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EFEITOS TÓXICOS DE GASES E

SOLVENTES

Prof Bruno Lemos Cons


EFEITOS TÓXICOS DE GASES E SOLVENTES

Solvente – Líquidos orgânicos de variável lipofilicidade e volatilidade, pequeno


tamanho e ausência de carga.

Lipofilicidade
PESO MOLECULAR
Volatilidade

Toxicidade de um solvente:
• Número de átomos de C
• Saturação ou ligações duplas ou triplas
• Configuração (cadeia linear, ramificada ou cíclica)
• Presença de grupos funcionais
USO DOS SOLVENTES

Como Solvente Com outra finalidade

▪ Combustíveis.
▪ Dissolução.
▪ Alimentos.
▪ Extração.
▪ Drogas de abuso.
▪ Desengraxamento.
▪ Bebidas.
▪ Tintas e corantes.
▪ Anticongelante.
▪ Diluição, dispersante.
▪ Explosivos.
▪ Limpeza a seco.
▪ Poluentes.
CARACTERÍSTICAS COMUNS NA
TOXICIDADE DOS SOLVENTES

• Efeitos dérmicos locais devido a extração dos lipídeos da derme.


• Efeito depressor do SNC.
• Efeitos neurotóxicos.
• Efeitos hepatotóxicos.
• Efeitos nefrotóxicos.
• Risco variável de câncer.
PETRÓLEO
SATURADOS INSATURADOS
Parafínicos (alcanos) Naftênicos Aromáticos
Normal parafinas Isoparafinas (cadeia Cicloalcanos BETEX
(cadeia retilínea) ramificada) Benzeno
n-pentano Isopentano Ciclopentano
H3C-CH2-CH2-CH2-CH3

Fonte: Pedrozo, 2006

Sob condições normais de temperatura e pressão, os hidrocarbonetos encontrados no


petróleo podem apresentar-se sob as formas gasosa, líquida ou sólida, dependendo do
número e disposição dos átomos de carbono nas suas moléculas
EXPOSIÇÃO
Absorção:
Trato digestório: boa absorção (presença de alimentos pode retardar a absorção)

Pele: Efeitos locais e sistêmicos. Penetração por difusão.

Transporte e distribuição:
- Solventes hidrofílicos – solubilizam em diferentes níveis no plasma.
- Solventes lipofílicos – não se ligam à proteínas plasmáticas ou hemoglobina.
- Distribuem-se nos fosfolipídios, nas lipoproteínas e no colesterol do sangue.
- Biotransformação pelo fígado.
- Exalação pelos pulmões durante a passagem pelo sistema porta.
EXCREÇÃO PELO AR EXPIRADO
• Gases e vapores inalados ou produzidos no organismo são parcialmente eliminados pelo
ar expirado.

• O processo envolvido é a difusão pelas membranas que, para substâncias que não se
ligam quimicamente ao sangue, dependerá da solubilidade no sangue e da pressão de
vapor.

• Estes xenobióticos são eliminados em velocidade inversamente proporcional à retenção


no sangue: Gases e vapores com pouco solúveis no sangue são rapidamente eliminados,
enquanto os muito solúvel no sangue são lentamente excretados pelo ar expirado.

• Pressão de vapor: os líquidos mais voláteis serão, quase exclusivamente, excretados pelo
ar expirado
TOXICOLOGIA DOS PRINCIPAIS COMPONENTES
DO PETRÓLEO
• Absorção: Principal via – respiratória (principalmente dos HC com elevada pressão
de vapor).

- Cutânea (líquidos e vapores).


- Trato gastrointestinal.

• Distribuição: compostos altamente lipofílicos – distribuídos e armazenados no


tecido adiposo.

- A distribuição depende do tempo de exposição.


- Compostos tendem a permanecer nos compartimentos orgânicos, através dos processos de
distribuição e armazenamento, perpetuando assim, seus efeitos tóxicos.

• Biotransformação: fígado – menor proporção: rins, sangue, pulmões, cérebro,


intestino, suprarrenais, placenta.

- A metabolização do benzeno produz metabólitos que são os responsáveis pela produção da


toxicidade hematopoiética e leucemias.
TOXICIDADE HEPÁTICA DOS SOLVENTES

• Hepatite química, com aumento da transaminase – dano hepatocelular


podendo progredir para necrose hepática.
• Possível cirrose.

Mecanismos da hepatotoxicidade:
• Desalogenação.
• Formação de radicais livres.

TOXICIDADE RENAL
• Necrose tubular aguda.
• Glomerulonefrite (crônica).
Neurotoxicidade Central Aguda

Atividade como um anestésico geral ou por uma inibição seletiva

• Narcose (alteração do estado de consciência)


• Euforia
• Agitação (desinibição)
• Incoordenação motora, ataxia
• Disartria (incapacidade de articular as palavras de maneira correta)
Neurotoxicidade Central Crônica
Não bem definida

“Síndrome dos Pintores”


• Depressão
• Desempenho psicomotor retardado
• Alteração da personalidade
• Diminuição da memória recente

Testes Neurocomportamentais

Neurotoxicidade Periférica
Solventes conhecidos ou suspeitos de causar NP:
• n-hexano, metil-n-butil cetona, dissulfeto de carbono (conhecidos).
• estireno, tetracloretileno (suspeitos).

Apresentam-se inicialmente nas extremidades neuronais


Neurotoxicidade Periférica e Solventes
Solventes conhecidos ou suspeitos de causar NP: n-hexano, metil-n-butil
cetona, dissulfeto de carbono (conhecidos), estireno, tetracloretileno
(suspeitos).
Apresentam-se inicialmente nas extremidades neuronais

• Efeitos sensoriais
• Perda da capacidade de receber estímulos dos músculos e tendões
(posteriormente).
• Ex: reflexos no tendão de Aquiles, vibração.
• Parestesias: sensações cutâneas subjetivas que são vivenciadas
espontaneamente na ausência de estimulação.
• Dormência.

• Efeitos motores
• Fraqueza motora.
• Atrofia de nervos.
TOLUENO
Presente em tintas, diluentes, produtos de limpeza, cola, lacas.
Gasolina – maior fonte de emissão atmosférica.

Rapidamente absorvido pelos tratos respiratórios e gastrointestinais (O pico de concentração


sanguínea-15 a 30 minutos após a inalação, e cerca de 1 a 2 horas após a ingestão).

Aproximadamente 50% da dose inalada é absorvida.


Líquido, imiscível em água.
Densidade a 20 ºC: 0,86.
Ponto de ebulição 110 - 111 ºC.

Distribuição: Preferencialmente tecidos ricos em lipídeos, ricamente vascularizados (ex:


cérebro, medula óssea).
Depósito: Tecido adiposo e SNC.
METABOLIZAÇÃO

TOLUENO
Benzil-álcool

oxidado URINA – sem transformação


AR EXALADO
20% <0,1%
Ác. Benzóico

glicina

Ác. Hipúrico (60-80%)


(indicador biológico)
. Risco Toxicológico
Irritante a pele e mucosas – produz narcose

Inalação aguda:

Níveis de exposição Efeitos agudos

100 a 200 ppm. cefaléia, irritação leve e transitória do SNC.

encefalopatia, cefaléia, depressão, cansaço,


diminuição da concentração, perda transitória de
200 ppm ou mais.
memória e prejuízo no tempo de reação aos
estímulos.
excitação seguida de depressão do SNC: euforia,
tonteira, vertigem, tremores, nervosismo, insônia,
400 a 800 ppm.
cefaléia, fadiga, sonolência, confusão, e prejuízo no
tempo de reação aos estímulos.
800 ppm. ataxia, fadiga, convulsão.
10.000 ppm. anestesia geral.
SISTEMA EFEITOS AGUDOS EFEITOS CRÔNICOS
Ingestão e inalação: vômitos, cólica
Gastrointestinal alterações na função hepática
abdominal e diarréia
Genitourinário acidose tubular renal
Dermatológico irritação
fraqueza muscular, rabdomiólise,
Musculoesquelético
miopatia
desordens psiquiátricas, alteração
alteração do comportamento, do comportamento, psicose,
Psiquiátrico
confusão, alucinação, irritabilidade confusão, alucinação, labilidade de
humor, depressão
relatos de teratogenicidade em
filhos de mulheres que abusam de
Reprodutivo tolueno durante a gestação,
síndrome fetal de tolueno, relato
de prematuridade e aborto

Pintores – 21% expostos a níveis acima de 300 ppm - síndrome cerebral orgânica (défict
cognitivo, diminuição de memória) (Thomson, 2006).
BENZENO

Risco de exposição:
- Maior parte: queima de combustíveis, emissões industriais, fumo (ativo e passivo).
- Ministério da Saúde (2004): Norma de Vigilância da Saúde dos Trabalhadores Expostos ao
Benzeno, na Portaria 776.
- Agente antidetonante na gasolina livre de Pb.
- NR-15 (Ministério do trabalho) – VRT (Valor de Referência Tecnológico)-concentração de
benzeno no ar do ambiente ocupacional – 1ppm.

Carcinogênico – não existe limite seguro de exposição


TOXICOCINÉTICA
ABSORÇÃO
• Rápida.
• Via respiratória – absorção incompleta (50%).
• Oral: 90% (estudos apenas em animais).
• Pele: baixa absorção.

METABOLIZAÇÃO
• Fígado (principalmente).

EXCREÇÃO
• Urina.
• Ar exalado (in natura).

Exposição única:
1) Eliminação do solvente presente nos pulmões (90 min).
2) Tecidos moles (3 a 7 horas após a exposição).
3) Tecido adiposo (25 horas).
BENZENO (<0,3%)

AC. BENZENO FENOL HIDROQUINONA E


MERCAPTÚRICO EPÓXIDO (25%) CATECOL (4%)

AC. FENIL-MERCAPTÚRICO
(1,5%)
AC. MUCÔNICO (2%)

Ar exalado: 4 a 28% eliminado


Abertura do anel aromático

Mecanismos de
biotransformação do
benzeno:
cit2E1, citocromo P450 2E1; GST,
glutationa S transferase; EH,
epóxido hidrolase; ALD, aldeído
desidrogenase

URINA
Mecanismos que contribuem para a
toxicidade do benzeno

Metabólitos do benzeno ligam-se covalentemente a GSH, ptn., DNA e RNA

Inibição de enzimas – rompimento da funcionalidade hematopoiética

Ligação covalente com hidroquinonas com ptn. da fibra do fuso – inibição da


replicação celular

ESTRESSE OXIDATIVO
Medula óssea é rica em atividade peroxidase – metabólitos fenólicos do
benzeno podem ser ativados – DANOS AO DNA – MUTAÇÃO CELULAR OU
APOPTOSE
Risco toxicológico
Irritação moderado das mucosas (inclusive oculares e respiratórias)
Edema pulmonar (quando aspirado em altas concentrações)
Narcose
Excitação
Sonolência
Tonturas
Cefaléia
Náuseas
Vômitos
Taquicardia
Arritmias
Dificuldade respiratória
Tremores
Convulsões
Perda da consciência
Morte
Riscos associados a exposição crônica
Lesão do tecido medular – hipoplasia, displasia e aplasia

HIPOPLASIA: Citoplasia (leucopenia, neutropenia, plaquetopenia)

Alterações neuropsicológicas e neurológicas:


• DISFUNÇÕES COGNITIVAS (atenção, percepção, déficit de memória, habilidade motora,
viso-espacial, viso-construtiva, função executiva, raciocínio lógico, linguagem,
aprendizagem e humor).
• CEFALÉIA, DEPRESSÕES, INSÔNIA, AGITAÇÃO E ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO.

Doenças onco-hematológicas, como Linfoma não-


Hodgkin, Mieloma Múltiplo e Mielofibrose
LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA
Risco Ocupacional (Ministério da Saúde, 2004)
• Alterações cromossômicas numéricas e estruturais em linfócitos e células da

medula óssea.
• Alterações na imunidade humoral e celular.
• Alterações dermatológicas: eritema e dermatite irritativa de contato.

Diagnóstico
Exames laboratoriais:
• Ácido t, t-MUCÔNICO – biomarcador.
• Ácido Fenilmercaptúrico, Benzeno (urina).
• Benzeno (sangue e ar exalado).
• Dosagem de creatinina e plaquetas (NR-7 MS).
XILENO

Características Gerais

• Líquido, imiscível em água.


• Menos volátil que o tolueno.
• Comercialmente: mistura de 3 isômeros.

• Componente de tintas, vernizes, tíners, soluções limpadoras,


desengraxantes, resinas e parafinas, gasolina, cigarro, descarga de gasolina.

• Absorção: pulmão e sistema digestório.


• Distribuição: conforme fluxo sanguíneo e conteúdo lipídico.
• Metabolização:cCitocromo P450.
EXCREÇÃO
XILENO

Oxidação do grupo metílico


AR EXALADO (5%) Ácido Metilbenzóico

Conjugação com glicina

Ácido Metilhipúrico
(95%)
RISCO TOXICOLÓGICO – QUADRO CLÍNICO
Locais: Irritação da pele podendo ocorrer fissuras e dermatites, dos olhos e das mucosas
das vias respiratórias.

Exposição crônica: cefaleia, anorexia, estado de fadiga, náuseas, vômitos, confusão mental,
irritação nervosa, podendo aparecer quadro de anemia moderada.

Exposição aguda: efeito narcótico, podendo produzir dispneia, perda dos sentidos, coma,
parada respiratória e morte.

Diagnóstico:
• Dosagem de ácido metilhipúrico em urina.
• Xileno (sangue e urina).
• Dosagem de creatinina.
HEXANO
Características Gerais

• Densidade a 20 ºC: 0,66.


• Ponto de ebulição: 69 ºC.
• Alta volatilidade.

TOXICOCINÉTICA
• Via de penetração: respiratória (e cutânea).
• Biotransformação hepática: 5 produtos.

Uso: Indústria de calçados (cola), uso laboratorial


RISCOS TOXICOLÓGICOS
Exposição Aguda
• Vapores do hexano:
- anestésicos com baixo poder de narcose.
- tontura, vertigem, náuseas, cefaleia, irritação dos olhos e da garganta.
- irritantes das vias aéreas superiores.

• Contato com a pele: irritante.


• Ingestão: náuseas, tonturas, irritação brônquica e intestinal.

Exposição Crônica
• Ação sobre SNP: - neuropatia periférica, degeneração das fibras nervosas por
desmielinização e intumescência dos axônios.
• Deficiência motora de membros inferiores (início) e superiores.
METANOL
Características Gerais

• Miscível em água.
• Fabricação de formaldeído e éter metil terc-butíico, produtos de consumo.

• Volatilidade acentuada.

• Via de penetração: respiratória e cutânea.


• Biotransformação Hepática:
60 % do metanol formaldeído ácido fórmico

Excreção
• Pulmões: 20% sem transformação.
• Urina: 3% de metanol.
Riscos Toxicológicos
• Acúmulo de ácido fórmico: acidose metabólica e toxicidade ocular.

• Exposição Ocupacional: cefaléia, náusea, fadiga, comprometimento da visão (alvo:


retina-disco e nervo óptico) e narcose.

• RETINA: inibição da atividade do citocromo – redução de ATP. Estrutura e função das


células são alteradas.

• Acidez potencializa a toxicidade, já que a inibição do citocromo aumenta com a


redução do pH.

• Contato com a pele: irritação, coceira, dermatite e eczema.

• Intoxicação aguda: Assintomático de 12 a 24h – acidemia fórmica, toxicidade ocular,


coma.

Diagnóstico:
• Exame laboratorial: metanol urinário
PROPILENOGLICOL

- Síntese de fibras de poliéster e resinas, anticongelante automotivo.


- Presente em cosméticos e alimentos processados.
- Solvente - diluente na preparação de medicamentos.
- Considerado “seguro” pela FDA.

- Via de exposição: ingestão e contato dérmico.

- Metabolizado a lactato – excesso de lactato responsável pela acidose.

BAIXA TOXICIDADE AGUDA E CRÔNICA


HIDROCARBONETOS CLORADOS
CLOROFÓRMIO

- Hepatotóxico e nefrotóxico.
- Pode causar sintomas no SNC em concentrações subanestésicas.
- Altas concentrações pode afetar o miocárdio.
GASES E VAPORES

GASES IRRITANTES
• Ação local que agridem o aparelho respiratório e os olhos, e podem levar à inflamação
dos tecidos, com risco de infecção secundária
• São percebidos em baixas concentrações.
• Os efeitos dependem da solubilidade em água e da concentração de exposição.

Gases altamente solúveis (amônia e cloro):


Facilmente absorvidos pelo trato respiratório superior e rapidamente produzem efeitos
nas membranas mucosas dos olhos, nariz e garganta.

Gases menos solúveis (fosgênio e dióxido de nitrogênio):


São lentamente absorvidos pelo trato respiratório superior e podem atingir o trato
respiratório inferior.
• Geralmente, a via de exposição ocorre por inalação.

Os efeitos tóxicos em caso de inalação são:


• Cefaléia, conjuntivite, rinite, faringite, laringite, secura e
insensibilidade nasal, hemorragia, edema de glote, edema laríngeo,
pneumonite, bronquite.

• Também, podem ocorrer taquipnéia, tosse, infiltrado pulmonar e


síndrome disfuncional reativa das vias aéreas.

• A exposição cutânea causa eritema e queimadura.


GASES ASFIXIANTES

Classificação de acordo com mecanismo de ação:

Asfixiantes Simples

• São gases que em altas concentrações em ambientes confinados, reduzem a


disponibilidade do oxigênio.
• Ocupa o espaço do oxigênio na árvore brônquica.
Ex.: gases nobres, dióxido de carbono(CO2), metano, butano e propano (GLP - gás liquefeito
de petróleo).

Asfixiantes Químicos

• Impedem a utilização bioquímica O2.


• Atuam no transporte de oxigênio pela hemoglobina (Hb) e impedem do oxigênio nos
tecidos.
Ex.: CO e substâncias metemoglobinizantes (sulfonas, derivados da anilina, sulfonamidas,
nitrobenzeno), cianeto e gás sulfídrico (H2S).
CLASSIFICAÇÃO E INTENSIDADE DOS SINTOMAS

Classificação Intensa Moderada Leve


Derivados sulfúricos
Ozônio
Aldeídos
Brometo e Cloreto de
Irritante Flúor Cloro e derivados
metila
Amoníaco
Vapores nitrosos
Acroleína

Monóxido de carbono
Asfixiante Dióxido de carbono
Cianetos e derivados
Monóxido de carbono (CO)
Características Gerais

• Incolor, inodoro e de fácil difusão.


• Muito inflamável, queimando no ar com chama azul.
• Densidade (0,968) próxima a do ar (1,0).
• Fontes:
- Combustão incompleta de combustíveis fósseis.
- Caldeiras e reatores.
- Gases emitidos por fumantes.
- Matéria prima para produção de metanol, formol.
- Uso em metalúrgicas (agente redutor).
Riscos Toxicológicos
A afinidade do CO pela hemoglobina é cerca de 200 a 250 vezes maior que a do O2

Concentração de CO no ar % de COHb Efeitos


inalado (ppm)
0,3-0,7 Valores “normais”
Nenhum efeito aparente

20 2-3 Compensação na redução do transporte de


O2 por aumento seletivo do fluxo sanguíneo
para órgãos vitais

50 5-9 Alterações no SNC: diminuição da percepção


visual e temporal

100 16-20 Cefaléia e alterações cardíacas e funcionais

250-500 20-40 Náuseas, vômitos e redução da destreza


manual

1000 50-60 Síncope, convulsões, coma. Morte possível

2000 65-75 Depressão da respiração, coma. Morte


possível
FUNDACENTRO (1999)
Tratamento das intoxicações
• Retirar a vítima do local de exposição.
• Respiração artificial com oxigênio 100%.
• Traqueostomia, se necessário, aspiração das secreções e respiração assistida,
administrando-se antibióticos e oxigênio em altas concentrações.
• Transfusão sanguínea - substituição das hemácias comprometidas com o
monóxido de carbono.
ÁCIDO SULFÍDRICO
Gás incolor, odor fétido
- reação de ácidos com os sais sulfetos
- decomposição de matéria orgânica rica em enxofre

METABOLIZAÇÃO
Via de exposição: inalatória.

Ácido Sulfídrico
RISCO TOXICOLÓGICO:
- Anoxia, pela diminuição da capacidade
Hemoglobina de transporte de oxigênio.
- SNC – excitação (início) e depressão
(final).
Sulfohemoglobina - Parada respiratória seguida de parada
cardíaca.

Tiossulfato (urina)
ACETONITRILA
Cefaléia, irritação dos olhos,
Acrilonitrila náuseas, fraqueza,
comprometimento do SNC
CARCINOGÊNICO

Pulmões Fígado

Ar Expirado Cianeto

Exposição: cutânea Tiocianato


e inalatória (Urina)
Tontura, desmaio,
debilidade mental,
hipoxia
FORMALDEÍDO
- Gás.
- Solução aquosa: 5-15% metanol.
- Via de exposição: inalação, pele.
- Fígado e eritrócitos: oxidação a ácido fórmico.

RISCOS TOXICOLÓGICOS

- Baixas exposição: irritação dos olhos e mucosas.


- Média exposição: lacrimejamento, inflamação brônquica, edema pulmonar.
- Alta exposição: pode ser letal.

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