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: trazer de volta à mente todos os fatos relacionados à doença e à pessoa doente.
Facilitação: através de sua postura, ações ou de palavras – perceber nuances do momento, não somente
ficar registrando; manter o contato visual, já que a mudança no olhar do paciente pode trazer informações,
o processo de adoecer é individual. O contato visual é fundamental.
• Balançar a cabeça, olhar nos olhos ou dizer “eu compreendo”
Reflexão: paciente começa com uma série de queixas e você não consegue definir a queixa principal.
• Então o que mais incomoda a senhora é a dor no estômago? Não é a dor na perna, não é o enjoo?
Esclarecimento: quando o sintoma pode ter conotações diferentes, por exemplo, o cansaço pode ser
dispneia, fadiga... sendo assim, tem que definir de maneira mais clara o sintoma.
• O cansaço que o senhor queixa é falta de ar ou desânimo?
Confrontação: mostrar ao paciente algo acerca de suas próprias palavras ou comportamento. Você está
tendo contato com o paciente e pergunta: o senhor tem filhos? Tem bom contato com a esposa? – ele afirma
que sim, mas com lagrimas nos olhos.
• Como o senhor diz que está tudo bem se está com lagrimas nos olhos?
Interpretação: o paciente vem para um retorno de outro médico que atendeu, ele traz uns exames para
você ver o resultado.
• O médico faz uma observação a partir do que vai notando no relato ou comportamento do paciente.
• Ex: senhor parece preocupado com o resultado das radiografias, porque estava com um nódulo no
pulmão, mas não sabia se era câncer.
Resposta empática: é a intervenção do médico mostrando compreensão e aceitação sobre alguma coisa
expressa pelo paciente por palavras, gestos ou atitudes.
• paciente começa a chorar e não consegue terminar o relato, a resposta empática é quando
compreende o sofrimento do paciente, espera ele se recompor, oferece um lenço.
• Evitar induzir as respostas do paciente durante o relato – só pergunta as características da dor e
anota o que foi relatado.
1. Anamnese
2. Exame físico geral – aparelhos e sistemas
a. Posição do examinador: sempre ao lado direito do paciente.
b. Divisão da superfície corporal: seu conhecimento é essencial para anotar a localização da dor
(região frontal, temporal, hipogástrica, hipocôndrio)
Objetos físicos:
• Ambiente adequado: consultório ou quarto de enfermaria;
• Instrumental necessário (esteto, receita...): você não vai atender uma pessoa com dor de estomago
no meio de uma festa, bêbado, sem instrumento algum.
Objetos culturais:
• Com relação ao médico: ser ético, usar linguagem adequada, cuidar da apresentação pessoal.
• Com relação ao paciente: conhecer os componentes culturais da sua clientela – nível educacional,
padrões alimentares, medicina popular, religiosidade, conhecer as expectativas de comportamento
da clientela em geral (verificar se ela entendeu), conhecer a linguagem, conhecer os recursos
assistenciais disponíveis na comunidade, as condições sanitárias em que o paciente vive, conseguir
do paciente uma predisposição positiva para dar informações, estar atendo a indícios subliminares
(hesitações, gestos, expressões) que possam indicar incompreensões, receios, controlar suas
próprias manifestações que possam induzir respostas inadequadas.
➢ Nome
➢ Idade: incidência e prevalência de determinadas doenças por faixa etária (viroses comuns da
infância).
➢ Sexo: doenças específicas de determinado sexo, heranças genéticas ligadas ao X e ao Y ou maior
incidência em determinado sexo.
➢ Estado civil: casado, solteiro, separado judicialmente – importante para avaliar o ajustamento
familiar e social e suas implicações psicológicas.
➢ Raça: branco (leucoderma), negro (melanoderma), mulato ou pardo (faioderma) e amarelo.
• Motivo principal que levou o paciente a procurar auxílio médico: O que o senhor está sentindo? Qual
é seu problema? O que trouxe o senhor aqui?
• Preferencialmente, escolher uma única queixa, se não for possível, escolher no máximo três. Evitar o
uso de várias queixas ou um diagnóstico pré-estabelecido como queixa principal.
o Exemplo: QP: pneumonia ou QP: falta de ar, dor no peito, dor nas pernas e desânimo.
• É a espinha dorsal em torno da qual irá se desenrolar a história da moléstia (ou doença) atual: HMA
ou HDA
• É aceitável como queixa principal o motivo do encaminhamento do paciente para o especialista ou
serviço de referência
o exemplo: paciente vai ser submetido a amigdalectomia, encaminhado para realização de
risco cirúrgico; paciente encaminhado de outro serviço vítima de TCE, para ser submetido a
neurocirurgia; paciente vítima de acidente motociclístico, admitido no pronto socorro trazido
pelo corpo de bombeiros.
o Paciente com colecistite: sem QP, em HMA coloca que o paciente teve cólica de tal forma há
tanto tempo...
• Deve ser escrita com as palavras do paciente - termos leigos
o Exemplos: falta de ar; dor na boca do estômago; espinhela caída; cãibra de sangue; batedeira;
ânsia de vômito; perna inchada; queimação no peito; etc.
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• Quando começou
• Como começou
• Localização (pede para apontar com o dedo)
• Caráter ou qualidade (pontada, pressão)
• Irradiação
• Intensidade (1 a 10)
• Duração (continua ou intermitente)
• Evolução
• Relação com as funções orgânicas (dor no flanco direito – está sentido dor ao urinar?)
• Fatores desencadeantes ou agravantes, fatores atenuantes.
• Manifestações concomitantes ou sintomas associados (no órgão de origem e demais sistemas)
FEBRE TOSSE
• Quando começou? • Quando começou?
• Como começou? Início súbito ou gradual? • Como começou?
• Como evoluiu? Curva térmica, teve • Como evoluiu?
hipotermia e depois hipertermia? • Seca ou produtiva?
Melhorou, piorou ou estagnou?
o Se produtiva, perguntar em relação
• Intensidade? a expectoração:
• Término? Rápido ou gradual? ▪ Volume?
• Sinais e sintomas associados? Sudorese, ▪ Cheiro da espectoração?
calafrio
▪ Aspecto?
• Manifestações em outros órgãos e
• Manifestações concomitantes, perguntar
sistemas
ativamente sobre sintomas respiratórios.
• Terapêutica empregada?
• Como está agora?
• Como está agora?
DISPNÉIA
DIARRÉIA
• Quando começou?
• Quando começou?
• Como começou? Relação com os esforços
• Como começou? (é acompanhada com a dificuldade
• Como evoluiu? progressiva de realizar esforço físico)
• Número de episódios? • Como evoluiu? Relação com o decúbito –
ortopneia.
• Volume?
• Dispneia paroxística noturna? (quando o
• Cheiro?
paciente com IE deita, o edema de
• Tem muco, pus ou sangue? membros inferiores é absorvido e aumenta
• Manifestações concomitantes, perguntar o retorno venoso, piorando a sobrecarga
ativamente sobre sintomas do aparelho hídrica para o coração)
gastrointestinal. • Sintomas associados? Perguntar
• Como está agora? ativamente sobre sintomas cardíacos,
respiratórios...
VÔMITO
• Como está agora?
• Quando começou?
EDEMA
• Como começou?
• Quando começou?
• Como evoluiu?
• Como começou? Localização inicial
• Número de episódios?
• Como evoluiu? Extensão e intensidade.
• Volume?
• Sintomas associados
• Aspecto? Alimentar, bilioso, marrom,
borra de café? o generalizado: perguntar
ativamente sobre sintomas
• Manifestações concomitantes, perguntar cardíacos, reinais... sintomas de
ativamente sobre sintomas do aparelho doenças que cursem com edema
gastrointestinal. hipoproteico (cirrose hepática,
• Como está agora? síndrome nefrótica)
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• Interrogatório sintomatológico: perguntar se ele o paciente está sentido alguma outra coisa e anotar.
• Todo sintoma que o paciente se queixar.
• Se adolescente não se queixar de nada: nada digno de nota.
• O que perguntar para idoso: enxerga bem, escuta bem, equilíbrio, queixa urinária, articulações,
memória.
• Diabético: ferida no pé, mancha desconhecida no pé, procurar nefropatia, neuropatia, reticulopatia...
• Objetivos:
o Diagnosticas comorbidades ainda desconhecidas: A HDA sugere um diagnóstico de úlcera
péptica e no ISDAS o paciente queixa-se de edema de membros inferiores vespertino
associado a varizes, o que levou a diagnosticar insuficiência venosa crônica dos membros
inferiores.
o Descobrir sintomas mais relevantes que os da HDA: paciente o procurou com impotência
sexual e no ISDAS queixou-se de poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso, levando a
pensar no diagnóstico de DM que, na verdade, é a causa de sua impotência sexual.
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• Infecção do trato urinário – ITU baixo ou cistite: disúria, algúria, polaciúria e tenesmo vesical
• Otite média aguda – OMA: otalgia, otorréia e tinitus
• DM: poliúria, polidpsia, polifagia e perda de peso
Sintomas gerais: febre, sudorese, calafrios, astenia, fadiga, ganho de peso emagrecimento, prurido,
alterações do revestimento cutâneo, alterações do desenvolvimento físico – não tem especificidade.
Cabeça e pescoço – vai olhando no paciente e lembrando de perguntar: o senhor enxerga bem? Ouve
bem? Tem obstrução nasal? Algum tipo de alergia? Tem alguma ferida na boca?
• OLHO: sensação de corpo estranho, dor, ardência, lacrimejamento (epífora), amaurose
(cegueira), ambliopia (baixa visão), embaçado, hiperemia, sensação de olho seco, xantopsia
(olho amarelado), iantopsia, cloropsia, diplopia, fotofobia, nistagmo, escotomas, secreção,
alucinações visuais.
• CRÂNIO E FACE: dor, alterações dos cabelos e pelos
• PESCOÇO: alterações dos movimentos, tumorações, pulsações
• OUVIDOS: otalgia, otorreia, otorragia, zumbido, vertigem subjetiva (sensação de estar girando
em torno dos objetos), vertigem objetiva (sensação de estar girando em torno de si),
hipoacusia, anacusia
• NARIZ E CAVIDADES NASAIS: esternutação (espirros), obstrução nasal, coriza, epistaxe
anterior e posterior, dispneia, anosmia, hiposmia, hiperosmia, cacosmia, parosmia, alteração
da fonação, cefaleia, rinorreia posterior, tosse.
• CAVIDADE BUCAL E ANEXOS: alterações do apetite, polifagia ou hiperorexia, anorexia,
perversão do apetite, geofagia, sialose, halitose, glossalgia, dor na ATM, dor de dente, dor nas
glândulas salivares, trismo.
• FARINGE: disfagia, dispneia, tosse, halitose
• LARINGE: dor, disfonia, afonia, dispneia
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Tórax
• PAREDE TORÁCIDA: dor, dispneia
• MAMAS: dor, nódulos, secreção mamilar
• TRAQUEIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E PLEURAS: dor, tosse seca ou produtiva (frequência,
intensidade, tonalidade, relação com o decúbito e período que predomina), expectoração
(volume, cor, odor, consistência, aspecto), dispneia (intensidade e fatores desencadeantes),
hemoptise, vômica (paciente com abcesso pulmonar e elimina grande quantidade de pus),
chieira, estridor
• DIAFRAGMA E MEDIASTINO: dor, soluço, dispneia
• CORAÇÃO E GRANDES VASOS: dor (precordialgia), palpitações (horário de aparecimento,
modo de instalação e desaparecimento, relação com os esforços ou outros fatores
desencadeantes), dispneia (congestão pulmonar, relação com os esforços ou decúbitos –
ortopneia, dispneia paroxística noturna), tosse e expectoração, chieira, hemoptise, desmaio
– sincope (lipotimia)
• ESÔFAGO: disfagia alta (orofaríngea) ou baixa (esofagiana), odinofagia, dor, pirose,
regurgitação, hematêmese
Gastrointestinal
• ESTÔMAGO: dor (epigastralgia), dispepsia (conjunto de sintomas: empanzinamento,
desconforto epigástrico, sensação de distensão por gases, náuseas e intolerância a certos
alimentos), pirose, náuseas e vômitos
• INTESTINO DELGADO: esteatorréia (alto teor de gordura na evacuação)
• CÓLON, RETO E ÂNUS: diarreia, dor, obstipação intestinal, sangramento anal, prurido anal,
distensão abdominal, náuseas e vômitos
Glândulas Anexas
• FÍGADO E VIAS BILIARES: dor, icterícia, colúria, acolica ou hipocolia, prurido
• PÂNCREAS: dor, icterícia, diarreia e esteatorreia, náuseas e vômitos
Renal
• RINS E VIAS URINÁRIAS: incontinência urinária, retenção urinária, hesitação, modificação do
jato urinário, escúria paradóxica, alguria, disúria, poliúria, polaciúria, oligúria, anúria,
noctúria, urgência miccional, enurese, alterações na cor e no cheiro da urina (hematúria,
colúria, mioglobinúria)
Genital
• ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS: lesões penianas, nódulos nos testículos, corrimento uretral
disfunções sexuais, priaprismo (ereção prolongada), hemospermia.
• ÓRGÃOS GENITAIS FEMININOS: distúrbios menstruais (polimenorreia, hipermenorreia,
oligomenorreia, amenorreia primária ou segundária, menorragia, dismenorreia), TPM,
corrimento (quantidade, aspecto, relação com as diferentes fases dos ciclos), prurido
Endócrino
• TIREÓIDE: alterações locais (dor, nódulo, rouquidão, dispneia, disfagia), hipertireoidismo
(hipersensibilidade ao calor, aumento da sudorese, perda de peso, taquicardia, tremores,
irritabilidade, insônia, astenia, diarreia, exoftalmia), hipotireoidismo (hipersensibilidade ao
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o Desenvolvimento físico
o Controle de esfíncteres
o Aproveitamento escolar
o Vacinação
• Puberdade
• Menarca
• Características do ciclo menstrual – duração do ciclo, intervalo entre ciclos, quantidade do fluxo
(21/07; 28/03)
• Climatério
• Menopausa
• Vida sexual (ativa, inativa, quantos parceiros ao ano, promíscua ou não, hetero/homo/bissexual)
• História ginecológica (G,P,A,Nat,Neo,FV)
o Nat: nascidos mortos
o Neo: morreram de 0 a 30 dias de vida
o FV: filhos vivos
o 4 gestações, 1 aborto, 1 parto gemelar, 1 nascido morto: G4 P4 A1 Nat1 Neo1 FV3
o 2 gestações e 2 partos gemelares: G2 P4 A0 Nat0 Neo0 FV4
• Doenças
• Comorbidades
• Diagnósticos Secundários
• VCI ou DCI (viroses ou doenças comuns da infância): sarampo, rubéola, coqueluche, varicela,
caxumba, moléstia reumática, amigdalites.
• Passado clínico: DM, HAS, dislipidemia, nefropatias, cardiopatias, pneumopatias, hepatopatias,
doenças infecto-contagiosas, tuberculose, malária, hepatite, etc...
o Se não: nada digno de nota ou negou as principais patologias.
• Internações anteriores – quando e porquê?
• Passado ortopédico: fraturas, lesões articulares, deformidades.
• Alergias: asma, rinite alérgica, eczema (alergia de pele crônica), dermatite atópica, alergia
medicamentosa, alimentar, etc
• Passado cirúrgico: registrar o tipo de cirurgia, a data e, se possível, a indicação da cirurgia
o Ectomia = exérese
o Gatrectomia total: exérese do estômago
o Antrectomia: exérese do antro o Hemicolectomia direita: exérese do
o Colectomia total: exérese do cólon ascendente e parte do cólon
intestino grosso transverso.
o Sigmoidectomia: exérese do
sigmoide.
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• Indagar sobre o estado de saúde dos pais e irmãos, incluindo filhos e o cônjuge se houver. Em caso
de falecimento, indagar sobre idade e causa da morte.
• Perguntar se na família há casos de DM2, HAS, pneumopatias, nefropatias ou doenças autoimunes,
câncer, DAC, dislipidemias, cardiopatia, AVC, úlcera péptica, colelitíase, varizes ou doenças de
caráter hereditário (hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos)
• Terminações nervosas livres de fibras mielínicas finas (A-delta ou lll): sensíveis aos estímulos
mecanismos e/ou térmicos nóxicos.
• Terminações nervosas livres de fibras amielínicas (C ou IV): sensíveis aos estímulos químicos,
mecânicos e térmicos.
• Nociceptores musculares: mais sensíveis ao estiramento e a contração isquêmica.
• Articulares: mais sensíveis aos processos inflamatórios e aos movimentos extremos.
• Viscerais: mais sensíveis à distensão, tração, isquemia, ao processo inflamatória e à contração
espasmódica.
• Nociceptores das cápsulas das vísceras maciças: mais sensíveis a distensão
• Miocárdicos: mais sensíveis à isquemia
• Tegumentares: mais sensíveis à estímulos térmicos, mecânicos e químicos, mas não são sensíveis a
distensão e à tração.
• Os parênquimas cerebral, hepático, esplênico e pulmonar são praticamente indolores
Letícia Santos – MED XXXVIII 14
Deve-se a ativação dos nociceptores e a transmissão dos impulsos aí gerados pelas vias nociceptivas
até as regiões do SNC onde eles são interpretados. Ou seja, é a dor causada em locais que possuem
nociceptores. Ex: picada de inseto, corte na pele, dor da apendicite, dor da cólica nefrética, fratura de um
osso, etc...
• somática superficial: bem localizada, devido ao menor numero de segmentos medulares envolvidos
na inervação da estrutura lesada, ex: picada de inseto. Estimulação dos nociceptores do tegumento
– trauma, queimadura, processo inflamatório.
• somática profunda e visceral: dor difusa devido ao maior numero de segmentos medulares
envolvidos na inervação da estrutura lesada, ex: pneumonia mais centralizada. Estimulação dos
nociceptores dos músculos, tendões, ligamentos, fáscias e articulações.
• espontânea: facada, agulhada, pontada, latejante – uma dor que aparece sem nenhuma manobra
semiológica ao exame físico.
• Evocada: desencadeada por alguma manobra – manobra de Lasègue na ciatalgia (estiramento do
ciático)
• Dor neuropática: dor por injuria neural, dor central, dor por desaferentação (via aferente)
Seu mecanismo fisiopatológico não é claro, é gerada no SNC sem qualquer estimulo externo ou interno.
É decorrente de lesão no sistema nervoso central ou periférico e ocorre, mais comumente, dias, semanas,
meses ou até anos após o fator causal.
Letícia Santos – MED XXXVIII 15
Ex: dor da neuropatia periférica alcoólica e diabética; neuralgia pós-herpética, neuralgia do trigêmeo, dor do
membro fantasma
Tipos de dor neuropática:
- Dor constante: disestesia – queimação ou formigamento
- Dor intermitente: dor em choque, aguda
- Dor evocada: alodínia e hiperpatia (estímulos que não são álgicos)
• Dor mista
A dor mista tem um componente neuropático e um componente nociceptivo.
Ex: dor das neoplasias malignas (câncer)
• Dor psicogênica
Tende a ser difusa, generalizada e as vezes localizada; tende a corresponder à imagem corporal que o
paciente tem da estrutura que ele julga doente.
Ex: dor no mamilo esquerdo quando o paciente julga estar infartando.
• Dor visceral
- Verdadeira: comprometimento da própria víscera – dor da Angina pectoris.
- Comprometimento secundário do peritônio ou pleura parietal – dor somática profunda.
- Dor irradiada: dor sentida a distancia de sua origem, porém, obrigatoriamente em estruturas inervadas
pela raiz nervosa ou nervo, cuja estimulação nóxica é responsável pela dor – ciatalgia
- Dor referida – reflexo viscerocutâneo: o estimulo doloroso
procedente de uma víscera é conduzido pelo neurônio
aferente visceral e penetra na medula juntamente com o
neurônio aferente somático, responsável pela sensibilidade
superficial daquele metâmero e ambos são conduzidos ao
SNC pelo feixe espinotalâmico.
O estimulo doloroso vindo de uma víscera é
“percebido” pelo cérebro como se tivesse nascido
na área metâmero correspondente.
Dor da apendicite referida na região epigástrica ou
mesogástrica; colecistite aguda referida no ombro,
pescoço e subescapular à direita; cólica renal
referida no testículo ou lábios vaginais ipsilateral.
• Quando começou?
• Como começou? Início súbito ou insidioso.
• Localização – pedir que o paciente aponte com o dedo
• Irradiação e dor referida
• Qualidade ou caráter: cólica, queimação...
o Dor pulsátil ou latejante: enxaqueca, dor de dente
o Dor em choque: neuralgia do trigêmio, ciatalgia
o Dor em cólica ou torcedura: cólica renal, menstrual, biliar, intestinal
Letícia Santos – MED XXXVIII 16
A febre é um sinal de alerta muito importante para alertar que algo está acontecendo no organismo do
indivíduo e, geralmente, é uma infecção bacteriana – é comum o médico não achar nenhum foco de infecção
bacteriana e ainda assim entrar com antibioticoterapia.
• Infeção viral, fúngica • Reabsorção de hematomas
• Processos inflamatórios • Esmagamentos
• Processos isquêmicos • Lesões teciduais sem relação com infecção
• Neoplasias
A consequência drástica de achar que sempre que tem febre é uma infecção bacteriana, levou à
seleção de bactérias (uso desnecessário).
Muito difícil de ser descoberta, já que não encontra nenhum sinal, o paciente sempre retorna se
queixando de febre. Tenta achar o foco infeccioso, mas nunca acha e a chance de um foco autoimune é
muito grande.
Endocardite – fazer hemocultura e ecocardiograma. É mais comum em pessoas já doentes, pois a
lesão em válvulas doentes ou em próteses suínas é mais fácil de acontecer.
Doenças granulomatosas: tuberculose, infecção fúngica sistêmica.
• Sede • Inapetência
• Oligúria • Taquicardia
Muito importante que o paciente compre um termômetro e meça de 3 a 4 vezes ao dia, para poder fazer
um gráfico da temperatura, para ver se o quadro térmico direciona a patologia
• Febre continua: temperatura sempre acima do normal com variações de até 1°C.
o Ex: febre tifoide e pneumonia.
• Febre irregular ou séptica: paciente tem picos febris muito altos e pode ter hipotermia. Tem períodos
de ausência de febre (apirexia).
o Ex: septicemia, abcesso no pulmão, na vesícula, tuberculose, fase inicial da malária.
• Febre remitente: hipertermia diária com varrições maiores que 1°C, sem períodos de apirexia.
o Ex: septicemia, pneumonia e tuberculose. A tuberculose a febre é predominantemente
vespertina e tem muita sudorese a noite.
• Febre ondulante: períodos de temperatura normal que dura dias ou semanas até que seja
interrompido por períodos de temperatura elevada.
o Ex: brucelose, doença de Hodgkin e outros linfomas.
• Febre intermitente:
o Cotidiana: febre pela manhã e ausência de febre à tarde.
o Terçã: febre em dias alternados.
o Quartã: dois dias de apirexia e um dia de febre.
o Ex: malária, infecções urinárias, septicemias
• Em crise: a hipertermia desaparece subitamente com sudorese profusa e prostração. Ex: acesso
malárico.
• Em lise: a hipertermia vai desaparecendo gradualmente, paciente não tem sintomatologia muito
importante de sudorese.
• Diagnóstico clínico: reconhecimento de uma doença com base na anamnese e exame clínico
o Dor de ouvido, tinitus, febre, na otoscopia a membrana timpânica está embaçada – otite
média aguda
o Dor de garganta, odinofagia, disfagia e febre, na oroscopia tem planas de pus – tonsilite
bacteriana
o Cansaço, poliuria, emagrecimento, disfunção erétil, polidipsia, polifagia, visão turva,
parestesias, desidratação e sinais de perda ponderal recente – DM
• Diagnóstico sindrômico: conjunto de sinais e sintomas que caracterizam muitas doenças
o ascite + edema de membros inferiores + derrame pleural = síndrome congestiva, que pode
ser causada por insuficiência hepática, insuficiência cardíaca, insuficiência renal.
• Diagnóstico etiológico: baseado no isolamento do agente etiológico por cultura ou sorologia
o Corona vírus
o Hepatite: dor no hipocôndrio direito, icterícia, coluria, na anamnese relata que frequentou
uma água que pode ser suspeita – diagnóstico de hepatite A, na sorologia detecta IgM contra
o vírus A
o Pneumonia por pneumococo – cultura de escarro, detecta o agente da pneumonia e
aproveita para testar a sensibilidade do mesmo no antibiograma para saver qual antibiótico
usa
• Diagnóstico anatômico e funcional: pede para o paciente apontar para sabermos a anatomia da dor
– podemos errar se for uma dor referida.
• Diagnóstico laboratorial: pode ser endoscópio, anatomopatológico, colonoscópio
• Diagnóstico histopatológico: localiza o nódulo para puncionar e fazer a citologia oncótica.
• Diagnóstico ultrassonográfico
• Diagnóstico tomográfico
• Diagnóstico por RNM: neuro eixo – padrão ouro para coluna
• Diagnóstico radiológico
• Diagnóstico endoscópio
Letícia Santos | MED XXXVIII 21
• Diagnóstico colonoscópico: usa fibra óptica, que tambem é usada para rinoscopia, mediastinoscopia,
cistoscopia, uro, isteroscopia, etc...
• Paternalista: não tem metas rígidas, fica falando que o paciente está melhorando.
• Agressivo: reclama de tudo
• Inseguro: no começo da carreira temos muito medo e grandes dificuldades técnicas.
• Frustrado
• Superespecialista: só sabe da área em que atua
• Sem vocação
• Rotulador: tem pouco conhecimento clinico
• Otimista: dá falsas esperanças para a família
• Autoritário: aquele que não sabe trabalhar em família
• Médico ideal: é aquele que tem conhecimento cientifico adequado, aliado à integridade, respeito e
compaixão
Letícia Santos | MED XXXVIII 23
audição
• Ambiente adequado
• Posição adequada – sempre ao lado direito do paciente
• Instrução do paciente de maneira adequada – o esteto não pode estar em cima da roupa e devemos
orientar o paciente como ele deve ficar e respirar
• Escolha correta do receptor: campânula (estenose mitral, terceira e quarta bulha cardíaca) ou
diafragma (mais utilizado, exceto para sons mais rudes). O receptor deve apenas tocar o paciente de
maneira suave e não ser pressionado contra ele.
Letícia Santos | MED XXXVIII 25
código vermelho
• Reestabelecer as condições respiratórias e hemodinâmicas
• A e B: abertura e avaliação das vias aéreas
• C: condições hemodinâmicas – pressão arterial e ritmo cardíaco.
• Bom Estado Geral (BEG): paciente sem sinais graves ou preocupantes, normalmente encontrados
em ambulatórios, consultórioa, PSF em consultas de rotinas ou está para receber alta no hospital,
mas sem disfunção orgânica ou sintoma agudizado.
• Regular Estado Geral (REG): paciente mal, com alguma disfunção orgânica ou sintoma agudizado que
está deixando-o prostrado, mas sem correr risco de vida.
• Ruim ou Mal Estado Geral (MEG): paciente que precisa de todo um suporte para manter a vida (corre
risco de vida), que está na UTI com suporte ventilatório, hemodiálise, oncologia.
Letícia Santos | MED XXXVIII 26
• Hábito grácil: paciente que possui caracteres sexuais secundários desenvolvidos, mas parece uma
criança – homem sem barba, pelos, voz fina, baixa estatura. Não tem nenhuma alteração de
desenvolvimento.
• Infantilismo: o paciente não desenvolve caracteres sexuais secundários. Pode haver déficit cognitivo.
• Hiperdesenvolvimento – gigantismo: a principal causa são os adenomas hipofisários produtores de
GH. É comum a compressão do quiasma optico – hemianopsia.
o Gigantismo: o tumor surge na infância e a criança cresce ilimitadamente até se tornar um
adulto gigante.
Letícia Santos | XXXVIII 27
Atitudes voluntárias
• Ortopnéica: paciente não está tendo dispneia com intolerância ao decúbito dorsal horizontal,
mostrando que ele está com congestão no pulmão (acumulo de liquido nos alvéolos e no interstício
pulmonar) – nessa posição a tendência do liquido, devido à gravidade, é se acumular nas bases
pulmonares e , assim, conseguir efetuar as trocas gasosas com o parênquima pulmonar livre de
congestão.
o Congestão pulmonar relacionada à IC esquerda descompensada
• Genupeitoral ou prece maometana: derrame pericárdico – quando o paciente
está sentado ou em pé, o derrame se acumula nas bases e comprime os
ventrículos, atrapalhando o enchimento dos mesmos. A atitude genupeitoral se
torna compensatória, pois o liquido vai para a região atrial, melhorando o
relaxamento e enchimento ventricular.
• Cócoras: cardiopatias congênitas cianogênicas, em que há um shunt do lado
esquerdo para o direito (mistura de sangue venoso com arterial) – posição
agachada, com a perna dobrada e encostada no tórax; diminui o retorno venoso e
aumenta a resistencia vascular sistemica, sendo assim, a pressão no VD cai e
passará menos sangue venoso para o lado arterial, melhorando a cianose e o
desconforto do paciente.
• Parkinsoniana: flexão do tronco, tremor, marcha de passos curtos, fácies
inexpressiva.
• Decúbito lateral: é compensatória em pacientes com dor na coluna, que tem derrame pleural e tende
a repousar em decubito lateral em cima do pulmao doente, assim o pulmão sadio fica livre para fazer
as vezes dos dois pulmões (se torna vicariante).
• Decúbito dorsal: compensatória em pacientes com peritonite.
• Decúbito ventral: compensatório nas dores abdominais como colicas.
Atitudes involuntárias
• Passiva: paciente com trtraplegia consegue movimentar sua cadeira com um dispositivo.
• Ortótono: rigidez muscular generalizada em decubito dorsal horizonta – tetano.
• Opistótono: paciente tem um espasmo muito violento e a cabeça tende a encontrar com o calcanhar,
os ossos da regiao lombar se chocam violentamente – tetano e meningite.
• Emprostótono: rigidez corporal voltada para frente – tetano.
• Pleurostótono: rigidez para os lados.
• Mão em gota/caída: lesão do plexo braquial – durante o parto vaginal ou por trauma
• Posição em gatilho: paciente fica rígido em posição fetal – comum em paciente com paralisia cerebral
decorrente de hipoxia durante o parto.
• Torcicolo congênito: lesão do musculo esternocleidomastoideo durante o parto vaginal.
Letícia Santos | XXXVIII 31
• Peso
• Sinais vitais (hipotenso e taquicardico em desidratação de 2º e 3º grau)
• Diurese (oligurico, volume de diurese diminuido, mas se a causa for diabetes será poliuria)
paciente desidratado, o rim não está filtrando porque não chega liquido
para ele (desidratação absoluta), estimulando a macula densa a produzir renina e, consequentemente,
aumenta a pressão, retendo Na e agua.
Ao chegar os exames laboratoriais, dividimos a ureia pela creatinina e, se o resultado for maior que
40, sugere fortemente que o paciente está oligurico por hipovolemia.
como tem deficit de agua e aumento de Na, excesso de agua, hiponatremia e hiposmolaridade,
aumenta a osmolaridade e aumenta a liberação de a liberação de ADH é inibida e aumenta a excreção
ADH – o rim diminui a excreção de agua e há um de agua pelos rins.
estimulo no centro da sede.
Letícia Santos | XXXVIII 33
2 x Na + ureia/6 + glicose/18
VR: 280 a 310 mosm/L
sindrome caracterizada por deficiencia de calorias, proteinas e vitaminas e seu IMC é abaixo de
18,5.
multifatorial.
• Primária • Aguda
• Secundária • Crônica
• Enoftalmia
• Pregas glúteas verticalizadas
• Sulcos de Harrison (costela) e Rosário raquítico
• Musculatura hipotrófica
• Tecido celular subcutâneo e panículo adiposo escassos ou ausentes
• Abdome escavado
Letícia Santos | XXXVIII 36
• Presença de lesões
• normocoradas • Normal
• hipocoradas (ex: ++/4+), se deve ao teor de • Hipertermia – localizada ou generalizada
hemoglobina (febre)
o hipocorada e ictérica: suspeita de • Hipotermia – localizada (obstrução arterial
anemia hemolítica, paciente nega ou vasoconstrição) ou generalizada
colúria e acolia (choque, exposição ao frio)
• hipercorada: excesso de hemoglobina.
o Generalizado: plectórico – DPOC
(excesso de glóbulos vermelhos • A velocidade que volta quando avalia o
para tentar compensar a hipóxia), turgor
Cushing
• Normal
o Localizada: hiperemia – processos
• Aumentada/hiperelástica
inflamatórios/infecciosos da pele e
• Diminuida/hipoelástica
tecidos celular subcutâneo.
• Normal
• Pele normal
• Diminuído
• Pele seca – áreas edemaciadas após a
regressão do edema, eczema, ictiose,
hipotireoidismo
• O quanto eu consigo esticar a pele
• Pele com a umidade
aumentada/sudorenta: hipertiroidismo de • Diminuída ou ausente – mão
esclerodérmica (a mão fica brilhante
Basedow-Graves (suor quente), TAG (suor
devido ao excesso de colágeno)
frio), paciente chocado, hipotenso
(4+)
• Central – causa da cianose é diminuição do O2 do ar, doença do coração levando a uma congestão
pulmonar, doença do pulmão
• Periférica – obstrução da artéria que nutre aquele segmento, doença arterial periférica.
• Causas: compressão da via biliar externa por coledocolitíase, tumor na cabeça do pâncreas, tumor
na papila duodenal, compressão extrínseca, obstrução do ducto hepático comum, ducto colédoco,
ampola de Watter por cálculo...
• Tríade clínica: icterícia, colúria e acolia
• Tríade laboratorial: aumento de bilirrubina direta, gamaGT e fosfatase alcalina
• Colelitíase e colecistite (pedra e inflamação na vesícula) não causam colestase
• Cirrose hepática é uma doença crônica
• ***colestase intra-hepática é causada por obstrução dos canalículos hepáticos, câncer de fígado,
hepatomegalia, hepatite, etc... mas possui ausência de colúria e acolia, já que há um aumento da
bilirrubina indireta
Sinais e sintomas
• prurido (bilirrubina irrita terminações nervosas)
• emagrecimento
• irregularidade menstrual
• impotência, atrofia testicular e queda de pelos
• gengivorragia
• epistaxe
• sonolência
• asterixis (leva a mão do paciente para trás e, ao voltar para o basal, treme)
• câimbras
• confusão mental
• hálito hepático
Letícia Santos | XXXVIII 38
• 1 a 3 semanas
• Inflamação com hepatomegalia e distensão da cápsula de Glisson, a qual é cheia de nociceptores
Quadro clínico
• Primário – mais comum em mulheres e no frio. Para evitar que isso ocorra, basta manter aquecido
as extremidades com luvas, meias...
• Secundário – normalmente relacionado à colagenoses, como artrites e LES, sendo assim é preciso
tratar a doença de base com imunossupressores
• Fases
o Fase 1: isquemia – vasoconstrição extrema, palidez (ausência de hiperfusão)
o Fase 2: cianose
o Fase 3: vasodilatação extrema – rubor
Letícia Santos | XXXVIII 39
• Hereditária
• Inchaço após um estimulo
• Ex: pessoa escarifica sua pele com a unha e, com isso, forma um vergão que demora para sair
Sólidas
• Pápulas: é só meia circunferência, está só na epiderme – acne, molusco contagioso (o meio tem um
umbigo)
• Nódulos e tubérculos: circunferência inteira, acima da derme é a parte protuza, mas ao palpar (pinça)
é dérmico e epidérmico – gota, hanseníase, lipomas, cistos sebáceos, fibroma (neurofibrimatose),
acrocórdons (tipo verrugas no pescoço, debaixo da mama...).
• Urticária – parece da reação alérgica, mas não é uma mancha e, quando tangencia essa placa, ela é
sólida; aparece de um dia para o outro.
• Queratose pilar
• Queratose palmar e plantar (difusa e localizada – calos), tem que fazer o diagnóstico diferencial de
HPV
• Vegetações – verruga vulgar, HPV; se olhar com uma lupa parece uma couve-flor.
• Espessamento/infiltração: hanseníase, pode confundir com a urticária, mas demora meses para
desenvolver; o centro da lesão não tem o mesmo grau de hiperemia das bordas; sensibilidade
diminuída.
• Liquenificação: espessamento da pele sem hiperemia, causado por alergia crônica – eczema; pode
ser causada por estase venosa, por conta do prurido – eczema de estase.
• Esclerose: atrofia localizada com excesso de colágeno – esclerodermia cutânea, pode ser causada
por radioterapia ou por esclerodermia
• Edema
Soluções de continuidade
• Escoriação: ralado
• Erosão: queimadura de segundo grau e a bolha se rompe, tem perda somente da epiderme.
o Gastrite: múltiplas erosões no estômago
• Fissura ou rágades: rachadura da pele (pode ter no ânus, tem que fazer diagnóstico diferencial de
hemorroida)
• Úlcera: atinge as partes mais profundas, derme e tecido subcutâneo
• Fístula: é a comunicação de uma coleção de pus ou do lúmen intestinal com o meio externo –
dentária, anal, enteral (doença de Chron)
Letícia Santos | XXXVIII 41
Sequela
• Estrias: gravídica, de crescimento, obesidade, Cushing (largas e vinhosas)
• Radiodermite: sequela da radioterapia
• Cicatrizes +
o Hipertrófica: queloides
o Hipotróficas
Sinal de Nikolsky: paciente perde as junções epidérmicas (ao passar a mão na pele, a epiderme sai) –
pênfigo vulgar/fogo selvagem
Letícia Santos | XXXVIII 42
mostra alterações que refletem em alterações clinicas, como tabagismo, anemia ferropriva,
ansiedade
Avaliar:
➢ Forma
o Anemia ferropriva crônica: em forma de colher
➢ Implantação
o Excesso de queratina em trabalhadores braçais, dura, sem briho e escura
➢ Superfície: lisa ou regular
➢ Brilho
➢ Coloração
Unhas roídas
Avaliar a distribuição
• Tipo de implantação
o Isossexual masculino: com retração frontal
o Isossexual feminina: quadradinho
• Distribuição
• Quantidade
• Coloração
• Espessura
• Brilho
psicodermatose
• O paciente tem uma queda de cabelo em determinada região, se olhar com a lupa observa uma
atrofia do folículo piloso
• Infeção fúngica
• Onde tem a clareira sem cabelo observa o folículo piloso, mas o fungo cortou o pelo próximo a origem
do folículo
Letícia Santos | XXXVIII 45
• Condição inflamatória que atinge a derme e o tecido celular subcutâneo, com grande envolvimento
dos vasos linfáticos. Todo paciente com erisipela de repetição acaba desenvolvendo um linfedema
naquele membro em que houve a inflamação
• Representa uma forma superficial da celulite, pois atinge predominantemente a derme e a parte
superior da gordura subcutânea
• Tratamento com antibiótico com espectro bom para
bactérias da pele
• Está relacionada à insuficiência venosa
• Bolha: normalmente é por Staphyloccus
• Quadro clínico: edema, febre, hiperemia, hipertermia, dor
a palpação
• Fatores de risco: obesidade, diabetes, imunodepressão e,
principalmente, porta de entrada.
Quantidade Distribuição
Fotossensibilidade e Fotodermatose
1. Agudas
• Fotodermatose: queimadura solar
• Fototoxicidade: dermatite medicamentosa, evolui com bolhas
• Fotoalergia solar: urticária solar
2. Crônicas
• Fotoenvelhecimento – pré cancerígenas (crônica)
o Ceratose actínica
o Dermato heliose
o Lentigo solar
• Câncer de pele
o Melanoma
o Basocelular
o Espinocelular
• A deficiência de niacina é uma deficiência nutricional causada pela falta de ácido nicotínico (niacina,
vitaminaB3 ou PP) ou falta de triptofano que é um aminoácido essencial
• É mais comum em países subdesenvolvidos com dieta restrita, em álcoolatras e em pessoas com
AIDS
Quadro Clínico – 3D
• Fotodermatose grave, quando exposto ao sol, o paciente tem uma desintegração da epiderme
(parece uma queimadura de 3º grau)
Letícia Santos | XXXVIII 47
Troficidade:
• Normotrófica
• Hipertrófica
• Hipotrófica: nem toda musculatura hipotrófica é, necessariamente, hipotônica; o magro fisiológico
tem força e tônus preservados
Tonicidade
• Normotônica
• Hipotônica ou flácida
• Hipertônica
o Espástica ou elástica: sequela de AVE (hemiplegia a esquerda, por exemplo), atinge somente
o flexor do braço e da perna, (sinal de canivete – abre o braço do paciente e ele volta de
uma vez)
o Rígida ou plástica: Parkinson (sinal da roda dentada – puxa o braço do paciente e é bem
rígido, como se fosse um braço de robô)
Letícia Santos | XXXVIII 48
➢ Gânglios que estão evoluindo em número e tamanho, pede sorologia de doenças infecciosas que
cursam com a linfoadenomegalia, se todas derem negativo, tenho que fazer biopsia.
➢ Gânglios regredindo em número e tamanho e sorologia negativa, eu avalio o paciente, se não for
nada preocupante eu posso liberar, mas continuar avaliando-o.
Asterixis – paciente com encefalopatia hepática, acumulo de amônia no SNC. Puxa a mão do paciente para
trás e ela volta “quicando”
• Diminuição da drenagem linfática: linfedema (erisipela de repetição, filariose, paciente que teve
câncer e tirou a cadeia ganglionar inguinal – edema de MMII, mastectomia total e tira a cadeia
axilar...)
• Aumento da pressão hidrostática: trombose venosa profunda; insuficiência venosa crônica,
predominantemente vespertino quando o paciente fica muito sentado ou em pé;
• Aumento da permeabilidade capilar: celulite ou erisipela (sinais flogístico, processo inflamatório)
anasarca
• Aumento da pressão hidrostática: insuficiência cardíaca biventricular (coração não está bombeando)
e/ou renal (não está filtrando)
• Diminuição da pressão oncótica:
o Paciente não está ingerindo a proteína – câncer de esôfago, por exemplo
o Não está absorvendo – doença celíaca
o Não está metabolizando – cirrose hepática avançada
o Está perdendo – síndrome nefrótica
o Está consumindo – câncer avançado
• Aumento da permeabilidade capilar: processo inflamatório sistêmico – sepse
*ICC esquerda: congestão pulmonar, atitude ortopneica para compensar, cianose, estase jugular
*ICC direita: ingurgitamento patológico da jugular, hepatomegalia, asciete e edema de MMII
• Intensidade +4
o Sinal do Cacifo, profundidade da fóvea
• Localizado ou generalizado
• Consistência
o Mole: hipoproteinemia
o Duro: inflamatório, linfedema (crônico – mal consegue fazer a fóvea)
• Elasticidade
o Elástico: inflamatório, linfedema
o Inelástico: hipoproteinemia
Letícia Santos | XXXVIII 50
• Boa postura
• Postura sofrível – muito comum em adolescente
• Má postura – principal causa de dor na coluna, prescrevemos um analgésico comum e encaminhamos
para o fisioterapeuta
Osteoporese
• Principal causa de má postura e postura sofrível em idosos
• Acunhamento posterior – hiperlordose
• Acunhamento lateral – escoliose
Triângulo de Charpy: ângulo formado entre o rebordo das ultimas costelas e o processo xifoide.
• Longilíneo: menor que 90º; ictus cordis no sexto espaço intercostal para a direita da linha
hemiclavicular esquerda
• Mediolíneo: aproximadamente 90º; ictus cordis no quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular
esquerda
• Brevilíneo: maior que 90º; ictus cordis no quarto espaço intercostal para a esquerda da linha
hemiclavicular esquerda
*é importante saber para detectar a posição das vísceras, dos pontos dolorosos...
Temperatura
• Normal: até 37ºC
• Febre leve ou febrícula: 37,5º (no hospital considera até 37,8)
• Moderada: de 37,5 a 38,5
• Alta: acima de 38,5
Letícia Santos | XXXVIII 51
Frequência respiratória
• Respiração da mulher geralmente é costal superior, enquanto no homem é toracoabdominal.
• Finjo que estou contando o pulso e conto a FR
• 16 a 20 irm: eupneico
• <16irm: bradipneico
• >20irm: taquipneico
Frequência cardíaca
• Pulso radial
• 60 a 100 bpm: eucárdico
• <60bpm: bradicárdico
• >100bpm: taquicardio
• Fibrilação atrial e algumas cardiopatias: tem diferença do pulso do foco mitral e no pulso radial. Se
essa diferença for maior que 10, é porque tem sístoles que não estão gerando pulso periférico
• PA: método auscultatório e palpatório
Comprometimento do retorno venoso que causa uma estase venosa, que predomina no membro
inferior distal, causando a síndrome da insuficiência venosa crônica.
Exame físico:
• Aparecimento de ulceras de estase: predominantemente na região maleolar
• Dermatite ocre: pele com cor de ferrugem, devido ao acumulo de hemossiderina por causa das
hemácias que se romperam
• Dermatofibrose: parte clara, área em que já houve uma ferida e, posteriormente, houve a fibrose
da derme – perna em gargalo de garrafa.
• Edema de MMII, predominantemente vespertino depois que o paciente passou o dia sentado/em
pé, assimétrico
Letícia Santos | XXXVIII 52
• Eczema de estase: as terminações nervosas livres, por causa da estase venosa, geram um prurido
crônico; a pele fica espessada, seca, descamativa.
Diagnóstico
• Clínico
• Doppler venoso
Processo inflamatório com formação de trombos nas veias superficiais, pode acontecer
nas varizes de membros inferiores, na safena; é muito frequente por contaminação do acesso venoso
periférico
Tríade de Virchow
• Estase venosa, causada pela doença crônica que o paciente apresenta – dilatação, tortuosidade,
destruição das válvulas
• Alterações da coagulação
• Hipercoagubiidade
Fatores genéticos podem levar a TVP – síndromes trombofílicas
• SAF
• Mutação no fato V
• Deficiência de proteína C e S
Fatores de risco
• Viagem prolongada
• Neoplasias malignas – muita liberação de citocinas inflamatórias, TFN, causando uma
hiperviscosidade sanguínea e uma tendência a coagubilidade
• Gravidez e puerpério – útero comprime a pelve e o retorno venoso dos MMII fica complicado
• Idade avançada – fatores de Virchow mais presentes
o Idade avançada + imobilização + cirurgia ortopédica: pacientes com alto risco de TVP, eles
precisam tomar heparina profilática.
• Obesidade
• Tabagismo
• Uso de anticoncepcional
• Imobilização (UTI por exemplo)
• Cirurgia ortopédica
Quadro clínico
• Dor
• Edema
• Empastamento muscular – a musculatura da panturrilha está dura e aderida aos planos profundos
• Palpação dolorosa
• Dor no trajeto venoso
• Sinal de Homans – dorsiflexão forçada do pé
• Cianose – acúmulo de sangue venoso
Letícia Santos | XXXVIII 53
Exame Físico
• Sinal da bandeira negativo: pede para o paciente pisar na cama, tenta mobilizar o gastrocnemio
para os dois lados e compara com o outro membro, no lado afetado não é possível mobilizar o
musculo (empastamento)
• Sinal de Olow negativo: comprime o gastrocnemio, fazendo uma pinça com o polegar e indicador e
o paciente vai referir dor
• Sinal de Bancroft positivo: apertar o gastrocnemio em direção à tíbia e o paciente vai referir dor
• Sinal de Denecke-Payr: comprime com o polegar o arco plantar, mas será positivo somente se a
TVP for distal
Diagnóstico
• Doppler venoso
• AngioTC – fase venosa
• AngioRNM – fase venosa
Entre intermediária e alta, se não for possível confirmar o diagnóstico, eu trato do mesmo jeito e,
caso o diagnóstico for descartado, suspende a medicamentação
Diagnóstico
• Clínico
• AngioTC de tórax
• D dímero: se estiver alto, significa que o paciente teve um fenômeno tromboembólico, mas não
necessariamente no pulmão. Com isso, se ele vier negativo, ele exclui TEP.
Letícia Santos | XXXVIII 54
Pulsos
• Frequência
• Déficit de pulso: avaliar o pulso e o foco mitral
• Ritmo
• Amplitude
• Tensão
• Tipos de ondas
• Fluxo
Pulsos a serem palpados
• Membros superiores: radial, braquial, axilar
• Membros inferiores: pulso femoral, poplíteo, tibial anterior/pedioso/dorsal do pé, tibial posterior
(atrás do maléolo medial)
• Pulso carotídeo, femoral: tem que palpar e auscultar
• Artéria renal, aorta abdominal e ilíacas: auscultar
• Pulso temporal: ramo da carótida externa, se o paciente tiver placa de ateroma na carótida comum,
terá diminuição do fluxo nesse local, por isso é necessário avaliar o pulso temporal bilateral
*para auscultar a carótida tem que pedir para o paciente fazer uma breve apneia
Pode ser que o paciente tinha uma placa de ateroma que foi crescendo, expôs o subendotélio, que
é altamente trombogênico e formou um trombo em cima da placa, obstruindo totalmente a artéria
• Etiologia: trombose, cardioêmbolos...
• Isquemia tecidual aguda
• Dor insuportável
• Dano tecidual distal é grave caso não tenha a rede colateral
Fatores de Riscos
• Idade
• Sexo não modificáveis
• Hereditariedade
• Hipertensão artéria
• Dislipidemia
• DM
• Tabagismo
• Fibrilação arterial
• Síndromes trombofílicas
• Obesidade
Letícia Santos | XXXVIII 55
• Sedentarismo
Sinais e sintomas
• Dor lancinante
• Palidez total
• Paralisia
• Parestesia
• Frialdade
• Ausência de pulsos
• Paralisia, anestesia e rigidez muscular determinam o início da necrose que evolui para gangrena
*tem que analisar os dois membros
Paciente que possui placas de ateroma grandes e causam uma diminuição da perfusão, ou seja, uma
diminuição da oferta para a demanda (ao andar, fazer uma caminhada ou exercício, o paciente sente dor)
Sinais e sintomas
• Hipotermia
• Dor que melhora com as pernas para baixo (ao contrário das doenças venosas, já que é o sentido
do fluxo arterial)
• Claudicação intermitente: paciente anda e o consumo de oxigênio para o musculo aumenta, como a
oferta está diminuída, o paciente começa mancar e, ao parar, a dor cessa
• Redução da amplitude dos pulsos
• Queda de pelos
• Hipotrofia muscula
• Úlceras isquêmicas
Letícia Santos | XXXVIII 56
Diagnóstico
• Clínico
• Doppler arterial
• Arteriografia
• AngioTC – fase arterial
• AngioRNM – fase arterial
pode significar ICC esquerda descompensada, doença do pulmão ou até mesmo alguma doença
sistêmica. Quanto menor o esforço que desencadeia a dispneia, mais grave será a causa:
1. Grandes esforços (subir vários lances de escada/pegar peso/ato sexual)
2. Médios esforços (andar no plano/subir um lance de escada)
3. Pequenos esforços (pentear o cabelo/trocar de roupa)
4. Repouso
O paciente dorme e acorda depois de 2/3hrs despertado pela dispneia – o paciente pode ter ido
dormir com anasarca, o edema de MMII é reabsorvido, aumentando a pré-carga no ventrículo direito e,
consequentemente, piorando a sobrecarga pulmonar.
• O paciente deita e apresenta dispenia (dispneia de decúbito), é um indicio de que a causa
seja ICC esquerda descompensada
• O paciente apresenta dispneia em pé, a qual melhora ao deitar. Pode ser causada por shunt
direito-esquerdo, más formações...
• dispneia em decúbito lateral – derrame pleural, quando está deitado em cima do pulmão
saudável.
Uma sintomatologia muito importante com 4 diagnósticos diferenciais que colocam o paciente em risco
iminente de morte, é preciso descarta-los na primeira meia hora
1. IAM: faço eletro (avalia a anamnese e risco cardiovascular)
2. Pneumotórax: raio-x
3. TEP: tomografia
4. Dissecção aguda da aorta: tomografia
Letícia Santos | XXXVIII 58
• Frequência respiratória
o Eupneico:
▪ 16 a 20 ipm: adulto
▪ 18 a 22 ipm: escolares
▪ 20 a 35 ipm: lactente
▪ 40 a 45 ipm: RN
o Taquipneio
o Bradipneico
• Tipo respiratório
o Costal superior: isossexual feminino
o Tóraco abdominal: isossexual masculino
3. Kussmaul: amplos movimentos inspiratórios e expiratórios com pausas de apneia (rápida e profunda)
o Causas: acidose metabólica, o paciente hiperventila para tentar levar a uma hipocapnia para
compensar.
Atípico ou normal
Cifótico
Letícia Santos | XXXVIII 62
• Frêmito ou atrito pleural – palpado nas pleurites secas (com derrame elas estão afastadas), na
inspiração e na expiração as pleuras podem sofrer atrito, o qual pode ser palpado.
Expansibilidade: se o paciente não puder levantar, é preciso avaliar a expansibilidade pela frente, palpa a
traqueia para ver se houve desvio ou não.
Mãos espalmadas, é
indicado que faça uma
prega na pele do
paciente com os dois
polegares pra ficar mais
nítido se houver
assimetria
• Diminuída
o Unilateral: atelectasia, derrame pleural unilateral e pneumonia (imagem)
Letícia Santos | XXXVIII 64
• Frêmito tóracovocal (FMT) – pedir para o paciente falar em voz alta “33” e compara as partes
homólogas (pulmão esquerdo e direito) para avaliar o timbre da voz. Está aumentado quando houver
alguma estrutura sólida e, diminuído quando tiver liquido ou ar
o Diminuição generalizada: enfisema pulmonar (excesso de ar preso no pulmão, não
propagando bem o som), obesidade, edema de parede torácica
o Diminuição localizada: pneumotórax (ar está do lado em que há o pneumotórax), derrame
pleural e atelectasia
o Aumento localizado: pneumonia – condensação pneumônica, ou uma massa
• quando o paciente não pode sentar: ápice (região supra e infraclavicular), terço médio (acima do
fígado e do coração) e na base (região axilar média dos dois lados, atrás do fígado e do baço)
Sons Normais:
• Murmúrio vesicular: região interescapulo vertebral
o Paciente sentado com as mãos no joelho e tórax despido
o Ruído suave, mais intenso nas bases e diminuído ou ausente no precórdio
o Aumentado difusamente: hiperventilação
o Diminuído localmente: atelectasia, pneumonia, derrame pleural e pneumotórax
o Diminuído difusamente: enfisema pulmonar, obesidade e asma grave (quando tem muito ar
preso não dá para auscultar bem)
Letícia Santos | XXXVIII 66
• Atrito pleural: “ranger de couro cru”, pode ser audível na inspiração e na expiração e não se move
com a tosse
Sons Vocais:
• Ressonância vocal: ausculta da voz, pede para o paciente falar 33, mas ao invés de palpar, ausculta
com o estetoscópio – parece som de depoimento policial
o Região interescapulo vertebral e subescapular
o Ampliado (broncofonia): meio sólido
▪ Egofonia: ruído tipo cabra na superfície do derrame pleural; agudo metálico
entrecortado, o paciente fala E e ouve-se A
o Diminuição: liquido e ar
• Pectorilóquia Fônica: distingue-se as sílabas com o som falado
• Pectorilóquia Afônica: distingue-se as sílabas com som sussurrado intenso, semelhante a
broncofonia (é como se estivesse cochichando)
o Ambas aparecem em casos de condensação pulmonar, um meio sólido, pneumonia – amplia
e clareia o som
• Grande bolha de ar entre a pleura parietal e visceral e o pulmão vai sendo empurrado em direção ao
hilo
• Inspeção: dispneia, podendo haver cianose, tiragem intercostal, desvio da traqueia para o pulmão
sadio (contralateral)
• Palpação: expansibilidade ausente ou muito diminuída, FTV diminuído ou ausente (é ar)
• Percussão: timpânico
• Ausculta: MV diminuído ou ausente (pulmão está colabado); ausência ou diminuição da voz
sussurrada
• Um grande pneumotórax direito desvia o ictus cordis para a esquerda e, se o pneumotórax for do
lado esquerdo, desvia para a direita
• Quando há um grande desvio do mediastino – pneumotórax hipertensivo, aumenta muito a pressão
na cavidade torácica, desvia os órgãos do mediastino e impede a chegada de sangue pelas cavas
(causa uma obstrução da chegada do sangue no coração e causa choque)
• Toda vez em que o paciente tem contato com o alérgeno ele desenvolve uma reação de
hipersensibilidade, desestabilizando a membrana do mastócito, o qual libera histamina na mucosa
do nariz, na pele ou parede brônquica
• Na parede brônquica essa histamina desencadeia espasmos da musculatura lisa, levando uma
produção excessiva de muco.
• Há uma estase de muco nos seios da face que podem causar sinusite.
• As rinossinutes crônicas predispõem a meningites e abcessos cerebrais
• Tem que tratar a causa da síndrome atópica, impedindo essas reações de hipersensibilidade
• Asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas,
manifestando-se por obstrução do fluxo aéreo.
• Reversível espontaneamente ou pelo tratamento
• Episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente a noite e pela
manhã ao acordar.
• O infiltrado celular é praticamente eosinofílico
• A asma leva a uma bronquite
Letícia Santos | XXXVIII 71
• DPOC X Asma Brônquica: Faz a espirometria, medindo o volume expiratório final no primeiro
segundo. Utiliza um vasodilatador inalatório e repete o teste para ver a reversibilidade, na asma
melhora muito e na DPOC melhora pouco ou nada
• Soprador róseo/Dom Quixote: paciente com hipoxemia só nas fases tardias, tórax em tonel, espaços
entre as costelas são grandes, diafragma linear, timpanismo bilateral, ar preso no pulmão, pouco
secretivo e sem ruídos adventícios – quase tudo é diminuído difusamente
• Inchado azul: bronquite crônica, hipoxemia severa, pulmão barulhento, secretivo, estertor grosso,
ronco e sibilo. Produção excessiva de EPO, produz muitos glóbulos vermelhos, causando policitemia,
aumentando a viscosidade sanguínea, predispondo o paciente a fenômenos trombo embólicos
• Na DPOC pode vir associação entre essas duas características
• A DPOC se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente
reversível
• A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória
anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente por
tabagismo
• Esse processo inflamatório crônico pode produzir bronquite, bronquiolite obstrutiva e enfisema
pulmonar
• Sintomas crônicos respiratórios: tosse, secreção, dispneia, sibilos (no mínimo três meses ao ano)
• Exposição a fatores de risco: tabagismo, poeira ocupacional, fumaça de lenha
• Fatores individuais: deficiência de alfa-1-antitripsina, paciente desenvolve enfisema pulmonar já
adulto jovem
critérios GOLD
• Tipo 1: paciente tem aumento do volume de escarro, purulência de escarro e aumento da dispneia
• Tipo 2: dois dos três sintomas
• Tipo 3: um dos três sintomas
Paciente eupneico (FR: _ipm), tórax atípico, sem esforço respiratório (tiragens ou uso de musculatura
acessória) com expansibilidade preservada bilateralmente. FTv uniformemente palpável bilateralmente.
Som claro à percussão. Murmúrio vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios (MVUA s/ RA)
Letícia Santos | XXXVIII 72
Quando o paciente retém CO2 o bicarbonato tem que subir, quando o paciente tem uma acidose (déficit de
bicarbonato) o CO2 também tem que cair através da hiperventilação.
• O HCO3 funciona como base, pois consome íons H+, então o aumento do bicarbonato sérico aumenta
o pH – alcaliniza o sangue
• O CO2 funciona como ácido, pois libera H+, então o aumento de CO2 reduz o pH – acidifca o sangue
• É um ácido volátil, mas o que mais preocupa na clinica são os não voláteis (ácido lático e cetoácidos),
já que precisamos tratar a causa do aumento desses ácidos porque a hipercapnia são vai compensar
• O CO2 chega ao plasma e é levado aos capilares pulmonares na forma de HCO3- dentro da hemácia
para então ser eliminado como CO2 na ventilação alveolar
• É o acido produzido em maior escala pelo metabolismo dos carboidratos e ácidos graxos
• Quando o pH do sangue cai, o paciente já começa a hiperventilar para reduzir a PCO2 (hipocapnia) e
normalizar o pH
o A acidose metabólica é compensada por alcalose respiratória
• Na alcalose metabólica ocorre a hipoventilação que induz a hipercapnia
• Mecanismo lento – leva dias a semana, então a acidose respiratória começa a ser compensada mais
na sua fase subaguda para crônica. Na fase aguda ela não é compensada, porque dependo do
bicarbonato.
• Em vigência da acidose respiratória (aumento de PCO2) ocorre aumento na reabsorção renal de
bicabornato para normalizar o pH sanguíneo
o Para ser reabsorvido, o bicarbonato luminal precisa se transformar em CO2 – isto é feito
através do H+ secretado no túbulo proximal em troca do Na reabsorvido
o A anidrase carbônica catalisa a reação de conversão
Letícia Santos | XXXVIII 73
é colhido uma amostra de sangue arterial, mais comumente da artéria radial, em alguns
pacientes chocados é preciso puncionar a artéria femoral
• O aparelho mede:
o pH: 7,35 – 7,45
o PCO2: 35 – 45 mmHg
o PO2: 80 – 100 mmHg
• Parâmetros calculados:
o HCO3-: 22 – 26 mEq/L
o base excess (BE): -3,0 a +3,0 mEq/L
o saturação de O2 > 96¢
o Buffer base: total de bases: 45 – 51 mEq/L
**os valores de referência para sangue venoso: pH e bicarbonato são iguais – se for avaliar só
distúrbios metabólicos, pode colher sangue venoso porque não há risco de lesão
• Ou SARA – síndrome da angustia respiratória do adulto, paciente tem uma resposta inflamatória que
leva a um aumento da permeabilidade pulmonar, podendo ser associada à ICC esquerda já existente
ou isoladamente
• quanto maior a fração inspirada de o2 e menor a PaO2, mais grave é o quadro do paciente
intervalo aniônico
• diferença entre cátions e ânions extracelulares – avalia se a acidose é hipercloremica ou orgânica (a
maioria na pratica é orgânica)
• Deve ser inferior a 12
• Acidose com anion gap normal: hipercloremica, sugerindo que houve a perda de bicarbonato pelo
trato digestório ou urinário
• Acidose com anion gap aumentado: ácidos não voláteis aumentado
Letícia Santos | XXXVIII 75
• PCO2 esperada: eu
esperava que o paciente
hiperventilasse até chegar na
PCO2 de 16, mas ele
hiperventilou acima do
esperado. Isso aconteceu por
conta da pneumonia; tem um
pulmão congesto por conta
da sepse e não está
conseguindo compensar
• Como o PCO2 está acima do
esperado: acidose mista
• a sepse causa edema de
pulmão, ocasionando uma
SARA moderada
Letícia Santos | XXXVIII 77
*doença neuromuscular que causou insuficiência respiratória aguda, já que tem dificuldade de expansão da
caixa torácica. Mesmo que tenha uma FR adequada, ele não consegue expandir e retém CO2
*Espera que a insuficiência pulmonar seja tipo 2 – extrapulmonar
• sempre que tiver acidose metabólica o PCO2 esperado não é entre 35 e 45, tem que calcular HCO3 x
1,5 + 8 (+-2)
• Esse cálculo avalia se a resposta rápida/hiperventilação está adequada ou inadequada (se for maior
que o esperado, significa que é um distúrbio misto mascarado)
Letícia Santos | XXXVIII 80
• pH: alcalose
• pH: acidose
• PCO2: alcalose respiratória – hipocapnia segundo
a hiperventilação
• Hipoxemia discreta
• HCO3-: acidose metabólica
o Avaliar a resposta do paciente ao tampão de CO2:
PCO2esp: 10 x 1,5 + 8 = 23 (21 a 25)
o Como o PCO2 está além do esperado (32), significa
que é uma acidose mista
EM TODA ACIDOSE METABÓLICA EU TENHO QUE AVALIAR A PERFORMANCE DO TAMPÃO CO2 QUE É UM
MECANISMO DE COMPENSAÇÃO RÁPIDO – CALCULAR PCO2 ESPERADO.
Na acidose respiratória eu tenho que fazer o cálculo de bicabornato esperado
• BE maior que +3 acompanhado de bicarbonato aumentado: quando os distúrbios respiratórios são crônicos
o Normalmente em distúrbio respiratório crônico o BE está maior que 8
• BE menor que – 3 e bicarbonato baixo: distúrbio respiratório agudo
• BE é utilizado para calcular reposição de bicarbonato na acidose metabólica
o Na acidose orgânica, mais comum na clinica (hiperlactatemia), não passa o déficit total de bicabornato.
Primeiramente tem que corre atrás de corrigir a causa da acidose (tirar o paciente do choque, hidratar
adequadamente). Só passa bicarbonato quando o pH é ameaçador da vida, quando está menor que 7; porque
se usar a dose alta e depois corrigir a causa, a tendência é induzir a uma alcalose metabólica.
Letícia Santos | XXXVIII 83
Condição clinica em que o paciente não consegue manter a pressão de oxigênio (PaO2) e/ou de gás
carbônico (PaCO2) dentro dos limites de normalidade para determinada demanda metabólica. Dependendo
do seu mecanismo fisiológico ela é divida em:
1. Hipoxémica: baixa de PaO2
2. Hipercápnica: aumento de PaCO2
O paciente pode desenvolver a insuficiência por conta de um defeito presente em alguma das fases do
mecanismo respiratório como: rarefação de O2 no ar; lvéolo mal ventilado, mal perfundido ou a difusão na
membrana alvéolo-capilar está inadequada
• FTV
• Expansibilidade
• Presença de enfisema subcutâneo
• Desvio de traqueia (atelectasia e
pneumotórax)
• Pneumotórax
• Derrame pleural extenso
• Atelectasia total
Letícia Santos | XXXVIII 86
Monitor multifuncional
Oxigênio (fornecer)
Veia (pegar acesso venoso caso precise fornecer as drogas)
É muito comum que seja paciente jovem, vitima de acidente automobilístico, trauma torácico
bilateral, trauma esplênico e hepático. O paciente apresenta aumento da permeabilidade que vai causar
uma congestão pulmonar difusa (edema pulmonar não cardiogênico ou SARA)
Letícia Santos | XXXVIII 87
Critérios de SIRS
• Hipertermia ou hipotermia
• FC>90bpm
• FR>20prm ou PCO2<32mmHg
• Leucocitose > 10.000/mm³; leucopenia < 4.000/mm³; desvio à esquerda > 10
• Edema, alterações glicêmicas
Letícia Santos | XXXVIII 89
*em um paciente
que tenha uma
infecção já documenta
ou suspeita
Letícia Santos | XXXVIII 90
A ventilação resulta na ação do centro respiratório, vias nervosas, caixas torácicas e pulmões
Perfusão alveolar
• A disfunção da perfusão do capilar pulmonar no caso de insuficiência respiratória, na maioria dos
casos se dá pelo choque, TEP e congestão intersticial (que promove um distanciamento entre o
capilar e a parede do alvéolo)
• Alterações:
o Obstrução intraluminal: doenças tromboembólicas, vasculites, acometimento vascular por
colagenoses
o Redução do leito vascular: enfisema ressecção do parênquima pulmonar, etc
o Colabamento vascular por hipotensão e choque: compressão vascular por lesões tumorais ou
aumento da pressão alveolar, como no caso do uso de ventiladores com pressão positiva
Gradiente alveoloarterial
• diferença entre a pressão de oxigênio do alvéolo e a pressão
de oxigênio arterial – normalmente é pequeno, entre 5 e 10
mmHg, alargando-se na IR
• Hipoxemia com gradiente aumentado: IR tipo I – hipoxêmica
• Hipoxemia com gradiente normal: IR tipo II – hipercapnica
• Os níveis de oxigenação variam com a
idade
classifica a dispneia
Letícia Santos | XXXVIII 94
• A frequência cardíaca se eleva, nesse caso, decorrente de uma resposta compensatória do SNA,
tendo uma descarga adrenérgica na tentativa de aumentar o DC. A médio/longo prazo isso provoca
apoptose, causando um remodelamento ventricular.
• Turgência de jugular patológica com a cabeceira acima de 45º: sugere que a pressão venosa
central está elevada – falência do ventrículo direito
o + hepatomegalia: congestão mais grave, causando hepatomegalia, ascite, edema de MMII
• Sibilo – asma cardíaca: compressão extrínseca da via aérea distal pela congestão intersticial; não é
doença, é um sinal de que existe uma congestão pulmonar.
• Terceira bulha: ocorre nas dilatações ventriculares, nas hipertrofias excêntricas, decorrente da
sobrecarga de volume em um coração com paredes finas.
• Redistribuição de fluxo para lobos superiores: cefalização de fluxo, é quando a rede de circulação
pulmonar, que é predominantemente visível nas bases, fica bem visível nos ápices – fortemente
sugestivo de hipertensão pulmonar, que secundária a IC esquerda.
• Definitivo: de 8 a 12 pontos
• Possível: 5 a 7 pontos
• Improvável: 4 pontos ou menos
Letícia Santos | XXXVIII 95
O diagnostico de IC requer a presença simultânea de pelo menos dois critérios maiores ou um critério
maior em conjunto com dois critérios menores. Esses critérios levam em conta os sinais de IC esquerda
(congestão pulmonar e a hipoperfusão tecidual) e IC direita (congestão venosa sistêmica – ascite, edema de
MMII, hepatomegalia e estase de jugulares)
Critérios maiores
Critérios menores
• Dor torácica
o Origem isquêmica: IAM – eletro, curva enzimática
o Origem aórtica: dissecção aguda da aorta – TC do tórax com contraste; TEP – angioTC de
tórax; pneumotórax hipertensivo – RX de tórax
o Origem psicogênica
o Outras causas
• Palpitações
o Anemia: inicialmente aumenta a FC e DC para tentar compensar o déficit de molécula
carreadora de Hb, mas com o tempo o coração não tolera o estado hipercinético e entra em
falência – cor anêmico
o Ansiedade: taquicardia sinusal e pseudocrise hipertensiva
o Exercício físico: principalmente em pessoas que não tem performance cardiorrespiratória boa
Letícia Santos | XXXVIII 96
• Dispneia
• Dispneia paroxística noturna
• Ortopneia
o perguntar se o paciente tolera o decúbito, se acorda de madrugada com falta de ar e falta de
ar durante os esforços e sua evolução)
• Congestão pulmonar ou edema pulmonar
o Ausculta: estertores finos simétricos, pois os dois pulmões estão congestos; pode haver sibilos
(asma cardíaca – sinal)
o Chieira torácica
o Tosse seca, mas quando há edema de pulmão, a expectoração passa a ser uma espuma rósea
(ar, muco e sangue – ruptura de capilares brônquicos devido à hipertensão pulmonar)
o Hemoptise franca: hipertensão pulmonar grave
o Astenia
o Fadiga: baixo DC, falta de perfusão tissular
• Cianose central, devido à congestão pulmonar
• Síncope e lipotimia: hipoperfusão do SN
• Alteração do sono: ortopneia, dispneia, tosse...
– preocupar com:
• IAM
• Fatores de risco para DAC: tabagismo, dislipidemia, HAS, DM2, obesidade, sedentarismo,
hereditariedade, sexo, idade...
• Chagas: zona endêmica
• História familiar: IC, IAM, HAS...
• História social: etilismo, drogas ilícitas, tabagismo...
A insuficiência cardíaca é definida como uma síndrome clínica, na qual o coração não consegue atender
as demandas metabólicas tissulares ou faz as custas de altas pressões de enchimento, resultando em déficit
de perfusão, congestão pulmonar e/ou sistêmica. As causas mais comuns de IC no Brasil são valvopatia
(doença reumática), cardiopatia hipertensiva, isquêmica, miocardiopatia alcoolica, cocaína.
• Aguda: menor que 6 meses, tendo o IAM como principal causa, em que a área de necrose ficou
acinética e desenvolveu insuficiência cardíaca – cardiopatia isquêmica; pode ser também
miocardites virais, bacteriana, em que causa dilatação do coração e falência sistólica graves.
• Crônica: maior que 6 meses. Etiologia: hipertensiva, chagásica, valvar, miocardiopatia alcoolica...
• Crônica agudizada: o paciente não adere ao tratamento ou até adere, mas há um aumento da
demanda metabólica (em casos de sepse, que as citocinas podem causar uma miocardite; anemia...)
• Direita: a principal causa é IC esquerda – estenose de valva aórtica, sobrecarga de VD, sobrecarga de
AD, hipertensão pulmonar, sobrecarga de VD, sobrecarga de AD que leva a uma congestão sistêmica.
o Cor pulmonale: quando a hipertensão pulmonar do paciente é primaria e diretamente causou
IC direita, sem depender do VE
• Esquerda
• Biventricular: quando a esquerda leva a direita
• Baixo débito
• Alto débito (a princípio): anemia, sepse, Beri Beri
• 3D: demência, diarreia por síndrome do intestino careca por atrofia das vilosidades intestinais;
dermatite fotossensível, por deficiência de niacina.
• Pode causar vasodilatação periférica, hipoperfusão renal, retenção de Na e agua, podendo causar
edema, sobrecarga hídrica para o coração, dilatação do musculo cardíaco com falência sistólica.
Letícia Santos | XXXVIII 98
• Sistólica
o Hipertrofia excêntrica: parede ventricular fina, mas o raio da cavidade é grande
o Fração de ejeção reduzida, o coração tem dificuldade de contrair
o sobrecarga de volume, por exemplo em uma insuficiência da valva aórtica, o ventrículo recebe
um volume vindo do átrio e outro da aorta; o ventrículo precisa de mais espaço.
o Ictus globoso: desvia para baixo e em direção a axila
o Galope de B3 – pedido de socorro
o Doença de chagas, miocardiopatia alcoólica
• Diastólica – pode ser causada por estenose da valva aórtica que dificultou o esvaziamento causando
uma hipertrofia concêntrica que dificulta o enchimento do ventrículo
o Galope de B4
o Ictus propulsivo: não desvia porque o coração não é grande
o Hipertrofia concêntrica, secundaria a uma sobrecarga de pressão
o Pressão diastólica final alta, porque o ventrículo tem dificuldade de contrair
• Hipertensiva
• Idade avançada
• Estenose aórtica
• Sexo feminino
• Miocardiopatia hipertrófica: causa comum de morte súbita em atletas, na maioria é assintomática
• Doenças infiltrativas
Mecanismos compensatórios
o Apesar do paciente estar em anasarca, como há uma diminuição da perfusão, o rim interpreta
que é uma desidratação absoluta, ativando o SRAA – vasoconstrição (aumenta a pós-carga
do VE) e retenção de Na e agua (aumenta a pré-carga do VD). Aldosterona causa
remodelamento cardíaco deletério e consequente apoptose celular, com proliferação de
fibroblastos.
o Vasopressina: causa retenção de água que causa hiponatremia dilucional – hiperidratação
hipo-osmolar
o Liberação de peptídeos natriuréticos atriais e cerebrais, que aumentam a natriurese e
diminuem a congestão, melhorando a performance do coração
▪ BNP: peptídeo natriurético cerebral; quando o paciente está com dispneia e o BPN
está aumentado, a origem da dispneia é cardiogênica, mas se ele vem normal pode
descartar IC.
o Prostaglandina
o Dopamina
o Redução do Oxido Nítrico (vasodilatador)
o Aumento de endotelinas, que causam vasoconstrição e remodelamento cardíaco
o Aumento de TNF alfa, que causa lesão do miocárdio
Sopro Holossistólico é quando o sopro é do inicio ao fim da sistole, assim como o holodiastólico.
Letícia Santos | XXXVIII 103
ritmo sinusal
arritmia
• Delirium cordis: cada é um foco ectopico que despolariza o ventriculo. A frequencia atrial gira em
torno de 300bpm, enquanto a frequencia ventricular é muito variavel
• Pulso arritmico: a FC no foco mitral é maior que no pulso radial (déficit de pulso)
• Pulso irregularmente irregular, o tempo inteiro irregular
• Quando o ritmo cardiaco e o pulso periférico é irregular por extrassístoles, tem uma sequencia meio
lógica. Para cada batimento normal (PQRST) tem uma extrassistole ventricular e uma pausa
compensatória, depois começa tudo normal. No pulso periférico só sente a pausa: se o paciente tiver
uma FC no foco mitral de 100, no pulso periférico só sente 50bpm.
• 2 tempos: B1 e B2
• 3 tempos:
o B1, B2 e B3; galope de B3 que acontece na IC sistolica, hipertrofia excentrica. Som: tum tá tá
(rápido parece patatá)
o B1, B2 e B4: como a B4 é proxima de B1, o som vai ser truum tá
• 4 tempos: B1, B2, B3 e B4
• Hipofonéticas: abafadas
• Hiperfonéticas: muito audiveis
• Normofonéticas
Letícia Santos | XXXVIII 104
• BAV de 1º grau
• Regurgitação mitral – M1: insuficiencia de valva, ela não fecha
• Diminuição da contratilidade de VE: o movimento que a cuspide faz para fechar quando o ventriculo
é muito hipocontrátil diminui o som do fechamento da valva
• Obesidade
• Enfisema pulmonar – torax em tonel abafa as bulhas 1 e 2
• Taquicardia
• Estados de alto DC: anemia, exercicio, hipertireoidismo
• Esternose de mitral – M1: quando fecha faz muito barulho, desde que não esteja muito calcificada
A2 hiperfonético
• HAS
• Dilatação da aorta
• Coarctação da aorta
P2 hiperfonético
• Hipertensão pulmonar
• Dilatação da artéria pulmonar
• Comunicação interatrial (CIA): o sangue passa do AE para o AD, este recebe dois volumes: um volume
das cavas e outro do AE. Essa sobrecarga de volume vai para o VD e para as veias pulmonares.
Revisando
• Os sons são gerados pela vibração dos folhetos valvares após o seu fechamento, causado pela
movimentação de sangue no interior dos ventriculos
• É composta pelo fechamento da valva mitral (M1) e tricúspide (T1), principalmente.
• Coincide com o ictus cordis e o pulso carotídeo, sendo mais intenso em foco mitral
• A duração é maior que o da B2 e o timbre é mais grave
• Indica o inicio da sistole ventricular – se tiver um sopro a seguir, é um sopro sistolico
• Composta inicialmente pelo fechaento da valvula aortica (A2) e depois da valva pulmonar (P2),
principalmente.
• É mais intenso no foco aortico e pulmonar
• O timbre é mais agudo e seco
• A duração é menor do que B1
• Pode sofrer um desdobramento inspiratório (tum-trá): sinal de Kussmaul – na inspiração chega mais
sangue do lado direito, podendo atrasar o componente P2
• Ocorre na telediástole
• É chamada de bulha atrial, porque no final da diastole é onde ocorre a sistole atrial
• Muito proxima da primeira bulha, parece muito ser um desdobramento de B1
• Representa uma contração atrial contra um ventriculo pouco complacente (hipertrofia concêntrica,
em coração que sofreu sobrecarga de pressão) acarretando rápida desaceleração do sangue ejetado.
• Ictus propulsivo, não é deslocado
• Bloqueio de ramo direito – quem despolariza o ventriculo direito é o ramo esquerdo, por isso tem
um atraso do componente T1.
Letícia Santos | XXXVIII 106
barulhos que fazem quando a valva abre, isso ocorre quando está doente, quando está
um pouco calcificada, porque normalmente é silencioso.
• Clique de ejeção sistólica: acompanha a abertura da valvula aortica durante a sistole, proximo da B1.
• Clique mesossistólico: pode ocorrer no prolapso de valvula mitral
• Estalido de abertura mitral: acompanha a abertura da valva mitral durante a diastole. Pode ocorrer
na estenose mitral. Proximo da B2.
• Frequencia: deficit de pulso, tem que contar no pulso radial e no foco mitral e avaliar a diferença.
o FC no foco mitral é maior que no pulso radial, quando o paciente não está taquicardico: deficit
de pulso
• Ritmo: regular ou irregular?
• Amplitude
• Tensão
• Tipos de onda
• Membros superiores: radial (pode palpar os dois simultaneamente), braquial, axilar
• MMII: femoral, poplíteo, tibial anterior/pedioso/dorsal do pé, tibial posterior
• Cabeça: carotideo (palpar e auscultar), temporal (importante para avaliar no paciente idoso
obstrução de carotida comum, haverá assimetria)
• Aorta abdominal (palpar e auscultar), aorta iliaca (auscultar), femoral (palpar e auscultar)
• Sopro nas arterias perifericas: indicio de arterosclerose
• Aumentam o retorno venoso: aumentam os sopros, usamos para diferenciar insuficiencia tricúspide
de mitral
o Decubito dorsal
o Rivero-Carvalho: inspiração profunda
• Reduzem o retorno venoso: reduzem os sopros
o Valsava
o Posição ortostática
• Aumentam a resistência vascular sistêmica: os sopros de estenose aórtica diminuem
o Handgrip
• Reduzem a resistência vascular sistêmica: os sopros de estenose aórtica aumentam
o Vasodilatador
• Localização no ciclo cardiaco: sistólico (após a B1) ou diastólico (após a B2)? Holo, meso...?
o Se o sopro coincidir com o pulso, ele é sistolico
Letícia Santos | XXXVIII 108
• Aumento da velocidade da corrente sanguinea: sopro de anemia, por exemplo, que são melhor
audíveis nos focos pulmonar e aórtico. Não é um sopro orgânico, a válva não é insuficientenem
estenótico, o que acontece é um estado hipercinético que causa um turbilhonamento do sangue na
via de saída do ventrículo esquerdo. Quando melhora a anemia, desaparece o sangue.
• Diminuição da viscosidade sanguínea
• Passagem de sangue através de uma área estreita: sopros de estenoses valvares
• Passagem de sangue através de uma área dilatada: sopros de insuficiências valvares
• Passagem de sangue por uma mebrana de borda livre: sopro das placas de ateroma das artérias
periféricas
1. Grau 1: muito tênue, devendo-se concentrar durante vários ciclos para ouvi-lo
2. Grau 2: um leve murmúrio pode ser ouvido logo após iniciar a ausculta
3. Grau 3: maior do que o grau 2, mas não pode ser palpado
4. Grau 4: murmúrio alto, associado a frêmito palpável
5. Grau 5: murmúrio muito alto, requer contato parcial do estetoscopio com a pele, mas não é audível
além da parede torácica
6. Grau 6: murmúrio alto o suficiente para ser ouvido com o estetoscópio sem tocar a parede torácica.
4, 5 6: sopro de grande magnutide, é chamado de panfocal, pois é possível auscultar em todos os focos
cardiacos.
Letícia Santos | XXXVIII 109
• Sem frêmitos
• Nunca são diastólicos ou holossistólicos
• São suaves
• Sem alteração de bulhas
• Irradiação restrita
• Não há lesão estrutural, a valva não é doente
• Na pediatria há muito sopro inocente
• Paciente com estado hipercinético (anemia, hipertireoidismo) que está causando o sopro
• Quando corrige a causa, acaba o sopro
Letícia Santos | XXXVIII 110
Etiologia
• Bicúspide – congênita
• Reumática
• Degeneração – calcificação
No final da diastole a pressão no ventrículo é menor que 30mmHg, afim de gerar um gradiente de pressão
do atrio para o ventriculo, para encher mais rápido. Para começar a sistole, o VE tem que criar um gradiente
de pressão com a aorta (maior que 80mmHg), nesse momento é a fase de contração isovolumétrica e o
paciente ainda vai ter um obstáculo mecânico (estenose aórtica) para fazer a ejeção ventricular, então esse
turbilhonamento só vai ser bem audível no meio da sístole.
O ventriculo esquerdo não consegue ejetar bem, então a quantidade de sangue que chega nas
coronárias é menor e, por outro lado, como teve uma estenose aórtico e o ventriculo sofreu uma hipertrofia
concêntrica, ele precisa de uma quantidade maior de O2, então tem isquemia miocárdica.
Quadro Clínico
Exame físico
Estenose aórtica
Valvopatia orgânica
Etiologia
Quadro clínico
• Aguda
o Edema agudo de pulmão – rompeu a cordoalha
o Choque cardiogênico
• Crônica
o Inicialmente há sinais de insuficiência de VE: com a valva mitral insuficiente, o sangue volta
para o átrio, assim o AE recebe dois volumes e, na proxima diástole ele vai jogar dois volumes
para o ventrículo – sobrecarga de VE de volume, hipertrofia excêntrica, ictus globoso ou
difuso, galope de B3; causa sobrecarga de AE e posteriormente hipertensão pulmonar
secundária.
• Ictus difuso e deslocado para esquerda
• B1 hipofonética – M1
• B3: hipertrofia excêntrica – sobrecarga de volume
• Sopro holossistólico com irradiação para axila e dorso – sopro semicircular de Miguel-Couto
• Sinais de congestão pulmonar
Letícia Santos | XXXVIII 112
Insuficiência mitral
Etiologia
Quadro clínico
*pode ter EAP com hemoptise precocemente porque o AE não consede lidar com a sobrecargada.
Exame físico
Ritmo de Durosier
• B1 hiperfonética
• Ruflar diastólico (mesodiastólico que aumenta de intensidade na telediástole/pré-sístole):
mesotelediastólico em crescendo
• Reforço pré sistólico
• Estalido de abertura da valva mitral
• Ictus normal
• Sinais de congestão pulmonar: estertores finos simétricos e sibilos (asma cardíaca)
• Sinais de ICD posteriomente.
• Fácies mitral: cianose labial e na ponta do nariz por conta da congestão pulmonar e bochecha
vermelha (policitemia)
ECG
• Sístole atrial atrasada por conta do tamanho do atrio: onda P alargada (mais que 0,10seg) – mais
visivel na V2
• V1: fase positiva pequena e negativa grande
Letícia Santos | XXXVIII 114
Hipertensão pulmonar severa: cefalização de fluxo, dilatação das artérias pulmonares, mediastino alargado
Paciente pode desenvolver fibrilação atrial, porque os feixer internodais serão lesados e vai aparecer focos
ectópicos. Espaço entre um QRS e outro extremamente variável.
Estenose mitral
• Área cardiotorácica muito aumentada: tem uma hipertrofia excêntrica, que causa sobrecarga de AE,
congestão pulmonar, sobrecarga de VD e AD
Etiologia
• Febre reumática
• Endocardite infecciosa
• Valva bicúspide congênita
• Síndrome de Marfan
• Síndrome de Ehlers Danlos
• Idiopática
• Doenças degenerativas
Quadro Clínico
Exame Físico
Insuficiência aórtica
Os nódulos de Aschoff são o achado histopatológico nas biópsias miocardicas desses pacientes e, as
lesões cardíacas são a única causa de morte ou de sequelas permanentes nestes pacientes. A severidade da
doença é medida pela extensão do comprometimento cardíaco e frequência de surtos recorrentes, por isso,
Letícia Santos | XXXVIII 117
o paciente que teve um espisódio de FR tem que tomar penicilina até 21 anos, porque se ele for portador da
cepa reumatogênica do estreptococo ou viver em um meio que há estreptococo, quanto mais surtos ele
tiver de recorrência de FR maior a chance de ter cardite, e as lesões valvares se somam a cada surto. Por isso
a profilaxia de faringoamigdalite estreptocócica é recomendada.
Faringite Estreptocócica
*Escarlatina: paciente evolui com exantema em lixa e a língua da criança fica com aspecto de fruta vermelha.
Paciente tem erupção cutânea particularmente na garganta, tórax, axilas, cotovelos, virilha e superfície
proximal das coxas
Letícia Santos | XXXVIII 118
Maiores Menores
• Cardite • Febre
• Artrite • Artralgia
• Coréia de Sydenham • VHS aumentado
• Eritema marginatum • PCR aumentado
• Nódulos subcutâneos de Meynet • Pri alargado
• Assimétrica e migratória
• Afeta grandes articulações, particularmente dos MMII, migrando de uma articulação para outra
• A duração do processo inflamatório em cada articulação raramente ultrapassa uma semana e o
quadro total cessa em menos de um mês
• Responde muito bem a AINE
• É muito dolorosa, apesar de não mostrar sinais flogísticos intensos ao exame físico
• Aparece na FR entre 3 e 18 anos, mas não deixa praticamente nenhuma sequela.
• Diagnóstico diferencial: artrite reumatoide juvenil, LES infantil, artrites reativas (secundárias a
infecção previa qualquer), Síndrome de Reiter (artrite, uretrite, uveíte)
Artrite Reumatóide:
• Manifestação mais grave da FR, pois é a única que pode deixar sequelas e acarretar o óbito
• A manifestação ocorre entre 40-70% dos primeiros surtos, embora séries mais recentes, em que a
ecocardiografia foi utilizada para avaliação, demonstrem prevalências mais elevadas.
• A cardite tende a aparecer em fase precoce e, mais frequentemente, é diagnosticada nas três
primeiras semanas da fase aguda.
• O acometimento cardíaco é caracterizado pela pancardite, entretanto são as lesões valvares as mais
responsáveis pelo quadro clínico e pelo prognóstico.
• Pode causar tanto estenose, quanto insuficiência, quanto dupla lesão valvar (fusão das cúspides e
retração simultaneamente)
• O acometimento do pericárdio não é comum, não ocorre isoladamente e não resulta em pericardite
constritiva. Ela é chama de pericardite em pão com manteiga, pois quando os pacientes são
submetidos a cirurgia, relata-se que entre o pericárdio parietal e visceral há uma fibrina, com aspecto
de manteiga.
• A pericardite está sempre associada a endocardite com valvite e é diagnosticada pela presença de
atrito e/ou derrame pericárdico, abafamento de bulhas, dor ou desconforto precordial.
• Nos casos leves, o acometimento pericárdico é um achado exclusivo do estudo ecocardiográfico.
• Grandes derrames pericárdicos e tamponamento cardíaco são raros
Miocardite
• Abafamento de B1
• Galope de B3 – protodiastólico
• Cardiomegalia
• A insuficiência cardíaca é causada pela lesão valvar e não pelo acometimento do miocárdio
• Os índices de função sistólica do VE estão geralmente preservados nos surtos iniciais.
Endocardite/valvite
• A lesão valvar pode ser evidenciada somente em exames médicos de rotina ou por ocasião de surtos
subsequentes.
• A cardite subclínica é encontrada em pacientes com artrite isolada e/ou coreia pura, sem achados
auscultatórios de lesão valvar, mas com um padrão patológico de regurgitação ao ecocardiograma
• É importante utilizar critérios rígidos para diferenciar a regurgitação patológica da fisiológica
• A cardite recorrente é suspeitada por meio da detecção de um novo sopro ou pelo aumento da
intensidade de sopros previamente existentes, atrito ou derrame pericárdico, aumento de área
cardíaca ou IC associada à evidência de infecção estreptocócica anterior
• Na cardite indolente, as manifestações clínicas são discretas e o quadro clínico tem evolução
prolongada – nesse paciente é muito importante o ecocardiograma seriado
Cardite subclínica
Cardite Leve
Cardite moderada
• Exame físico evidencia taquicardia persistente e sopro de regurgitação mitral mais intenso, porém
sem frêmito, associado ou não a sopro aórtico diastólico, sopro de Carey Coombs pode estar
presente, sinais incipientes de insuficiência cardíaca
• RX de tórax mostra leve aumento da área cardíaca e congestão pulmonar discreta
• Eletro pode evidenciar extrassístoles, alterações de ST-T (repolarização ventricular), baixa voltagem
de QRS, prolongamento dos intervalos PR e QTc
• Eco pode evidenciar regurgitação mitral leve a moderada, isolada ou associada à regurgitação aórtica
de grau leve a moderado e com aumento das câmaras esquerdas em grau leve a moderado
Cardite graves
• Exame físico pode evidenciar, além dos achados da cardite moderada, sinais e sintomas de IC,
arritmias (tanto bradi, quanto taqui; BAV de 2º/3º grau), pericardite e sopros relacionados a graus
mais importantes de regurgitação mitral e/ou aórtica
• RX de tórax pode identificar cardiomegalia e sinais de congestão pulmonar significativos
• Eletro: sobrecarga ventricular esquerda e, às vezes, direita
• Eco: regurgitação mitral e/ou aórtica de grau moderado/importante, câmaras esquerdas
demonstram, no mínimo, aumento moderado.
Letícia Santos | XXXVIII 122
• Em geral, 1 a 3 semanas após uma amigdalite ou piodermite por cepa nefritogênica do Streptococco
Beta-hemolítico do grupo A, o indivíduo começa a apresentar a tríade da doença
• O complexo antígeno-anticorpo é quem lesa a membrana basal glomerular, então se eu colher uma
urocultura do paciente vai vir negativa.
• Hematúra com dimorfismo eritrocitário
• Edema e diminuição do volume urinário
Letícia Santos | XXXVIII 124
as primeiras que temos que pensar são aquelas que colocam o paciente em risco iminente de morte
Outras causas
Em pacientes que tem doença do refluxo, o espasmo esofagiano pode ser tão violento (esôfago
quebra nozes), que a dor é parecida com a da isquemia miocárdica. No entanto, mesmo ele tendo o
diagnóstico prévio nos antecedentes de DRGE, se ele tem um escore de risco CV tem que pensar em doença
coronariana. A causa mais comum de DRGE não é a hérnia de hiato, é um defeito no esfíncter
esofagogástrico, permitindo que o conteúdo gástrico sofra um refluxo para o esôfago; a mucosa esofágica
não está preparada para aquele conteúdo ácido e inflama – esofagite de refluxo.
O paciente não pode ingerir alimentos que contém cafeína, refrigerantes, não pode tomar liquido
durante a refeição, não dormir com estomago cheio (se estiver em crise, é preciso elevar a cabeceira da
cama), não ingerir alimentos enlatados, industrializados, comer mais vezes ao dia em menor quantidade.
Quadro clínico
Na medicina popular, é chamado de cobreiro. Como é uma doença viral, é autolimitada e acompanha o
trajeto do nervo, mas o maior problema é o paciente ter como sequela uma neurite pós-herpética (é uma
dor crônica, não responde bem a anti-inflamatório, mas sim a antidepressivos).
É causada pela reativação do vírus Varicela zoster nos nervos cranianos e nos gânglios das raízes
espinhais dorsais. Ocorre geralmente décadas após a infecção primaria de Varicela (catapora). Quando a
imunidade celular específica para vírus Varicela zoster fica comprometida, ocorre a deflagração da doença,
sendo assim, ocorre principalmente em indivíduos imunocomprometidos por outras doenças, como câncer,
AIDS, imunossupressão pós-transplante e quimioterapia.
Há forte correlação entre a maior incidência da doença com o aumento da idade, principalmente
acima de 55 anos, porque a idade avançada está associada a um declínio na resposta imune mediada pelas
células T. No entanto, atualmente, chega bastante pacientes jovens sem comorbidades com herpes zoster.
O padrão anatômico segue uma distribuição periférica nos trajetos dos nervos envolvidos.
Normalmente é unilateral, circunscrita a um dermátomo (pode haver dois ou mais) e há predominância no
tórax e na face.
Quadro clínico
É quando acontece um “rasgo” na parede da aorta e ela passa a ter dois lúmens. No RX de tórax
com eletro, vemos que o mediastino superior está alargado a nível do cajado superior ou aorta abdominal
Classificação:
Quadro clínico
• Dor torácica intensa, retroestenal nas dissecções tipo A e no dorso nas dissecções do tipo B
• Os pacientes tendem apresentar-se com hipertensão arterial
• A hipotensão arterial pode significar tamponamento cardíaco (tríade de Beck), que é na dissecção
do tipo A, em que o segundo lúmen coincide com o saco pericárdico e, esse
sangue no saco pericárdico, comprime extrinsecamente o coração,
impedindo o relaxamento diastólico (existe uma obstrução na pequena
circulação, não enche nem o lado direito, nem o esquerdo, reduzindo
drasticamente o DC de ambos ventrículos, com choque e abafamento de
bulhas); ou ruptura para a cavidade pleural.
• Pode haver assimetria de pulso de MMSS
• Sopro de insuficiência aórtica é comum nas dissecções do tipo A
Letícia Santos | XXXVIII 127
Quadro clínico
• Dor torácica
• Dispneia
• Hipotensão
• Taquicardia
• Cianose
• Desvio de traqueia para o lado são
• Desvio do ictus cordis
• Pode causar choque obstrutivo
Quadro clinico
• Febre
• Mal-estar
• Mialgia
• Dor torácica em região precordial
• A dor pode irradiar para a região do trapézio
• A dor melhora sentando com a flexão do tronco
• A dor piora em decúbito dorsal
• Ao exame físico presença de atrito pericárdio (mono, bi ou trifásico) e taquicardia
Pericardite aguda: o diagnóstico caracteriza-se pela existência de pelo menos 2 dos 3 critérios
Etiologia
Quadro clínico
• Pode ser silencioso quando pequeno, sendo um achado nos exames complementares
• Compressão de estruturas mediastinais
• Se houver aumento da pressão intrapericárdia – sinais de IC direita e bulhas hipofonéticas
• Pulso paradoxal: queda inspiratória de PA sistólica > 15mmHg – 75% dos pacientes
• ECG: QRS de baixa voltagem, alternância elétrica
• RX de tórax: aumento da área cardíaca (cardiomegalia falsa)
• Ecocardiograma:
Diagnóstico
• Tomografia de tórax
• Ressonância de tórax
Letícia Santos | XXXVIII 130
É quando o pericárdio visceral e parietal aderem um ao outro e se tornam uma carapaça fibrosa ao
redor do coração, causando uma restrição ao enchimento ventricular diastólico e redução de função em
razão de um pericárdio espessado e frequentemente calcificado. Pode evoluir com tamponamento.
Sinais e Sintomas
Diagnóstico
Essa capa fibrótica restringe o relaxamento do ventrículo, o paciente pode desenvolver uma IC
diastólica
• Ecocardiograma
Letícia Santos | XXXVIII 131
• Raio X de tórax
O paciente apresenta dor torácica que, quando o acometimento é perto da pleura, é do tipo pleurite,
piorando com a tosse e inspiração, mas quando é mais para o meio do pulmão, é uma dor visceral e o
paciente refere-se como dor difusa. À medida que o processo inflamatório/infeccioso atinge a pleura
visceral, é uma dor mais localizada.
O êmbolo que obstrui a arteria pulmonar pode ser procedente da circulação profunda dos MMII, trombo
das veias pélvicas, cava inferior e superior, VD e AD
Diagnóstico
• D-dímero
o Valores elevados indicam a presença de niveis anormais de produtos de degradação de fibrina
no organismo
o O aumento de D-dímero pode ser causado por TVP, embolia pulmonar, cirurgia, trauma ou
infecção recente
o Se normal, é critério de exclusão de TEP, porque não é especifico
• Angiotomografia de tórax: mostra a obstrução da arteria
• Raio X de tórax: habitualmente é normal, mas pode aparecer o infarto pulmonar, esse abaulamento
chama corcova de Hampton
o Como é uma obstrução vascular, a ausculta pulmonar vai estar normal e no raio X podemos
ver o sinal de oligoemia focal (sinal de Westermark): em um pulmão a vascularização está
normal e no outro há uma quantidade bem menor de vasos
Letícia Santos | XXXVIII 133
Para definirmos a probabilidade da dor torácica ser TEP, usamos o escore de Wells
Letícia Santos | XXXVIII 134
Definida angiograficamente pela presença de estenose maior ou igual a 70% do diâmetro de, pelo
menos, um segmento de uma das artérias epicárdicas maiores; ou estenose maior ou igual a 50% do
diametro do tronco da coronária esquerda.
Leva a sindrome coronariana aguda (SAC) . A causa mais comum de obstrução arterial é a
arterotrombose, uma placa de ateroma foi crescendo devido aos fatores de risco modificaveis ou não, sofreu
uma fissura, expos o subendotelio e formou um trombo sobre a placa. Uma placa de ateroma grande,
causando a hipoperfusão do miocardio vai causar um quadro de angina, mas se for uma obstrução total vai
causar um quadro de infarto subendocárdio
• HAS • Idade
• DM2 • Sexo
• Obesidade • Hereditariedade
• Sedentarismo
• Dislipidemia
• Tabagismo
• Obesidade visceral
Quando o paciente infarta, ele apresenta uma dor 10/10, palidez, sudorese, ele coloca a mão em garra
no peito que é chama de Sinal de Levine.
Manifestações clinicas
• Angina estavel: limiar fixo (o mesmo esforço desencadea a dor) e variável (esforço de intensidade
variavel)
o Dor isquemica que acontece no esforço, mas quando cessa o esforço para de doer, não
precisa de remédio – o eletro em repouso vai ser normal
• Angina instavel: a dor aparece em repouso, mas dura pouco tempo (20 min); a dor do infarto
também aparece em repouso, mas essa dor é superior a 1hr
Letícia Santos | XXXVIII 135
• Angina de Prinzmetal: desenvolve a isquemia miocardica por espamo na coronaria; a dor precordial
e as alterações do segmento ST desaparecem após o uso de nitrato e bloqueadores dos canais de
sódio (diltiazem)
• IAM
• Morte súbita
Angina
Características da dor
Exame Físico
Diagnóstico
• Eletrocardiograma
o DAC cronica e angina estável: habitualmente normal, já que o paciente tem isquemia ao
esforço
o As alteraçoes da repolarização não implicam obrigatoriamente em DAC
o As ARV podem estar relacionadas a sobrecarga ventricular esquerda, disturbios eletrolíticos,
BRE...
• Teste ergométrico: indicado para angina estável, não pode fazer em paciente com IAM
• Ecocardiograma com estresse farmacologico: usa inotrópico (dobutamina), que aumenta muito a
força de contração e o consumo de O2 fica maior que a oferta, sendo assim começa aparecer áreas
no miocardio que tem hipocontratilidade – permite a documentação da extensão e da gravidade das
alterações transitórias da motilidade ventricular esquerda.
Letícia Santos | XXXVIII 137
• Cintilografia miocárdica: angina, utiliza antes de solicitar coronáriografia, já que é um exame invasivo
(exceto quando o paciente infartou, aí pede a coronariografia de cara).
• Coronariografia – cateterismo: primeira escolha para angina instável e IAM. É um exame que já
possibilita a dilatação da coronária e a colocação do stend. Se é feita em primeira instancia, é chama
de angioplastia primaria, mas se tromboliza o paciente e pede a angioplastia em segundo momento,
ela é chamada de angioplastia secundária ou de resgate.
o A vantagem da angioplastia com colocação de stend é que “esmaga” a placa de ateroma e
mantem a coronária aberta, permitindo 100% de perfusão – melhor opção para o paciente
com IAM extenso, podendo evitar as sequelas.
Letícia Santos | XXXVIII 138
1. Anamnese detalhada
2. Escore de risco cardiovascular
3. ECG de 16 derivações
a. DI, DII, DIII, AVL, AVR, AVF
b. V1 a V6
c. V3R e V4R: avaliar infarto de VD
4. Colher enzimas: CK-MB e troponina seriada a cada 6hrs
5. IAM com SST: TIMI RISK (avaliar o risco do paciente de complicações)
6. Ecocardiograma após a fase aguda para saber a area infartada com alteração da motilidade
ECG – IAM
Diagnóstico de IAM
• Ecocardiograma pós fase aguda, na fase aguda as medidas são alivio da dor, controle das
complicações (choque, edema pulmonar, IC)
o Demonstra anormalidades da motilidade segmentar (acinesia, hipocinesia, discinesia)
o Diagnosticar complicações do IAM como aneurisma de ponta de ventrículo
o Passou a fase aguda, após 72hrs do infarto, e o paciente continuar com supra de ST sugere
que ele tenha um aneurisma de ponta.
IAM com supra de ST ou transmural, ou aquele que evolui com onda Q de necrose.
Tem que ter o supra de ST em duas derivações contíguas, se for em só uma não significa nada. O IAM
com supra de ST é transmural, é chamado de supra de ST de corrente de lesão subepicárdica. A lesão da
coronária foi total.
Letícia Santos | XXXVIII 141
Não evolui com onda Q de necrose e pode ter vários padrões: inversão de
onda T apenas, infra de ST com inversão de T ou onda T simétrica. Tem
que haver duas derivações continuas.
Revascularização Miocárdica
Quando o paciente fez a coronariografia, fez a angioplastia com colocação de stend, mas têm outras
obstruções que precisa de revascularização cirurgica, que pode ser feito por ponte ou revascularização a
distância.
Teste de Allen: Comprime os dois pulsos e o paciente abre e fecha a mão até isquemiar, posteriormente,
continua comprimindo somente o ulnar e, se a mão reperfundir somente com o pulso ulnar descomprimido,
significa que o arco plantar é irrigado pela arteria ulnar, podendo retirar a radial para fazer a ponte.
A ponte de safena não é ideal porque vai substituir uma arteria por uma veia superficial da perna e, do ponto
de vista histologico, elas são totalmente distintas, não tendo tanta durabilidade quanto uma veia. A ponte
pode ser feita pela artéria radial e veia safena, enquanto a artéria mamária é anastomosada distalmente à
obstrução, sendo uma irrigação a distância.
Letícia Santos | XXXVIII 142
Complicações
• Arritmias: A área isquemica do coração tem grande risco de focos ectópicos e o paciente começa a
fazer arritmias.
• Aneurisma de ponta de ventriculo
• Ruptura de músculo papilar que leva a uma regurgitação/insuficiência mitral aguda
• Trombo mural: trombo dentro do ventriculo que pode ser fonte de cardioêmbolo – ecocardiograma
transesofágico, RM
• Choque cardiogênico
• Edema agudo de pulmão
• IC aguda
Letícia Santos | XXXVIII 143
Tudo que acontece em V7 e v8 vai espelhar/refletir em V1 e V2: IAM com supra de ST na parede dorsal (V7
e V8) vai ter infra de ST em V1 e V2
É uma seta que aponta na direção do potencial elétrico gerado pelo fluxo de corrente, com sua ponta
voltada para a direção positiva. Quando um vetor é exatamente horizontal e dirigido para o lado esquerdo,
está na direção que corresponde a 0º, a partir desse ponto o vetor gira no sentido horário.
Se o vetor está apontado na direção do potencial elétrico, o complexo gerado é positvo; enquanto se o
potencial elétrico estiver direcionado na cauda do vetor, o complexo é negativo
O vetor resultante da despolarização, é fundamental para saber se está no quadrante correto ou houve
desvio, se estiver desviado pode ser algum bloqueio de ramo, sobrecarga ventricular, bloqueio divisional
(bloqueio de um dos três fascículos)
Chama-se de derivação a análise de corrente elétrica resultante da diferença de dois eletrodos. O ECG
normal possui 12 derivações, mas para a síndrome coronariana aguda, possui 16 derivações (além das
normais, acrescenta V3R e V4R, V7 e V8)
• DI é perpendicular à aVR
• DII é perpenficular à aVL
• DIII é perpendicular à aVF
• aVR: positivo para o braço direito
• aVL: postivio para o braço esquerdo
• DII, DIII, aVF: positivo para baixo
• DI: positivo para o lado esquerdo
Letícia Santos | XXXVIII 146
▪ Mas caso aconteça o contrario, ter um R ampla em VI que vai caindo e um S pequeno
que vai aumentando, significa que o vetor resultante foi puxado para o lado direito –
cor pulmonale (sobrecarga do VD isolado).
o Suspeita de IAM de VD: traça V3R e V4R
o Suspeita de IAM de parede posterior: V7 e V8
A primeira coisa que se olha no eletro é a identificação: nome, data e hora do registro (nas sindromes
coronarianas agudas, o ponto J pode ter alteração dinâmica – com o passar das horas ele altera); sexo, idade,
biotipo, condição clínica e medicação em uso é fundamental para quem vai dar o laudo do eletro.
Letícia Santos | XXXVIII 148
Eixo elétrico
Intervalo PR – PRI
• BAV de 1º grau:
o Toda onda P é seguida de QRS, mas o intervalo PRi está alargado
o A onda P sempre conduz, mas o PRi > 0,20 segundos
Letícia Santos | XXXVIII 152
Duração:
Amplitude – variável
• Soma a onda S de V1 + R de V5 ou V6 (a que for maior), se der mais que 35mm (35 quadradinhos),
significa sobrecarga de VE, coração dilatado
• Insuficiência mitral, aórtica, Chagas, miocardiopatia alcoólica
Letícia Santos | XXXVIII 155
• O indice de Morris, também conta pontos para a SVE, já que a principal causa de SAE é SVE.
• Índice de Cornell: onda R de aVL + onda S de V3 > 28mm em homens e 20mm em mulheres
• Índice de White-Bock: onda R de D1 + onda S de D3 entre 15 a 20 mm é o normal
• Padrão de Stain: lembra muito isquemia, mas diferencia pela clinica (IAM, score de risco
cardiovascular ou chance de IC?), se continuar com dúvida faz o eletro seriado e coleta enzimas.
o Inversão de T em DI e aVL – parece isquemia de parede lateral alta
o Inversão de T em V4, V5 e V6 – parede lateral baixa
o Inversão de T em DII e aVF – parede diafragmática
Eixo
• Plano horizontal
o V1 e V2: antero-septal
o V3 e V4: anterior
o V5 e V6: parede lateral baixa do
ventrículo esquerdo
Ao pegar um eletro e o QRS estiver positivo, significa que está do lado direito do vetor (hemitórax direito),
mas se estiver negativo, signifca que está do lado esquerdo (hemitórax esquerdo); mas se o QRS for
isodifásico, o vetor está passando perpendicularmente a ele (por exemplo: se em DII o QRS estiver
isodifásico, o vetor está passando em aVL, exatamente perpendicular a ele, daí precisa olhar se ele é postivo,
-30º, ou negativo, +150º)
Para o eixo do QRS, usa-se somente as derivações do plano frontal. Então a primeira coisa que olha, é qual
dos quatro quadrantes o eixo está:
• aVF é negativo: o eixo está para cima; ele é positivo para baixo, então exclui
o primeiro e segundo quadrante, ficando somente com o terceiro e o
quarto.
QT curto: congênito
Letícia Santos | XXXVIII 161
SUPRA DE ST
na fase aguda o paciente faz supra de ST, posteriormente começa aparecer uma
onda Q patológica (bem mais profunda que no desenho) e a onda T inverte (subaguda) e, na crônica, a onda
Q pode desaparecer ou ficar para sempre na área infartada (zona eletricamente inativa)
• Paciente tem alterações de repolarização ventricular (supra de ST) difusas pelo eletro
• A dor torácica melhora quando o paciente flerte o tronco
• Ausculta: atrito pericárdico
INFRA DE ST
O IAM de VD é quando a coronaria direita é dominante, que pode dar origem a arteria do nodo AV e
sinusal, o paciente pode chegar em BAV avançado (2º ou 3º), falencia de VD aguda, estase de jugular,
hipotenso, bradicárdico por conta do BAV, bradiarritmia, choque, mas o pulmão está normal, sem congestão
pulmonar.
É um infarto que responde bem ao volume: se aumenta a volemia e tem uma distenção maior do
ventrículo, ele consegue ejetar mais sangue, melhorando a hipotensão
Parede dorsal
Se traçar uma linha reta, V7 e V8 ficam vem em frente V1 e V2, então terá
imagem em espelho, ou seja, ao contrário.
Letícia Santos | XXXVIII 166
• Pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica agudizada: hipercalemia causa onda T apiculada,
situação de extrema preocupação, porque o paciente tem risco de arritmias fatais – é indicado
hemodialese de urgência.
• Onda T simétrica, parecendo um triângulo isóceles em pacientes com escore de risco para síndrome
coronariana, pode sugerir isquemia desde que a alteração apareça em duas derivações contíguas
• Hipocalemia: onda T muito achatada, quase isoelétrica – uso em excesso de diurético de alça,
broncodilatadores inalatórios em doses elevadas
Características
Eixo
• O vetor médio se dirige para baixo, para a esquerda e um pouco para diante
• Geralmente é no primeiro quadrante, com variação média de 0º a 90º - ondas que habitualmente
são positivas em DI e aVF para o eixo estar contido no primeiro quadrante
• Será sempre positiva em DI, DII e aVF, negativa em aVR e com polaridade variável em DII e aVL,
dependendo da posição elétrica do coração
• No plano horizontal, situa-se a esquerda e um pouco para frente, quase paralela a V6, sendo
obrigatoriamente positiva em V5 e V6
• Normalmente positiva ou difásica ou até negativa em V3 e V4 e extremamente variável em V1 e V2
• Tem onda P? não vai ter por ser uma arritmia, já que o ritmo não nasce no nodo sinoatrial
o Fibrilação atrial: onda F minúscula
o Flutter: F maiúscula
o Taqui ventricular e supraventricular: não tem onda P e nem F, somente o QRS e onda T
• QRS alargado ou estreito?
• R-R regular?
o Fibrilação atrial: irregular, já que tem vários focos ectópicos no atrio
Letícia Santos | XXXVIII 168
• Tem que chegar bem próximo do monitor para ver que tem onda P, já que a FC está muito rápida
• Causas mais comuns: febre, dor e ansiedade
o Contexto: adolescente com tonsilite bacteriana, 40º de febre
o Trata a causa: febre – antitérmico, dor – analgésico, ansiedade – ansiolítico.
• Quando o foco ectópico é ventricular o QRS é bem largo, tem padrão de bloqueio completo de ramo
esquerdo
• Intervalo R-R regular
• Arritmia que aparece em coração doente: cardiopatia isquêmica, na fase aguda pós-IAM (causa
comum de parada), cardiomiopatia chagásica – normalmente o paciente chega chocado, pode chegar
já sem pulso central, tendo que fazer uma desfibrilação (se for estável, controla com medicamento)
Letícia Santos | XXXVIII 170
Extra-sístoles pareadas
• Vários focos ectópicos no átrio, cada hora um despolariza o ventrículo: possui várias ondinhas F
desses focos, com a frequência ventricular variável.
• É a arritmia mais comum que tem na enfermaria: a dilatação atrial leva a uma lesão dos feixes
internodais e o paciente desencadeia uma fibralação atrial
o Insuficiência cardíaca esquerda que leva a uma sobrecarga direita
o Sobrecarga direita isolada (cor pulmonale)
o Em algum momento essas duas situações leva a uma sobrecarga de atrio que, leva no AE uma
hipertensão venocapilar pulmonar, levando a uma congestão e, no AD, leva a uma congestão
venosa sistêmica
• Pulso anárquico, palpação do precórdio anárquico: delirium cordis
• Pode ser persistente ou paroxística
• Paroxística: faz a FA, forma um trombo no interior do átrio e, quando volta para o nodo sinusal, a
contração atrial em cima de um trombro pré-existente gera cardioêmobolos que vai para todo lado.
o Esses êmbolos no AE pode ir para a cirulação sistêmica e causar: AVE isquêmico, TVP de
membros superiores e inferiores, tombrose mesentérica
o Se for a direita: TEP
o Esses êmbolos podem vir da parede ventricular (trombo mural), pode ser calcificação de
cúspede valvar
o Os êmbolos atriais podem embolizar para a própria coronária e o paciente acaba infartando
o Embolia paradoxal: o êmbolo que foi para a circulação sistêmica veio do VD, atráves de uma
comunicação interventricular
• Pacientes com FA tem indicação formal de tomar anticoagulante para o resto da vida, devido ao risco
de formação de cardioêmbolos
A disfagia (dificuldade para engolir) pode ser classificada em: progressiva e universal. Um exemplo
de progressiva é a do Câncer de Esôfago: o tumor cresce no lúmen do esôfago, a disfagia inicialmente é para
sólidos e progride até alimentos líquidos
Megaesôfago Chagásico: onde há a lesão da doença de Chagas o esôfago é estreito, nessa área o movimento
peristáltico cessou devido à destruição do plexo mioentérico. A montante à área doente o esôfago é dilatado
e de consistência endurecida, que é a área do megaesôfago, onde há o aumento da pressão intraluminal
devido ao acúmulo de alimentos e líquidos.
Letícia Santos | XXXVIII 174
Na maioria das vezes o paciente tem um defeito no esfíncter esofágico, que permite o refluxo; ou pode ser
hérnia de hiato.
conjunto de sintomas que definem um quadro de má digestão, pode ser causada por
gastrite, úlcera gástrica e duodenal, duodenite, colecistite, reflexo colecistocnético retardado...
Diagnóstico: endoscopia e US de andar superior de abdome para ver a causa da síndrome
• Dor epigástrica, tipo queimação
• Plenitude pós-prandial
• Queimação epigástrica
• Saciedade precoce
SINAIS E SINTOMAIS
• Eructação: arroto
• Flatulência: gases
• Diarreia – SMA: aguda ou crônica?
o Delgado: volume grande e número de evauações pequeno, diurna e noturna e pode ter má
absorção intestinal, podeno ter alimentos não digeridos nas fezes (esteatorreia)
o Grosso: somente diurna, na maioria das vezes é aguda, e pode ser invasiva (muco, pus e
sangue, urgência evacuatória); volume pequeno e número de evacuações grande.
• Obstipação ou constipação intestinal: desde a infância ou adquirida?
Letícia Santos | XXXVIII 175
• Vômitos
o Vômito e diarréia: perguntar quantas vezes ao dia para estimar o volume e hidratar o
paciente.
• Distensão abdominal:
o Sólido: útero gravídico, tumor de ovário
o líquido: ascite
o ar: obstrução intestinal, o gás acumula, o paciente refere parada de eliminação de gases e
fezes, o que é patognomônico
• Sinal de Kehr: quando o paciente tem sangue ou qualquer processo inflamatório na cavidade
peritoneal que causa irritação do nervo frênico, causando um dor referida no ombro ou região
subescapular ipsilateral
o Esquerda: relacionada à lesão de baço
o Direita: relacionada à abcesso subfrênico, colecistite aguda, úlcera perfurada
Pode ser caracterizada por: hematêmese (vomitar sangue vivo) e melena (eliminar sangue semidigerido nas
fezes), mas se o trânsito estiver muito rápido pode ter a presença de enterorragia.
Pode ser causada por:
• Varizes de esôfago, normalmente presente em cirróticos devido à hipertensão portal – se elas
roperem o paciente sangra muito, porque está com plaqueta baixa (o baço é hiperfuncionante e
destroi as plaquetas do doente) e diminui a produção dos fatores K dependentes da via extrínseca,
por conta do fígado cirrótico;
• Gastrite erosiva – erosão: restrita a epiderme/mucosa
• Úlcera péptica: lesão mais profunda, geralemente são únicas e normalmente é localizada no bulbo
duodenal.
o Quando cresce em profundidade, ela pode perfurar para o peritôneo livre e extravasa ar e
suco digestivo + alimentos para a cavidade peritoneal, causando peritonite e uma dor
abdominal de grande intensidade. O ar livre tende a subir para as cúpulas diafragmáticas:
pneumoperitônio.
o Fase de cicatrização: pode ter estesone do bulbo duodenal e haver uma obstrução ou
semiobstrução alta e, consequentemente, há uma gastroectasia.
Letícia Santos | XXXVIII 176
• Câncer de cólon: sangra microscópicamente, por isso investiga sangue oculto nas fezes, muito
comum ser causa de anemia ferropriva.
• Doença hemorroidária
• Fissura anal: paciente relata que sangra vermelho vivo somente na hora da evacuação, dói para
evacuar
1. Hemiabdome direito
2. Hemiabdome esquerdo
• Iluminação adequada
• Desnudade da área a ser examinada: do apêndice xifóide até a sínfise púbica
• Paciente em decubito dorsal horizontal, pernas descruzadas e ligeiramente afastadas, braço ao longo
do corpo
• Gravídicas
• Estrias de crescimento
• Estrias do efeito sanfona
• Hérnia: as vezes precisa fazer um aumento da pressão intrabdominal (valsalva) para diagnosticas
o Redutível: a alça sai para o saco herniário, mas quando o paciente relaxa a barriga ela volta
espontâneamente
▪ Redutível com manobra: empurra com a mão
o Encarcerada: a alça já aderiu ao saco herniário
o Estrangulada: o saco herniário fecha e aperta a alça que está lá dentro, juntamente com a
veia, artéria e o nervo: abdome agudo obstrutivo/vascular, além de impedir o trânsito,
impede o retorno venoso e a vascularização – cirurgia de urgência
Letícia Santos | XXXVIII 179
• Kocher: colecistectomia
• Mediana: laparotomia exploratória
• Pfanniestil: cesariana, histerectomia, ooforectomia
• Paramediana (direita, esquerda, supra e infraabdominal)
• McBurney: apendicectomia
• Lombotomia: nefrectomia
• Elliot-Babcock: apendicectomia (mini laparotomia), bem
pequena, podendo ser feita na marca do biquini
• Incisões de videolapartotomia
Letícia Santos | XXXVIII 180
paciente com
ascite de médio volume com certa flacidez
paciente era obeso e (porque a ascite era de grande volume e reduziu).
emagreceu, ficando com excesso de pele e Quando ele deita, a ascite acumula nas laterais do
flacidez; paciente teve abdome globoso. Não tem abdome, a barriga fica achatada e larga
muita gordura, somente pele.
A maioria é de etiologia alcoólica, sendo autolimitada (em torno de 3 a 4 dias o paciente já está em
casa, a amilase e lipase caem. Pode ser classificada em edematosa, necrótica e necrohemorrágica.
Necro-hemorrágica: é a mais grave, há uma extensa destruição do pâncreas e o paciente pode desenvolver
uma insuficiência endrócrina e até mesmo diabetes secundária. Como o pâncreas é retroperitoneal, o sangue
pode cair nas goteiras parietocólicas formando grandes equimoses na superfície do abdome.
equimose localizada nos flancos
equimose na região periumbilical procedente de pancreatite. É necessário perguntar o motivo
das manchas, talvez é por conta de aplicar injeção de heparina e o paciente nem tem pancreatite...
• Pulsações
o Aorta: paciente muito magro
o Aneurisma de aorta: palpação
o VD: pacientes magros ou VD hipertróficos
• Movimentos respiratórios: respiração tóracoabdominal (isossexual para o homem)
• Movimentos peristálticos visíveis: peristalse de luta
É feita a seguir da inspeção, diferentemente dos outros aparelhos (inspeção, palpação, ausculta),
porque se fizer a palpação antes da ausculta, eu posso estimular a peristalse e ela vir aumentada, sem
corresponder com a verdade.
• Sensibilidade
• Pontos dolorosos: são 9
o Ponto xifoidiano: comum ser doloroso
a palpação nos pacientes com
esofagite
o Ponto epigástrico: gastrite,
duodenite, úlcera gástrica e duodenal
o Ponto cístico: colecistite aguda
o Pontos ureterais: pielonefrite
▪ Superiores: ao nível da cicatriz
umbilical na linha pararretal
▪ Inferiores: ao nível da crista
ilíaca anterossuperior
o Ponto apendicular
o Ponto esplênico
Letícia Santos | XXXVIII 183
traça uma linha entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca anterossuperior direita
e a divide em três segmentos, o ponto de McBurney é do médio para o distal
onde fica localizada a vesícula (ponto cístico). Comprime a vesícula no final da inspiração,
porque o paciente inspira, o fígado desce e conseguimos palpar a ponta da vesícula inflamada (colecistite,
na colelitíase sem inflamação não tem sinal de Murphy positivo)
• Hernias
• Diastases dos retos abdominais
• Ventrículo direito: quando há sobrecarga isolada (cor pulmonale) conseguimos palpar a pontinha do
VD, na região subxifoidiana empurrando para cima
• Aorta abdominal: linha mediana supraumbilical
• Lipomas
• Fibromas
• Cisos sebáceos
Letícia Santos | XXXVIII 184
• Localização
• Forma
• Volume
• Sensibilidade
• Consistência
• Pulsatilidade
• Mobilidade
• *** Tumores malignos: muito duros e aderidos aos planos profundos, mobilidade inexistente
Hepatomegalia
• Determinar o limite superior e inferior à percussão, antes de palpar: começa e percutir na linha
hemiclavicular direita para achar o limite superior, depois percutir do umbigo em direção ao
hipocôndrio para achar o limite inferior
• Palpar na inspiração, porque o diafragma empurra o fígado, facilitando a palpação
• Volume: quantos centímetros o fígado está do rebordo costal direito
• Borda: fina (normal) ou romba (na hepatomegalia congestiva das hepatites ou IC direita)
• Superfície: lisa (hepatites, IC direita) ou regular (macro ou
micronódulos, metástases hepáticas)
• Consistência normal, aumentada ou diminuída (esteatose)
• Sensibilidade: indolor (cirrose) ou doloroso (IC direita e
hepatites)
Letícia Santos | XXXVIII 185
***O paciente com IC direita e hepatomegalia secundária à IC, também tem ascite: tanto a ascite quanto
o fígado tem o som da percussão maciço, para diferenciá-los e achar o limite do fígado do paciente:
• Manobra de rechaço: palpa a superfície no
quadrante superior direito – como se empurrasse um
ovo dentro da água e, quando tira a mão, ele
submerge: empurra o fígado, delicadamente, que
está no meio do líquido ascitíco, tira a mão e fica
esperando, ele vai submergir e bater na sua mão.
• Manobra da arranhadura: coloca o esteto onde o
fígado está (pela manobra do rechaço), arranha o
abdome com a unha ao mesmo tempo que está
auscultando – o som muda quando passa da ascite
para o fígado, assim consegue delimitar o órgão.
Letícia Santos | XXXVIII 186
Causas de Hepatomegalia
• IC direita
• Cirrose macronodular
• Colestase extra-hepática
• Hepatites
• Esteatose
• Neoplasias
• Linfomas
• Esquistossomose
Causas:
• Vasculares: hipertensão portal (cirrose hepaática é a principal causa na clínica)
• Infecciosas: mononucleose infecciosa, hepatite por vírus, febre tifóide, malária, calazar, doença de
Chagas na fase aguda, esquistossomose
• Hematológicas: anemias hemolíticas, policitemia vera, LMC, LLC, mielofibrose, tricoleucemias...
Palpável na FID, entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca anterossuperior. Não palpamos diretamente
a parede do ceco, mas sim o conteúdo cecal (fezes líquidas + gases) com as mãos espalmadas e, quando a
ampola cecal está cheia, sente tipo um gargarejo.
• Localização variável, então é praticamente imposível de palpá-lo, a não ser que ele esteja
extremamnete dilatado ou em paciente muito magro
• Palpável com as duas mãos espalmadas fazendo um rolamento de cima para baixo e de baixo para
cima
Letícia Santos | XXXVIII 188
• Facilmente palpável na FIE ou QIE, até mesmo em paciente obeso, fica bem ao lado da crista ilíaca
anterosuperior esquerda
• Em caso de megadolicossigmóide (largo e comprido), a alça desloca-se para outras regiões do
abdome
o A causa mais comum e megassigmóide no Brasil é megacólon chagásico
o Dolicossigmoide: o paciente evolui com muita dificuldade de eliminar o bolo fecal
• Palpa com as mãos sobrepostas em movimento de vai e vem
• Praticamente impossível de se palpar, a não ser em casos de paciente muito magros, tumor renal ou
grande hidronefrose e pionefrose
• Palpação bimanual: a mão que palpa deve ser homônima ao rim que se palpa (rim direito palpado
pela mão direita): empura o rim direito com a mão esquerda e palpa com a mão direita
• Palpar durante a inspiração profunda
• O polo inferior do rim direito é mais facilmenta palpável
Sinal de Giordano: punho-percussão da loja renal – explicar para o paciente que vai dar um único soco e
pedir para ele falar se a dor aumentou de intensidade ou se apareceu a dor agora
• Na síndrome nefrítica ele pode ser positivo dos dois lados
• Palpação bimanual para avaliar a defesa abdominal localizada: paciente tem peritonite na fossa
ilíaca esquerda, faz palpação bimanual simultânea para ver se a defesa abdominal está somente no
lado esquerdo
• Manobra do rechaço
• Manobra da desompressão súbita – Sinal de Blumberg: comprime com as mãos sobrepostas a região
que tem peritonite e descomprime bruscamente, paciente vai relatar aumento da dor.
• Sinal de Gersuny: quando o paciente tem um fecaloma e tem uma massa enorme no abdome, as
vezes essa massa atravessa o abdome e vai para o hipocondrio direito, por exemplo – é uma massa
endurecida, mas móvel e, quando aperta a massa, percebe que é quebradiça e que desloca da luz
intestinal
Letícia Santos | XXXVIII 189
• Sinal de Lasègue: levanta o membro inferior e o paciente tem dor na FID, provoca estiramento do
ciático – ciatalgia, apendicite
• Sinal do Psoas: paciente em decúbito lateral e traciona a perna para trás, causando dor na fossa
ilíaca direite – apendicite, psoíte, abscesso do psoas
Letícia Santos | XXXVIII 190
• Sinal do Obturador: flerte a perna e gira para fora – apendicite e processo inflamatório do músculo
obturador
• Sinal de Lenander: temperatura retal, no mínimo, 1ºC maior que a temperatura axilar – abdome
agudo inflamatório: apendicite, diverculite
• Sinal de Jobert: determinação da área de projeção do fígado – quando a úlcera péptica cresce em
profundida e perfura para o peritônio livre, extravasa suco gástrico, alimentos e ar para a cavidade
peritoneal livre e, esse ar, tende a subir para as cúpulas frênicas, a maior quantidade se acumula na
direita. Quando o paciente deita, esse ar fica entre o fígado e a pele e, quando percutimos, o som vai
estar timpânico – patognomônico de pneumoperitônio (qualquer doença que curse com perfuração
da luz intestinal)
o Quando faz cirurgia por vídeo, injeta gases na cavidade
• Determinação do limite superior do fígado
• Área de projeção do baço
• Espaço de Traube: timpânico
Paciente queixa de enterorragia, sangue vivo no papel higiênico: inspeção do ânus e toque retal
(passar xilocaína)
• Plicomas: uma “pelinha” ao redor do anus, é uma cicatriz de fissura anal ou de um mamilo
hemorroidal
• Escoriações: quando o paciente tem parasitose e causa prurido anal
• Fissuras
• Fístulas: quando, no toque, observa um abaulamento da parede do reto, que é um abscesso – como
não drenou o abscesso, o próprio organismo drena para o períneo
• Neoplasias: quando introduz o dedo e faz os 360º, observa uma lesão característica de vegetação
(friável, elevada, irregular)
• Imperfuração anal: exame do RN
• Cistos dermóides na região sacrococcígea: dor e sinais flogísticos na região, pode drenar
espontâneamente (sai pus com pelos) ou as vezes o médico precisa drenar
• Condilomas: HPV
• prolapso retal: comum em pacientes desnutridos e idosos: tem os ligamentos do períneo frouxo
• Canal anal:
o Tônus do esfíncter
o Sensibilidade e elasticidade
o Tumorações
• Reto:
o Paredes lisas
o Ampola vazia
o Indolor
o Ligeiramente móvel e depressível
Posições
• De quatro: próstata está para baixo
• Ginecológica: próstata está para cima
• Decúbito lateral esquerdo: avaliar fissura, hemorróida, tumor de canal anal, abscesso perianal –
próstata para frente
A consistência do câncer de próstata é bem dura (tipo o queixo), enquanto a de hiperplasia benigna é
mais emborrachada (tipo nariz)
Letícia Santos | XXXVIII 194
: toda dor abdominal que acomete um paciente que estava anteriormente bem e com duração
maior que 6 horas. Dor súbita e de intensidade variácel, associada ou não a outros sintomas e que necessita
de diagnóstico e conduta terapêutica imediata, cirúrgica ou não.
• Toda dor abdominal com duração de 1 a 72 horas necessita de investigação de urgência.
• O diagnóstico varia conforme sexo e idade – a apendicite é mais comum entre jovens, enquanto a
doença biliar, obstrução intestinal, isquemia e diverticulite são mais comuns em idosos.
• Todo abdome agudo é clínico até que se prove o contrário
Letícia Santos | XXXVIII 195
Torácicas
• IAM – parede diafragmática ou inferior: supra de ST em DII, DIII e aVF – dor epigástrica em
queimação, simula uma síndrome dispéptica
• Pneumonia de lobo inferior: a dor pode ser referida no hipocôndrio ipsilateral à pneumonia
• Pneumotórax: dor no hipocôndrio ipsilateral (ictus cordis e traqueia desviados para o lado são)
• Infarto pulmonar: dor no andar superior
• TEP: dor no andar superior
• Pericardite aguda: dor retroesternal que pode ser em queimação e simular DRGE e síndrome
dispéptica; pode ser também no andar superior do abdome
Hematológicas
• Crise falciforme: as hemácias em forma de foice podem “emperrar” na microcirculação e
funcionarem como microtrombos, micro-êmbolos, e o paciente ter micro-infartos hepáticos e
esplênicos, causando dor nos hipocôndrios.
• Leucemia: paciente pode ter hepatoesplenomegalia e, às vezes, distensão rápida da cápsula
esplênica e hepática, causando dor nos hipocôndrios.
Neurológicas
• Herpes zoster: depende da localização (o paciente não apresente nada no exame de imagem e,
depois de alguns dias, aparecem as feridas) – a maior complicação é neurite, que não respondem
bem a analgésicos.
• Compressão de raiz nervosa: normalmente em pacientes que tem uma má postura (lavrador,
pedreiro) – se não achar nada na propedêutica de abdome, pensar em compressão de raiz nervosa
Metabólicas
• Cetoacidose diabética: distúrbio hidroeletrolítico e ácido básico (paciente vomitando muito e com
distensão abdominal, pode confundir com obstrução intestinal)
Letícia Santos | XXXVIII 196
• Porfiria intermitente aguda: uroporfirinas na urina, quando expostas ao sol, deixa a urina com cor de
vinho. Quando não consegue definir a causa de dor abdominal, começamos a pensar em causas raras,
daí podemos expor a urina ao sol.
• Crise Addisoniana: distúrbio eletrolítico e ácido básico
• Hiperlipoproteinemia
• Desequilíbrio hidroeletrolítico: principalmente hipocalemia e hipomagnesemia
• Intoxicação por chumbo
• Abstinência de narcóticos: dor abdominal difusa, sudorese, palidez
• Acidente por animal peçonhento
• Etiologia desconhecida
• Avaliar fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas, rins, intestino, bexiga, aorta, veia cava inferior,
adrenais, colelitíase, dilatação de vias biliares, litíase renal, hidronefrose, dilatação de vias urinárias,
líquido livre dentro da cavidade
• Ascite e distensão gasosa são grandes limitações ao método, por isso é necessário fazer o preparo
do intestino: laxante + dimeticona (principalmente órgãos retroperitoneais, como rins)
• Solicitado em todos os casos de abdome agudo, para diagnosticar que o abdome agudo é de causa
urológica e fazer os diagnósticos diferenciais
• Caracterização de processos urológicos, determinantes de dores abdominais agudas – cistite,
pielonefrite
• Densidade urinária elevada: desidratação
• Bilirrubinúria: processo obstrutivo de vias biliares
o Colúria: processo obstrutivo de via biliar
• Cheiro fétido: pensa em pielonefrite
• Leucocitúria: urina purulenta de odor fétido – indica infecção no trato urinário, mas pode estar
presente em processos infecciosos agudos de vísceras abdominais, que mantêm relações anatômicas
com o ureter – apendicites retrocecais, por exemplo
• Hematúria: cálculos urinários, necrose tubular aguda, cistite necrotizantes, anemia hemolíticas ou
doença hemorrágica, hiperplasia de próstata, câncer...
• Na porfiria aguda intermitente, a urina adquire cor vinhosa quando exposta à luz solar, fenômeno
este que é acelerado pela acidificação com ácido clorídrico.
• Pancreatites agudas ou recidivas agudas das pancreatites crônicas (pancreatite crônica agudizada)
o Causas mais comuns: alcoólicas ou biliar (obstrução do colédoco distal, que junta com o ducto
pancreático para formar a ampola de Vater, causando colestase e refluxo das enzimas
digestivas para dentro do pâncreas, causando autodigestão)
o Biliar: icterícia, colúria e acolia
o Alcoólica: esses sinais podem estar ausentes
Letícia Santos | XXXVIII 198
• Devem ser solicitadas para pacientes com dor abdominal aguda, que são ou já foram alcoolistas ou
com sinais e sintomas de colestase
• Hiperamilasemia com lipase normal
o Cetoacidose diabética
o Obstrução intestinal
o Trombose mesentérica
o Gravidez ectóica rota
o Insuficiência renal
o Após administração de opiáceos
o Pode estar aumentada no líquido ascítico e no derrame pleural na pancreatite aguda: sugere
que a causa seja pancreatite
• Íleo metabólico, não pode fazer cirurgia com essa desregulação iônica.
• Insuficiência renal aguda pré renal – desidratação, vômitos, febres – hipovolemia no intravascular e
por isso fez uma IRA
Letícia Santos | XXXVIII 200
Etiologias: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, colangite, diverticulite do cólon, doença
inflamatória pélvica, abscessos intracavitários, peritonites primárias e secundárias
Quadro clínico
• A dor começa no abdome superior, na linha mediana supraumbilical e depois migra para a fossa ilíaca
direita
• Quando o processo inflamatório atinge o peritoneo visceral e parietal, a dor fica localizada onde o
processo inflamatório se originou
• Náuseas, vomitos e anorexia
• Depois de algumas horas a náusea passar e a dor migra para o QID do abdome
• Febre de 37,7ºC a 38,3ºC é comum (não é alta a não ser que o paciente evolua para peritonite e
choque séptico)
• Mover-se e tossir aumentam a dor
• Em idosos a dor costuma ser menos intensa e o exame físico mais inespecífico
• Quando o apêndice se rompe, vai haver a peritonite, a dor e a febre podem aumentar e o paciente
pode evoluir com sepse, choque e SDRA
Diagnóstico
• Leucograma: leucocitose às custas de segmentados – processo inflamatório
• EAS: diagnóstico diferencial, porque é dor em flanco, fossa ilíaca
• US
Letícia Santos | XXXVIII 201
• Tomografia
o US – apêndice facilmente visivel: inflamação
Exame Físico
• Sinal de Rovsing: desloca o ar em direção do apêndice, o ar entra no apêndice inflamado, causando
aumento da dor
• Sinal de calcâneo – Kallás: dá um soquinho no calcanhar direito e refere dor no ponto apendicular,
assim como andar
• Sinal de Lapinsky: pede para o paciente levantar a perna e, em ato contínuo, comprime o ponto
apendicular
• Sinal de Lasègue: levantar a perna direita
• Sinal de Lenander: dissociação axilorretal da temperatura
• Sianlde Blumberg no ponto de McBurney: descompressão brusca, significando peritonite
• Inflamação na vesícula
• Litiásica: 90% a 95%
• Alitiásica: 5% a 10%
Quadro clínico:
• Dor em hipocôndrio direito – ingestão de alimentos gordurosos pode ser um fator agravante
• Náuseas e vômitos
• Febre – se complicações: empiema, abscessos e colangite (inflamação do colédoco)
o Colédocolitíase isolada sem colangite não é um quadro infeccioso ou inflamatório
Letícia Santos | XXXVIII 202
Exame Físico
• Sinal de Murphy positivo (colelitíase sem inflamação, o sinal é negativo): compressão do ponto cístico
no final da inspiração
• Icterícia, se complicações
Diagnóstico
• US
• Tomografia, no caso de complicações (abscessos, colangite) e via biliar distal (se o colédoco estiver
dilatado: colédoco-ressonância)
Diagnóstico
• Ultrassom: só vai mostrar que há dilatação da via biliar
• Colangioressonância – padrão ouro
• Laboratório:
o Função hepática: pode estar alteração por conta dos abscessos e edema
o Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda, leucopenia
o PCR
o Função renal para avaliar se o choque causou insuficiência renal aguda
o Gasometria arterial: avaliar acidose e hipoxemia pela SARA
o Íons
o Bilirrubina total e frações e enzimas canaliculares
o Transaminases
o Choque séptico: provas de coagulação, íons, gasometria, função renal
CPRE – colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (a câmera é lateral, porque a papila fica na parede
lateral) – desobstrução de via biliar!!!
• Afeta principalmente pessoas que adicionam muito carboidrato refinado em uma dieta pobre em
fibras
• É considerada uma doença da civilização ocidental
Letícia Santos | XXXVIII 204
• Nos países da África e da Ásia, regiões com dietas ricas em fibras e com baixo consumo de
carboidratos refinados, a incidência é pequena
• Costuma aparecer a partir da meia-idade, atingindo idosos com maior frequência
• Cerca de um terço das pessoas acima dos 45 anos e mais de 50% dos indivíduos com mais de 80 anos
apresentam o distúrbio
• Indivíduos com idade inferior a 40 anos somam menos de 10% no total dos pacientes com problemas
Quadro clínico
• Dor abdominal no quadrante inferior esquerdo
• Diarreia
• Cólicas
• Alteração dos hábitos intestinais (ora diarreia, ora constipação)
• Enterorragia; principalmente no idoso, quando tem divertículo no cólon inteiro, pode chegar em
choque hipovolêmico
Diagnóstico
• Colonoscopia
• Enterotomografia
• Enema opaco (injeta contraste pelo ânus)
Quadro clínico
• Dor súbita, de forte intensidade no quadrante inferior esquerdo do abdome
• Febre baixa
• Alterações no hábito intestinal – diarreia ou constipação
• Anorexia
• O divertículo pode aderir na bexiga e formar fístulas
• Pode romper e causar sepse
Diagnóstico
• Leucograma: leucocitose às custas de segmentados
• PCR aumentada
• Enterotomografia define o diagnóstico (fazer colonoscopia nesse quadro não é interessante, corre o
risco de perfuração e inflamar outros lugares).
Letícia Santos | XXXVIII 205
• Colelitíase evolui para coledcolitíase e, esse cálculo na ampola de Vater, obstrui a drenagem pelo
ducto de Wirsung e assim as enzimas refluem para dentro do pâncreas, causando o processo
inflamatório e autodigestão – pancreatite biliar
• Lesão de células acinares e transporte intracelular deficiente, na maioria das vezes, são causados
pelo álcool
Diagnóstico
• US endovaginal
• Tomografia de andar inferior do abdome
• Videolaparoscopia (para toda causa de abdome agudo ela é uma opção, tanto para propedêutica,
definir diagnóstico, quanto para terapêutica – faz a videolaparoscopia, define o diagnóstico e já
opera, ou se não for caso cirúrgico, pode fazer biopsia)
Classificação
• Alta: quanto mais alta, menor a distensão e mais precoce são os vômitos
• Baixa: quanto mais baixa, maior a distensão e mais tardio são os vômitos (no começo é vômito
alimentar, seguido de vômito bilioso e por último vômito fecalóide)
Quadro clínico
• Dor abdominal em cólica
• Distensão abdominal – pode causar síndrome compartimental do abdome, com hipotensão e
insuficiência respiratória
• Parada de eliminação de gases e fezes (patognomônico)
• Náuseas e vômitos
• Quadro clínico: vômitos precoces azedos, distensão leve, gastrectasia, sinal do vascolejo pós-prandial
• Etiologias: estenose pilórica, estenose bulbar (úlcera cicatrizada), câncer gástrico (mais comum na
pequena curvatura justapiloro, obstruindo o piloro)
• Diagnóstico:
o Endoscopia digestiva alta
o Enterotomografia
o RX simples de abdome
Letícia Santos | XXXVIII 209
• Quadro clínico: vômitos fecalóides, distensão acentuada, parada de eliminação de gases e fezes
o Distensão: hipertimpânico – sonda nasogástrica calibrosa, descomprime o abdome, tirando
ar e fezes líquidas; fazer exames, regularizar os íons.
o Quando o paciente está distendido assim, a ascite comprime o diafragma, causando hipóxia
e, consequentemente, diminui o nível de consciência – o paciente pode aspirar o vômito,
causando pneumonia aspirativa.
• Diagnóstico:
o RX simples de abdome em decúbito e ortostatismo – níveis hidroaéreos
o Enterotomografia
• Etiologia:
o bolo de Ascaris
Houve perfuração de uma víscera oca e, a causa mais comum do abdome perfurativo não traumático,
são as úlceras
Quadro clínico
• Dor abdominal de forte intensidade, insuportável
• Abdome em tábua, porque existe um extravasamento de líquido da víscera – peritonite difusa com
defesa involuntária
• Pneumoperitônio – Sinal de Jobert
• Sinais de peritonite difusa – Sinal de Blumberg
Etiologia
• Úlcera péptica
• Câncer gastrointestinal
• Divertículo de cólon
• DII – Doença de Crohn (fase inflamatória, quente)
• Perfuração da vesícula biliar inflamada
Quadro clínico
• Dor abdominal
• Síndrome hipovolêmica: hipotensão, palidez cutânea, sudorese fria, taquicardia, pulso fino, de baixa
amplitude, pele fria e pegajosa, depressão do nível de consciência
• Sinais de irritação peritoneal: sangue livre na cavidade abdominal
Diagnóstico
• LPD: lavado peritoneal diagnóstico: punciona com um cateter para ver se há sangue livre na cavidade
abdominal
• US: liquido livre na cavidade
o FAST: US compacto que faz à beira do leito
• TC de abdome: presença de líquido livre na cavidade
Etiologia
• Gravidez ectópica rota:
o dor em baixo ventre intensa e súbita
o atraso menstrual (nem sempre está presente, pode ser desregulada, vida sexual ativa e sem
método contraceptivo)
o útero não é compatível com o atraso menstrual, geralmente é menor que o esperado para o
tempo de amenorreia
o escapulagia: dor irradia para o ombro – irritação do nervo frênico (Sinal de Lafond)
o Instabilidade hemodinâmica, hipotensão, taquicardia em ortostase e choque hipovolêmico
o Palpação abdominal dolorosa com sinais de irritação peritoneal
o Dor aguda ao toque do fundo do saco de Douglas – sinal de Proust
o Equimose periumbilical – sinal de Cullen
Letícia Santos | XXXVIII 212
Obstrução da artéria ou veia mesentérica, o paciente pode evoluir com necrose de algum segmento
do intestino
Quadro clínico – inespecífico
• Dor abdominal lancinante, desproporcional aos exames (exames complementares não definem nada,
mostra só aumento da desidrogenase lática por conta da isquemia)
• Hematoquezia, diarreia, náuseas, vômitos
• Eliminação de líquido necrótico
• História anterior de arteriopatia crônica, IAM, AVC, claudicação abdominal (angina mesentérica),
fibrilação atrial crônica
Etiologia
• Embolia mesentérica: pode ser cardioêmbolo ou arterio-arterial
o Embolia paradoxal: passou das câmaras direita para as esquerdas, posteriormente indo para
a circulação sistêmica
• Vasoconstrição esplâncnica – isquemia não oclusiva – baixo fluxo (pacientes que tomam altíssimas
doses de adrenalina)
• Trombose venosa mesentérica
Diagnóstico
• TC de abdome: mostrará o trombo e, na parede do intestino, sinais de sofrimento da alça
• AngioTC de abdome
Hérnia estrangulada: obstrutivo/vascular – o saco herniário pode obstruir o fluxo e comprimir a alça
Úlcera perfurada: perfurativo/inflamatório (peritonite química secundariamente)
Ferimento por arma branca ou arma de fogo: perfurativo/inflamatório/hemorrágico/vascular