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○ Fácies hipocrática - Olhos fundos, parados e inexpressivos, nariz afilado e lábios adelgaçados,
palidez, cianose labial, batimento de asa do nariz e sudorese, típica de doenças graves que colocam
o paciente em estado agônico
○ Fácies renal - Edema predominantemente ao redor dos olhos, predomínio matinal e palidez, típica
de doenças que afetam os rins, como a glomerulonefrite difusa aguda (GNDA)
○ Fácies leonina - Pele espessa, com lepromas de tamanho variado, supercílios caídos, nariz espesso
e alargado, lábios mais grossos, bochechas e mento deformados, e barba escassa, típica do Mal de
Hansen
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○ Fácies adenoideana - Nariz pequeno e afilado, com boca entreaberta, típica de crianças com
hipertrofia de adenóide
○ Fácies parkinsoniana - Cabeça inclina-se para frente e fica imóvel, olhar fixo e supercílios elevados,
fronte enrugada, expressão de espanto, pelo oleosa e salivação no canto da boca, típica do
parkinsonismo
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○ Fácies acromegálica - Proeminência ósseas, aumento de nariz, lábios e orelhas, proeminência das
maçãs do rosto, maxilar inferior desenvolvido, típica da hiperfunção hipofisária no adulto
○ Fácies cushingóide ou de lua-cheia - Arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais,
bochechas vermelhas e acne, típica da síndrome de Cushing ou Cushing iatrogênico (uso de
glicocorticóides)
○ Depressão - Cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos, sulco nasolabial acentuado, canto da boca
rebaixado, sofrimento e tristeza
○ Fácies mongolóide - Prega cutânea (epicanto), olhos oblíquos e distantes, lembrando de orientais,
rosto redondo, boca quase sempre entreaberta. típica da síndrome de Down
○ Deficiência mental - Traços faciais apagados e grosseiros, boca sempre entreaberta e com
salivação, hipertelorismo (afastamento dos olhos) e estrabismo, olhar sem objetivo
○ Fácies etílica - Olhos avermelhados, ruborização da face, hálito etílico e alteração da voz
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○ Fácies esclerodérmica - Fácies de múmia, alterações na pele com aderência aos planos profundos,
lábios repuxados, afinamento do nariz, imobilização das pálpebras e inexpressividade
○ Longilíneo
■ Pescoço longo e delgado
■ Tórax afilado
■ Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco
■ Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido
■ Tendência para estatura elevada
■ Ângulo de Charpy < 90º
○ Mediolíneo
■ Equilíbrio entre membros e tronco
■ Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo
■ Ângulo de Charpy em torno de 90º
○ Brevilíneo
■ Pescoço curto e grosso
■ Tórax alargado e volumoso
■ Membros curtos em relação ao tronco
■ Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso
■ Tendência para baixa estatura
■ Ângulo de Charpy > 90º
● Altura e medidas antropométricas
○ Altura
○ Envergadura
○ Distância pubovértice (distância entre sínfise púbica e ponto mais alto da cabeça)
○ Distância puboplantar (distância entre sínfise púbica e plantar dos pés)
○ Peso
■ Peso ideal
■ Peso máximo normal
■ Peso mínimo normal
■ Índice de massa corpórea (IMC) = P/A²
■ Relação cintura-quadril e circunferência abdominal
■ Indivíduo pode apresentar magreza, caquexia (magreza extrema), sobrepeso e obesidade
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○ Sensibilidade
■ Dolorosa
■ Tátil
■ Térmica
○ Tecido celular subcutâneo e panículo adiposo
■ Normal
■ Aumentado
■ Diminuído ou escasso
■ Lipomas
● Musculatura
○ Quando à troficidade
■ Normal
■ Hipertrófica
■ Hipotrófica
○ Quanto à tonicidade
■ Normal
■ Hipertonicidade ou espasticidade
■ Hipotonicidade ou flacidez
● Veias superficiais
○ Circulação colateral
○ Edema
● Estado de hidratação
○ Alteração abrupta do peso
○ Alterações da pele
■ Umidade
■ Elasticidade
■ Turgor
○ Alterações das mucosas - umidade
○ Fontanela afundada (crianças)
○ Alterações oculares
○ Estado geral
○ Desidratação - Diminuição da água e eletrólitos
● Marcha
○ Modo de andar
■ Espástica (em tesoura)
■ Atáxica (falta de equilíbrio)
■ Ebriosa (oscilante, base larga)
■ Anserina (quadril oposto ao lado do passo cai)
■ Claudicante (uma das pernas toca com menos força no chão)
● Avaliação do nível de consciência
○ Consciência - Capacidade de perceber a relação entre si e o ambiente
○ Orientação - Percepção do mundo exterior e de si
● Exame de linfonodos
○ Palpação das cadeias:
■ Suboccipital
■ Retroauricular
■ Pré-auricular
■ Submentoniana
■ Cervical anterior
■ Cervical posterior
■ Supraclavicular
■ Infraclavicular
■ Axilar
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■ Epicondileana
■ Inguinal
● Sinais vitais
○ Temperatura
○ Pulso
○ Respiração
○ Pressão arterial
○ Para internados:
■ Nível de consciência
■ Volume urinário
■ Condições da pele e das mucosas
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Febre e hipotermia
Referências: Aula ministrada por Emanuelle
● Regulação da temperatura
○ Temperatura interna do corpo permanece constante (variação em torno de 0,6ºC)
○ Temperatura externa do corpo variável (função das condições ambientais)
○ Calor gerado pelo corpo atinge a superfície corporal através dos vasos sanguíneos
○ Pouco calor se difunde para superfície - efeito isolante da camada de tecido adiposo
○ Fluxo sanguíneo da pele é de 10-30% do débito cardíaco
■ Elevação do fluxo sanguíneo - calor
○ Vasoconstrição é regulada pelo SNS
○ Na superfície corporal, o calor é transferido ao meio externo por irradiação e condução
○ Evaporação - 600 ml/dia pela pele e pulmões
○ Suor (fibras simpáticas inervam glândulas sudoríparas)
○ Mecanismos nervosos de retroalimentação regulam temperatura corporal (hipotálamo)
● Sinais e sintomas gerais
○ Febre
○ Astenia
○ Fadiga
○ Alterações de peso
○ Sudorese
○ Cãimbras
○ Calafrios
○ Prurido
● Generalidades
○ Febre é o aumento da temperatura corporal acima de 37º na axila
○ Não é sinal nem sintoma, mas sim uma síndrome
○ Sintomas subjetivos da febre: astenia, inapetência, náuseas e vômitos, palpitações, calafrios,
taquisfigmia, taquipnéia, delírio, confusão mental, sudorese oligúria e cefaléia
○ Em crianças, a convulsão pode ser a primeira manifestação
○ Pode passar despercebida (se elevação gradual e não atingir temperaturas elevadas)
○ As manifestações dependem da idade, condições gerais, modo de iniciar, etc
○ Valorizar sensação anormal de calor → Expressão direta da febre
○ A febre tem um significado biológico - Mecanismo de defesa
○ Cada grau aumentado acima de 37º aumenta 10 bpm
● Locais de aferição de temperatura
○ Axilar (mais utilizada), oral e retal
■ Temperatura axilar - 35,5º a 37º C
■ Temperatura oral - 36º a 37,4º C
■ Temperatura retal - 35º a 37,5º C
○ Normalmente utiliza-se termômetros de máxima (máxima temperatura aferida)
○ Sempre que tiver febre colocar o termômetro
○ Combater o mau hábito de automedicar sem diagnóstico
● Técnicas de aferição
○ Limpar a axila, retirando o suor
○ Pegar o termômetro pelo lado oposto à parte sensível
○ Ter certeza do contato do termômetro com a pele
○ Esperar 3 minutos
○ Quando usar o termômetro, abaixá-lo
● Doenças que causam febre
○ Causam aumento na produção de calor
■ Hipertireoidismo
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○ Remitente
■ Temperatura acima de 37ºC
■ Variações de mais de 1ºC
■ Causas - Septicemias, pneumonia e tuberculose
○ Intermitente
■ Picos febris ciclicamente interrompidos por período afebril
■ Se o paciente faz 2 picos febris por dia, é chamado de dicotidiana
■ Se ele faz 1 pico febril, é chamado cotidiana
■ Se ele apresenta 1 dia de febre intercalado com 2 dias sem febre, é chamada de terçã
■ Se o paciente faz febre a cada 3 dias intercalados é chamada de quartã
■ Causas - Malária
○ Recorrente ou ondulante
■ Período de febre intercalado por um período sem febre variável de dias ou semanas
■ Causas - Linfomas
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○ Irregular ou séptica
■ Picos muito altos intercalados com temperaturas baixas ou períodos de apirexia
■ Não há qualquer caráter cíclico
■ Totalmente imprevisível
■ Causas - Septicemia, abscesso pulmonar, empiema vesicular, TB, fase inicial da malária
● Hipotermia
○ Diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5ºC na região da axila ou de 36ºC no reto
○ Pode ser induzida artificialmente
○ Cirurgias e tratamento para prevenir dano cerebral
○ Pode ser consequência de:
■ Congelamento acidental
■ Choque
■ Síncope
■ Doenças consumptivas
■ Hemorragias graves e súbitas
■ Coma diabético
■ Estados terminais de muitas doenças
● Envelhecimento
○ Pacientes idosos (alterações no sistema de regulação da temperatura) podem ter ausência de febre
em processos infecciosos e também mais risco de hipotermia ou hipertermia em situações de frio ou
calor extremo
○ A ausência de febre nas infecções é um mau prognóstico
○ Pode apresentar com mais frequência - Confusão mental, delírios e alucinações quando a
temperatura aumenta
● Tratamento
○ Febre
■ Esfriar o ambiente
■ Banho frio
■ Fralda com álcool
■ Medicação sintomática
■ Medicação específica
○ Hipotermia
■ Aquecimento do ambiente
■ Aquecimento do paciente
■ Lençol térmico
■ Medicação
■ Tratamento específico da causa
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Generalidades
● Dor
○ Uma das queixas mais frequentes
○ Presente nos processos inflamatórios agudos (sinusite e dor de garganta) e nas neoplasias
■ A sintomatologia das neoplasias dos seios da face são erroneamente confundidas com
sinusite, levando a um tratamento inadequado
● Espirros ou esternutação
○ Ocorrem na fase inicial da rinite catarral aguda, no resfriado comum, secundários a uma rinite
alérgica e no início das síndromes gripais
● Alterações no olfato
○ Muitas ocorrem relacionadas com congestão
○ Hiposmia - diminuição do olfato
○ Anosmia - perda do olfato (pode ocorrer por lesão neurológica, mesmo que momentânea, como na
COVID-19)
○ Hiperosmia - sensibilidade maior do olfato (muito comum em gestantes)
○ Cacosmia - sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer estímulo
○ Parosmia - condição neurológica em que se sente cheiro diferente do estímulo
● Obstrução nasal
○ Pode ocorrer por rinites, alergias respiratórias, pólipos, hipertrofia de cornetos, neoplasias, obstrução
mecânica, etc
● Rinorreia ou corrimento nasal
○ Secreção purulenta (mais característica das infecções bacterianas) - sinusite, corpo estranho,
neoplasias
○ Secreção serosa (mais característica das infecções virais) - rinites, resfriados comuns
● Epistaxe ou sangramento nasal
○ Podem ocorrer devido a rinite alérgica, contato com produtos irritativos, picos hipertensivos,
fragilidade capilar, trauma e ressecamento da mucosa nasal
○ Quando ocorre bilateralmente, sugere etiologia clínica sistêmica (distúrbio hemorrágico, da
coagulação ou HAS grave)
● As principais queixas do aparelho respiratório inferior são: dor torácica, tosse, expectoração, vômica,
hemoptise, dispnéia, sibilância, tiragem e cianose
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Dor torácica
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Tosse
● Fisiologia
○ Inspiração rápida e profunda → Fechamento da glote → Contração dos músculos expiratórios
(diafragma) → Expiração forçada → Abertura da glote
● Características
○ Frequência
○ Ritmo
○ Intensidade
○ Tonalidade
○ Presença de secreção ou não
○ Período do dia
● Classificação de acordo com o tempo
○ Tosse de início recente/aguda
■ < 3 semanas
■ Pode ocorrer em resfriados comuns, sinusite bacteriana aguda (gotejamento), coqueluche,
pneumonia, embolia pulmonar e ICC (edema agudo do pulmão)
○ Tosse crônica
■ > 3 semanas
■ Tabagistas - DPOC e câncer
■ Não tabagistas - uso crônico de iECA, gotejamento pós-nasal, asma e doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE)
● Refluxo gastroesofágico pode causar tosse, mas com características bem diferentes
da vista nas queixas respiratórias
○ Tipos
■ Tosse quintosa
● Surge em acessos
● Mais frequente de madrugada
● Intervalos curtos de acalmia
● Acompanhada de vômitos
● Sensação de asfixia
● Exemplo: coqueluche
■ Tosse seca ou improdutiva
● Pode ser secundária a problemas fora da árvore respiratória, como do ouvido externo,
a faringe e os seios paranasais
● Causa mais comum da tosse seca crônica: tabagismo
● Enfisematosos: tosse seca com expectoração escassa
■ Tosse produtiva
● Acompanhada de expectoração
● Exemplo: bronquite crônica
■ Tosse bitonal
● Secundária à paresia ou paralisia de uma das cordas vocais
● Exemplo: compressão do nervo recorrente
■ Tosse rouca
● Comum nos tabagistas
● Ocorre também na laringite aguda
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■ Tosse metálica
● Áspera (tosse de cachorro)
● Indica edema da laringe e dos tecidos circundantes
Expectoração
● Características semiológicas
○ Volume
○ Cor
○ Odor
○ Transparência
○ Consistência do material eliminado
● Características
○ Serosa
■ Rica em água eletrólitos e proteínas
■ Pobre em células
○ Mucóide
■ Translúcida ou esbranquiçada
■ Rica em água, proteínas, mucoproteínas e eletrólitos
■ Baixo número de células
○ Purulenta
■ Amarela ou esverdeada
■ Rica em piócitos
■ Celularidade alta
○ Hemoptóica
■ Além dos elementos da expectoração purulenta, apresenta sangue
Vômica
● Conceito
○ Eliminação brusca através da glote de grande quantidade de pus ou líquido de aspecto seroso ou
mucóide
● Causas
○ Abscesso pulmonar
○ Empiema
○ Mediastinite supurada
○ Abscesso subfrênico
○ Tuberculose pulmonar
Hemoptise
● Conceito
○ Eliminação, juntamente com a tosse, de sangue proveniente da traquéia, brônquios ou pulmões
○ Pode ser devido à hemorragia brônquica ou alveolar
● Causas mais frequentes
○ Bronquiectasias
○ Tuberculose
○ Embolia pulmonar
○ Doenças hemorrágicas
○ Câncer pulmonar
○ Medicamentos
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Dispnéia
● Conceito
○ Dificuldade para respirar, independente da consciência ou não do paciente
● Pode ter origem em:
○ Afecções das vias aéreas
○ Pleuras
○ Pulmões
○ Coração
○ Mediastino
○ Caixa torácica
● Tipos
○ Aos grandes esforços: surge após esforços acima dos habituais
○ Aos médios esforços: decorre das atividades habituais, antes realizadas sem dificuldade
○ Aos pequenos esforços: aparece durante as atividades rotineiras da vida
○ De repouso: dificuldade respiratória mesmo em repouso
● Causas
○ Atmosféricas - grandes altitudes
○ Obstrutivas - difteria, laringite estridulosa, edema de glote
○ Parenquimatosas - pneumonia, fibrose, enfisema
○ Tóraco-pulmonares - fraturas dos arcos costais, cifoescoliose
○ Diafragmáticas - paralisia, hérnia, ascite, hepatoesplenomegalia
○ Pleurais - pneumotórax espontâneo
○ Cardíacas - insuficiência do ventrículo esquerdo, estenose da válvula mitral
○ Sistema nervoso - Hipertensão intracraniana
○ Psicogênicas - transtornos emocionais
● Termos
○ Eupnéia - respiração normal
○ Dispnéia - sensação de respiração trabalhosa ou difícil
○ Taquipnéia - frequência respiratória acima dos valores normais (> 22 mrm) *valor diferente entre
slides e livro
○ Bradipnéia - frequência respiratória abaixo dos valores normais (< 16 mrm)
○ Apnéia - ausência de fluxo aéreo por mais de 10s
○ Hiperpnéia - amplitude e frequência respiratória aumentada
○ Hipopnéia - amplitude e frequência respiratória diminuídas
○ Hiperventilação - aumento da quantidade de ar que chega aos alvéolos
○ Ortopnéia (pode ocorrer na ICC) - dispnéia na posição supina/decúbito, alívio quando senta
○ Platipnéia (pode ocorrer na cirrose com shunt, pós-pneumonectomia e na fístula arteriovenosa) -
dispnéia em ortostatismo (sentado ou em pé)
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Sibilância ou chieira
● Conceito
○ Ruído predominantemente expiratório
○ Timbre elevado, quase musical
○ Quase sempre acompanhado de dispnéia
● Mecanismo
○ Redução do calibre da árvore brônquica por edema e/ou broncoespasmo
● Localização
○ Difusa - broncoespasmo (asma, DPOC)
○ Localizada ou unilateral - obstrução mecânica, neoplasia
● Causa
○ Asma e DPOC
○ ICC
○ Infiltrado eosinofílico
○ Pneumonite
○ Neoplasia
Tiragem
● Conceito
○ Aumento da retração dos espaços intercostais em consequência das variações de pressão entre os
folhetos pleurais durante as fases da respiração
○ Mais visível em indivíduos magros e em crianças
● Causas
○ Oclusão brônquica por tumor
○ Corpo estranho
○ Broncoespasmo (asma brônquica)
○ A localização depende do nível e do local da obstrução: caso ocorra acima da bifurcação da traqueia
ou em nível da laringe e na asma brônquica, observa-se tiragem em todo o tórax
Cornagem
● Conceito
○ Dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe,
que se manifesta por um ruído (estridor) muito alto
○ O paciente desloca a cabeça para trás para facilitar a entrada do ar
● Causas
○ Laringite
○ Difteria
○ Edema de glote
○ Corpo estranho
Estridor
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● Linhas do tórax
○ Face anterior
■ Linha medioesternal - traçada verticalmente pelo centro do esterno
■ Linhas esternais - traçadas próximas às bordas do osso esterno
■ Linhas hemiclaviculares - originam-se no meio das clavículas
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○ Face lateral
■ Linha axilar anterior - tem como referência as pregas axilares anteriores
■ Linha axilar posterior - passa pelas pregas axilares posteriores
■ Linha axilar média - desce a igual distância das outras duas linhas laterais
○ Face posterior
■ Linha vertebral - traçado sobre os processos espinhosos das vértebras
■ Linha escapular - passa através do ângulo inferior da escápula na posição anatômica
● Regiões do tórax
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2. Região clavicular
3. Região infraclavicular
4. Região mamária
5. Região inframamária
6. Região supraesternal
7. Região esternal superior
8. Região esternal inferior
○ Face posterior (Figura B)
1. Região supraescapular
2. Região supraespinhosa
3. Região infraespinhosa (forma a região escapular junto com a região supraespinhosa)
4. Região inter-escapulo-vertebral
5. Região infraescapular
○ Face lateral (Figura C)
1. Região axilar
2. Região infra-axilar
● Tipos de tórax
○
● Tipos respiratórios
○ Respiração costo superior
■ Mais frequente no gênero feminino
■ Predomínio dos músculos escaleno e esternocleidomastóideo
■ Deslocam a parte superior do tórax para cima e para frente
○ Respiração tóraco-abdominal
■ Mais frequente no gênero masculino
■ Predomínio do músculo diafragma
■ Predominante em ambos os sexos em decúbito dorsal e crianças
○ Em situações patológicas, há o auxílio de mm. acessórios (na mulher toracoabdominal e vice-versa),
com formação de tiragem (escavamento na musculatura durante o esforço respiratório)
● Ritmos respiratórios
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○ Normal
■ Sucessões regulares de movimentos respiratórios
■ Profundidade mais ou menos igual
■
○ Dispnéia
■ Movimentos respiratórios regulares, amplos e desconfortáveis
■ Ocorre na ICC, pneumotórax, atelectasia, bronquites, etc
■
○ Cheyne-Stokes
■ Incursões respiratórias que vão ficando cada vez mais profundas, até a amplitude máxima,
quando se atinge um estado de hiperóxia e há inibição do centro respiratório. Os movimentos
então diminuem gradativamente, até haver uma apneia prolongada, com possível
hipercapnia, até que o centro respiratório é hiperestimulado, com consequente aumento da
amplitude dos movimentos respiratórios
● Esse mecanismo se dá pelas variações da tensão de H+ e CO2 no sangue
■ Ocorre na intoxicação por barbitúricos ou por morfina, na IC grave, hipertensão intracraniana,
AVCs e traumatismos cranioencefálicos
■ É melhor “ouvida” do que vista
■
○ Biot
■ Interrupção dos movimentos respiratórios anárquicos por apneia
■ Variação de amplitude e frequência
■ Mau prognóstico, indicando, quase sempre, grave comprometimento encefálico
■ Provocada por lesão do centro respiratório (causas semelhantes à Cheyne-Stokes)
■
○ Respiração de Kussmaul
■ Inspirações profundas interrompidas por curtos períodos de apnéia que, por sua vez, são
seguidos de expirações profundas e ruidosas, sucedidas por novas pausas de apnéia
● 1) inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações
rápidas e de pequena amplitude
● 2) apnéia em inspiração
● 3) expirações ruidosas gradativamente mais profundas alternadas com expirações
rápidas e de pequena amplitude
● 4) apnéia em expiração
■ Observada em acidose, principalmente a diabética
■
○ Suspirosa
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● Amplitude da respiração
○ Respiração superficial
○ Respiração profunda
● Frequência respiratória
○ Valor normal no indivíduo adulto: 16 < FR < 22 rpm
○ Eupnéia: FR normal
○ Bradipnéia: FR < 16 rpm
○ Taquipnéia: FR > 22 rpm
■ Fisiológica - esforços físicos, emoções
■ Patológica - febre, lesões pleuropulmonares
■ Pode haver taquidispnéia, com uso de musculatura acessória
● Tiragem
○ Retração entre os espaços intercostais devido ao aumento do gradiente pressórico na respiração
○ Pode ser fisiológica, sobretudo em indivíduos mais magros
○ Pode ocorrer por obstrução de uma via aérea
■ Tiragem unilateral - oclusão de um brônquio principal
■ Tiragem bilateral
● Oclusão acima da bifurcação traqueal
● Estreitamento difuso dos pequenos brônquios
● Asma, enfisema
Palpação
● Expansibilidade ou mobilidade
○ Avaliar o paciente sentado ou em pé e, de costas para ele, abarcar o seu tórax por trás. Pedir para
respirar. Se os polegares se afastam eficientemente da linha vertebral, ok. Se um se afasta direito e
o outro não, há algum problema de expansibilidade do tórax
○ Avaliação da expansibilidade dos ápices
■ Diminuição no ápice - processo infeccioso ou cicatricial
○ Avaliação da expansibilidade das bases
■ Diminuição basal - derrame pleural
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● Frêmito toracovocal
○ Vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite algum
som, que remete à sensação tátil do ar em movimento
○ Evita-se superfícies ósseas (escápula)
○ Geralmente se pede para o paciente falar 33
○ Sempre comparando os dois hemitórax (não fazer um todo e depois o outro)
○ As regiões posterior e lateral são as mais palpadas, pois na região anterior tem-se a projeção do
coração que atrapalha a comparação de um hemitórax com o outro.
○ Alterações:
■ Aumento do frêmito - consolidação de uma área pulmonar (pneumonia, infarto pulmonar), em
que há uma maior propagação do som em superfícies mais sólidas
■ Diminuição do frêmito - derrame pleural (interface de líquido entre a palma da mão e o som),
atelectasia (colabamento alveolar na expiração), pneumotórax (ruptura do parênquima
pulmonar, levando À presença de ar locado no tórax, que atrapalha o contato com o ar em
movimento), enfisema (secundário à DPOC)
Percussão
● Generalidades
○ Sequência da percussão: face anterior → face lateral → face posterior
○ Das faces anterior e laterais - pode ser feita com o paciente sentado ou em decúbito dorsal
○ Da face posterior - paciente deve estar sentado
○ A percussão é feita de cima para baixo, golpeando, ora de um lado, ora de outro, em pontos
simétricos
● Sons normais e suas respectivas regiões
○ Projeção do fígado
■ Som submaciço (4º EIC) e maciço (5º e 6º EIC)
○ Coração - som maciço (3º EIC)
○ Baço - som submaciço (como um tambor)
○ Estômago - som timpânico
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● Sons alterados
○ Hipersonoridade
■ Aumento de ar nos alvéolos pulmonares (enfisema)
○ Submacicez ou macicez
■ Dd
■ Derrame pleural, espessamento pleural, atelectasia, consolidação
○ Som timpânico
■ Aprisionamento de ar no espaço pleural (pneumotórax) ou numa cavidade intrapulmonar
(caverna tuberculosa)
Ausculta
● Técnica
○ Paciente sentado
○ Pede-se para que ele respire mais profundamente com a pele desnuda, auscultando de forma
regionalizada bilateralmente, como sempre.
● Sons normais
○ Som traqueal
○ Respiração brônquica
○ Murmúrio vesicular (mais relevante) - ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax produzidos
pela turbulência do ar circulante
○ Respiração broncovesicular
○ Todos estes são murmúrios vesiculares = som do ar percebido no aparelho respiratório. A
diferenciação dos nomes depende do tempo de inspiração e expiração e, consequentemente, da
passagem do ar ao longo da árvore respiratória.
● Ausculta da voz
○ Consiste em auscultar o tórax do paciente enquanto ele repete as palavras “trinta e três”,
comparando regiões homólogas
○ Ressonância vocal - sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica
○ Ressonância vocal normal - sons abafados e sílabas indistintas
○ Ressonância vocal aumentada:
■ Broncofonia - ausculta-se a voz sem nitidez
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Movimento
Som Características Doenças
respiratório
● Disseminados -
enfermidades que
Sons ou comprometem toda
ruídos ● Originados das vibrações das paredes árvore brônquica
anormais Inspiração e bronquiolares e de seu conteúdo gasoso (asma e bronquite)
Sibilos
contínuos expiração ● Alta frequência (agudo) e baixa duração ● Localizados -
● Podem ser localizados ou disseminados presença de
obstrução por
neoplasia ou corpo
estranho
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Síndromes respiratórias
Referências: Portão; Portinho; Aula ministrada por Inês
● Conceito
○ Doenças inflamatórias que acometem as vias aéreas terminais, espaços alveolares e/ou interstício
○ Ocorre substituição do ar alveolar por líquido exsudato ou transudato
● Causas - Pneumonias, infarto pulmonar ou tuberculose
● Sintomas - Dispneia, dor torácica, desconforto retroesternal, tosse produtiva e hemoptise
● Ao exame
○ Inspeção - Taquipneia
○ Palpação - Expansibilidade diminuída e aumento do FTV
○ Percussão - Submacicez ou macicez
○ Ausculta - Broncofonia, pectorilóquia e estertores finos
Atelectasia
● Conceito - Colabamento alveolar sem que o espaço alveolar seja ocupado por células ou exsudato
● Causas
○ Neoplasias, corpos estranhos e/ou pós-operatórios que possam ocluir o lúmen dos brônquios
○ Caso a oclusão ocorra em um brônquio principal, ocorre atelectasia do pulmão inteiro; caso a
oclusão ocorra em brônquios lobares ou segmentar, a atelectasia fica restrita a um lobo ou segmento
pulmonar
○ Pode ser uma complicação da pneumonia, principalmente de pacientes que ficam muito tempo
acamados, não fazem fisioterapia respiratória adequada e tiveram infecções
● Sintomas - Dispneia e tosse seca
● Ao exame
○ Inspeção - Retração do hemitórax e tiragens
○ Palpação - Expansibilidade diminuída e redução do FTV ou FTV abolido
○ Percussão - Submacicez ou macicez localizada
○ Ausculta - MV diminuído ou abolido e ressonância vocal diminuída
● No exame de imagem, é possível observar um repuxamento da traqueia ipsilateral à atelectasia
● Conceito - Aumento anormal de líquido extravascular nos pulmões decorrente do movimento de fluidos do
espaço intravascular para o interstício e alvéolos
● Causas - Insuficiência cardíaca esquerda, edema agudo de pulmão e estenose mitral
● Sintomas - Dispnéia de esforço, em decúbito e paroxística noturna, tosse seca ou com expectoração rósea,
na congestão aguda
○ A ortopneia é adotada para manter pelo menos os alvéolos superiores funcionantes
● Ao exame
○ Inspeção - Expansibilidade normal ou diminuída
○ Palpação - Expansibilidade normal ou diminuída e FTV normal ou aumentado
○ Percussão - Som claro pulmonar, submacicez nos casos mais graves
○ Ausculta - Estertores finos basais e prolongamento expiratório
● No exame de imagem, é possível observar os vasos pulmonares em aspecto de “asa de borboleta”
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Asma brônquica
● Conceito
○ Doença inflamatória das vias aéreas inferiores, provocada por mediadores químicos que surgem
mediante alguns estímulos
○ Os mediadores químicos irão promover o broncoespasmo
● Causas - Infecções, alérgenos, mudanças de clima e substâncias irritantes (muitas vezes hereditário)
● Sintomas - Dispneia, tosse e chiado
● Ao exame
○ Inspeção - Dispneia com uso de músculos acessórios e tiragem
○ Palpação - FTV normal ou diminuído
○ Percussão - Normal ou hipersonoro
○ Ausculta - MV diminuído com sibilos expiratórios
Bronquiectasias
● Conceito - Dilatação dos brônquios devido à destruição de suas paredes e tecidos de sustentação
● Causas - Sequelas de processos infecciosos que acometeram o pulmão (fase cicatricial)
● Sintomas - Tosse produtiva e expectoração abundante (principalmente pela manhã), com odor forte e
semelhante a um vômito (vômica)
● Ao exame
○ Inspeção - Pode haver aumento da FR e expansibilidade diminuída
○ Palpação - Expansibilidade diminuída
○ Percussão - Submacicez nas bases
○ Ausculta - Estertores grossos, roncos, sibilos
Enfisema pulmonar
● Conceito
○ Perda da elasticidade dos bronquíolos e alvéolos, com aprisionamento de ar
○ Gera incapacidade de trocas gasosas
● Causas - Tabagismo
● Sintomas - Dispneia progressiva e lenta aos esforços
● Ao exame
○ Inspeção - Tórax em tonel
○ Palpação - Expansibilidade diminuída e redução do FTV
○ Percussão - Hipersonoridade
○ Ausculta - MV reduzido ou ausente e ressonância vocal diminuída
Bronquite aguda
● Conceito - Processo inflamatório agudo transitório dos brônquios
● Causas - Geralmente causada por vírus
● Sintomas - Febre, cefaléia, mal estar, tosse, rouquidão, tosse seca e depois produtiva
● Ao exame
○ Inspeção - Sem alterações
○ Palpação - Sem alterações
○ Percussão - Sem alterações
○ Ausculta - Estertores grossos (principal), roncos e sibilos (hiperreatividade do AR)
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Pneumotórax
Derrame pleural
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Generalidades
Ciclo cardíaco
● Aqui toda vez em que falamos de diástole e sístole, estamos nos referindo aos ventrículos
● Diástole (relaxamento isovolumétrico)
○ Válvulas
■ Válvulas tricúspide e mitral abertas
■ Válvulas pulmonar e aórtica fechadas
○ Enchimento rápido - Alta pressão nos átrios e menor pressão nos ventrículos → Fluxo de sangue do
átrio para o ventrículo pela diferença de pressão
○ Enchimento lento - Diminuição do diferencial de pressão por enchimento dos ventrículos
○ Contração atrial - Papel ativo do átrio contraindo para bombear o resto de sangue para a cavidade
ventricular
● Sístole (contração isovolumétrica)
○ Válvulas
■ Válvulas tricúspide e mitral fechadas
■ Válvulas pulmonar e aórtica abertas
○ Ejeção rápida - Abertura das válvulas aórtica e pulmonar com ejeção do sangue
○ Ejeção lenta - Diminuição do diferencial de pressão
○ Protodiástole de Wiggers
Bulhas cardíacas
● As bulhas cardíacas são os sons gerados pelo fechamento das válvulas cardíacas
● B1 (primeira bulha)
○ Apresenta os componentes M1 e T1 - Corresponde ao fechamento das válvulas mitral e tricúspide
○ Final da diástole / Início da sístole
○ Corresponde ao TUM
● B2 (segunda bulha)
○ Apresenta os componentes A2 e P2 - Corresponde ao fechamento das válvulas aórtica e pulmonar
○ Final da sístole / Início da diástole
○ Corresponde ao TA
● Normalmente as válvulas do lado direito são milissegundos mais atrasadas que as do lado esquerdo
○ Componente A2 vem antes do P2
○ Componente M1 vem antes do T1
○ Essa diferença é tão pequena que na maioria dos casos não é perceptível
● Ausculta normal (TUM TA)
● B3 (terceira bulha)
○ Som anormal ou fisiológico, que pode ser resultado do adelgaçamento do ventrículo, então quando o
sangue cai na cavidade ventricular de forma rápida, ocorre reverberação de um som em sua parede
delgada
○ Ocorre no início da diástole (protodiastólica)
○ Som: TUM TA TU
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João Pedro Wanderley Soares - 149
○ Ritmo de galope: aplicável ao ritmo tríplice por terceira bulha patológica, no qual pode ser imitado
repetindo-se ritmicamente a expressão PA TA TA
○ Melhor ouvida com o paciente em decúbito lateral esquerdo
○ Pode ser normal em crianças, grávidas e atletas, mas também pode indicar cardiomiopatias, falha no
coração ou severa regurgitação mitral ou tricúspide
● B4 (quarta bulha)
○ Decorrente da contração atrial empurrando sangue contra uma cavidade ventricular com paredes
espessadas (sugestivo de hipertrofia do ventrículo esquerdo severa)
○ Surge ao final da diástole (telediastólica)
○ Som oco, seco e de difícil ausculta (melhor ouvido no ápice cardíaco)
○ Pacientes com fibrilação atrial nunca tem B4, pois esse som surge ao final da diástole, fase em que
ocorre a contração ativa dos átrios, que está ausente nesses pacientes
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Queixas cardíacas
Referências: Aula ministrada por Inês; Portinho; Portão
● Pericárdica
○ Dor causada pelo roçar das folhas pericárdicas na inflamação do pericárdio, sendo mais aguda que a
da angina de peito
○ É posição-dependente e melhora com a posição genupeitoral, pois nesta se consegue deslocar o
pericárdio visceral do parietal
● Dissecção aórtica
○ Lesão na parede interna da aorta, permitindo a passagem anormal de sangue na lesão
○ Dor muito intensa do tipo lancinante, com irradiação para o dorso
● Psicogênica - Ansiedade, sem substrato orgânico
● Pleurítica - Pleurites. Dor que piora quando se inspira.
● Origem pulmonar - Tromboembolismo pulmonar
● Em muitos casos, não é a característica da dor que diferencia o diagnóstico, mas sim a história clínica
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João Pedro Wanderley Soares - 149
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Exame cardíaco
Referências: Aula ministrada por Inês; Portinho; Portão
Generalidades e inspeção
● O coração apresenta aspecto triangular invertido, com os grandes vasos na base superior
● Na superfície anterior, logo próximo ao tórax, temos o ventrículo direito e na borda esquerda temos o
ventrículo esquerdo
○ A região do ventrículo esquerdo´que corresponde ao ápice do coração é denominada ictus cordis
● Na semiotécnica do exame cardíaco não temos percussão
● Inspeção semelhante ao sistema respiratório
○ Na inspeção do aparelho cardiovascular, analisamos o tórax, pesquisando abaulamentos e
retrações, pulsações e ictus cordis (normalmente encontrado no 4º ou 5º espaço intercostal, a nível
da linha hemiclavicular esquerda, podendo ser visível ou não)
○ Na pesquisa por abaulamentos, o observador deve utilizar duas incidências: uma tangencial, com o
examinador de pé do lado direito do paciente, e outra frontal, com o examinador junto aos pés do
paciente, que permanece deitado
Palpação
● Ictus cordis
○ Avalia-se local, extensão (polpas dos dedos - várias polpas pode indicar hipertrofia) e intensidade
○ Na insuficiência cardíaca, pode haver desvio do ictus cordis pela hipertrofia ventricular
○ Pode haver desvio para trás, para a esquerda, para dentro ou para a direita
● Impulsão de mesocárdio
○ Coloca-se a mão na região do precórdio e avalia-se se a mão está sendo propulsionada
○ Essa propulsão está presente em situações de hipertrofia de ventrículo direito (necessidade de maior
força para vencer uma pós-carga aumentada)
● Pulsações
○ Dança das artérias em valvulopatias
● Bulhas
○ Bulhas hiperfonéticas podem ser sentidas na palpação (vibração do fechamento das válvulas)
● Ritmo - Alterações de ritmo
● Frêmito
○ Sensação tátil de uma vibração pelo fluxo/turbilhonamento de sangue no coração
○ Geralmente é a sensação tátil de um sopro
Ausculta
● Focos de ausculta
○ Foco aórtico - 2º espaço intercostal à direita, na margem do esterno
○ Foco pulmonar - 2º espaço intercostal à esquerda, na margem do esterno
○ Foco aórtico acessório - 3º espaço intercostal à esquerda, na margem do esterno
○ Foco tricúspide - base do apêndice xifóide à esquerda
○ Foco mitral - 5º espaço intercostal à esquerda, ao nível da linha hemiclavicular
○ Para melhorar a ausculta de focos na base do coração, pode-se pedir ao paciente para que incline
seu tórax ligeiramente para frente
○ O decúbito lateral esquerdo é uma posição que melhora a ausculta do foco mitral
● Na ausculta avaliamos se há:
○ Hiperfonese de bulha
○ Cliques valvares e estalidos
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Focos de ausculta
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Sopros
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Síndromes cardiovasculares
Referências: Aula ministrada por Inês; Portinho; Portão
Estenose aórtica
● Valva aórtica fechada quando deveria estar aberta (sístole) - Sopro sistólico
● Sopro sistólico de ejeção, grosseiro, em crescendo e decrescendo (em diamante - mais intenso no meio da
sístole) que pode se irradiar para fúrcula e carótidas
● Fenômeno de Gallavardin - É possível escutar o sopro em todos os focos de ausculta
● Pulso parvus (menor amplitude) e tardus (lentificado - mais prolongado que o habitual)
○ O pulso arterial é a pressão da coluna de sangue na parede arterial
■ Na sístole, como o sangue está sendo ejetado para os vasos, a pressão é maior. Na diástole,
é mais fraco, mas ainda existe, visto que não houve colabamento de artérias.
○ Com o fluxo sanguíneo lentificado, a amplitude do pulso reduz e ele é mais tardio
● Com o tempo, o aumento da pós-carga (sobrecarga de pressão) gera hipertrofia de ventrículo esquerdo
● Tríade de sintomas geralmente ocorre na seguinte ordem:
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João Pedro Wanderley Soares - 149
○ Dor anginosa (sem aterosclerose - isquemia, pois os óstios das artérias coronárias ficam após a
valva aórtica)
○ Síncope - Baixa perfusão sanguínea do SNC
○ Dispnéia - Hipertrofia ventricular causa insuficiência cardíaca
● Em algumas situações, com a válvula não muito calcificada, escuta-se um clique de abertura da valva que
antecede o sopro
○ Na estenose aórtica muito grave, esse clique deixa de ocorrer, mostrando piora de gravidade da
doença
● Causa mais comum - Calcificação por idade
● Estenose aórtica com agachamento: sopro aumentado em posição de cócoras, pois se aumenta o retorno
venoso, a pressão no VE e o diferencial de pressão
Insuficiência mitral
● Valva mitral aberta quando deveria estar fechada (sístole) - Sopro sistólico
● Sopro holossistólico de regurgitação no foco mitral com irradiação para axila
○ Ocupa toda a sístole e às vezes abafa a bulha
● Causas - Doença reumática e prolapso da valva mitral (PVM)
○ PVM: a valva mitral é formada por um folheto anterior e outro posterior que se abrem e se fecham e
estão fechados na sístole. Com o aumento da pressão no VE, o folheto posterior acaba prolapsado
para a cavidade atrial e o sangue regurgita para ela.
■ Ocorrência de um clique mesossistólico no foco mitral
■ Sopro mesotelessistólico com irradiação para fúrcula
● O sangue retorna para a cavidade atrial esquerda, recebendo este além do sangue das veias pulmonares, o
que gera dilatação do AE. Com a chegada de mais sangue do AE, o VE também se dilata
● Ictus cordis pode estar desviado para a esquerda (pode descer para o 6º ou 7º espaço intercostal)
● É comum deitar o paciente em decúbito lateral esquerdo e aproximar o ictus/foco mitral do estetoscópio
Estenose mitral
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João Pedro Wanderley Soares - 149
● Valva mitral fechada quando deveria estar aberta (diástole) - Sopro diastólico
● Sopro mesodiastólico em ruflar (semelhante ao bater de asas de um pássaro - RUF)
● Fases do sopro:
○ Inicia mais alto (fase de enchimento rápido)
○ Sopro vai diminuindo (diminuição do diferencial de pressão)
○ Ao final ocorre um reforço decorrente da contração atrial (reforço pré-sistólico ou telediastólico)
■ Pacientes com fibrilação atrial não tem reforço ao final da diástole
● Mais audível em decúbito lateral esquerdo
● Sopro não começa imediatamente no início da diástole - Atraso para abrir a valva mitral
○ Estalido de abertura mitral
○ B1 hiperfonética no foco mitral - aumento da fonese pelo ruído de fechamento que marca o fim do
sopro
● Causa mais comum no Brasil - Doença reumática
● Repercussões no coração:
○ Átrio esquerdo é a câmara que mais aumenta (ventrículo esquerdo é poupado)
○ Com o tempo, pode causar certo grau de hipertensão arterial pulmonar (congestão passiva
pulmonar) → Sobrecarga do ventrículo direito, podendo haver hipertrofia
○ Ictus cordis não é desviado
Insuficiência aórtica
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João Pedro Wanderley Soares - 149
● Valva aórtica aberta quando deveria estar fechada (diástole) - Sopro diastólico
● Sopro diastólico aspirativo em decréscimo na medida que a pressão entre aorta e ventrículo esquerdo vão
se igualando
○ Comunicação do ventrículo esquerdo com aorta permanece aberta
○ Fluxo de sangue passa da aorta para o ventrículo esquerdo devido ao diferencial de pressão
○ Sangue é aspirado de volta pra cavidade ventricular no momento de sua diástole
○ Sobrecarga de volume no ventrículo esquerdo com consequente hipertrofia ventricular
● Melhor posição de ausculta → Paciente sentado com corpo voltado para frente
● Pulso em martelo d’água - Pressão arterial sistólica muito elevada e pressão diastólica muito reduzida
○ Pulso sistólico de alta amplitude → Coração bombeia mais sangue na sístole por comportar mais
sangue na diástole
○ Pulso diastólico de baixa amplitude → Aspiração do sangue para a cavidade ventricular na diástole
● Sopro de difícil ausculta
○ Manobras que aumentam o diferencial de pressão entre a aorta e o ventrículo esquerdo
■ Quanto maior o diferencial de pressão, mais sangue é aspirado para a cavidade ventricular e
maior é o sopro
■ Handgrip
● Paciente fecha as mãos e as pressiona, provocando aumento da RVP e consequente
aumento da pós-carga
● Pressão na aorta aumenta em relação à pressão no ventrículo esquerdo, aumentando
a aspiração do sangue para a cavidade ventricular
■ Expiração profunda
● Diminui retorno venoso, reduzindo a quantidade de sangue que chega no ventrículo
esquerdo
● Pressão no ventrículo esquerdo diminui em relação à pressão na aorta, aumentando a
aspiração de sangue para a cavidade ventricular
● Sinais periféricos
○ Pulso de Corrigan - Pulso com distensão abrupta e colapso rápido (martelo d’água)
○ Sinal de Musset - A cabeça balança involuntariamente a cada movimento cardíaco
○ Sinal de Traube - Sons sistólicos e diastólicos audíveis sobre artéria femoral (“som de tiro de pistola”)
○ Sinal de Muller - Pulsações visíveis da úvula
○ Sinal de Landolfi - Mudança do tamanho pupilar sincrônica ao ciclo cardíaco
○ Sinal de Rosenbach - Pulsação hepática
○ Sinal de Quincke - compressão do leito ungueal
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Resolução de questões
1. Introdução à semiologia clínica - Paciente do sexo feminino, 55 anos, branca, professora e natural e
procedente de Salvador, Bahia, procurou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com queixas de tosse e
febre há 3 dias. Paciente relata ter apresentado quadro prévio de resfriado com cefaléia, dor de garganta e
coriza há 8 dias. Refere que há cerca de 3 dias apresenta tosse produtiva com expectoração amarelo
esverdeado, além de febre alta (mensurada 39ºC). Evoluiu com dor torácica ventilatório dependente à
direita, difusa e de intensidade 5 em uma escala de 0 a 10, dispneia aos grandes esforços, com palpitações,
escarros hemáticos e nega ter utilizado medicações. Relata ter artralgia, é hipertensa há 5 anos e faz uso de
Losartana. Afirma ser tabagista há 15 anos, 01 carteira/dia.
De acordo com o caso clínico acima, marque a alternativa correta em relação à anamnese.
a. Na história da doença atual, a febre, a tosse produtiva e a artralgia são as queixas mais importantes
b. Dispnéia aos grandes esforços e palpitações fazem parte do interrogatório sintomatológico do
aparelho cardíaco
c. Tosse produtiva e febre alta foram as queixas que motivaram-na procurar a UPA
d. Artralgia, hipertensão e tabagismo fazem parte dos seus antecedentes pessoais
2. Introdução à semiologia clínica - Paciente mulher, 32 anos, portadora de varizes nos membros inferiores,
há 10 anos, procura o ambulatório de cirurgia vascular referindo piora das varizes. Estas varizes
aumentaram muito durante a segunda gestação. Seu segundo filho está com 20 dias. Há 10 dias, a perna
esquerda começou a aumentar de volume, acompanhado de incômodo e dor moderada ao deambular e
quando permanece com o membro muito tempo pendente. Informa melhora dessa sensação ao elevar o
membro. Relata ainda 2 abortos antes da primeira gestação. É diabética, tabagista e obesa. Informa que a
mãe faleceu de embolia pulmonar após o nascimento dela e que o marido também tem varizes. Atualmente
mora em Recife, mas nasceu em São Paulo. De acordo com a anamnese, assinale a alternativa correta.
a. A informação de que a mãe faleceu de embolia pulmonar não tem importância por se tratar de uma
informação muito antiga
b. Tabagismo, diabetes e obesidade fazem parte dos antecedentes pessoais
c. O edema, acompanhado de dor e incômodo, são os sintomas mais importantes para o
desenvolvimento da história da doença atual
d. A informação de que o marido tem varizes, ajudará o médico a fazer suas hipóteses diagnósticas em
relação à paciente
3. Introdução à semiologia clínica - Um paciente de 67 anos, masculino, hipertenso, diabético, tabagista
desde os 17 anos (1 maço/dia), vem à consulta médica devido à tosse produtiva, de aspecto mucoide, há
mais de três anos, apresentando períodos de piora do quadro, com aumento da quantidade do escarro, que
adquire coloração amarela ou esverdeada. Relata ainda febre há 5 dias, dispneia e dor no peito aos
esforços, e banhos de rio em Palmares-PE desde criança. Já esteve algumas vezes no serviço de
emergência devido à exacerbação do quadro clínico, fazendo uso nestas ocasiões de nebulização e
antibioticoterapia. Tem contato com cachorro. Com base no relato apresentado, assinale V para as
assertivas verdadeiras e F para as falsas
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Hipertensão, diabetes,
X tabagismo e angina são
antecedentes pessoais
4. Exame físico geral - Com relação ao exame físico geral, marque V ou F nas sentenças abaixo:
A fácies hipocrática é
característica de uma doença
X
reumatológica denominada
esclerodermia
Na avaliação da coloração da
pele, leva-se em consideração
X a presença de palidez, de
eritrose ou vermelhidão, de
icterícia e de cianose
Na atitude ortopneica o
paciente respira melhor
deitado. Muito frequente na
X
insuficiência cardíaca
congestiva, pois assim melhora
o retorno venoso
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João Pedro Wanderley Soares - 149
No pneumotórax, o MV
X
encontra-se aumentado
As crianças apresentam
X costumeiramente respiração
costal superior
7. Respiratório - Dona Rejane, 55 anos, começou a fumar aos 20 anos e nunca parou o vício. Há cerca de 1
ano, ela vem evoluindo com falta de ar aos esforços e hoje apresenta dispneia mesmo em repouso. À
inspeção, observa-se facilmente que seu tórax tem aspecto em barril. Que outros achados semiológicos
mais prováveis poderemos encontrar ao exame de dona Rejane?
a. Expansibilidade diminuída + Hipersonoridade à percussão + MV diminuído
b. Macicez à percussão + MV diminuído + Estertores finos
c. Retração do hemitórax + Submacicez à percussão + Roncos
d. Timpanismo à percussão + MV aumentado + Sibilos
e. Macicez à percussão + MV diminuído + Estertores finos
8. Respiratório - Paciente do sexo feminino, 55 anos, branca, professora e natural e procedente de Salvador,
Bahia, procurou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com queixas de tosse e febre há 3 dias. Paciente
relata ter apresentado quadro prévio de resfriado com cefaléia, dor de gargan ta e coriza há 8 dias. Refere
que há cerca de 3 dias apresenta tosse produtiva com expectoração amarelo esverdeado, além de febre
alta (mensurada 39ºC). Evoluiu com dor torácica ventilatório dependente à direita, difusa e de intensidade 5
em uma escala de 0 a 10, dispneia aos grandes esforços, com palpitações, escarros hemáticos e nega ter
utilizado medicações. Relata ter artralgia, é hipertensa há 5 anos e faz uso de Losartana. Afirma ser
tabagista há 15 anos, 01 carteira/dia.
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A respiração de Cheyne
X Stokes é característica do
paciente asmático
No pneumotórax, a
X expansibilidade e o MV se
encontram diminuídos.
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João Pedro Wanderley Soares - 149
13. Respiratório - Mulher de 22 anos sofreu acidente automobilístico há duas horas e chegou ao PS com
quadro de taquidispneia e tiragem em HTD. Ao exame físico, o médico de plantão percebeu: expansibilidade
e FTV diminuídos com Murmúrio vesicular também muito diminuído no HTD. Considerando a história clínica
e o exame físico descrito, qual a hipótese diagnóstica?
a. Atelectasia
b. Pneumotórax
c. Hemotórax
d. Pneumonia
e. Derrame pleural
14. Respiratório - Em relação às principais queixas do aparelho respiratório, marque V para as assertivas
verdadeiras e F para as falsas:
As tosses acompanhadas de
sibilos são características de
X broncoespasmo e observadas
em pessoas com asma e
alergia
Na hemoptise, o sangramento
provoca tosse, com sensação
de asfixia, enquanto que na
X hematêmese, o sangramento
pode ser vivo ou em borra de
café e pode vir acompanhado
de restos alimentares
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João Pedro Wanderley Soares - 149
As tosses acompanhadas de
sibilos são características de
X broncoespasmo e observadas
em pessoas com asma e
alergia
Na hemoptise, o sangramento
provoca tosse, com sensação
de asfixia, enquanto que na
X hematêmese, o sangramento
pode ser vivo ou em borra de
café e pode vir acompanhado
de restos alimentares
Ortopneia é característica em
X pacientes com congestão
passiva pulmonar
17. Cardiovascular - Paciente de 65 anos, hipertenso e tabagista, vem apresentando dor torácica aos esforços.
Procurou atendimento médico e foi auscultado sopro mesossistólico rude em segundo espaço intercostal
esquerdo. Ao auscultar a região do ictus cordis, o mesmo sopro, com as mesmas características, foi
também auscultado. Qual o provável diagnóstico do paciente e o que explica a ausculta do sopro no ictus,
respectivamente?
a. Angina do peito e sinal de Rivero Carvallo
b. Dissecção aórtica e sinal de Cruzoé
c. Estenose aórtica e fenômeno de Gallavardin
d. Angina do peito e fenômeno de Gallavardin
e. Insuficiência aórtica e sinal de Rivero Carvallo
18. Cardiovascular - Sobre semiologia cardiovascular, marque V ou F:
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Desdobramento fisiológico da
X segunda bulha (B2) ocorre na
expiração profunda
Hepatomegalia e edema de
X membros inferiores são sinais
de insuficiência cardíaca direita
O levantamento de mesocárdio
X é o sinal de hipertrofia de
ventrículo direito
19. Cardiovascular - Paciente de 25 anos apresenta estenose mitral. Que característica não se enquadra no
quadro da doença?
a. M1 hiperfonética
b. Estalido de abertura
c. Ruflar sistólico
d. Sopro com reforço pré-sistólico
e. Aumento do átrio direito
20. Cardiovascular - Paciente de 55 anos começou a apresentar quadro de desmaios frequentes há cerca de 1
ano e dispneia aos moderados esforços há 3 meses. Em consulta de rotina, foi ausculta sopro sistólico
4+/6+ em segundo espaço intercostal direito e uma M1 hiperfonética com sopro tipo ruflar no ictus cordis. As
prováveis valvulopatias do paciente são:
a. Insuficiência pulmonar e Estenose mitral
b. Estenose aórtica e estenose mitral
c. Estenose pulmonar e insuficiência mitral
d. Estenose aórtica e estenose tricúspide
e. Estenose pulmonar e insuficiência mitral
21. Cardiovascular - Marque V ou F sobre semiologia cardiovascular:
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Hepatomegalia, edema de
mmiis e hipotensão são
X
sintomas de insuficiência
ventricular direita
A manobra de Valsalva
acentua os sons de
X
insuficiência e de estenose
aórtica
A manobra de handgrip
X acentua o sopro da
insuficiência aórtica
O fenômeno de Gallavardin é
X
típico da insuficiência mitral
24. Cardiovascular - Seu João, 55 anos, foi levado ao PS com quadro de tosse com hemoptóicos e
taquidispneia em repouso. Ao exame físico, o plantonista percebeu tiragem e ausculta de estertores finos
até metade de AHT. Ao exame do aparelho cardiovascular, o ictus cordis estava desviado para a esquerda e
um sopro holossistólico de forte intensidade era audível no quinto espaço intercostal esquerdo, ao nível da
linha axilar anterior. De acordo com a descrição, seu João apresenta:
a. Insuficiência cardíaca direita e Insuficiência tricúspide
b. Insuficiência cardíaca esquerda e Estenose mitral
c. Insuficiência cardíaca esquerda e Insuficiência mitral
d. Insuficiência cardíaca direita e Insuficiência mitral
e. Pericardite e Insuficiência mitral
25. Cardiovascular - Marque V ou F, sobre semiologia do aparelho cardiovascular:
Manobra de Handgrip
X intensifica sopro de
Insuficiência aórtica
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João Pedro Wanderley Soares - 149
Desdobramento fisiológico da
X segunda bulha ocorre na
expiração profunda
27. Cardiovascular - Dona Maria, com quadro de dor torácica, procurou atendimento no ambulatório de
Cardiologia. Ao exame físico, sopro sistólico rude foi auscultado, principalmente, no 2° espaço intercostal
direito, mas também era audível nos outros focos de ausculta. Estamos diante de:
a. Insuficiência mitral e fenômeno de Gallavardin
b. Estenose pulmonar e fenômeno de Rivero Carvallo
c. Insuficiência aórtica e fenômeno de Gallavardin
d. Estenose aórtica e Insuficiência mitral associadas
e. Estenose aórtica e fenômeno de Gallavardin
28. Cardiovascular - Sobre semiologia cardiovascular, marque V ou F:
54
João Pedro Wanderley Soares - 149
A postura maometana é
assumida pelo paciente para
X
alívio para dor da dissecção
aórtica
29. Semiologia ginecológica - Durante a anamnese na primeira consulta ginecológica, em caso de mulher com
atividade sexual:
a. As questões sobre sexualidade só podem ser abordadas caso a paciente tenha queixas sexuais ou
se há suspeita de doenças sexualmente transmissíveis
b. As questões sobre sexualidade devem ser abordadas e, caso a paciente se sinta desconfortável, o
médico deve explicar que ela deve responder a todas as questões para que a anamnese seja
completa
c. As questões sobre sexualidade devem ser abordadas, mas, algumas questões específicas
podem ser perguntadas em consultas subsequentes, caso o médico sinta que a paciente está
desconfortável em responder
d. As questões sobre sexualidade não devem ser abordadas nessa primeira consulta
30. Semiologia ginecológica - Paciente de 17 anos refere como motivo da consulta a presença de um
corrimento recorrente há 3 anos, que dura poucos dias e não tem prurido. Refere menarca aos 12 anos,
início da atividade sexual aos 14 anos com uso de condom como método contraceptivo e relata ciclos
menstruais regulares. Queixa-se que há 1 dia o corrimento voltou. Com base nessas informações, você:
a. Deve perguntar sobre o ciclo menstrual, visto que esse corrimento é característico de gravidez
b. Deve perguntar sobre o ciclo menstrual, visto que esse corrimento é característico de início de fase
folicular ou final da fase lútea
c. Deve perguntar sobre o ciclo menstrual, visto que esse corrimento é característico de final de
fase folicular ou início de fase lútea
d. Deve perguntar se o uso de condom ocorre em todas as relações, visto que com base nestas
informações há indícios de corrimento por agente sexualmente transmissível
31. Semiologia ginecológica - Com relação ao recrutamento e seleção do folículo dominante no ciclo
menstrual normal, podemos afirmar que ocorre:
a. Entre o décimo e o décimo quarto dia do ciclo menstrual
b. No primeiro dia do ciclo menstrual
c. Entre o quinto e o sétimo dia do ciclo menstrual
d. Entre o primeiro e o quarto dia do ciclo menstrual
32. Semiologia ginecológica - Observe o gráfico:
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João Pedro Wanderley Soares - 149
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João Pedro Wanderley Soares - 149
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