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1ª Etapa do Processo de Enfermagem - Investigação

Histórico de enfermagem: considera-se a história de saúde e a avaliação física.


Ajuda a estabelecer um plano de assistência adequado.

COMUNICAÇÃO EFICIENTE
ENCORAJE O DIÁLOGO
OBSERVE INDICAÇÕES NÃO-VERBAIS
ESTAR ATENTO QUANTO A SUA PRÓPRIA LINGUAGEM CORPORAL
SUPERE BARREIRAS EMOCIONAIS E CULTURAIS
Coleta de dados
• É a primeira fase do processo de enfermagem;
• Utilizado para avaliar as necessidades específicas e as condições de saúde dos
usuários.

A coleta de dados é um momento não apenas para obtenção de


informações, mas de interação entre dois seres que participam do
processo.

• Propicia inúmeras informações que irão contribuir com as demais fases do


processo de enfermagem, principalmente com a fase diagnóstica.
Coleta de dados
• Métodos de coleta de dados: há várias técnicas, devem ser
sistemáticas, metódicas organizadas.

• ENTREVISTA • OBSERVAÇÃO • EXAME FÍSICO


CONCEITO ENTREVISTA
Entrevista
 É um diálogo com o cliente, não simplesmente uma sessão de
perguntas e respostas.

 Uma boa entrevista baseia-se na comunicação verbal e não-verbal.


Entrevista CONCEITO ENTREVISTA

PONTOS RELEVANTES ANTES DE INICIAR A


ENTREVISTA:
Paciente e enfermeiro em posições confortáveis;
Estratégias de comunicação terapêutica;
Identificação prévia de dados no prontuário;
Identificação das condições comunicação do paciente (capacidade verbal,
de audição, acompanhantes).
No Momento da Entrevista
1. Apresente-se nominalmente e cumprimente o paciente.

2. Explique o que vai fazer.

3. Assegure privacidade e sossego.

4. Encorajamento narrativo.

5. Organização cronológica dos fatos.

6. Síntese.

7. Fechamento da entrevista com esclarecimentos apropriados.


Entrevista
8. Explique sempre o que vai fazer - o passo seguinte.

9. Roupa adequada (uniforme).

10. Linguagem corporal adequada.

11. Contatos oculares e físicos (naturais).

13. Senso de humor e interesse.

14. Uso do silêncio em questões polêmicas.


Na entrevista obtemos informações através da
Anamnese
“A anamnese (do grego anamnesis significa recordação) consiste na
coleta de informações sobre a história clínica do paciente. Obtidas pelo
enfermeiro por meio de entrevista previamente esquematizada.”

Cuidado para não tendenciar


as perguntas!!!
Elementos da anamnese

• Identificação
• Queixa(s) principal(is)
• História da doença atual
• História médica pregressa
• Interrogatório sobre os diversos aparelhos
• Antecedentes pessoais
• Antecedentes familiares
• História profissional-ocupacional
• História sócio-econômica
• História espiritual/cultural
Elementos da anamnese

• Identificação
• Queixa(s) principal(is)
• História da doença atual
• História médica pregressa
• Interrogatório sobre os diversos aparelhos
• Antecedentes pessoais
• Antecedentes familiares
• História profissional-ocupacional
• História sócio-econômica
• História espiritual/cultural
Identificação
- Nome – completo sem abreviaturas
- Sexo - Certos problemas são mais frequentes em determinados sexos
- Idade - Correlacionar problemas que incidem em determinadas faixas etárias
- Raça - -Algumas doenças são mais comuns em raças específicas (ex: o ca gástrico na raça amarela)
- Estado civil - Avaliação dos estados emocionais decorrentes de problemas familiares, sexuais, de
relacionamento e outros
- Grau de instrução - Relacionar com déficit ou não de conhecimento
- Profissão e ocupação - Correlacionar com problemas decorrentes da ocupação (ex: vícios posturais,
intoxicações e outros).
- Naturalidade e Procedência - Avaliação de alterações relacionadas a costumes, alimentação ou doenças
características de determinadas regiões (ex: hanseníase).
Identificação
• Exemplo de anotação na Identificação

M.P.H., sexo feminino, 66 anos, branca, casada,


secretária aposentada, natural e procedente de Porto
Alegre.

Registrar a fonte da história (paciente, acompanhante)


Elementos da anamnese

• Identificação
• Queixa(s) principal(is)
• História da doença atual
• História médica pregressa
• Interrogatório sobre os diversos aparelhos
• Antecedentes pessoais
• Antecedentes familiares
• História profissional-ocupacional
• História sócio-econômica
• História espiritual/cultural
Queixa(s) principal(is)/ história atual da
doença
• Aquela que o levou a procurar assistência médica

• Deve ser expressa de modo sumário e de preferência com os termos usados

pelo doente. Exemplo: “Dor nas costas há três dias”

• Relato claro e em ordem cronológica dos problemas que levaram o paciente

a procurar atendimento. O usuário informa; o enfermeiro organiza

• Deve constar o modo como os problemas do paciente começaram, como se

desenvolveram, os sintomas que apareceram e os tratamentos realizados


Queixa(s) principal(is)/ historia atual da
doença
• Os sintomas que forem mais relevantes devem incluir a descrição de:

Localização;
Qualidade;
Intensidade;
Início;
Duração e Frequência;
Situações em que aparecem, se agravam ou se atenuam;
Sintomas associados;
Repercussão nas condições psicológicas do paciente e na sua vida como um todo;
Tratamentos já realizados e seus resultados.
Queixa(s) principal(is)/ história atual da
doença
• Exemplos de anotação da História da Doença Atual:
1- refere dor cervical com início há dois meses, contínua, de leve a
moderada intensidade, sem fator que a desencadeie, refere alívio da dor
com uso de analgésicos simples, sem alívio noturno e vem aumentando de
intensidade desde quando surgiu essa dor.

2- refere dor abdominal localizada em hipocôndrio direito, com início há um


mês, contínua, de moderada a forte intensidade, sem fator desencadeante
e com o uso de analgésico o alivio é parcial e está progressiva.
Elementos da anamnese

• Identificação
• Queixa(s) principal(is)
• História da doença atual
• História médica pregressa
• Interrogatório sobre os diversos aparelhos
• Antecedentes pessoais
• Antecedentes familiares
• História profissional-ocupacional
• História sócio-econômica
• História espiritual/cultural
História médica pregressa

Acontecimentos prévios importantes para o diagnóstico e o tratamento da moléstia atual e para os


profissionais ter uma visão global de seu paciente.

• Relatar as doenças da infância e doenças da vida adulta (diagnósticos prévios, que não o da doença
atual), cirurgias, traumas, hospitalizações, medicações (anteriores e atuais com doses e
frequência).

• Alergias: medicações, alimentos, insetos, animais, ocupacional.

• Hábitos e vícios: tabagismo, uso/abuso de álcool, cafeína, drogadição, comportamento e atividade


sexual, dieta, atividade física.

• Imunizações preconizadas pelo programa de imunização brasileiro.


História médica pregressa
• Exemplo de anotação da História Médica Pregressa:
1- HAS em tratamento, uso de Hidroclorotiazida 25 mg/dia e Atenolol 100
mg/dia. Em uso de AAS 100 mg/dia. Refere ainda apendicectomia aos 14
anos. Internação prévia por perda de consciência (sic). História hemorragia
retiniana (sic). Nega alergias, tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas no
momento. Usou drogas ilícitas no passado, está sem uso há 5 anos.
Elementos da anamnese

• Identificação
• Queixa(s) principal(is)
• História da doença atual
• História médica pregressa
• Interrogatório sobre os diversos aparelhos
• Antecedentes pessoais
• Antecedentes familiares
• História profissional-ocupacional
• História sócio-econômica
• História espiritual/cultural
Interrogatório sobre diversos aparelhos – Consiste na realização de uma série de perguntas sobre
sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões do corpo. questões
fundamentais:
• Sobre boca e garganta: problemas na boca ou gengiva, ressecamento, próteses dentárias,
problema de deglutição, paladar.
• Sobre o pescoço: edema, sensibilidade, mobilidade, rigidez ou dor.
• Sobre sistema respiratório: falta de ar, dor, tosse, suores noturno, história de pneumonia ou
outras infecções respiratórias.
• Sobre sistema cardiovascular: dor no tórax, palpitações, tosse ao deitar, hipertensão, edema,
veias varicosas, extremidades frias.
• Sobre as mamas: caroços, dor, secreção, contorno, história de câncer de mama, mamografia,
amamentação.
• Sobre o trato gastrointestinal: náusea, vômitos, perda de apetite, azia, dor abdominal, gases,
padrão de evacuação, uso de laxantes, sangramento, hérnia, doença na vesícula biliar, hepatite.
• Sobre o trato urinário: ardência durante a micção, incontinência, urgência, retenção fluxo
reduzido, coloração da urina ou cálculos renais.
Interrogatório sobre diversos aparelhos – Consiste na realização de uma série de perguntas sobre
sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões do corpo. questões
fundamentais:

• Sobre trato reprodutivo: Mulheres: início da menstruação, duração e características; menopausa,


alterações de humor pré-menstruais, gestação e parto; atividade sexual, métodos contraceptivos, IST.
Homens: auto exames do testículo, exames de próstata, dor, secreção, lesões no pênis, caroços
testiculares, atividade sexual, métodos contraceptivos, IST.
• Sobre sistema musculoesquelético: problemas para deambular, sentar, ficar de pé, artrite, gota, lesão
nas costas, fraqueza muscular.
• Sobre sistema neurológico: convulsões, tremores, abalos, dormência, formigamento, perda da
sensibilidade.
• Sobre sistema endócrino: fadiga, fome, sede, perda de peso, intolerância ao calor e ao frio, alterações
na textura ou na cor do cabelo.
• Sobre sistema hematológico: anemias ou anormalidades sanguíneas, formação frequente de
hematomas, transfusões.
• Sobre estado emocional: alterações de humor, ansiedade ou depressão, perda da memória ou
incapacidade de se concentrar, estresse, incapacidade de lidar com as situações, tentativas de suicídio.
Interrogatório sobre diversos aparelhos – Consiste na realização de uma série de perguntas
sobre sintomas específicos ligados aos diversos aparelhos, sistemas e regiões do corpo. Exemplo
de anotação:

Refere uso de prótese dentária porem, vem apresentando dificuldade para mastigar os alimentos pelo
motivo da prótese não estar ajustada adequadamente o que ocasionou um emagrecimento de 5 quilos
(sic),nega queixas com relação ao pescoço, nega falta de ar, infecções respiratórias. Refere ainda, dor nos
membros inferiores e varizes. Não tem história de câncer, faz mamografia regularmente, mas não faz o auto
exame por achar que não sabe fazer. Ingere frutas, legumes, arroz, feijão, e toma uns 3litros de agua por dia.
Evacua uma vez ao dia, urina clara sem dor ao urinar. Menarca aos 12 anos, fluxo da menstruação médio
sem cólicas, com duração de 3 dias sem alteração de humor pré-menstrual. Tem 2 filhos do sexo masculino,
partos normais, usa pílula como método contraceptivo. Nega IST. Refere dor nas costas quando fica muito
tempo em pé, nega convulsões, formigamentos, problemas hematológicos. Refere não ser estressada mas,
que tentou o suicídio quando era adolescente. Sente-se preocupada com a internação por causa dos filhos
que ficaram com a vizinha.
Elementos da anamnese

• Identificação
• Queixa(s) principal(is)
• História da doença atual
• História médica pregressa
• Interrogatório sobre os diversos aparelhos
• Antecedentes familiares
• História profissional-ocupacional
• História sócio-econômica
• História espiritual/cultural
Antecedentes familiares
• História Familiar:
- Estado de saúde ou causa de morte dos avós, pais, tios, irmãos e filhos, e a idade que
tinham quando morreram.
- Pesquisar especialmente sobre doenças cardiovasculares (morte súbita, angina e infarto do
miocárdio, acidente vascular cerebral), diabetes, HAS, hipercolesterolemia, ca e tb.
Exemplo de anotação: Pai falecido aos 82 anos por IAM (sic), mãe faz tratamento para AVE
(sic), irmão falecido ao 36 anos por complicações da hemofilia.
História ocupacional
• Ocupações prévias do indivíduo;
• Tempo em que trabalhou em cada uma delas;
• Função de risco;
• Caracterizar se as devidas proteções foram feitas;
História sócio-econômica
• Condição de habitação;
• Alimentação;
• Aspectos sócio-econômicos;
• Lazer;
• Grau de escolaridade;
História espiritual/cultural
- Familiarizar-se com as crenças do paciente e o modo como encara o
tratamento médico;
- Entender o papel que a religião tem ao lidar com a doença ou provocar
estresse;
- Identificar necessidades espirituais que necessitem de acompanhamento;
COLETA DE DADOS:

EXAME FÍSICO
APLICADO A
ENFERMAGEM
Coleta de dados: entrevista e exame físico

É a etapa inicial do processo de enfermagem em que há coleta sistemática de informações ou


dados pertinentes ao paciente por meio da entrevista e exame físico.

É a fase da avaliação clínica em que o enfermeiro levanta dados pertinentes ao estado físico
do paciente, permitindo a identificação de problemas/diagnóstico de enfermagem.
Exame Físico

Como obter um bom exame clinico?


MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Inspeção Audição
Palpação Visão
Percussão Tato
Ausculta
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Inspeção
Inspeção é o ato de observar e inspecionar. É um método em que se utiliza o
sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e movimento das
diversas áreas corporais.
Pode ser estática, quando é realizada com o paciente em repouso, ou dinâmica, na
qual o examinador observa os movimentos corporais do paciente e as alterações
decorrentes dos mesmos.

“Cometem-se mais erros por não olhar do que


por não saber” (PORTO, 2004).
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Palpação

• Palpação é a utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície corporal -


palpação superficial - e os órgãos internos - palpação profunda.
• A palpação confirma dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração
da textura, tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa),
elasticidade, temperatura, posição e característica de cada órgão, resistência muscular,
presença de massas e outros.

Existem várias técnicas de palpação e sua escolha e depende do local a ser examinado e do que
se pretende investigar.
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Percussão

Percussão é o golpeamento leve de uma área a ser pesquisada, utilizando-se a parte ulnar dos
dedos: percussão dígito-digital percussão com a borda cubital da mão ou com instrumento
próprio, originando sons vibratórios.

É utilizada principalmente para se delimitar órgãos, detectar coleções de líquido ou ar.


MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Som da Percussão

O som gerado da percussão tem características próprias quanto a intensidade, timbre e


tonalidade, refletindo a densidade da superfície subjacente.
O som é influenciado pela espessura da parede e pela natureza das estruturas subjacentes.
O som maciço é obtido quando se percutem regiões sólidas, desprovidas de ar, como baço, fígado,
rins e músculos;
O som submaciço decorre da percussão de regiões relativamente densas, com quantidade restrita
de ar, como a região de transição entre o parênquima pulmonar e um órgão sólido;
O som timpânico é o som produzido pela percussão de cavidades fechadas que contêm ar, como o
estômago.
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Ausculta

Ausculta consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos
pelos órgãos.

É usada para avaliar ruídos respiratórios normais e patológicos, bulhas cardíacas normais e
suas alterações, fluxo sanguíneo passando pelos vasos e ruídos do trato gastrintestinal.
MÉTODOS PROPEDÊUTICOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Ausculta

A vibração sonora pode ser captada diretamente pelo ouvido do examinador - ausculta direta -
ou com auxílio do estetoscópio - ausculta indireta.

Os tipos de som variam de acordo com o órgão auscultado e são caracterizados quanto a
duração, intensidade, altura, ritmo e timbre.
Exame Físico

Aspectos importantes para a execução de um exame físico

 Solicitar a colaboração do paciente

 Providenciar uma iluminação adequada (homogênea e sem sombras), Evitar interrupções e/ou interferências

 Respeitar a privacidade do paciente, deixa-lo confortável

 Explicar sobre os procedimentos realizados

 Realizar o exame no sentido céfalo-podálico

 Em órgãos pares (ouvidos, olhos, rins, outros) deve-se iniciar o exame pelo lado não-afetado

 Monitorar a expressão facial do paciente em relação a manifestações de desconforto ou dor

 Evitar comentários e expressões acerca dos problemas encontrados.


As mãos do examinador devem estar aquecidas e as unhas, curtas.
Exame Físico

Precauções para prevenir a infecção

LEMBRE-SE As pessoas de todas as idades e formações podem


ser fonte de infecção para o examinador

UTILIZE as precauções padrão ao examinar


todos os pacientes, independente de sua
condição presumida de infecção.
Exame Físico

Equipamentos usados para a execução do exame físico

Esfigmomanômetro

Estetoscópio
Exame Físico

Equipamentos usados para a execução do exame físico

Algodão
Agulha
Martelo clínico
Exame Físico
EXAME CLINICO
Exame Físico Geral
Exame Físico
EXAME CLINICO
Exame Físico Geral

Estado Geral
Exame Físico
EXAME CLINICO
Exame Físico Geral
Bom
Regular
Estado Geral Ruim
Péssimo

Ativa
Atitude Passiva – inconsciente,
sonolento,
desorientado
Vigil
Níveis de consciência
Confusão Mental,
Torpor (AO com estímulo
doloroso), Coma
Exame Clínico

Normal
Fala e Linguagem:
Estado Nutricional Sobre Peso Disfonia
Obeso Dislalia
Desnutrido Disartria
Afasia,etc
Avaliação Nutricional
IMC = índice de massa corporal
IMC= peso em quilogramas/ Altura em m2
Disfonia (Rouquidão, dificuldade para falar, variação no tom)
Dislalia (dificuldade em articular as palavras)
*Omissão: não pronuncia sons - "omei" = "tomei";
*Substituição: troca alguns sons por outros - "telo" = "quero";
*Acréscimo: introduz mais um som - "Atelântico" = "Atlântico".
Disartria (fala lenta e arrastada)
Afasia (perda da fala e escrita) ,etc
Exame Clínico
PELE
O exame da pele é realizado pela inspeção e palpação.

A ferramenta mais importante é a visão e o poder da observação do examinador.

Iluminação adequada: luz solar é a melhor iluminação para se determinar as variações de cor

Exposição adequada da área a ser examinada: A pele é frequentemente observada a medida que
cada parte do corpo é examinada, porém é importante fazer um exame visual rápido mas
cuidadoso, de todo o corpo

Quando a inspeção deixar dúvida, o uso de Quando não disponível ou insuficiente,


lupas ou dermatoscópio pode ajudar pode ser suplementada por luz fluorescente
Condições básicas para exame adequado da pele

PELE
 Exposição adequada da área a ser examinada

Exponha a pele adequadamente


Remova roupas que atrapalham e remova completamente ataduras ou curativos a medida
que cada parte do corpo é examinada
Tenha certeza que a temperatura da sala esteja confortável
Olhe cuidadosamente para as áreas que não estão geralmente expostas, como axilas,
glúteos, períneo, partes posterior e interna das coxas
Remova os sapatos e as meias para examinar os pés
Condições básicas para exame adequado da pele

O que examinar na pele?


 Coloração
 Umidade
 Textura
 Espessura
 Temperatura
 Elasticidade
 Mobilidade
 Turgor
 Sensibilidade
 Continuidade e Integridade
 Lesões elementares.
Condições básicas para exame adequado da pele

O que examinar na pele?


 Coloração Variação esperada de marrom – escura a dourada leve

Com tons de rosa e amarelado


Condições básicas para exame adequado da pele

Palidez

Atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele

obs. em toda pele; diminuição das hemácias circulantes


Generalizada
nas micro circulações cutânea e subcutânea;

isquemia como causa principal; obstrução da


Localizada ou Segmentar artéria femoral a palidez se dará no membro
respectivo.
Condições básicas para exame adequado da pele

Vermelhidão
ou
eritróse
Exagero da coloração rósea da pele e indica
aumento da quantidade de sangue na rede vascular
cutânea (vasodilatação ou do aumento do sangue).
Pacientes febris
Generalizada Exposição ao sol

Localizada Processos inflamatórios


Eritema palmar
Condições básicas para exame adequado da pele

Cianose
Cor azulada da pele, que se manifesta
quando a hemoglobina reduzida alcança
no sangue valores superiores a
5g/100ml

Leve

Moderada

Intensa
Condições básicas para exame adequado da pele

Cianose
Cor azulada da pele, que se manifesta quando a
hemoglobina reduzida alcança no sangue valores
superiores a 5g/100ml

Localizada significa sempre obstrução de uma


veia que drena uma região;

Generalizada é observada em toda a pele;

consequência da perda exagerada de


Periférica O2 ao nível da rede capilar
Condições básicas para exame adequado da pele

Icterícia
Coloração amarelada da pele, mucosas e escleróticas,
resultantes do acúmulo de bilirrubina no sangue.
Exame Clínico
Umidade da pele
A pele possui certo grau de umidade que pode ser percebido ao se examinar os indivíduos.

Hidratada
Oleosa Seca

Turgor
Exame Clínico
Textura da pele

Normal

Áspera

Fina
Exame Clínico
Sensibilidade da pele

Tátil

Dolorosa

Térmica
Exame Clínico

Pele – Lesões Elementares Sólidas

Pápula (lesões Nódulo (lesão


sólidas, ex: acne) sólida,
arredondada)

Ceratose: Calos
Exame Clínico

Pele – Lesões elementares de conteúdo líquido

Pústulas
(elevações com
Vesículas
pûs)
Exame Clínico

Pele – Lesões elementares de conteúdo líquido

Bolhas Abcessos
(é uma vesícula maior)
Exame Clínico

Pele – Lesões elementares Caducas

Crosta Úlcera
Exame Clínico

Pele – Solução de Continuidade

Escoriações Fissura
Exame Clínico

Pele – Solução de Continuidade

Úlcera Venosa Fístula


Exame Clínico

Pele – Solução de Continuidade

Úlcera de Pressão
Exame Clínico

Pele – Outras alterações

Petéquias (hemorragia
de vasos, ex: trombocitopenia
Hematoma plaquetas)
Exame Clínico
Pele – Descreva as lesões de acordo com suas características no momento da anotação
levando em conta:

Características: Tamanho (meça todas as dimensões); Forma; Cor; Textura; Elevações ou


depressões; Configuração (Anular (anéis); Agrupada; Linear; Arciforme (em forma de arco);
Difusa); Localização e distribuição ( Generalizada ou localizada; Região do corpo; Discretas ou
confluentes)

Exsudatos: Cor; Odor; Quantidade; Consistência


Avaliação da cabeça e do pescoço
Exame da cabeça e pescoço inclui:
• Cabeça e face Olhos – cor e transparência
Nariz - membranas úmidas e rosadas
• Olhos Garganta - Língua rosada com a presença de papilas; gengivas úmidas e rosadas
• Orelhas Boca encontra-se sem úlceras ou lesões
O pescoço não possui massas que possam impedir a deglutição
• Nariz
• Boca
• Pescoço
Cabeça e face - inspeção
• Cabeça – posição vertical na linha média do tronco (ereta e imóvel);

Atentar para: movimentos anormais, tremores, manutenção da


inclinação da cabeça.

• Crânio – normocefálico

Tamanho, formato, contorno e simetria

Observar presença de lesões, protuberâncias, crostas, lêndeas,


descamações, perda anormal do cabelo
Olhos

•Ptose e edema palpebral


•Fotofobia
•Pupilas isocóricas ou
anisocóricas
• miose e midríase
•Acuidade visual

•Percepção de cores e
imagens
•Lacrimosidade e secreções
•Prótese
•Cílios
•Sobrancelhas
•Óculos
GLOBO OCULAR
INSPECIONAR – MOVIMENTOS – fazer movimentos
verticais e horizontais com um objeto na altura dos
olhos do paciente e pedir para que acompanhe o
movimento só com os olhos.
• Exoftalmia – protusão do globo ocular, decorrente
do aumento do volume orbitário. Secundário a
hipertireoidismo, neoplasia, anormalidade vascular
ou processo inflamatório.
GLOBO OCULAR
• Enoftalmia –decorrente da pressão anormal do globo ocular na
órbita.

• Estrabismo – problemas congênito em que os olhos aparecem


cruzados.

• Nistagmo – oscilação involuntária e rítmica dos olhos, movimentos


repetitivos.
PUPILAS
• São circulares de contornos regulares e iguais em tamanho de 3 a 7
mm de diâmetro
Inspecionar
• Tamanho – isocórica ou anisocóricas
Midríase – dilatação da pupila
Míose – contração da pupila
Avaliação pupilar

REFLEXO FOTOMOTOR:
Foco de luz sobre a pupila: deve haver constrição;
Comparar uma pupila com a outra;
Avaliação pupilar

DIÂMETRO ANISOCORIA

PTOSE PALPEBRAL
Foto sensibilidade
- Reagente
- Não reagente
Nariz O que observar?

•Tamanho
•Implantação
•Deformidades
•Permeabilidade das narinas
•Secreções (características)
•Acuidade olfativa:
• anosmia - ausência total  do sentido
•hiposmia - diminuição do sentido
•Hiperosmia - capacidade exacerbada de sentir e
identificar aromas.  
•Dor
•Hábitos de higiene
Ouvidos e Orelhas O que observar?

•Tamanho do ouvido externo e


implantação
•Deformações, protuberâncias
e próteses
•Cerúmem
•Simetria
•Higiene
•Acuidade auditiva -
hipoacusia é a perda parcial ou total
da acuidade auditiva
•Dor
Lábios e Cavidade Oral O que observar?

•Arcada dentária
•Mucosas
•Tonsilas
•Língua

•Dificuldade de mastigação

•Voz e fala: grave ou aguda,


rouquidão, afasia ou disfasia,
logorréia (fala rápida e
desconexa), fala alta e
exuberante.
Disgeusia é o termo médico utilizado para designar alterações na percepção do
paladar do paciente. Assim, uma pessoa com disgeusia pode deixar de sentir
alguns gostos ou ter seu paladar diminuído.

Existem cinco tipos de disgeusia, classificados de acordo com a parte do paladar afetada pela doença.

1- Fantogeusia faz com que o paciente sinta, de forma constante, um gosto amargo na boca.

2- Hipogeusia faz com que ele deixe de ser capaz de sentir o gosto da comida e outras nuances de sabor,

como doce e salgado.

3- Hipergeusia, o paciente possui uma capacidade aumentada de sentir o sabor das coisas.

4 - Parageusia, ele troca os sabores das coisas, podendo sentir doce ao comer um salgado ou outras

variações.

5 - Ageusia é quando o paciente deixa de sentir sabores por completo.


Pescoço - Inspecione: pele; simetria - posição da cabeça centralizada na linha média e músculos acessórios
do pescoço devem ser simétricos.
A cabeça deve ser mantida ereta e firme.
Amplitude de movimento – realizar movimentação ativa (girar a cabeça, estender para trás, flexionar), o
movimento deve ser suave e controlado. À medida que a pessoa movimenta observar aumento no volume
das glândulas salivares, tireoide e linfonodos. Normalmente não há aumento.
. Exame dos linfonodos: inspeção e palpação: Linfonodos pré-auriculares – auricular posterior – occipitais –
cervicais superiores – submandibulares – submentonianos – cadeia cervical profunda – cervical posterior –
supraclaviculares
Pesquisar: dor, volume, forma, características da pele, mobilidade.
Traqueia: inspeção - deve situar-se na linha média do pescoço; palpação – observar mobilidade, pesquisar
massas, crepitações.
Tireoide: tem como base a inspeção, a palpação e ausculta;
inspecionar movimento de deglutição;
palpação volume – normal ou aumentado;
consistência - normal, firme, endurecida;
mobilidade – normal ou imóvel;
superfície – lisa, nodular ou irregular;
ausculta necessária se tireoide estiver aumentada : pesquisar sopro, usar campânula;
Veias jugulares: normalmente não visíveis, pesquisar ingurgitamento - ângulo de 45º;
Observar pulso venoso na base do pescoço (mais nítidos na posição deitada) - Artérias
carótidas: palpação e ausculta
Referências

• BARROS, Alba Lúcia Botura Leite de. Anamnese e exame físico:


avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto, 3ª ed. Porto Alegre:
Artmed, 2016.

• PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Exame Clínico, 8ªed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
• POTTER, Patricia Ann et al. Fundamentos de enfermagem. 9. ed. Rio
de janeiro: Elsevier, 2017. 1360p.

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