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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – CURSO DE MEDICINA – REGIONAL JATAÍ

PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SAÚDE-COMUNIDADE III


SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Docente: Aridiane Alves Ribeiro
CONSULTA DE PUERICULTURA

Dados de identificação:
Nome, idade, data de nascimento, sexo, cor, local do nascimento, procedência, escolaridade, nome do informante e
seu grau de parentesco com a criança.

Motivo da consulta: Breve informação da razão pela qual a criança foi trazida para ser examinada. Nas próprias
palavras do informante ou criança.

História atual: Obter os detalhes do estado geral da criança. Para a criança saudável, faz-se uma pergunta aberta
sobre o momento atual, realizando-se, então, a revisão de sistemas. Se houver queixa atual, questionar: ordem
cronológica, sinais, sintomas, tempo de evolução e tratamentos já realizados. Se a criança usa alguma medicação, é
necessário saber qual a droga, sua posologia, tempo de uso e resultados obtidos. Quando a história patológica
pregressa for significativa para a doença atual, deve ser incluído um pequeno resumo.

Alimentação/hidratação: Avaliar o tempo de aleitamento materno, a causa do desmame, o tipo de leite substituto e
a sua quantidade; mais tarde, registrar a época de introdução de sucos, frutas, sopa I e II e comidas mais pastosas e
sólidas e as respostas da criança a tais práticas. Pesquisar intolerância alimentar, presença de vômitos,
regurgitações, cólicas e diarreia. Caso existam dificuldades alimentares, determinar a época de início, métodos de
alimentação, intervalo entre as refeições, quantidade oferecida, vômitos, choro e alteração de peso. Presença de
cólicas. Perguntar sobre o uso de suplementação vitamínica e de ferro também são importantes (após seis meses de
idade). Uso de vermífugos.

Sono e repouso da criança: quantas horas de sono; dia/noite.

Eliminações: quantas trocas de fralda, aspecto (cor, consistência) e odor das eliminações. Crianças maiores,
questionar se diurese e evacuação presentes, questionar frequência, aspecto (cor, consistência) e odor. Verificar
disúria, hematúria, polaciúria, oligúria, enurese noturna.

Hábitos de higiene corporal/bucal: como a criança está apresentada, frequência de banhos ao dia, aspecto da
sujidade, se presente.

Brincadeiras/interação da criança: afeto, pensamento, linguagem, memória, inteligência, relação com o cuidador,
com irmãos e demais crianças. Frequenta escola/creche, se sim como foi a adaptação, como é a relação com as
demais crianças, rendimento.

História médica pregressa: Deve-se obter informações sobre a saúde geral da criança antes da sintomatologia
atual. É o momento de descrever enfermidades prévias, internações, cirurgias, traumatismos, alergias alimentares,
medicamentosas, história de intoxicações exógenas e doenças próprias da infância. A história das doenças prévias
deve incluir a data de início e sua evolução.

Antecedentes perinatais: Servem para registrar os dados da gestação, do parto e do neonato. Esses fatos podem
ser significativos para a criança sadia e fornecem evidências de crianças com riscos de problemas de saúde futuros.
Na história pré-natal, devem ser enfatizados planejamento familiar, realização de consultas pré-natais,
intercorrências médicas e internações durante a gravidez, uso de medicação, tabagismo, uso de álcool ou outras
drogas, ganho de peso na gestação e época dos movimentos uterinos. O número de gestações anteriores e sua
evolução, os resultados da sorologia e do tipo sanguíneo da mãe e do recém- nascido também devem ser
registrados.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS – CURSO DE MEDICINA – REGIONAL JATAÍ
PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SAÚDE-COMUNIDADE III
SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Docente: Aridiane Alves Ribeiro
Na história do parto, devem ser esclarecidos os fatos referentes à duração da gestação (recém-nascido prematuro, a
termo ou pós-termo), a evolução do trabalho de parto, a apresentação fetal, o tipo de parto (natural, cesário, com ou
sem fórceps) e o tipo de analgesia utilizada. Quanto aos dados do recém-nascido, as características mais
importantes são peso, comprimento, perímetro cefálico e Apgar do recém-nascido no 1º e 5º minutos.

História familiar: Proporciona evidências para considerar doenças familiares, bem como as infecções ou doenças
contagiosas. Algumas doenças devem ser questionadas com maior atenção, como câncer, tuberculose, diabete,
epilepsia e cardiopatias.

História do desenvolvimento neuropsicomotor: É o momento de questionar as idades das principais etapas


evolutivas e pesquisar desvios da normalidade nas idades específicas. Algumas dessas datas incluem: acompanhar
as pessoas com o olhar, fixar a cabeça, sorrir em resposta, alcançar objetos, sentar sem apoio, engatinhar, caminhar
com apoio e sozinho, pronunciar as primeiras palavras e frases, idade da erupção dos dentes, etc. Saber a
escolaridade e o desempenho escolar também é importante ao seu tempo. A idade do controle esfincteriano e a
idade em que foi iniciado o treinamento também devem ser registrados.

História do crescimento: Questionar como a criança tem crescido e evoluído no peso, podendo observar os
registros das avaliações antropométricas realizadas. O ganho ou a perda súbita de peso devem atentar para a
existência de alguma enfermidade.

Perfil psicossocial: Descrição da unidade familiar, tipo de habitação, número de habitantes da casa, situação
conjugal dos pais, condições econômicas, etc. Conhecer um dia típico da criança e seu modo de relacionamento
com os pais e demais pessoas pode auxiliar em muitos diagnósticos.

Condições e recursos ambientais: risco de acidentes, risco de agravos à saúde, condições de higiene da casa e
quintal, árvores frutíferas, horta, plantas medicinais.

Avaliação
ESTADO GERAL
Ativo, responsivo, comunicativo, irritado, apático, prostrado, choroso, agitado.

SINAIS VITAIS
FR: FC: T:

ANTROPOMETRIA
PESO:
COMPRIMENTO/ESTATURA:
PC:
IMC:

Avaliação dos reflexos*

Proceder
AVALIAÇÃO SITUAÇÃO VACINAL
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO PONDERO-ESTATURAL: usar as referências OMS,2006-2007.
VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: usar instrumento da Caderneta de Saúde da
Criança.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: alimentação, estimulação da criança, leitura, atividade física (brincar).

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