Você está na página 1de 5

Semiologia Módulo A – P1

Introd. a semio. e
Anamnese significa trazer de volta a mente
os fatos relacionados a doença e o paciente.

anamnese De 80 a 85% dos diagnósticos podem ser


feitos na anamnese. 8 a 10% no EF.

Concepção de saúde e doença Os componentes são:


 Identificação;
Anterior -> Saúde é a ausência de doenças. Nome, idade, sexo, cor, estado civil,
Visivelmente saudável. profissão e local, naturalidade e procedência,
residência, religião, se tem plano de saúde,
Atualmente -> Estado do completo bem-estar nome da mãe ou acompanhante.
físico, mental e social. Não apenas ausência
de enfermidade.  Queixa principal;
Motivo que ele foi procurar o médico. Se
Método clínico escreve com as expressões utilizadas.

Anamnese + Exame físico  História de doença atual;


A importância da anamnese: Registro cronológico, detalhado do motivo
Formular hipóteses diagnosticas que levou o paciente. Desde o início até a
Estabelecer uma boa relação médico- data atual.
paciente Sintoma guia -> É o que permite recompor a
Tomar decisões HDA com mais facilidade e precisão.
Esquema para o sintoma:
semiologia  Início
 Característica do sintoma (dor em
Estudos dos sinais e sintomas das doenças. pontada...)
 Fatores de melhora ou piora
Relação médico-paciente  Relação com outras queixas
(sintomas)
Essa interação não é somente relacionada a  Evolução
satisfação, que já e complexa. Mas é  Situação atual
relacionada com a adesão ao tratamento
também. Assim, o que é necessário:  Interrogatório sintomatológico;
1- Seja cordial com o paciente; Questionar sobre os demais sistemas.
2- Se apresente e explique como será
a consulta / procedimento;  Antecedentes pessoais e familiares;
3- Peça permissão para o paciente Fisiológicos: Gestação e nascimento,
antes do exame físico; desenvolvimento psicomotor, neural e sexual.
4- Transmita confiança para o paciente Patológicos: Doenças da infância, acidentes,
durante a anamnese. doenças crônicas, cirurgia, transfusão
sanguínea, GPA, vacinas, alergias,
A empatia medicamentos, paternidade.
Familiares: estado de saúde (vivos) e causa
Tentar compreender os sentimentos, do óbito + idade (falecidos).
tentando experimentar de forma racional o Pais, irmãos, cônjuge, filhos, avós, tios.
que sente o outro indivíduo.
Anamnese e seus componentes
Semiologia Módulo A – P1

 Hábitos de vida;
Alimentação, viagens recentes, atividade hda
física e sexual, peso, álcool, tabaco e drogas,
condições socioeconômicas, vida conjugal. É o registro cronológico e detalhado do
motivo que levou o paciente ao médico,
 Condições socioeconômicas e desde o início até a data atual.
culturais. Tendo data de início de cada
sintoma e detalhes.
Sempre fazer: Muitos pacientes têm muita dificuldade em
o Se identificar relatar, e cabe aos médicos conduzir.
o Cumprimentar
o Se posicionar de forma adequada Dicas para uma boa HDA:
Deixe o paciente falar sobre a doença
 Identifique o sintoma guia
Anamnese  Descreva o sintoma guia com
características e analise o

EF geral
minunciosamente.
 Use o sintoma guia como fio condutor
da história e estabeleça as relações
Queixa principal das outras queixas com ele, em ordem
cronológica.
É o motivo da consulta, pode ser um sinal,  Verifique o início, meio e fim da
sintoma, problema. história.
O paciente pode descrever de forma clara,  Não induza as respostas
mas outros não. E cabe aos médicos  Apure a evolução, exames e TTO
conduzir essa anamnese e obter as sobre a doença atual
informações necessárias.  Resuma a história para o paciente e
espere que ele confirme ou corrija
Sugestões de perguntas: algum dado.
 Qual o motivo da consulta?
 Por que o senhor me procurou? O sintoma guia
 O que o senhor está sentindo?
 O que está te incomodando? Não é necessariamente o mais antigo, nem o
primeiro a ser relatado, nem o mais realçado
Na QP não se coloca diagnostico, e sim pelo paciente.
coloca o sintoma. Assim, devemos escolher aquele que
Ex: Uma senhora disse a QP como a queixa tem mais longa duração, o
menopausa. Mas se você coloca isso, pode sintoma mais salientado, ou a QP.
se desviar do real problema. Daí devemos obter as características dele e
Aí se pergunta, o que está sentindo usá-lo como fio condutor da HDA.
nessa menopausa? Essa será a
queixa.
Ou fala que está hemorroida, por uma
sangramento anal. Mas, isso pode ser tumor.
Então coloque os sintomas.
Análise de um sintoma
Mas tem exceções, como o paciente que já
vem encaminhado por outro médico, com um Início
diagnóstico.
Semiologia Módulo A – P1

Deve ser caracterizado com relação à época Início dessa dor e como foi que começou?
de aparecimento. Se foi de início súbito ou Qual a sua duração?
gradativo, se teve fator desencadeante ou
não. Dor aguda – inferior a um três meses, some
Característica em dias ou semanas, assim que resolve o
Definir localização, duração, intensidade, problema.
frequência, tipo, ou seja, características Crônica – mais que um mês. Geralmente
próprias a depender do sintoma. passa de 3, mas precisa durar 1 para ser
classificada.
Fatores de melhora ou piora
Definir quais fatores melhoram e pioram o Intensidade da dor
sintoma, como, por exemplo, fatores Escala de 1 a 10
ambientais, posição, atividade física ou  0 a 2 = leve
repouso, alimentos ou uso de medicamentos.  3 a 7 = moderada
 8 a 10 = intensa
Relação com outras queixas
Registrar se existe alguma manifestação ou Localização
queixa que acompanha o sintoma, Pedindo que mostre onde é essa região, para
geralmente relacionado com o segmento uma descrição correta.
anatômico ou funcional acometido pelo A dor somática superficial tende a ser +
sintoma. localizada. E a somática profunda, visceral
ou neuropática são + difusas.
Evolução Irradiação
Registrar o comportamento do sintoma ao Sempre verificar. Pode ser espontânea ou
longo do tempo, relatando modificações das desencadeada.
características e influência de tratamentos
efetuados. Caráter da dor / qualidade
Dor espontânea:
Situação atual  Constante – que pode variar a
Registrar como o sintoma está no momento intensidade, mas está sempre ali.
da anamnese também é importante.  Intermitente – episódios de dor,
frequência e duração variável.
Conceitos de sinais e sintomas Dor evocada – precisa de um estímulo para
que a dor ocorra.
Sintomas – subjetivos, sentidos pelo
paciente. Os fatores de melhora ou piora
Sinais – vistos pelo examinador de Atenuantes ou agravantes
alguma forma durante o exame. Pode ser movimento, alimentação, clima,
Sinal patognomônico – sinais muito estresse, medicamento, posição, etc.
específicos de certa doença.
Sintomas atípicos – sintomas que Manifestações concomitantes
não são comuns em certa patologia. Sintomas associados

Ex de sintoma = dor
O exame físico geral
Semiologia Módulo A – P1

É feito após a anamnese. E o geral obtém ser despertado por estímulos + fortes e tem
esses dados independente dos sistemas do movimentos espontâneos.
corpo. Coma – não é despertado por estímulos
fortes e nem tem movimentos espontâneos.
Sequência
Fala e linguagem
■ Estado geral
■ Nível de consciência Já se percebe na anamnese
■ Fala e linguagem Alterações:
■ Fácies  Disfonia ou afonia – alteração no
■ Biotipo ou tipo morfológico timbre, por conta do órgão fonador.
■ Postura ou atitude na posição de pé Voz pode ser rouca, fanhosa, bitonal.
■ Atitude e decúbito preferido no leito  Dislalia – alterações menores, como a
■ Medidas antropométricas troca de letra.
■ Desenvolvimento físico  Disastria – alterações nos músculos
■ Estado de nutrição da fonação.
■ Estado de hidratação  Disfasia – distúrbios na elaboração
■ Pele, mucosa, fâneros cortical da fala.
■ Veias superficiais  Outros – como retardo da fala,
■ Enfisema subcutâneo disgrafia, dislexia.
■ Musculatura
■ Exame dos linfonodos Fácies
■ Temperatura corporal
■ Movimentos involuntários Atípica – não é típica de nenhuma doença.
■ Marcha. Normal.

Estado geral Face hipocrática – olhos fundos e


inexpressivos, nariz + fino, palidez, indicam
Bom, regular e mau doenças graves.
 BEG – nenhuma alteração significativa Face renal – edema periorbitário.
 REG – algumas alterações, mas que Face leonina – pele + grossa, muitos
não prejudica. lepromas, bochechas caídas. Comum na
 MEG – alterações que prejudicam. hanseníase.
Face adenoidiana – nariz pequeno e fino,
Nível de consciência boca sempre entreaberta. Comum em
pessoas com hipertrofia da adenoide e
Sem alteração: LOTE, responsivo. precisa respirar pela boca.
Alterações: Face parkinsoniana – cabeça para frente e
Obnubilação – nível pouco afetado, está em imóvel, olhar fixo e fronte enrugada
estado de alerta mesmo que com algo (espanto), sem expressividade facial.
diminuído. Basedowiana – olhos salientes e brilhantes,
Sonolência – paciente é facilmente rosto magro. Hipertireoidismo.
despertado, responde mais ou menos, mas Mixedematosa – rosto redondo, nariz e
logo dorme. lábios grossos, pele seca e espessa.
Confusão mental – perda de atenção, Desanimo, apatia. Cabelo seco, sem brilho.
pensamento não é claro, respostas lentas. Aparece no hipotireoidismo.
Torpor ou estupor – alteração + Acromegálica – maxilar inferior maior,
pronunciada, porém o paciente ainda pode saliência das arcadas supraorbitária, maçãs
Semiologia Módulo A – P1

do rosto, nariz, orelhas, aí os olhos parecem


pequenos.
Cushingoide – rosto redondo. Uso de
corticoide.
Mongoloide – olhos oblíquos e distantes,
rosto redondo, boca entreaberta. Síndrome
de Down.
Depressão – cabisbaixo, olho sem brilho,
fixo distante.
Pseudobulbar – crises de choro e riso,
involuntárias. Paciente tenta conter e fica
espasmódico. (espasmos)
edema
Paralisia facial periférica – assimetria da
face. Repuxamento da boca para o lado bom.
Se estiver presente, se analisa:
Miastênica ou de Hutchinson – testa
Localização – ali ou geral
franzida e cabeça levantada.
Intensidade – Sinal de Cacifo, 1 a 4 +
Etílica – olhos vermelhos, rubor na face, voz
Consistência – mole ou duro
pastosa e sorriso indefinido.
Elasticidade – elástico ou não (se a pele
Esclerodérmica – “múmia”, imobilidade
demora voltar ou não)
facial.
Temperatura da pele ao redor – normal,
quente ou fria.
Estado nutricional
Sensibilidade da pele ao redor – se tem dor
Demais alterações da pele ao redor
Hiponutrição ou desnutrição
Magreza ou caquexia
Temperatura corporal
Sobrepeso e obesidade
Normalmente é a TAX:
Estado de hidratação
35,5 a 37°C
Sinais de desidratação
 Sede
 Perda de peso
 Pele seca, elástica diminuída
 Mucosas secas
 Olhos fundos
 Estado geral comprometido
 Oliguria

Você também pode gostar