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Motivação e Objetivo

A área de programação oferece uma carreira promissora. Nela os profissionais não


se preocupam com desemprego e conseguem oportunidades com altos salários. Parece um
paradoxo, mas existem milhares de vagas em aberto nessa área, em paralelo a um exército
de desempregados no Brasil. Por que será que isso acontece?

Depois de 10 anos atuando no ensino de programação online, na DevPro, além de


ter dado aulas em faculdade de tecnologia por 4 anos, enxergo algumas causas:

● Falta de conhecimento sobre como estudar para aprender novas habilidades;

● Falta de definição de objetivos claros;

● Confusão sobre qual caminho seguir, por conta do excesso de conteúdo na internet;

● Falta de uma trilha de conhecimento concisa e coesa;

● Ilusão de que se pode aprender a programar sozinho.

Então minha motivação ao escrever esse livro é atacar essas causas com a
esperança de que mais e mais pessoas possam transformar suas carreiras e,
consequentemente, suas vidas. Por isso compartilharei o Método DevPro, método que que
criei e já ajudou centenas de pessoas a entrarem no mercado de programação!

Esse livro é a concretização do método mais eficaz para quem quer se tornar um
programador web profissional. O método se divide em 5 etapas, que formam os capítulos
deste livro:

1. Aprendendo a Aprender Tecnologia. Nessa capitulo será apresentada qual é a


mentalidade correta e quais ferramentas vão ajudar no processo de aprendizado de
tecnologia;

2. Trilha Fundamental. Aqui serão apresentados os fundamentos da programação


web que todo desenvolvedor precisa saber. Esse conhecimento vai servir de base
para que o leitor escolha entre uma das duas trilhas de conhecimento a seguir;

3. Trilha de Frontend. Seguirá nessa trilha de conhecimento o leitor que teve mais
afinidade com construção de páginas e componentes visuais;

4. Trilha de Backend. Seguirá nessa trilha de conhecimento o leitor que teve mais
afinidade com lógica de programação e como programas funcionam;

5. Processos Seletivos. Ao terminar uma das duas trilhas anteriores, será necessário
entender como os processos seletivos técnicos funcionam e aprender a fórmula
100% eficaz para ser aprovado.

Os capítulos desse livro devem ser lidos em ordem. A exceção a essa regra são os
capitulos de Trilha de Frontend e Trilha de Backend. Para a conquista da primeira vaga,
apenas um deles precisa ser lido, de acordo com o perfil que o leitor irá identificar no
capítulo 2: Trilha Fundamental. Desejo bons estudos para você que está lendo!

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Aprendendo a Aprender Tecnologia
“Quando não se sabe para onde vai, qualquer caminho serve”
Lewis Carroll, Alice no país das Maravilhas

Nesses tempos modernos nossa atenção é demandada frequentemente pelo


aparelho de rastreio que está em nossas mãos e que, por alguma razão qualquer,
chamamos ainda de telefone celular, apesar de raramente o utilizarmos para fazer ligações.

Somos bombardeados por propagandas, seja para venda de produtos ou com


modelos de como viver a vida através da alta exposição às redes sociais. Isso acaba
criando uma legião de pessoas que não consegue responder à seguinte pergunta: “Qual
seu objetivo de vida profissional?” E, ao não ter a resposta clara para essa pergunta, a frase
que o gato diz à protagonista do livro “Alice no país das maravilhas” cai como uma luva:
“Quando não se sabe para onde vai, qualquer caminho serve”.

Não ter um objetivo bem definido é a maior causa das pessoas não conseguirem
entrar na área de tecnologia. Elas desfocam facilmente, estudam áreas diversas e
acabam desisitindo no meio do caminho. Não é a toa que 2, em cada 3 estudantes que
entram nos cursos superiores de tecnologia, desistem no meio do caminho. A razão não é
incapacidade de aprender, mas sim falta de clareza de onde se quer chegar. Por isso
começo esse livro com o ponto mais importante para sua sua carreira como desenvolvedor.

Defina um objetivo claro


O objetivo desse livro é claro e está contido em seu subtítulo: apresentar o
caminho mais curto para sua entrada na área de programação web. Se esse é seu
objetivo, entrar na área de programação web, eu vou te ajudar a chegar lá, colocando a seu
serviço mais de 15 anos de experiência com desenvolvimento de sistemas para internet,
sendo mais de 10 desses anos ensinando programação.

Se você não quer chegar nesse objetivo, agora é a melhor hora de desistir e nem
começar a ler esse livro. Pense em qual objetivo claro você quer alcançar profissionalmente
e corra atrás do seu sonho. Oportunidade que não te leva para onde você quer ir não é
oportunidade, mas sim distração.

Contudo, se esse é seu objetivo, prepare-se para dedicar os próximos meses da sua
vida. O caminho não será fácil, mas o destino com certeza valerá à pena. Se você fizer o
sacrifício de seguir os ensinamento desse livro, você vai entrar para a área de tecnologia. E
uma vez dentro dela, nunca mais você irá se preocupar com desemprego ou salário baixo.
E, seguindo o caminho desse livro, você vai chegar nesse destino o mais rápido possível,
sem ter que estudar mais que o necessário.

O primeiro passo em direção a essa carreira maravilhosa é definir um cronograma


realista, que se encaixe na sua rotina atual.

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Defina sua Agenda
Apenas definir seu objetivo não é suficiente, você precisa agir de acordo. E a
primeira ação é organizar sua agenda para que você, todos os dias, se dedique a dar mais
um passo em direção à sua carreira com programação.

Então é hora de você organizar suas atividade diárias atuais em uma agenda. Se
você ainda não faz isso, é hora de fazer.

Pergunte a si mesmo: quanto tempo por dia eu estou disposto a dedicar para
conquistar minha vaga como programador? Esse tempo deve ser no mínimo 30 minutos e
recomendo que você comece com apenas 30, se nunca conseguiu seguir uma rotina de
estudos. Já tive muitos alunos que começaram prometendo 6 horas de estudo diárias, mas
não cumpriram essa meta nem durante a primeira semana de estudos. E ao não cumprirem
a meta, desistiram. Por isso, recomento que comece devagar.

30 minutos é tempo suficiente para começar os estudos. Ainda assim, é um intervalo


pequeno para você dizer que não cabe em sua rotina e usar isso como desculpa para não
começar a estudar.

Faça essa alocação do seu tempo no aplicativo de agenda que você usa. Se não
usa nenhum aplicativo, recomendo usar o Google Calendar.

Aqui nessa vídeo aula eu ensinei como usar o aplicativo para organizar todas suas
tarefas diárias e como criar um evento recorrente para facilitar o processo.

Durante essa meia hora de estudo, você deve evitar distrações. Coloque seu celular
em modo avião e vá para um lugar silencioso para você poder focar.

As grandes mudanças na vida não ocorrem de uma hora para outra, mas são fruto
de ações que tomamos no dia a dia. É muito fácil enganar pessoas que conhecemos e não
existe pessoa que você conheça mais do que você mesmo. Por isso eu vou te ensinar uma
tática que aprendi no livro “O Efeito Gatilho”, de Marshall Goldsmith.

Uma vez que você tenha definido esse evento recorrente diário em sua agenda,
responda à seguinte pergunta em todo final de dia: “Hoje eu fiz o melhor que eu poderia,
nas condições que eu tinha, para me tornar um programador web?”.

Escreva isso em uma lista, pode ser uma planilha do Google. E a cada dia você vai
se dar uma nota de 0 a 10. Aqui nessa vídeo aula eu ensinei como usar uma planilha do
Google com esse formato e compartilhei o exemplo nesse link para você fazer uma cópia e
usar.

Além disso você vai contar esse seu objetivo e seu plano para outra pessoa que
você conhece e respeita. pode ser um familiar, amigo ou namorado. Você vai pedir para
essa pessoa te ajudar, perguntando essa mesma pergunta para você, todo dia de noite:
“Hoje você fez o melhor que poderia, nas condições que tinha, para se tornar um
programador web?”.

Não seja carrasco de si mesmo. Se em um dia você estava doente e precisou


descansar, você fez o máximo que podia nas condições daquele dia. O que vai fazer a

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diferença é manter uma boa frequência de estudos como um todo, uma falta ou outra não
vai causar seu fracasso. Mas por isso você precisa manter essa lista de registros diários e
se compromenter com outra pessoa: as falhas diárias devem ser a exceção, não a regra!

Ao fim de cada semana veja como ficou sua média. Se você ficar com 8 na maioria
das semanas, eu garanto que você que irá conquistar esse objetivo de entrar na área de
programação web.

A partir de agora você não vai precisar pensar no que precisa fazer. Todas suas
tarefas estão na sua agenda e você só precisa executar o que está previsto, sendo auditado
e incentivado por outra pessoa.

A primeira etapa ruma à sua primeira vaga como programdor web é estudar os
assuntos de tecnologia que o mercado precisa. Mas eu descobri que muitas pessoas não
sabem como estudar.

Por isso o restante desse capítulo vai te ensinar como aprender tecnologia. Por
incrível que pareça, muitas pessoas falham em se tornar programadoras simplesmente por
não saberem estudar da maneira certa e não por falta de inteligência.

Caminhada das Imagens (Picture Walk)


As ideias que vou te apresentar no restante do capítulo não são minhas. Eu as
coloquei em prática desde meu primeiros anos de estudo, ainda no ensino fundamental.
Mas eu fiz isso “sem querer”, não de forma intecional. Apenas depois dos 35 anos descobri
a razão delas funcionarem ao ler os livros “Aprendendo Inteligência”, do professor Pierluigi
Piazzi e “Aprendendo a Aprender”, da Barbara Oakley.

A primeira técnica visa aliviar a ansiedade que temos para saber quanto trabalho
teremos pela frente para alcançar um objetivo, ao mesmo tempo que aquecemos o nosso
cérebro para começar o estudo. Eu traduzi a técnica como “Caminhada das Imagens”, do
inglês Picture Walk.

A caminhada das imagens consiste em você passar rapidamente pelo conteúdo de


um capítulo de livro antes de começar a ler. Você deve fazer isso olhando rapidamente para
os títulos, fotos, digramas, palavras em negrito e até para perguntas e exercícios ao fim do
capítulo, se existirem.

Pode parecer doido, mas você está dando uma ideia para o seu cérebro do que está
por vir, de maneira parecida a quando assistimos ao trailer de um filme ou dando uma
olhada no mapa geral do Waze, antes de começar uma viagem.

Você vai se supreender em como investir um minuto folheando o capítulo vai ajudar
a organizar o seu pensamento. Essa visão geral vai te dar cabides para organizar a
informação que você vai absorver. Sem cabides, sua roupa fica caida no chão, em uma
bagunça que dificulta enxergar e acessar as roupas que você quer.

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Modo Focado versus Difuso
Algumas vezes tentar demais é parte do problema, por mais absurdo que isso possa
parecer. E essa é uma questão extremamente comum durante o aprendizado de
programação, principalmente no ínicio. Entender isso é fundamental para você não desistir
pouco depois de começar.

Nós temos duas grande formas de pensar, segundo a neurociência: o modo focado
e o modo difuso.

Quando você usa o modo focado, você está prestando atenção. Por exemplo, ao
resolver um problema de matemática, assistindo a uma vídeo aula, jogando vídeo game,
resolvendo um quebra cabeças, aprendendo novas palavras em inglês ou agora que você
está lendo esse livro.

Quando você foca, diferentes partes do seu cérebro estão trabalhando. Quais partes
depende do que você está fazendo. Por exemplo, se você está fazendo uma multiplicação,
o foco vai usar partes diferentes do cérebro daquelas de quando você está falando. Quando
você está aprendendo algo novo você precisa focar intencionalmente para “ligar” essas
partes do cérebro e começar o processo de aprendizado.

Já o modo difuso acontece quando sua mente está relaxada e você não está
pensando em nada em particular. Isso acontece quando o professor pede para você se
concentrar, dizendo que você esta “viajando”, olhando para o nada. Nesse modo você usa
outras partes do cérebro, diferentes daquelas que você usa quando está em modo focado.

O modo difuso ajuda a fazer conexões imaginárias entre ideias. Normalmente a


criatividade aparece quando usamos o modo difuso. Para aprender de modo efetivo você
precisa alternar entre os modos focado e difuso.

Em programação é muito comum as pessoas resolverem o problemas usando o


modo focado e continuarem muito tempo nesse modo, mesmo quando estão travadas na
solução do problema, sem conseguir pensar em uma solução. Nesse caso, programadores
experientes usam a alternância de modos, mesmo que não saibam da existência deles.

Quando travam por mais de 10 minutos, programadores experientes vão fazer outra
coisa, como beber um café, tomar um banho, tirar um cochilo, fazer carinho em um cachorro
ou conversar com colegas. Quando voltam a trabalhar, “magicamente” conseguem
encontrar a solução. Isso acontece porque colocaram o modo difuso para trabalhar, quando
deixaram de focar na solução do problema.

Mas tome muito cuidado, existem duas formas de ficar travado. A primeira, como foi
descrita no parágrafo anterior, é quando você conhece os conceitos e fica travado na hora
de resolver um problema. Nesse caso, o modo difuso ajuda.

O outro caso é quando você não entendeu os conceitos iniciais, principalmente


quando está aprendendo algo novo, como programar. Nesse segundo caso, o modo difuso
não vai ajudar porque você não “carregou” nada no cérebro durante o estudo em modo
focado.

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Nesse segundo caso, você precisa voltar a estudar os conceitos, exemplos e
explicações em seus livros, vídeo aulas e suas anotações. Pode pedir para seu professor,
ou outra pessoa, que explique o conceito de outra maneira. Mas você não pode ficar
distraído durante esse processo, precisa focar completamente no assunto!

Por fim, não tente tirar conclusões precipitadas sobre estratégias de aprendizado.
Não tente mudar entre modo focado e difuso uma só vez durante os estudos e já concluir
que não funciona para você. Eu te garanto, alternar entre modo focado e difuso vai te fazer
aprender qualquer assunto, incluindo programação!

É muito bom você usar o modo difuso para se dar uma recompensa pelo trabalho
que teve em se manter em modo focado. Bons exemplo de ativadores de modo difuso são:

● Fazer um esporte, como jogar futebol ou basquete;

● Caminhar, correr ou nadar;

● Dançar;

● Pedalar;

● Desenhar ou pintar;

● Tomar um banho;

● Ouvir músicas, especialmente as instrumentais, sem letras;

● Tocar músicas que você conhece bem em algum instrumento musical;

● Meditar ou rezar;

● Lavar louça;

● Dormir (modo difuso mais intenso da mente).

Os ativadores de modo difuso a seguir são melhor utilizados como recompensas de


duração curta. Isso porque essas atividades exigem um modo focado mais intenso que as
atividades anteriores. Nesse caso, costuma ser bom colocar um cronômetro para elas não
tomarem muito do seu tempo:

● Jogar vídeo game;

● Conversar com amigos;

● Ajudar alguém com uma tarefa simples;

● Ler um livro;

● Mandar mensagens para amigos;

● Ver um filme;

● Ver TV.

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Como evitar a procrastinação
Procrastinação significa não fazer as tarefas que precisam ser feitas, deixando para
depois. Isso é um problema para qualquer tipo de estudante, seja criança ou adulto. É um
obstáculo no caminho de um bom processo de aprendizado.

Apesar disso, a procrastinação é algo natural. Por que você faria algo que não sente
que deveria fazer? Especialmente se você sabe de antemão que será difícil? Por que
estudar programação na segunda-feira se você só vai fazer processo seletivos daqui alguns
meses? Você não vai esquecer os conceitos de qualquer forma?

E aqui está o problema. Se você procrastina, normalmente você perde tempo. E


como você vai aprender nas próximas seções, tempo e prática caminham juntos para você
sedimentar novas ideias em seu cérebro.

Quando acaba seu tempo de poder se dedicar aos estudos, você não só não
consegue construir estruturas de aprendizado como você gasta energia se preocupando
com isso. Ou seja, você perde duas vezes, pois sofreu e não aprendeu nada. Ainda assim
muitos estudantes procrastinam. Vou compartilhar uma técnica para você vencer isso. Você
só vai precisar de um tomate de plástico!

Você reclama quando alguém pede para você lavar louça, fazer lição de casa ou
lavar uma bicicleta? Isso acontece porque machuca quando você pensa em fazer essas
atividades: pesquisadores podem ver a ativação de uma área do cérebro que causa
sensação de dor, o córtex insular, quando as pessoas pensam nesses trabalhos.

Para seu cérebro, pensar em arrumar a cama já começa a dor de estômago! Mas
aqui existe algo interessante. Assim que você começa a fazer a tarefa que você não queria
fazer a dor vai embora depois de 20 minutos. O córtex insular se acalma quando você
começa a tarefa que estava evitando. Você começa a ficar feliz quando finalmente está
começando o trabalho.

Então essa é a dica número um para aprender a programar: comece e continue


aprendendo! Não fique adiando! Mas como mudar os hábitos com os quais você já está
acostumado? A resposta, como já mencionei anteriormente é… um tomate!

A técnica pomodoro foi criada por Franceso Cirillo nos anos 80 para ajudar
procrastinadores. Pomodoro é a palavra italiana para “tomate”. A técnica é simples e
funciona.

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Figura 1.1: Um contador regressivo Pomodoro

Primeiro você precisa de um contador regressivo. Existem aqueles em formato de


tomate, mas qualquer um serve. E a técnica funciona da seguinte forma:

1. Desligue todas distrações - seu telefone, TV, música, seu irmão. Qualquer coisa
que fique no caminho da sua habilidade de focar. Encontre um lugar silencioso para
trabalhar onde você não será interrompido. Se você não tem um lugar desse
disponível, experimente usar fones canceladores de ruído ou até os plugues de
orelha com espuma, que são bem baratos.

2. Coloque 25 minutos no contador regressivo;

3. Comece a fazer e foque na tarefa o melhor que você puder. 25 minutos não é muito
tempo, você consegue fazer isso!

4. Por fim, a melhor parte. Depois dos 25 minutos, dê um presente para você mesmo.
Veja um Story no Instagram, converse com um amigo por 5 minutos, faça um
carinho no seu cachorro. A recompensa é a parte mais importante do processo
Pomodoro. Quando você está de olho na recompensa futura, seu cérebro te ajuda a
focar melhor.

Todo esse processo é chamado de “fazer um Pomodoro”. quando você fizer um


Pomodoro, esqueça sobre acabar a tarefa. Você não vai dizer que vai acabar o que você
estiver fazendo, como terminar um exercício de programação. Somente trabalhe o máximo
que você puder por 25 minutos. Quando o contador regressivo apitar, tire 5 minutos de
descanso e mergulhe em seu modo difuso com sua recompensa.

Você pode fazer um Pomodoro depois, não há problema. Mas você está fazendo a
coisa certa ao trabalhar duro na tarefa. Não se preocupe com quanto trabalho você fez,
você vai acabar a tarefa. Mas desde que você tenha tempo o suficiente disponível e não
deixe para última hora. Por isso eu falei para você separar 30 minutos em sua agenda, nos
próximos meses, para aprender programação.

Você não vai aprender tudo em apenas 15 dias. Mas fazendo ao menos um
Pomodoro por dia, durante meses, definitivamente você vai conseguir!

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É super normal, ao começar com a técnica Pomodo, acabar se distraindo durante os
25 minutos. O importante é, assim que perceber que isso está acontecendo, se esforçar
para voltar a fazer a tarefa. São apenas 25 minutos. Qualquer pessoa consegue estudar em
25 minutos. Se você se pegar pensando em outras tarefas que precisa fazer, anote-as em
um papel, para não esquecer, e continue com foco no seu Pomodoro.

Com o tempo será normal você continuar trabalhando na tarefa, mesmo depois do
contador regressivo apitar, isso não é problema. Mas quando parar, é importante se premiar.
E quando se premiar, faça uma tarefa completamente diferente do que estava fazendo. Isso
vai descansar a área do seu cérebro que estava focada na tarefa. Se você estava
estudando programação sentado, levantar e se mover e/ou se alongar é o melhor a se
fazer.

Quantos Pomodoros você deve fazer no dia depende de você, da sua rotina, aquela
que você mapeou na sua agenda no início desse capitulo. O mais importante é você fazer
isso todo dia, ao menos de segunda a sexta. Ou seja, melhor você fazer um Pomodoro por
dia, nos 5 dias da semana, somando 2 horas e meia de estudo, do que ficar estudando 2
horas e meia seguidas no sábado e não estudar em nenhum outro dia.

E não se engane: faça uma, e apenas uma tarefa durante uma sessão de
Pomodoro. As pessoas acham que podem fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas isso é
um erro. Quando você muda sua atenção, você gasta energia mental e vai ter uma
performance pior.

Dica de aprendizado: coloque o contador regressivo para também contar o tempo do


seu descanso. Caso contrário, é arriscado você passar dos 5 minutos e começar a
procrastinar, justamente o que queremos evitar.

E cuidado se a sua tarefa for estudar. Quando estiver lendo um livro ou assistindo
uma vídeo aula, verifique se está realmente prestando atenção. Para averiguar sua
atenção, pare de ler ou dê pausa na vídeo aula e se pergunte: quais as ideias principais
dessa página do livro? Quais os conceitos principais da vídeo aula? Repita os
conceitos em sua mente ou até em voz alta. Não releia a página ou assista ao vídeo
inúmeras vezes. Pensar nas ideias principais com sua própria mente é o segredo por trás
da ativação da memória.

Inclusive relembrar dos conceitos em diferentes lugares e momentos é


importantíssimo para fazer a informação ser melhor absorvida pela sua mente. Esse
processo se chama revisão ativa. Na próxima seção você entender porquê isso funciona.

Aprendendo enquanto você dorme


Cientistas pesquisadores interessados em entender como aprendemos analisaram
se nossos neurônios mudam durante esse processo de aprendizado. Porque se eles
mudam, entender isso pode ajudar a nos dar pistas de como aprender melhor.

Eles foram então capazes de gerar imagens de neurônios e perceberam que quando
prestamos atenção, aprendendo algo novo durante o dia, pequenos calos emergem dos

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dendritos em nossos neurônios. Acontece que esses dendritos ou, mais especificamente, a
conexão entre eles, é responsável pelo nosso acúmulo de conhecimento.

E o mais interessante foi o restante do estudo. Esses calos crescem muito mais
quando dormirmos, se transformando em espinhas que forman as sinapses com os axônios
de outros neurônios. Ou sejam, o cérebro reorganiza o que aprendemos durante o dia.

Então é possível ver os sinais elétricos viajando repetidas vezes pelo mesmo
conjunto de neurônios. Essa “prática noturna” durante o sono é o que parece permitir que as
espinhas dendríticas fiquem grandes.

Quando essa espinha cresce, a sinapse fica forte e consegue emitir mais sinais
elétricos. Nossas conexões neurais ficam um pouco maiores e mais solidificadas.

Mas é necessária concentração intencional durante o dia para criar os calos que dão
início a esse processo. E por isso a revisão ativa é tão importante. Ela ajuda na criação
dos calos.

Em direção oposta, quando você assiste a uma aula sem atenção, o calo não é
formado. E quando começa o processo reorganização norturna, os conceitos serão
completamente eliminados, em vez solidificados em suas conexões neurais. De fato, até
mesmo conexões neurais e espinhas dendríticas já formadas podem facilmente
desaparecer se você não praticar deliberadamente os conceitos com certa frequência.

Ou seja, é como se toda noite o nosso cérebro fizesse uma faxina, reforçando
conhecimento que indicamos para ele como sendo importantes, aquele que nós praticamos
ou prestamos atenção intencional durante o dia e, ao mesmo tempo, fosse jogando no lixo
as informações irrelevantes, aquelas que prestamos atenção apenas parcialmente ou que
não praticamos.

Eu quero te confessar que eu só aprendi isso que estou compartilhando com você
aos quarenta anos de idade. Apenas por acaso eu coloquei isso em prática quando era
jovem, durante meus estudos.

Quando criança eu gostava muito de brincar na rua. Mas minha mãe era muito
rigorosa com minhas atividades escolares. Se eu esquecesse de fazer lição de casa, eu
recebia um castigo certamente!

Então eu prestava muita atenção durante as aulas, tanto por ser curioso, tanto para
conseguir fazer a lição de casa mais rápido. E quando chegava da escola, eu já ia fazer a
lição de casa, pensando em poder sair para a rua e brincar, ou seja, pensando na
recompensa, como no método Pomodoro.

Eu também sentia que se fizesse a lição logo após à aula, era muito mais rápido do
que se deixasse para a noite ou para outro dia. Ou seja, sem querer, eu fazia prática
deliberada.

E o principal: fazia isso antes de dormir, favorecendo a geração de conexões


neurais. O efeito é que todo mundo me achava inteligente e eu era quase sempre o aluno
com maiores notas da turma.

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Mas o fato é que o restante das pessoas deixava para estudar de véspera. E como
vimos até aqui, sem revisão deliberada e prática, com conhecimento sedimentado durante o
sono, você efetivamente não aprende. Então não era questão de eu ser inteligente.

Era uma questão de que eu realmente estava aprendendo, enquanto a maioria não.
A maioria deixava a lição para outro dia, ou nem fazia. Não prestava atenção na aula, ficava
conversando com amigos. Ou seja, estavam desperdiçando tempo!

As pessoas diziam que eu gostava de estudar. Mas, na realidade, eu gostava


mesmo era de brincar na rua, eu só estava otimizando o tempo de estudo para poder
brincar mais!

A beleza desse conhecimento é que você agora pode utilizar isso em seu favor, para
aprender qualquer coisa! Em particular, para aprender programação, como veremos na
próxima seção.

O Conhecimento entra pelos dedos


Eu tive um professor na faculdade, chamado Fábio Carneiro Mokarzel, que dizia
“programação se aprende pelos dedos”. Eu sempre concordei com ele e passei a usar essa
frase no meu dia a dia como instrutor de programação. Mas agora eu entendo a razão
disso.

Na Dev Pro, onde ensino programação online, eu sempre falei para a turma praticar,
colocar a mão na massa. E percebi que, ao longo do tempo, existiam dois perfis de aluno.

O primeiro perfil achava que otimizaria tempo vendo todas vídeo aulas do meu
curso. Então focava na quantidade de aulas assistidas, às vezes vendo o vídeo em
velocidade dobrada, mas rápido que o normal.

Mas no curso as aulas são graduais. Todo conceito que você aprende em uma aula
será usado nas aulas seguintes. Então, quando chegavam nos vídeos mais avançados, os
alunos sentiam que não sabiam os conceitos.

Sabendo o que sei agora fica simples de explicar isso: eles não mantinham foco
intencional, não faziam revisão deliberada, assistiam muito conteúdo, mas sem criar os
calos dendríticos necessários! Então acabavam se enganando que estavam aprendendo.

Já o segundo perfil era de quem assistia a aula mais devagar, mas prestando
atenção, repetindo todos os comandos que viam e fazendo suas próprias anotações.

Ou seja, aquelas que estavam prestando completa atenção! Esse tipo de perfil fazia
os exercícios pedidos na aula e viam a solução do professor só depois disso, para comparar
e aprender outras formas de resolução. Mais do que isso, faziam pequenas modificações
nos programas para melhor entender os conceitos, ou seja, já fazendo revisão ativa.

É notório ver como esse tipo de perfil faz várias perguntas e normalmente posta
comentários sobre como conseguiu pensar na solução do problema enquanto estava
tomando banho!

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É por isso que foi sempre fácil para mim, na posição de professor, identificar o aluno
que rapidamente se tornaria um programador. Bastava olhar a evolução no tipo de pergunta
e como esse perfil perguntava frequentemente, demonstrando que estava fazendo prática
deliberada todo santo dia.

E para terminar esse capítulo, ou vou revelar para você o último segredo que vai
aumentar demais a velocidade do seu aprendizado!

O poder das comunidades


Quando você está aprendendo algo novo é bom poder contar com pessoas
experientes para te ajudar nas dúvidas que você tem. Na programação isso é ainda mais
fundamental. Uma pessoa experiente vai conseguir encontrar o problema no seu código em
questão de minutos, quando você demoraria horas para encontrar, isso se encontrasse.

Durante sua caminhada para se tornar programador também é importante contar


com ajuda de pares, pessoas que estão mais ou menos no seu nível de conhecimento.
Esse apoio serve para você se motivar e se manter preocupado com o avanço de outra
pessoa que também está no seu mesmo nível. Assim você vai se manter estudando para
continuar melhorando, assim como o seu colega.

Mas isso também é importante porque, durante esse processo, você vai sentir
desânimo várias vezes. A área de programação exige aprendizado de muitos conceitos
novos e, no início, parece que você não está aprendendo. Por isso a importância de fazer
observações sobre o que você aprendeu. Por alguma razão que não sei explicar, muitas
pessoas acham que essas dificuldades só acontecem com elas, pensam que
provavelmente possuem dificuldade de aprendizado.

Ainda que cada pessoa tenha aprenda em uma velocidade diferente, a verdade é
que todos passamos por essas mesmas dificuldades no início do aprendizado de
programação. Então ver seus colegas passando pelo mesmo que você ajuda a não desistir
do seu grande objetivo: se tornar um programador web profissional!

Não é a toa que existe o velho ditado popular “Quem quer ir rápido, vai sozinho.
Quem quer ir longe, vai acompanhado”.

E por saber sobre a importância desse acompanhamento que criei a Comunidade


DevPro. Nela você vai encontrar todo o conteúdo que você já está tendo acesso
gratuitamente nesse ebook, além de respectivas vídeo aulas. Mas, mais do que isso, vai ter
suporte de pessoas experientes, que já trilharam esse mesmo caminho que você está
começando agora.

Lá temos fórum de dúvidas, encontros ao vivo e muita interação em um sevidor


exclusivo do Discord, para você chegar muito mais rápido em sua primeira vaga como
programador.

Se você puder e quiser fazer parte, será muito bem vindo. E se você não puder, não
desanime. Procure apoio com outras pessoas experientes do mercado de programação e
use esse material que estou compartilhando com você e será plenamente possível você
conseguir sua primeira vaga como programador!

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Perguntas do Capítulo 1
Qual seu objetivo de vida profissional? Você quer se tornar um programador web?

Você já usou uma aplicativo de agenda? Você já fez a configuração de um evento


recorrente, com 30 minutos diários, para estudar programação?

Você já compartilhou seu objetivo com uma pessoa que você conhece ou respeita,
com um familiar ou amigo?

Você está respondendo à seguinte pergunta, todos os dias: “Hoje fiz o melhor que
poderia, nas condições que tinha, para me tornar um programador web?”?.

A pessoa com quem você compartilhou seu objetivo está te cobrando todo fim do dia
sobre os 30 minutos que você prometeu estudar?

Você está registrando as datas e as respostas para a pergunta acima? Você está
conferindo sua média semanal de atividades diárias?

Você fez uma “caminhada das imagens” no capítulo 1 desse livro?

O que você entende por modo focado de pensar?

Dê um exemplo de atividade que você precisa usar o modo focado para aprender.

O que você entende por modo difuso de pensar?

Dê um exemplo de atividade que ajuda a ativar o modo difuso de pensar.

Explique, com suas palavras, o que é a Técnica Pomodoro?

Explique, com suas palavras, o que é a revisão ativa?

Explique, com o que aprendeu nesse capítulo, por que é melhor estudar 30 minutos
por dia, de segunda a sexta, do que estudar 2 horas e meia sem parar no sábado?

Explique por que é importante contar com comunidades durante seu processo de
aprendizado de programação.

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Trilha Fundamental (em construção)
“...homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha… não caiu, por que estava
edificada sobre a rocha”
Sermão da Montanha, Mateus 7:24

Ainda que eu, Renzo, tenha convicção de que aprender programação só é


possível com prática, é necessário conhecer um mínimo de fundamentos e
vocabulário sobre a internet antes de colocar a mão na massa.

Através desse conhecimento mínimo que você vai entender conceitos mais
complexos, pesquisar melhor suas dúvidas na internet, fazer boas perguntas para pessoas
mais experientes e formular hipóteses sobre as causas de seu sistema web funcionar ou
não.

Nesse capítulo mostrarei os fundamentos sobre internet que todo programador web
deve saber. Sem esse conhecimento você vai construir sua casa sobre terreno de areia e,
fatalmente, ela vai ruir sob a pressão da primeira chuva e vento leves, como prega o
Sermão do Montanha na bíblia, no livro de Mateus.

Por incrível que possa parecer, já fui responsável por avaliar programadores em
várias empresas e já tive que recusar pessoas que tinham anos de experiência, mas que
demonstraram não ter a base de conhecimento sólida na área em que atuam. E é
justamente nessa base que se encontram as soluções de 99% dos problemas que ocorrem
em sistemas web.

Então, além deste capítulo ser importantíssimo para sua carreira como programador
web, o que você vai estudar a seguir vai lhe ajudar a escolher entre uma das duas
principais trilhas de conhecimento nessa área de programação: Frontend e Backend.

Eu sempre recomendei que meus alunos focassem em apenas uma dessas trilhas e
essa é a razão de centenas deles terem conquistado suas primeiras vagas como
programadores web em questão de meses de estudo. Contudo, percebi que ao menos o
mínimo de cada uma dessas áreas, além de ferramentas de apoio, precisa ser estudado no
início para que se tenha a visão geral do funcionamento de um sistema de internet.

Não pule esse capítulo achando que você vai avançar mais rápido em seus
estudos. Pelo contrário, proceder assim só vai te atrasar. Por isso peço que você tenha fé
em minha experiência. Não por acaso eu escolhi uma frase bíblica como inspiração para
esse capítulo. Tenha fé!

URL ou Link: você sempre usa, mas não prestou atenção


Todo dia você abre seu navegador e digita um endereço de internet. O nome desse
endereço é URL, (Uniform Resource Locator). Traduzindo para português, um Localizador
Uniforme de Recursos.

Por exemplo, se você acessar o maravilhoso site www.pudim.com.br, vai encontrar a


imagem dessa famosa sobremesa digna dos deuses:

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Figura 2.1: Acesso ao site do Pudim no navegador Mozila Firefox

Se você copiar a URL direto da barra do navegador vai perceber, ao colar em algum
campo de texto, que o conteúdo será diferente do que aparece na figura 2.1. Ela vai ter o
seguinte formato: http://www.pudim.com.br/.

Perceba que foi acrescentado o prefixo “http://” e também o sufixo “/” na URL.
Nessa seção nós vamos entender essas e todas outras partes que compõem um endereço
de internet. Vou exemplificar entrando em um site que acesso frequentemente.

Eu gosto muito de futebol e torço para o time do Santos. Sempre entro no site do
Globo Esporte e clico no ícone do meu time do coração para ver as notícias, como você
pode ver a seguir.

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Figura 2.2: Acesso ao site do Globo Esporte

Perceba que a URL do site é https://ge.globo.com/. Aqui já podemos notar uma


diferença para o site do pudim. No site do pudim o cadeado no navedor está com ícone de
cadeado com uma faixa vermelha em cima, enquanto o site do globo esporte está sem essa
faixa vermelha.

Isso acontece por que a forma de comunicação do Globo Esporte é segura, pois usa
o protocolo https. Enquando isso o pudim usa um protocolo inseguro, o protocolo http.
Assim, com exemplos, deciframos a primeira parte que toda URL possui, o protocolo.

Quando se usa protocolo http, todas requisições feitas poderão ter seu conteúdo
lido por qualquer sistema que as intercepte em seu caminho na internet.

Já com protocolo seguro, a requisição é criptografada e apenas o site de destino vai


conseguir ler o conteúdo da requisição. Mesmo que a requisição seja interceptada, seu
conteúdo estará embaralhado e será impossível decifrá-lo.

Além do protocolo, também já conhecemos o endereço do site. O nome formal


desse endereço é domínio. Com esse conhecimento, já podemos separar os dois
endereços que vimos até agora:

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URL: http://www.pudim.com.br/
Protocolo: http
Domínio: www.pudim.com.br

URL: https://ge.globo.com/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com

Muitas vezes você não digita essas URLs, como fiz para acessar os dois sites
anteriores. Eles são acessados quando o usuário clica em botões ou links, tanto em páginas
como aplicativos.

Toda vez que você executa uma dessas ações, o navegador vai acessar o
respectivo endereço de internet e te dar acesso aos recursos fornecidos pelo site. Veja
abaixo como fica a URL quando clico no ícone do time do Santos:

Figura 2.3: Resultado de clique no ícone do Santos

Veja que agora a URL tem um novo elemento que ainda não vimos:
https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/. Depois do domínio, aparece
mais uma parte que identifica a localização da página específica do time do Santos:
/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/. A essa parte se dá o nome de caminho, ou
usando o termo em inglês, path.

Quando não existe um path definido, dizemos que estamos caminho raíz do site.
Esse caminho raíz é definido através da letra “/”.

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Com esse novo conhecimento, conseguimos definir melhor nossas URLs:

URL: http://www.pudim.com.br/
Protocolo: http
Domínio: www.pudim.com.br
Path: /

URL: https://ge.globo.com/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com
Path: /

URL: https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com
Path: /sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/

Uma outra ação comum que fazemos no dia a dia é executar uma busca no Google.
Veja na figura a seguir o resultado de buscar “Comunidade DevPro”.

Figura 2.4: Resultado de busca no Google por “Comunidade DevPro”

Perceba que agora a URL ficou tão grande que nem apareceu completamente na
imagem:
https://www.google.com/search?q=Comunidade+DevPro&client=firefox-b-d&ei=esXCY-WoH
u_s5OUP6JaAgAk&ved=0ahUKEwjlzaHOq8f8AhVvNrkGHWgLAJAQ4dUDCA4&uact=5&oq
=Comunidade+DevPro&gs_lcp=Cgxnd3Mtd2l6LXNlcnAQAzIFCAAQgAQ6CggAEEcQ1gQQ
sAM6BwgAELADEEM6CwgAEIAEELEDEIMBOggILhCDARCxAzoFCC4QgAQ6CwguEIAEE
LEDEIMBOg4ILhCABBCxAxDHARDRAzoECAAQQzoICAAQgAQQsQM6CgguEMcBENED
EEM6CAgAELEDEIMBOgYIABAKEEM6CwgAEIAEELEDEMkDOgUIABCxAzoOCC4QgAQ
QxwEQrwEQ1AI6CwguEIAEEMcBEK8BOgsILhCABBDHARDRAzoHCAAQgAQQCjoHCC4
QgAQQCkoECEEYAEoECEYYAFCIBFiHGGCmHmgBcAF4AIABlwGIAcYQkgEEMC4xN5gB
AKABAcgBCsABAQ&sclient=gws-wiz-serp

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Vou colocar em destaque apenas a parte inicial da URL, para que você possa
entender melhor o elemento que foi adicionado em seu final:
https://www.google.com/search?q=Comunidade+DevPro&client=firefox-b-d

Ou seja, veja que agora, depois do path, existe uma letra “?”. O elemento depois
desse ponto de interrogação tem o nome de query string. Nesse elemento se encontram
os parâmetros, que são usados para fornecer informações adicionais para o Google.

Cada um desses parâmetros é separado pela letra “&”. E cada parâmetro em si tem
duas partes: seu nome e seu valor. Essas duas partes são separadas pela letra “=”.

Mais uma vez usando o nosso conhecimento, podemos dividir todos links já vistos
em suas partes:

URL: http://www.pudim.com.br/
Protocolo: http
Domínio: www.pudim.com.br
Path: /
Parâmetros: Não tem

URL: https://ge.globo.com/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com
Path: /
Parâmetros: Não tem

URL: https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com
Path: /sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/
Parâmetros: Não tem

URL: https://www.google.com/search?q=Comunidade+DevPro&client=firefox-b-d
Protocolo: https
Domínio: www.google.com
Path: /search
Parâmetros:
1. Nome: q Valor: Comunidade+DevPro
2. Nome: client - Valor: firefox-b-d

Por fim, existe um último elemento que toda URL possui. Ele é chamado de porta.
Em inglês o termo é port. Curiosamente a tradução literal de port para o português é porto.
Mas, por alguma razão que desconheço, o termo é conhecido na comunidade brasileira de
programadores por porta.

Cada tipo de protocolo possui uma porta padrão. Quando se usa a porta padrão de
um protocolo, a porta pode, opcionalmente, ser omitida. A porta padrão do protocolo http é
a 80. Já a do protocolo https é a 443.

Sendo assim, a URL completa do site do pudim é http://www.pudim.com.br:80/ e a


do globo esporte é https://ge.globo.com:443/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/. Se

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você acessar os links acima, vai reparar que o navegador vai omitir as portas, mesmo que
elas estejam explicitamente definidas nas ulrs.

Portanto, analisando todos os sites que vimos até agora, temos as seguintes partes:

URL: http://www.pudim.com.br/
Protocolo: http
Domínio: www.pudim.com.br
Porta: 80
Path: /
Parâmetros: Não tem

Parâmetros: Não tem


URL: https://ge.globo.com/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com
Porta: 443
Path: /
Parâmetros: Não tem

URL: https://ge.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/
Protocolo: https
Domínio: ge.globo.com
Porta: 443
Path: /sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/
Parâmetros: Não tem

URL: https://www.google.com/search?q=Comunidade+DevPro&client=firefox-b-d
Protocolo: https
Domínio: www.google.com
Porta: 443
Path: /search
Parâmetros:
3. Nome: q Valor: Comunidade+DevPro
4. Nome: client - Valor: firefox-b-d

Eu gravei essa vídeo aula, As 5 PARTES de um link que TODO PROGRAMADOR


PRECISA SABER, para você poder ver todos esses conceitos na prática. Ver o vídeo vai te
ajudar a entender mais profundamente todos esses elementos e onde eles se localizam em
seu navegador. É uma forma de fazer revisão ativa, como vimos no primeiro capítulo deste
livro. Por isso é importante assistir, acessar tipos diferentes de mídia sobre o mesmo
assunto ajuda no seu aprendizado!

Depois de ler essa seção e ver a vídeo aula, agora você conhece todas as partes de
uma URL: protocolo, domínio, porta, path e query string. Essas partes compõem os
endereços que acessamos na internet e seu formato é facilmente entendível por seres
humanos.

Contudo, computadores trabalham muito melhor com números e na próxima seção


vamos entender mais profundamente como esses nomes de endereços estão relacionados
com o chamado IP (Internet Protocol),

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Domínios e Domain Server Name (DNS)
(Em construção)

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Perguntas do Capítulo 2

Anatomia de uma URL


O que é uma URL?

Como se chama o protocolo inseguro de comunicação na internet?

Como se chama o protocolo seguro de comunicação na internet?

O que é um path?

Qual letra defini a raíz de um site?

Qual o nome formal de um endereço da internet?

O que é uma query string?

Qual é a letra que defini o início de uma query string em uma URL?

Qual é a letra que que divide os parâmetros de uma query string?

Qual é a letra que que nome e valor de um parâmetro de uma query string?

Qual a porta padrão do protocolo http?

Qual a porta padrão do protocolo https?

Quais são todas as partes de uma URL?

Divida a URL em todas sua partes:


https://pythonpro.com.br/comunidade-devpro-matriculas-abertas?utm_campaign=CDP&utm
_medium=trafego-organico&utm_source=ebook-rpv

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Trilha de Frontend (em construção)

Trilha de Backend (em construção)

Processos Seletivos (em construção)

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