subject/pancreas-


diagram/
Gônadas: testosterona é a mais importante, ela é responsável pelo
desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas e pela
espermatogênese, produzida pelos testículos. Os ovários secretam dois tipos
de hormônios: estrógeno e progesterona. O estrógeno promove
desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas, a fase
proliferativa do ciclo menstrual, ovogênese e ovulação e muitas mudanças
durante a gravidez. A progesterona promove a fase secrecional (lútea) do ciclo
menstrual, preparação do útero para gravidez e preparação das mamas para
lactação.
Ovários: produzem dois hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a
progesterona. Esses hormônios participam do desenvolvimento e do
funcionamento dos órgãos genitais femininos e da expressão das
características sexuais femininas, sendo que tais características se
desenvolvem principalmente em resposta ao estrógeno. Elas incluem:
Desenvolvimento das mamas;
 Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas;
 Distribuição de pêlos em áreas específicas do corpo;
 Maturação de órgãos genitais;

42
 Fechamento das cartilagens epifisiais dos ossos longo/s.
Tanto o estrógeno como a progesterona são controlados por hormônios
de liberação no hipotálamo, e pelas gonadotropinas da adenohipófise.
O principal hormônio secretado pelos testículos é a testosterona, que
auxilia na maturação dos espermatozóides e é responsável pelas
características sexuais masculinas, tais como:
 Crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos;
 Crescimento musculoesquelético;
 Crescimento e distribuição dos pêlos;
 Aumento da laringe, acompanhado por alterações da voz.
A secreção da testosterona é controlada por hormônios de liberação
produzidos no hipotálamo, e pelos hormônios luteinizantes da adenohipófise.
O timo possui determinadas funções secretoras hormonais e linfáticas
(produzindolinfócitos T). Ele varia de tamanho e atividade, dependendo da
idade, doença e do estado fisiológico, mas permanece ativo mesmo na idade
avançada. Ao nascimento pesa cerca de 10 a 15g, crescendo até a puberdade,
quando ele pesa de 30 a 40gm, ou seja, apresenta- se muito maior na criança
do que no adulto, sendo que após a puberdade, a glândula involui, ou se torna
menor, sendo substituído por tecido conjuntivo a adiposo. No início da vida, ele
é de cor cinza-róseo, mole e finamente lobulado, constituído em dois lobos
piramidais iguais, unidos por tecido conectivo frouxo. Após a meia idade, o timo
torna-se amarelado devido à sua gradual substituição por tecido adiposo
(SANTAMARTA, 2009).

Figura 25- Gônadas masculina

43
Disponível em:
https://sites.google.com/site/reproducaohumana2009/Home/conteudos/fisiologi
a-do-aparelho-reprodutor/gonadas-masculinas

O timo tem a função de produzir diversas substâncias (inclusive


hormônios) que regulam a produção de linfócitos, a diferenciação e as
atividades no timo. Essas substâncias incluem quatro polipeptídeos principais
quimicamente bem distribuídos: timulina, timopoetina, timosina alfa I e timosina
beta IV.
A timulina é produzida dentro do timo e precisa da presença de zinco
para a atividade funcional (reage exclusivamente com as células T). A
timopoetina intensifica diversas funções da célula T. A timulina e a timopoetina
agem sistematicamente para dar regulação imune perfeitamente ajustadas das
células T, auxiliando a manutenção do equilíbrio entre as atividades de seus
diferentes subconjuntos. As atividades da timosina alfa I e beta IV não são bem
claras. Sabe-se que as timosinas promovem maturação dos linfócitos no
interior do timo e também estimulam o desenvolvimento e a atividade dos
linfócitos no desempenho de suas funções linfáticas por todo corpo (BRANDI,
2010).
Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso,
formando mecanismos reguladores bastante precisos. O sistema nervoso pode
fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo, enquanto
que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta
informação. Dessa forma, o sistema endócrino em conjunto com o sistema
nervoso atua na coordenação e regulação das funções corporais (DELATTRE,
2009).

3.6 Sistema Urinário


Na fisiologia do sistema urinário é importante compreendermos desde
o seu princípio que se relaciona com a produção da urina. A urina é produzida
nos rins em diversas fases que permite eliminar diversos resíduos do
organismo. Entretanto, é importante ressaltar que os rins possuem outras
funções relevantes como a regulações, nomeadamente iónicas acidobásicas.
A primeira fase da formação urinaria é a filtragem sanguínea, onde o
sangue passa pelos capilares porosos que se encontram nos tubos urinários.
Com isso pequenas moléculas são capazes de atravessar as paredes dos
capilares e são recolhidas pelo tubo urinário. A partir de então o conteúdo
filtrado é chamado de urina primaria e possui características bem próximas do
plasma sanguíneo.
A partir da filtragem ocorre a reabsorção que se processa nos tubos
contornados e fundamentalmente no tubo contornado proximal. Permite o
refluxo na circulação sanguínea de moléculas e íons indispensáveis ao
organismo. Estes transportes são frequentemente associados a uma
reabsorção de água; alguns requerem a utilização de energia celular enquanto

44
que outros transportes decorrem de forma passiva. Os principais íons
reabsorvidos são os seguintes: cloreto, sódio e potássio (KAWAMOTO;
CAMPOS, 2014).
A bexiga é considerada como o órgão que guarda e armazena por
tempo determinado, sendo assim uma hora ou outra a urina deverá ser
eliminada. Entretanto é importante ressaltar que as características da bexiga
alteram de acordo com o volume de urina que se encontra em seu interior.
Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e
posteriormente à sínfise púbica, já quando cheia, ela se eleva para a cavidade
abdominal. É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se
diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da vagina e abaixo
do útero. Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa.
Na saída da bexiga urinária é encontrado o músculo chamado de
esfíncter que é capaz de se contrair involuntariamente e prevenindo assim o
esvaziamento da bexiga. Permitindo que o indivíduo possa controlar a
liberação urinária. Entretanto, essa capacidade de conter a urina é limitada,
onde a bexiga só é capaz de suportar no máximo 800ml de urina. Por fim a
uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo
revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras
de muco. A mesma se abre através do óstio externo da uretra (BONITO, 2013).

45
Figura 26- Fisiologia renal

Disponível em: http://enfermeiropsf.blogspot.com/2010/02/fisiologi-renal.html

As células corporais necessitam de líquido extracelular para funcionar


de forma adequada e sua concentração ocorre de acordo com a quantidade
adequada de eletrólitos e outros solutos. É o rim que varia as proporções
relativas entre o soluto e a água encontrada na urina. Sendo assim os rins
liberam o excesso de água.
É importante ressaltar que o hormônio antidiurético denominado de
vasopressina representa a necessidade de eliminar a urina diluída. O rim forma
urina concentrada através da excreção contínua de solutos, enquanto a
reabsorção de água aumenta, com a consequente diminuição do volume de
urina formada. Embora múltiplos mecanismos controlem a quantidade de sódio
e água excretada pelos rins, os principais sistemas de controle são o sistema
do ADH e o mecanismo da sede. Sistema musculoesquelético (ORSOLIN,
2009).
Os ossos são formados pelo tecido ósseo, este tem como principal
célula os osteócitos e como substância intercelular a matriz óssea (formada por
sais de cálcio, fósforo e pela proteína colágena). Associada ao tecido ósseo
encontra-se o tecido cartilaginoso (revestindo as epífises ósseas) tecido
conjuntivo formando o periósteo e tecido hematopoiético (representado pelas
medulas vermelha e amarela) (BONITO, 2013).

3.7 Sistema Musculoesquelético

a) Classificação dos ossos

Os ossos passam por algumas classificações afim de que sejam


devidamente conhecidos e facilite a identificação dos mesmos.

A primeira classificação será referente aos ossos longos, planos e


curtos. Os Longos são aqueles em que o comprimento é notavelmente maior
que a sua largura e espessura (alguns exemplos, fêmur, úmero, falanges),
estes possuem duas extremidades (epífises) e um corpo (diáfise), o osso longo
é considerado tubular por ter no interior de seu corpo uma cavidade (canal
medular), responsável pelo armazenamento de medula óssea, outra
característica se trata de que se ainda em desenvolvimento ou crescimento, é
possível identificar cartilagem entre as extremidades e o corpo dos ossos. Os
Planos são aqueles em que o comprimento e largura são similares e
prevalecem a espessura (alguns exemplos são os ossos do crânio como o
frontal e occipital e de outras partes como a escápula). Os Curtos são aqueles
quem que o comprimento, a largura e a espessura são similares (alguns
exemplos são os ossos do tarso e carpo).
46
Figura 27 – Osso longo

Disponível em: https://www.anatomiadocorpo.com/wp-


content/uploads/2016/04/tecido-%C3%B3sseo.jpg

Existem ainda ossos que não se enquadram nessa primeira


classificação devido suas características diferentes, por esse motivo houve a
necessidade de uma segunda classificação, esta será referente aos ossos
irregulares, pneumáticos e sesamóides. Os irregulares são aqueles que
possuem forma indefinida e morfologia incompreensível (alguns exemplos são
as vértebras e osso temporal). Os pneumáticos são aqueles que possuem
cavidade podendo ter mais de uma, essas são denominas seio, possuem
mucosa e são condicionados para a passagem de ar (alguns exemplos são
ossos do crânio como o frontal, este possui seios frontais). Os sesamóides são
aqueles que se formam de maneira natural em tendões que são muito
estimulados, causando certa tensão e estresse no local, desta forma o corpo
entende que haja necessidade da calcificação de algum nódulo, podem ser
encontrados nas palmas e plantas (o exemplo natural e presente na anatomia
dos seres humanos é a patela). Observe abaixo imagens que facilitarão a
compreensão.

47
Figura 28 – Tipos de ossos

Disponível em:
https://sites.google.com/site/anatomiafisioterapia/_/rsrc/1472764417223/roteiro
s-praticos/sistema-esqueletico/esq9.png?height=234&width=400

b) Articulações

As articulações são os pontos de contato entre os ossos que formam o


esqueleto. Na maioria das vezes permitem o deslizamento de uma superfície
óssea sobre a outra possibilitando os movimentos corporais. Muitos delas
possuem ainda ligamentos, cordões fibrosos que prendem um osso a outro.
Estas se classificam em móveis que também podem ser chamadas
diartroses. Permitem movimentos que podem ser bastante amplos (como a
articulação do ombro com o braço) ou apenas para frente e para trás (como a
articulação do joelho). São as articulações mais complexas do corpo, uma vez
que possuem cartilagens revestindo os ossos para absorver impactos e
diminuir os atritos; a própria articulação é revestida por uma cápsula fibrosa
(membrana sinovial) repleta de um liquido gelatinoso chamado Sinóvia. A
articulação móvel, também chamada de ligação sinovial, pode ser reforçada
por ligamentos.
Já as semimóveis que também podem ser chamados de anfiartroses,
promovem movimentos discretos ás vezes imperceptíveis. As articulações
entre as vértebras da coluna são exemplos.

48
Em contrapartida as articulações imóveis não proporcionam nenhum
movimento. Não possuem cápsulas nos ligamentos articulares, as superfícies
ósseas se tocam diretamente sendo por isso chamados de suturas. As linhas
denteadas entre os ossos do crânio são exemplos.
O sistema muscular é o conjunto de todos os músculos do organismo
que nos permitem realizar ações voluntárias (correr, andar, pular), executar os
movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos, o peristaltismo, promover
as expressões faciais, etc. Os músculos podem ser lisos (contração lenta e
involuntária), estriado cardíaco (contração rítmica, rápida e involuntária) e
estriados esqueléticos (contração rápida e voluntária) (MARTINI; TIMMONS;
TALLITSCH, 2009).

c) Estrutura dos Músculos Esquelético

Os músculos esqueléticos são formados pelo agrupamento de inúmeras


fibras musculares. Estas são longas e finas, polinucleadas de contração rápida
e voluntária. As fibras musculares se agrupam em feixes e o agrupamento
destes formam o músculo. A unidade funcional do músculo esquelético é o
sarcômero, formado pela organização das proteínas contrateis, actina e
miosina (miofibrilas). A contração dos sarcômeros promove a contração do
músculo como um todo.
É importante o estudo da função e localização de alguns músculos. Nos
membros superiores temos: Bíceps braquial (localiza-se na parte anterior do
braço e promove a flexão do antebraço sobre o braço) e tríceps braquial
(localiza-se na parte posterior do braço e promove a extensão do antebraço).
No tronco temos: Músculos da face (promovem as expressões faciais e a
mastigação); Trapézio (promove o levantamento dos ombros); Deltóide
(promove a abdução do braço); peitoral maior (promove a flexão do braço).
Nos membros inferiores temos: Quadríceps femoral (localiza-se na parte
anterior da coxa e promove a extensão da perna); Sartório ou Costureiro
(promove a flexão da coxa sobre o quadril); Gastrocnêmio (é a batata da perna
e promove a flexão plantar). No
Sistema Muscular observa-se que os músculos se distribuem aos pares,
em outras palavras, se um músculo faz determinada ação (por exemplo, o
Bíceps braquial que faz a extensão do antebraço) existe um outro que faz a
ação contrária (por exemplo, o Tríceps braquial que faz a extensão do
antebraço). Estes músculos são ditos agonista (que faz a ação) e antagonista
(que faz a ação contrária). Para que um movimento ocorra é necessária a
contração do agonista e o relaxamento do antagonista para o movimento de
alavanca sobre a articulação.
O músculo utiliza a respiração aeróbica (glicose + oxigênio) para gerar
energia, porem quando o músculo é muito exigido ele passa a fazer também
respiração anaeróbica (fermentação lática, que usa o lactato + H20 para gerar
49
energia) para obter mais energia; nesse processo obtém-se também o ácido
lático que causa a câimbra (TORTORA, 2016).

3.8 Sistema Reprodutor Feminino e Masculino

Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os túbulos


seminíferos, onde ocorre a formação dos espermatozoides (espermatogênese).
Em meio aos túbulos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig
(nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo
a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais
masculinos e dos caracteres sexuais secundários. A produção de gametas e
hormônios começa na puberdade (PINTO; PIERUCCI, 2013)
Trata-se das bolsas que seguram o testículo em posição afastada do
corpo. Sua funcionalidade, para além da sustentação dos testículos é essencial
no processo reprodutivo. O escroto é o responsável pelo desenvolvimento de
temperaturas adequadas para a formação de espermatozoides férteis. Um
espermatozoide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se
desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim,
os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal,
que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do
corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C
abaixo da corporal, garantindo assim a temperatura ideal para a formação dos
espermatozoides como já foi referido (AMÉRICO et al, 2012).
O pénis é um Órgão copulador que possui em seu interior três cilindros
de tecido esponjosos (os corpos cavernosos), formado por veias e capilares
sanguíneos modificados. Os corpos cavernosos ao se encher de sangue
provocam a ereção do pênis. A região anterior do pênis forma a glande, onde a
pele é fina e apresenta muitas terminações nervosas, o que determina grande
sensibilidade à estimulação sexual. A glande é recoberta por uma prega
protetora de pele chamada prepúcio, às vezes removida cirurgicamente por
meio da circuncisão.
O epidídimo é uma estrutura em forma de C, constituída de cabeça,
corpo e cauda, situada na margem posterior de cada testículo. Além de atuar
como via condutora de gametas também armazena espermatozoides até o
momento da ejaculação. É no epidídimo que os espermatozoides sofrem a
maturação durante seu desenvolvimento, que ocorre aproximadamente em 2
meses, são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os
espermatozoides são armazenados. Lá eles terminam a sua maturação
(adquirem o flagelo, ganhando mobilidade) e ficam lá até a hora da eliminação
durante o ato sexual.
O ducto ejaculatório é formado pela junção do ducto deferente com o
ducto da vesícula seminal. O ducto ejaculatório também constitui via condutora

50
de gametas, porém possui menor dimensão e calibre do que as demais vias
condutoras de espermatozoides. Seu trajeto passa pelo interior da próstata.
O ducto deferente é o prolongamento da cauda do epidídimo, sendo a
estrutura responsável pela condução do espermatozoide até o ducto
ejaculatório, dois tubos que partem dos epidídimos, circundam a bexiga urinária
e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
A fisiologia do sistema reprodutor feminino deve ser entendida a partir
do ciclo menstrual, que é uma hemorragia uterina cíclica devido à espoliação
do endométrio (camada interna do útero). Inicia-se no primeiro dia do ciclo e
termina no primeiro dia da menstruação seguinte e tem variação de uma
mulher para a outra (20 a 40 dias e em média 28 dias).
Ocorre devido às influências hormonais; dois hormônios são liberados
pela hipófise (FSH, hormônio folículo estimulante, e LH, hormônio luteinizante)
e dois hormônios liberados pelo ovário (estrogênio e progesterona).
O ciclo menstrual ainda é dividido em algumas fases, sendo a primeira
fase chamada de fase proliferativa que vai do primeiro dia da menstruação até
o dia em que ocorre a ovulação. Nesta fase há o amadurecimento do óvulo que
será expulso do Folículo de Graf, sendo que esse irá migrar para o ovário
(ovulação). O endométrio atinge o máximo de espaçamento, fica bastante
vascularizado. Os hormônios que atuam nesta fase são: FSH e estrogênio. A
ovulação ocorre 14 dias antes do primeiro dia da menstruação vindoura.
A segunda fase é chamada de secretora e vai do momento da
ovulação até o 1° dia da menstruação e durará mais ou menos 14 dias. Devido
à ação da progesterona, o endométrio permanece aderido ao útero.
Já a terceira fase é chamada de menstrual ou espoliativa, onde caso
não haja fecundação do óvulo, haverá descamação do endométrio e ocorrerá
então o sangramento vaginal (menstruação); logo após o ciclo inicia-se
novamente.
Quando a mulher não menstrua mais entra na fase que chamamos de
climatério ou menopausa, a mesma ocorre entre os 45 anos e os 50 anos, em
média, há alterações hormonais e não ocorre mais ovulação. Pode ocorrer
bruscamente ou por etapas, inicia-se com espaçamento das menstruações,
seguindo-se períodos longos de amenorreia até a suspensão completa do
ciclo. Podem ocorrer alterações de comportamento até mesmo manifestações
físicas (PINTO; PIERUCCI, 2013).

51
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