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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO

MEDICINA

GABRIELLA DE PAULA

RESPOSTAS INIDIVIDUAIS AOS OBJETIVOS


CICLO DE SIMULAÇÃO 01

CATALÃO
2023
Objetivos de estudos:
1. Estabelecer um roteiro de Consulta
2. Detalhar histórico familiar
3. Elaboração de perguntas
4. Identificação do paciente e antecedentes pessoais
5. Hábitos de vida
6. Condição de moradia
7. Anamnese voltada para idosos

A entrevista médica possui, principalmente três funções básicas: a de construir o


relacionamento médico-paciente eficaz; entender o problema do paciente; e manejar
adequadamente o problema do paciente. Diante desses fatores, é necessário, para um melhor
rendimento do aluno, estabelecer um roteiro de consulta.

O uso de roteiros permite que o aluno fique mais confiante para a obtenção da anamnese,
além de contribuir para seu treinamento e formação, pois esse ainda não possui conhecimento
suficiente para entender um caso clínico por completo. Esse também guiará o aluno na hora de
estudar os assuntos, pois esse reconhecerá suas próprias deficiências e buscará corrigi-las
através do estudo dirigido e metódico.

Ao montar o roteiro deve-se focar em:

Interesse genuíno pelo paciente;

Formas de estimular a liberdade de exposição do paciente;

Obter detalhes de sintoma;

Conhecer a história do paciente e seus familiares, tanto sobre doenças como psicossocial.

A primeira questão a ser abordada no roteiro é a apresentação e identificação. A


apresentação entre o medico e o paciente é importante não somente pela identificação, mas
também para melhorar a relação paciente-médico. Assim, de primei momento, o médico deve
cumprimentar o paciente de maneira cordial, se identificando, e explicando ao paciente o tipo
e finalidade da consulta. Após isso, serão recolhidas as informações básicas do paciente como:
nome, idade, sexo, orientação sexual, cor, nacionalidade, estado civil, ocupação e endereço
atual. Durante esse momento também é aconselhável estimular o paciente a falar de diverso
aspectos de sua vida, como atividades e interesses, para conhecer melhor a sua personalidade.
O próximo tópico a ser abordado em uma consulta é a queixa principal. O médico deve
obter o tempo de duração dessa moléstia, sua evolução e a recorrência da mesma. É importante
que o médico, durante o relato do paciente, se mostre atencioso e mantenho contato visual para
passar confiança.

Após isso, devem ser levantadas questões sobre a história pregressa, onde serão
recolhidas informações do passado do paciente, como doenças crônicas, doenças na infância,
doenças psiquiátricas, alergias, traumatismos, gestações e partos, cirurgias, hospitalizações,
fumo, álcool, imunizações, sono, hábitos alimentares e medidas de promoção de saúde e
prevenção. Nesse, é onde abordaremos os hábitos de vida – alimentação, sono, ocupação atual
e anteriores. Sobre a alimentação, deve-se questionar principalmente sobre o consumo de
alimentos à base de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras. A indagação a respeito da ingestão
de água também é de grande importância.

A história psicossocial é feita afim de entender o paciente como um todo. Nesse espaço
serão realizadas perguntas sobre atividades diárias habituais, lazer, educação, cultura, religião,
moradia, condições financeiras, relacionamento com parentes e amigos, vida sexual, ansiedade,
depressão, nível de estresse, humor, medo e frustações.

A respeito da condição de moradia, é importante conhecer o local da residência para


entender as doenças infecciosas e parasitas que podem acometer o paciente devido a fatores
como clima, hidrografia, altitude e se é um local com saneamento básico. O tipo de moradia
também é de grande importância devido ao mesmo motivo já citado pois em certos tipos de
moradias pode-se encontrar com mais facilidade alguns tipos de vetores, como em casas de
“pau a pique” que servem como moradia para o transmissor da doença de Chagas. Os principais
tipos de moradias encontrado são: edifícios, palafita, oca, pau a pique, alvenaria, edifícios, pré-
montadas
O histórico familiar também é de grande importância no roteiro. Nesse, é levantado os
dados de saúde dos familiares mais próximos – mãe, pai, irmãos, avós e filhos- sobre a
existência de casos de diabetes, hipertensão, câncer, doenças cardíacas ou outros. Também, se
houver caso de morte de algum familiar, é necessário entender o motivo que levou a morte e a
idade com que morreu.

Com essas informações, é possível montar um roteiro de anamnese da seguinte forma:

Dados de identificação:

Nome
Sexo

Identidade de gênero

Cor

Naturalidade

Estado civil

Escolaridade

Ocupação

Endereço

Telefone

Queixa principal

Se possível, anotar as próprias palavras do paciente. Anotar informações da história da


queixa atual como tipo de dor, localização, fatores agravantes e atenuantes, tempo de duração
e recorrência.

História pregressa

Doenças prévias

Doenças crônicas

Traumatismo

Gestações

Partos

Cirurgias

Hospitalizações

Exames laboratoriais realizados

Uso de medicamentos contínuos

Tabagismo

Elitismo

Uso de tóxicos
Imunizações

Sono

Hábitos alimentares

Atividades físicas

Alergias

História Familiar

Condição de saúde física e mental e causas mortis de avós, pais, irmãos e filhos.

História Psicossocial

Atividades diárias habituais

Lazer e recreação

Cultura

Religião

Sistema de apoio (relação com familiares, vizinhos e amigos)

Possui filhos

Situação financeira

Condição de moradia e saneamento básico

Vida sexual

Tipo de personalidade

Ansiedade

Depressão

Medos

Frustações

Ambições e interesses

Percepção e reação frente à moléstia


O roteiro deve ser adaptado para casos específicos, como o atendimento do idoso. Em
caso de anamnese em idosos, além dos tópicos já abordados anteriormente, deve-se atendar a
especificidades dessa faixa etária. Além disso, é importante evitar tratar esses pacientes de
modo infantilizado, como chamar de “vozinho”. O termo par se referir a eles deve ser senhor e
senhora.

Ainda sobre a anamnese de pacientes idosos, há certas dificuldades para a realização e


tal que devem ser consideradas, como o fato de o paciente passar poucas informações sobre a
sua doença, barreiras de comunicação, seja por problemas de linguagem ou deficiências
sensoriais e cognitivas, e histórias extensas e queixas mal caracterizadas.

Dessa forma, considerando as especificidades para pacientes idosos, em suas anamneses


serão necessários acrescentar as seguintes perguntas:

Possui algum cuidador ou familiar que o ajuda as atividades do dia a dia

A respeito da alimentação: se alimenta quantas vezes? Quem prepara? Qual a variedade?


e a quantidade? Faz o uso de suplementação?

A casa possui tapetes, escadas ou degraus de difícil acesso

Possui suportes no banheiro

Consegue tomar banho sozinho

Faz o uso de fraldas geriatras

Possui alguma deficiência de memoria

Possui deficiência auditiva ou visual

Apresenta transtornos do comportamento, como agressividade e atitude sexual

Apresenta alterações da marcha e necessidade de uso de dispositivos auxiliares como


bengala

Apresenta alterações da mobilidade, flexibilidade e força muscular em membros e


tronco

Manifesta quadros de tontura, vertigem, síncope ou alteração de consciência

Já sofreu episódios de quedas

Já sofreu traumatismos
Apresenta distúrbios alimentares

Apresenta perda ou ganho de peso significativos

Apresenta modificações no padrão do sono: sonolência diurna; insônia inicial,


intermediária ou final

Apresenta incontinência urinária ou fecal

Faz o uso de laxante ou obstipante

Apresenta com frequências quadros de infecção urinaria

Sente dor ao urinar

Tem dificuldade para realizar atividade sexual ou sente a falta de libido

Apresenta sintomas depressivo ou de ansiedade


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Objetivo1: Estabelecer um roteiro de consultas:


Anamnese. Semiologia Médica UFOP. Disponível em:
<https://semiologiamedica.ufop.br/anamnese->. Acesso em: 30 jan. 2023.

LOPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed Rio de Janeiro:


Revinter, c2001. 2 v.(1430 p.), il. Bibliografia e índice. ISBN v.1 8573093366 : v.2
8573093455 : (enc.).

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 4. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
c2001.. 1428 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN 852770644X (Enc.).

Objetivo 2: Detalhar histórico familiar:


LOPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed Rio de Janeiro:
Revinter, c2001. 2 v.(1430 p.), il. Bibliografia e índice. ISBN v.1 8573093366 : v.2
8573093455 : (enc.).

Manzini, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros.


Seminário Internacional Sobre Pesquisa e Estudos Qualitativos, 2, 2004, Bauru. A pesquisa
qualitativa em debate. Anais...Bauru: USC,2004. ISBN:85-98623-01-6. 10p.

Martinez, José Baddini; Dantas, Márcio; Cézas, Júilo. Semiologia geral e especializada. 1°
Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013.
Objetivo 3: Elaboração de perguntas:
LOPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed Rio de Janeiro:
Revinter, c2001. 2 v.(1430 p.), il. Bibliografia e índice. ISBN v.1 8573093366 : v.2
8573093455 : (enc.).

Martinez, José Baddini; Dantas, Márcio; Cézas, Júilo. Semiologia geral e especializada. 1°
Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013.

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 4. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
c2001.. 1428 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN 852770644X (Enc.).

Objetivo 4: Identificação do paciente e antecedentes pessoais:


LOPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed Rio de Janeiro:
Revinter, c2001. 2 v.(1430 p.), il. Bibliografia e índice. ISBN v.1 8573093366 : v.2
8573093455 : (enc.).
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE
DE MEDICINA. Roreiro de anamnese para o adulto. Disponível em:
https://www.pucrs.br/medicina/wp-content/uploads/sites/22/2021/09/ROTEIRO-DE-
ANAMNESE-PARA-O-PACIENTE-ADULTO.pdf. Acesso em: 29 de Jan. 2023.

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 4. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
c2001.. 1428 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN 852770644X (Enc.).

Objetivo 5: Hábitos de vida


LOPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed Rio de Janeiro:
Revinter, c2001. 2 v.(1430 p.), il. Bibliografia e índice. ISBN v.1 8573093366 : v.2
8573093455 : (enc.).

Manzini, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros.


Seminário Internacional Sobre Pesquisa e Estudos Qualitativos, 2, 2004, Bauru. A pesquisa
qualitativa em debate. Anais...Bauru: USC,2004. ISBN:85-98623-01-6. 10p.

Martinez, José Baddini; Dantas, Márcio; Cézas, Júilo. Semiologia geral e especializada. 1°
Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013.

Objetivo 6: Condição de moradia


LOPEZ, Mario. Semiologia médica: as bases do diagnóstico clínico. 4. ed Rio de Janeiro:
Revinter, c2001. 2 v.(1430 p.), il. Bibliografia e índice. ISBN v.1 8573093366 : v.2
8573093455 : (enc.).

Martinez, José Baddini; Dantas, Márcio; Cézas, Júilo. Semiologia geral e especializada. 1°
Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 4. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
c2001.. 1428 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN 852770644X (Enc.).

Objetivo 7: Anamnese voltada para idosos


Anamnese no idoso - Geriatria. Manuais MSD edição para profissionais. Disponível em:
<https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/geriatria/abordagem-ao-paciente-
geri%C3%A1trico/anamnese-no-idoso>. Acesso em: 30 jan. 2023.

Paiva, Carlos Eduardo et al. Particularidades da observação clínica do idoso.


PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 4. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
c2001.. 1428 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN 852770644X (Enc.).

Sustovich D.R.. Semiologia do Idoso para o Clínico. Primeira Edição. São Paulo: Editora
Sarvier. 1999.

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