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ANMENESSE

● 🩺
Gabrielle Silva
Maria de Jesus
Geiza Silva
Mateus Feitosa
Rosenilde Rocha
Antônio Raimundo
Vanessa Silva
Maria Danila

Anmenesse

Itamarati/Am
2023
● Anamnese (aná = trazer de novo e mnesis = memória) significa
trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença
e pessoa doente. Deve-se ressaltar que a anamnese é a parte mais
importante da medicina.

● Se bem feita, acompanha-se de decisões diagnósticas e


terapêuticas corretas; se mal feita, em contrapartida, desencadeia
uma série de consequências negativas, as quais não podem ser
compensadas com a realização de exames complementares, por
mais sofisticados que sejam.
● O que é a Anamnese?
A anamnese é um documento médico e um importante instrumento para a avaliação de
sintomas, problemas de saúde e preocupações, e registra as maneiras como a pessoa responde
a essas situações, abrindo espaço para a promoção da saúde.

Qualquer que seja a técnica empregada, os dados coletados devem ser elaborados. Isso
significa que uma boa anamnese é o que fica do relato feito pelo paciente depois de ter passado
por uma análise crítica com o intuito de estabelecer o significado exato das expressões usadas e
a coerência das correlações estabelecidas.

A história clínica não é, portanto, o simples registro de uma conversa. É mais do que isso; é o
resultado de uma conversação com um objetivo explícito, conduzida pelo examinador e cujo
conteúdo foi elaborado criticamente por ele.
● O que deve conter em uma anamnese?
A anamnese é classicamente composta pelos seguintes tópicos:

Identificação;
Queixa principal;
História da doença atual (HDA);
Interrogatório sistemático ou sintomatológico (IS)
Antecedentes (pessoais e familiares)
Hábitos de vida
História psicossocial (condições socioeconômicas e culturais).
Estes tópicos serão abordados detalhadamente a seguir:
● Identificação na anamnese ● No entanto, o gênero pode diferir do
A identificação é o perfil sociodemográfico sexo biológico e também deve constar
do paciente que permite a interpretação de na identificação. Há pessoas que se
dados individuais e outros aspectos identificam com o gênero
correspondente ao seu sexo biológico,
relacionados a ele. São elementos
sendo estas cisgênero, porém, também
obrigatórios da identificação do paciente: existem pessoas que não se
nome, idade, sexo, cor/etnia, estado civil, identificam, logo, são não cisgênero ou
ocupação, escolaridade, religião, transgênero.
naturalidade e procedência e grau de
confiabilidade.
● SE LIGA! É garantido pela Portaria nº
● Nome de gênero 1.820/2009 o uso e respeito ao nome
O registro do nome do paciente deve ser social das travestis e dos(as)
completo, sem abreviações. A idade é transexuais, ou seja, o nome pelo qual
quantificada em dias ou meses, no caso de estes preferem ser chamados(as), em
crianças abaixo de 1 ano de idade, e em contraposição ao nome do registro
anos, no caso de indivíduos acima de 1 ano civil, que não corresponde ao gênero
de vida. O registro do sexo biológico é feito com o qual se identificam.
como masculino ou feminino.
Cor/etnia do paciente
O registro da cor/etnia deve basear-se na autodeclaração do paciente e
recomenda-se usar a seguinte nomenclatura:

Cor branca
Parda
Preta
Etnia indígena
Asiática
Entre outras.
Estado civil e ocupação
Em relação ao estado civil, registram-se as opções:

Casado(a)
Solteiro(a)
Divorciado(a)
Separado(a)
Viúvo(a)
Em união estável
Entre outros.
Naturalidade, procedência e grau de confiabilidade
A naturalidade é o local onde o paciente nasceu e a procedência refere-se ao local de residência atual do
paciente.

O grau de confiabilidade reflete a qualidade das informações fornecidas pelo paciente e costuma ser feita
ao final da entrevista.

É importante registrar data e hora em que a anamnese foi realizada, principalmente em situações de
urgência, emergência ou internação hospitalar.

SE LIGA! Algumas informações adicionais são úteis em determinadas situações e podem ser solicitadas,
como nome da mãe (comum em hospitais; útil para diferenciar pacientes homônimos), nome do
responsável, cuidador e/ou acompanhante (necessário em atendimentos de crianças, adolescentes, idosos,
tutelados ou incapazes), filiação a órgãos previdenciários e/ou planos de saúde (facilita o encaminhamento
para exames complementares, especialistas e internamento hospitalar).
Quais as perguntas feitas ao paciente para dirigir a resposta da queixa principal?
Sugestões para obter a “queixa principal”:

“qual o motivo da consulta?”


“por que o(a) senhor(a) me procurou?”
“o que o(a) senhor(a) está sentindo?”
“o que o(a) está incomodando?”
SE LIGA! Os pacientes, algumas vezes, usam termos médicos. O entrevistador deve pedir ao
paciente para definir esses termos a fim de certificar-se de que ele sabe o que significam.

EXEMPLO: “Paciente refere dor no peito há 3 dias”.


Queixa principal do paciente
Neste item, registra-se a queixa principal ou o motivo que levou o paciente a procurar o
médico, repetindo, se possível, as expressões por ele utilizadas. Pode-se também assinalar
há quanto tempo apresenta aquele determinado sintoma.

É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal ou um sintoma, nas próprias


palavras da pessoa, que é o motivo da consulta. Geralmente, é uma anotação entre aspas
para indicar que se trata das palavras exatas do paciente.

Às vezes, uma pessoa pode enumerar “vários motivos” para procurar assistência médica.
O motivo mais importante pode não ser o que a pessoa enunciou primeiro. Para se obter a
queixa principal, nesse caso, deve-se perguntar o que a levou a procurar atendimento
médico ou o que mais a incomoda no momento. Em algumas situações, pode-se registrar
o motivo da consulta no lugar de queixa principal. Um exemplo ocorre quando o paciente
chega ao médico encaminhado por outro colega ou instituição médica.
História da Doença Atual (HDA)
A história da doença atual (HDA), também chamada de história da moléstia atual (HMA) é
um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência
médica, desde o seu início até a momento atual.

O sintoma-guia é o sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual com
mais facilidade e precisão. Temos como exemplos a febre na malária, a dor epigástrica na
úlcera péptica, as convulsões na epilepsia, o edema na síndrome nefrótica e a diarreia na
colite ulcerativa. Contudo, isso não significa que haja sempre um único e constante
sintoma-guia para cada enfermidade.

Não existe uma regra fixa para determinar o sintoma-guia, sendo uma das muitas
dificuldades existentes na realização da anamnese. Como orientação geral, o entrevistador
deve escolher como sintoma-guia a queixa de mais longa duração, o sintoma mais
salientado pelo paciente ou simplesmente começar pelo relato da “queixa principal”.
Cada sintoma principal deve ser bem caracterizado e deve incluir os 7 atributos de um
sintoma:

Localização;
Características;
Quantidade ou intensidade;
Cronologia
Inclusive início
Duração e frequência
A situação em que ocorre
Os fatores que agravam ou aliviam o sintoma
As manifestações associadas.
Também é importante questionar os dados “pertinentes positivos” e “pertinentes negativos”
traçados a partir da revisão dos sistemas que são relevantes para a queixa ou queixas
principais. Na HDA também devem ser incluídas as reações do paciente aos sintomas e aos
efeitos que a doença exerce sobre sua vida.
Interrogatório sistemático ou sintomatológico (IS)
O interrogatório sintomatológioc (IS) consiste em um momento em que o médico ou o
estudante faz perguntas sobre todos os sistemas do corpo humano do paciente. Nesse sentido, é
necessário fazer um levantamento de possíveis diagnósticos que não foram relatados na HMA e
que podem ter associação com a queixa principal do enfermo.

Assim, deve-se realizar perguntas sobre cada aparelho que constitui o corpo humano. É
necessário que o profissional não faça perguntas muito detalhadas, pois dessa forma ele não
irá interferir no que o paciente tem a dizer.
É importante ressaltar aqui a relevância de que sejam feitas perguntas genéricas. Como por
exemplo:

“E a respiração?”
“Algum problema com a alimentação ou com os intestinos?”;
“Como está a visão?”;
“Como está seu emocional?”
Antecedentes (pessoais e familiares)
Nesse tópico é necessário coletar informações detalhadas do indivíduo, desde seu nascimento até
o momento atual. É possível resumir por tópicos, por exemplo:

Estado atual do paciente


Bem-estar físico e mental
Doenças em ordens cronológicas.
Hábitos de vida
Nesse tópico, é necessário anotar sobre os hábitos do paciente. Portando, deve-se anotar sobre:
Atividade física
Etilismo
Tabagismo: caso positivo, é necessário calcular a carga tabagica do paciente.
Aprenda a fazer uma anamnese completa!
A anamnese juntamente com o exame físico correspondem até 80% dos diagnósticos. Dessa
forma, são de grande importância para todo profissional médico.

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Introdução e princípios gerais;


Anamnese;
Inspeção geral e sinais vitais;
Exame de todos os sistemas e do corpo humano;
Semiologia dermatológica, ocular, da criança e adolescente.
Fim

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