Você está na página 1de 19

Semiologia (aula 1 e 2)

Semiologia e sociotécnica:
 Semiologia e sociotécnica são incorporadas ao curriculum de enfermagem,
de acordo com a resolução n°314/94 do conselho federal de enfermagem.

 Todo enfermeiro faz uma entrevista de enfermagem tanto para trabalho,


quanto para os clientes. A semiologia é a arte de extrair de seu paciente,
dados e elementos que lhe permitam emitir, com segurança um diagnóstico.
Obs: O enfermeiro não faz diagnostico de medico, e sim de enfermagem.

Ex: Paciente X chega a um certo local ofegante:

Obs: Uma dor crônica pendura por mais 1 mês, agudo é recente e crônico por um
longo tempo e provavelmente sem cura. A Semiologia é investigação e estudo
dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente é avaliado clinicamente
pela Enfermagem.
 Qual a diferença de sinais e sintomas?
 Sinais: Os sinais são as manifestações percebidas por outra pessoa;

 Sintomas: Sintomas são as queixas apresentadas pelo paciente em


relação ao que está sentindo.

 Propedêutica:
Introdução aos princípios gerais de uma ciência, sem descarta o empírico.
 Sociotécnica é o emprego de procedimentos metodicamente organizados
para a identificação de sinais e sintomas de patologias diversas. Estudo e
métodos das ações que sucedem ao exame físico. Ou seja, entrevistar o
paciente e fazer exames físicos da cabeça aos pés. Entender a forma de
extrair informações do que o paciente pode ou não transmitir.

 A sociotécnica relaciona sinais e sintomas com a terapêutica aplicada ao


paciente grave, ou seja, relacionar o que está sendo identificado com o
tratamento que será feito. - Identificar os problemas de enfermagem, dando
diagnostico de enfermagem.
 Estabelecer prioridades para as intervenções de enfermagem diante do
paciente. Ex: Paciente está politraumatizado, mas também tem presença de
hemorragia. O enfermeiro deve cuidar do que é mais grave.
 Coleta de dados:
Na coleta de dados são extremamente importantes os dados subjetivos e
objetivos.
 Oque são dados objetivos? São dados reais
 O que são dados subjetivos? Podem ser verdade ou não. É o que a pessoa
diz sobre si mesma, sobre como percebe seu próprio estado de saúde.
A habilidade de entrevistar (é necessário vínculo com o paciente ser bem
sucedida).
 Entrevista:
 A entrevista inclui informações subjetivas e objetivas. Os dados da
entrevista fornecem pistas para valida-los posteriormente com dados
objetivos.
Ex: O paciente relata dificuldade de deambulação(anda). Precisa avaliar a marcha
e força muscular.
 Saber ouvir e observar é fundamental para a obtenção de dados
significativos e para o bom relacionamento entre Enf. e cliente.

 Objetivo da entrevista:
 Estabelecer relacionamento terapêutico
 Determinar expectativas do cliente sobre os profissionais e o sistema de
cuidado
 Obter pistas sobre os dados que precisam de uma investigação mais
detalhada

 Anamnese:
 É uma entrevista conduzida pelo médico em consultório com o objetivo de
identificar os sintomas do paciente e chegar ao diagnóstico de uma doença.
 Identificar os pontos fortes e os problemas
 Fazer ponte para o exame físico, ou seja, tudo na entrevista ajuda em um
exame físico futuramente.
 Informações obtidas na entrevista:
 Saúde;
 Estilo de vida;
 Sistema de apoio;
 Padrões de doença;
 Padrões de adaptação;
 Forças e limitações;
 Fonte de informação:
 Cliente;
 Família;
 Pessoas significativas;
 Membros da equipe de saúde;
 Registros de saúde;
 Exame físico;
 Resultados dos exames laboratoriais;
 Diagnostico medico;
 Literatura de enfermagem e medica (sem descartar o empírico, mas tornar a
ciência prioridade.)

 Estratégia para uma comunicação efetiva:


 Silêncio
 Ouvir atentamente
 Transmitir aceitação
 Utilizar linguagem do contexto sociocultural do cliente
 A explicitação
 A focalização
 As observações declaratórias – feedback
 O oferecimento de informações
 A Humanização

 Fatores que influenciam a comunicação:


 Internos: (Gostar de pessoas, Empatia, Capacidade de ouvir)
 Externos: (Privacidade, Interrupções, Ambiente físico, Vestuário,
Anotações)
 Ambiente Físico:
 Temperatura ambiente
 Confortável
 Iluminação suficiente
 Barulho reduzido
 Organização (objetos →distração - afastados)
 Distância entre entrevistador e o paciente de 1, a 1,50m (duas vezes o
comprimento do braço)
 Evitar ficar de pé
 Altura ao nível dos olhos um do outro
 Você deve ficar face a face com o paciente
 Técnicas de entrevista:
 Fase de Orientação: Dirija-se a pessoa pelo nome e aperte a mão, apresente-
se e diga sua função, indique o motivo da entrevista.
Ex: “Sr. Ferreira, gostaria de conversar sobre a doença que o fez procurar o
hospital”.

 Fase de trabalho (perguntas abertas):


Ex: “Diga-me como posso ajudar”, “O que o traz ao hospital?”, “Conte-me mais
sobre isso”

 Respostas do Enfermeiro que auxiliam a narrativa:

 As respostas do enf. ajudam a pessoa a detalhar a história.

 Pessoas com necessidades relativamente simples, história é descomplicada.

 Pessoas com histórias complexas, com doenças crônicas ou emoções


concomitantes ao quadro → respostas do Enfermeiro ajudam a colher os
dados significativos.

 Facilitação: Demonstra que você está interessado e que continuará a


ouvir, manter contato visual
“Sim, estou lhe ouvindo”
 Silêncio: Revela que o paciente terá tempo para pensar.
Tempo para observar e registrar comportamentos não- verbais.

 Reflexão: Dá eco as palavras ou sentimentos, ajuda a elaborar o


problema.
Ex.: - Paciente: Estou aqui por causa da minha urina. Está difícil.
- Você: está difícil?
- Paciente: Sim, ontem levei uns 30 minutos para urinar. Finalmente consegui
um fiozinho de nada e depois, não consegui mais.
 Empatia: Quando se usa uma resposta empática, assim o paciente se
sente aceito e consegue lidar abertamente com o sentimento.
 Esclarecimento: você solicita confirmação e a pessoa pode, então,
concordar ou discordar do que você entendeu.
Ex.: Resposta: Pelo que entendo, esse peso no peito começa quando o senhor
varre o quintal ou sobe escadas e passa quando para de fazer essas atividades. É
isso?
- Paciente: É, é exatamente isso.

 Confronto: Só utilize estes últimos tipos de respostas quando a


situação justificar. Você fornece um retorno honesto sobre o que vê
ou sente.
Ex.: Resposta: “Você disse que não dói, mas quando o tocam desse lugar, você
faz careta”
Resposta: “Você parece estar triste” ou “Você está irritado?”

 Interpretação: sua inferência ou conclusão.


Ex.: “Tenho a impressão de que toda vez que você sente dor no estômago,
acabou de ter algum tipo de estresse na vida”
Você corre o risco de fazer alguma interpretação incorreta, mas se isso ocorrer o
paciente corrigirá você.
 Explicitação: Com essa estratégia, você informa a pessoa.
Ex.: “O jantar chega as 17:30h”, “O motivo de não poder comer ou beber antes
do exame é que a alimentação altera o resultado do teste.”

 Resumo: é uma revisão final do que o enfermeiro compreendeu da


narrativa da pessoa. É um tipo de validação no qual a pessoa pode
concordar ou corrigi-lo.
Ex.: Há mais alguma coisa que você gostaria de perguntar?

 Fase de finalização: Na despedida, agradeça ao paciente pelo tempo


gasto e pela cooperação.

 Tipos de entrevista:
 Emergência:
Perguntas focalizadas no estado físico do paciente;
Solucionar o problema e identificar que fatores ou condições estão provocando as
alterações na saúde do cliente.
 Unidade de internação:
(pessoa - doença - crônica)
Entrevista completa sobre a saúde, hábitos de vida, recursos familiares e sociais e
expectativas do cliente.

 Entrevista com os pais:


 Iniciar a entrevista com o pai/mãe e criança juntos.
 Ofereça brinquedo para a criança.
 Fique atenta na interação entre os pais e a criança.
A comunicação não verbal é a mais importante.
 Não gesticule muito, as crianças ficam assustadas com gesticulações
rápidas e amplas.
 Não manter contato visual constante, isso pode ser ameaçador.
 Voz tranquila e palavras simples no diálogo desenvolvimento de linguagem
da criança.

 Tipos de entrevista:
 Lactente: manipulação firme e suave e vozes tranquilas e calmas;

 Pré escolar: Explicações simples – egocêntricas;

 Escolar: acrescenta dados importantes, pergunte primeiro a criança e


depois confirme com os pais;

 Adolescente: comunicação honesta, evitar o silêncio, faça perguntas curtas.


Semiologia (aula 3)
Técnicas básicas para o exame físico:
 Obs: Onde costuma acumular a secreção no pulmão? Na região oblíqua,
conforme a anatomia do pulmão.
 O exame físico é céfalo podalico. Deve-se observar a cabeça do
paciente, depois o pescoço, tórax, abdômen e por fim a genitália;
seguindo assim o sentido céfalo-podalico (da cabeça para os pés)

 Quais estruturas anatômicas estão envolvidas na respiração?


 Sistema Respiratório:
Respirar é uma necessidade humana básica.

 Linhas Torácicas:
Linha médio esternal
Linha esternais
Linhas hemiclaviculare

 Linhas Torácicas Face Lateral:


Face Lateral
Linha axilar anterior
Linha axilar média
Linha axilar posterior

 Como deve ser o ambiente para realização da avaliação do Sistema


Respiratório?
 Ambiente: calmo, ausente de ruídos, boa iluminação, privacidade.

 Que materiais são necessários?


 Materiais: caneta, papel, estetoscópio, algodão com álcool.

 Qual é o posicionamento do paciente?


 Entrevista:
• Dispneia (falta de ar) - (ao realizar atividade ou em repouso)
• Dor ao respirar (localização, tipo, intensidade)
• Tosse (duração, produção do escarro e aspecto)
O exame pode ser feito: Antero, posterior e lateral oblíquo.
Obs: vamos avaliar o tórax como um todo e priorizar aonde foi a lesão.
 Quais são as técnicas utilizadas na avaliação do Sistema Respiratório?

 INSPEÇÃO PALPAÇÃO AUSCULTA


PERCUSÃO

 Posição do Paciente: sentado ou deitado, com o tórax desnudo.


A avaliação sempre é comparativa, avalia-se o pulmão direito e esquerdo, o ápice
com base, parte anterior e posterior.

 Inspeção:
 Estática e Dinâmica: (parado ou em movimento)
Inspecionar a pele: lesões de pele, coloração e distribuição de pelos;
Simetria: deformidades na coluna;
Abaulamentos;
Retrações;
Cicatrizes;
Posição da pessoa, expressão facial, nível de consciência.

 Inspeção Dinâmica:
 Avaliar a movimentação da caixa toráxica durante a respiração:
amplitude/ritmo/frequência/ uso de musculatura acessória/simetria.

 Tipo de respiração: torácica/abdominal e taracoabdominal. Obs: O


diafragma é abdominal.

 Frequência respiratória:
Eupneia- normal
Dispneia- com dificuldade
Taquipneia- acelerada
Apneia- ausência
Tiragem intercostal
Avaliação do nível de consciência e enchimento capilar
 Palpação:
 É realizada com as mãos espalmadas sobre o tórax;
 Verificar a presença de: nódulos, massas, dor, enfisema subcutâneo (ar
abaixo da pele), sensibilidade, pulsações, simetria, frêmito tátil.
Frêmito Toracovocal: (pedir pro paciente falar 33 e verificar a vibração, se não
vibrar é porque o pulmão está cheio de secreção ou com alguma lesão)
obs: SEMPRE tem que vibrar!
 Começar no ápice indo de um lado ao outro até a base.

 Percussão:
 Avalia a produção de sons da parede torácica.
 Determina se os tecidos contêm ar, líquidos ou se são sólidos (percutir de
um lado e do outro, sempre comparando).
 Percutir os espaços intercostais (entre as costelas são os espaços
intercostais);
Obs: Quando se tem uma lesão não conseguimos sentir na palpação o espaço de
uma costela para outra.
 Sempre bilateralmente ápice para base.

 Sons ouvidos na percussão: (nunca auscultar osso)


 Maciço – som agudo, de pequena
intensidade e pequena duração (ex.:
massas, derrame pleural – o sangue
fica entre as pleuras);

 Surdo – som médio, de média


intensidade e média duração (ex.:
pneumonia)

 Timpânico – som agudo, de alta intensidade e longa duração (ex.:


pneumotórax)

 Ressonante – som grave, de alta intensidade e longa duração (som


normal)
 Hiper-ressonante – som ainda mais grave, muito alto e de duração mais
longa (ex.: enfisema)
Obs:
- Hemotórax: derrame Inter pleural, caracterizado por sangue.
- Pneumatose: ar na cavidade Inter pleural.
- Empiema: pus na cavidade Entre pleural.
 Ausculta:
A ausculta pulmonar é realizada com o objetivo de ouvir os ruídos respiratórios.
O enfermeiro pressiona, firmemente, o diafragma do estetoscópio contra a
parede torácica e move o estetoscópio da região torácica superior (próximo ao
pescoço) em direção à região torácica inferior. Ele deve auscultar
anteriormente, lateralmente e posteriormente, sempre que possível.
 Sons respiratórios normais: (vai cair na PROVA)

Murmúrio vesicular – representa o movimento do ar nos bronquíolos e


alvéolos. São ouvidos em todos os campos pulmonares e são sons suaves
e graves na inspiração longa e na expiração curta;
Ruídos brônquicos – representam o movimento de ar pela traqueia. São
ouvidos sobre a traqueia e são altos na expiração longa;

Ruídos broncovesiculares – ruídos normais entre a traqueia e os lobos


pulmonares superiores. Som de intensidade média tanto na inspiração
quanto na expiração.

 Sons respiratórios anormais: (vai cair na PROVA)

Estertores – ruídos discretos que resultam da abertura retardada das vias


aéreas desinsufladas. São sons descontínuos e gerados, durante a
inspiração, pela abertura súbita de pequenas vias aéreas até então
fechadas e, na expiração, pelo fechamento das mesmas. Eles têm som
similar ao atrito de fios cabelo próximo ao ouvido e podem
desaparecer com a tosse, quando não estão associados a doença
pulmonar significativa;
Sibilos – são sons de característica musical (assobio) contínuos (duração
de mais de 250ms) que podem ocorrer tanto na inspiração quanto na
expiração. São mais comuns na fase expiratória. Resultam da obstrução
acentuada ao fluxo aéreo (vias estreitadas ou parcialmente obstruídas);

Roncos – são ruídos em ruflar (referidos como gargarejos), graves,


intensos, e contínuos, com frequência de 200 Hz ou menos e audíveis na
inspiração e na expiração. São produzidos, normalmente, pelo
estreitamento da via aérea com secreção;

Atritos – sons em rangido e crepitantes, ouvidos mais na inspiração do


que na expiração. Resulta da fricção das pleuras visceral e parietal
entre si e podem ser ouvidos em casos de derrame pleural, pneumotórax
ou pleurisia. Atenção: é importante diferenciar um atrito pleural de um
atrito pericárdico.

Semiologia (aula 4)
Exame físico abdominal:

 Anamnese:
 Disfagia: Dificuldade para engolir

 Odinofagia: Dor ao engolir

 Pirose: Azia

 Dor abdominal

 Anorexia

 Náuseas/vômitos

 Perda de peso

 Constipação/diarreia
 Hematêmese/melena: A hematêmese é o vômito de apreciável quantidade
de sangue. Melena são fezes escuras, quase pretas e pastosas, lembrando
borra de café ou piche

 Entorragia:  presença de sangue vivo nas fezes.

 Hematoquezia: consiste na passagem de grande quantidade de sangue pelo


reto

 Icterícia:  é uma cor amarelada da pele e dos olhos

 Polaciúria: Necessidade de urinar com mais frequência que o normal.

 Poliúria: Expelir quantidades anormalmente grandes de urina.

 Noctúria: é uma vontade de urinar frequente que acontece durante a noite e


faz com que o paciente tenha que interromper seu sono, diversas vezes,
para poder aliviar a vontade de fazer xixi.
 Incontinência Urinária: perda involuntária da urina pela uretra

 Oligúria/anuria: Produção de urina abaixo do normal.

 Anatomia:

Obs: Vamos estudar todas as


regiões mas enfatizar os 4
quadrantes

 Inspeção:
Estática:
• Alteração de forma
• Abaulamento, retrações, cicatriz
• Pele e anexos
• Dilatação venosa: quando as veias estão dilatadas, aumentadas e visíveis.
Ex: barriga d´água e abdômen ascéticos.

Dinâmica:
• Tipo respiratório: (qual a forma correta de respirar? tórax ou abdômen? R:
Abdômen.);
• Movimentos peristálticos: em movimento/excitável;
• Pulsações;
• Hernias: quando se faz força as hernias ficam aparentes, ao decorrer do
tempo pode piorar.

 Inspeção – Alteração de forma:


• Abdome Plano;
• Abdome Globoso:
Aumentado de forma uniforme;
Ântero-posterior-transversal,
Causas – obesidade, pneumoperitônio e ascite
• Abdome pendular ou avental: porção inferior da parte abdominal protusa.
EX.: obesidade de longa duração.
• Abdome escavado
• Abdome em batráquio:
Transversal – ântero-posterior
Ascite de longa duração

 Inspeção – Alteração localizadas:

• Hernias e eventraçoes
• Tumores intra-cavitários (visível somente com o exame de imagem)

 Inspeção – Alteração da pele:


• Hérpes zoster: Reativação do
vírus da varicela no organismo,
causando uma erupção
dolorosa;

• Fistulas: Uma conexão anormal


entre os órgãos;

• Cicatrizes
• Circulação
• Esquimose:
• Cullen
• Gray Turner

 Inspeção Dinâmica:
Movimentos peristálticos: sempre está excitável.
• Podem ser visualizados em indivíduos muito magros, porém geralmente
indicam obstrução com hiperperistaltismo (muito movimento).
obs: Qual a diferença de hipo e hiperperistaltismo? na diarreia o
hiperperistaltismo tá muito acelerado. Já o hipo é quando o indivíduo está com
constipação, com os movimentos peristálticos lento ou quase parado.

• Pulsações
• Hérnias
 Ausculta:

• IMPORTANTE: Após a inspeção e antes da percussão e palpação, vamos


fazer a AUSCULTA.
Porque? Se for palpar primeiro o abdômen, o paciente pode não deixar o enf.
realizar os demais procedimentos.
Vai ser realizado em que sequência? Inspeciona  ausculta  percute 
por último palpa.

 Objetivo:
• Avaliar o estado de
movimento intestinal;
• Pesquisa de sopros vasculares
na aorta e seus ramos.

 Ausculta normal:

• Ruídos hidroaéreo;

• Estalidos e gorgolejos (sons


de água);

• Frequência de 5 a 34 por minuto;

• 1-2 pontos de pesquisa em ambos hemiabdomes por 1 minuto. (inspecionar


dos dois lados pra fazer comparação.)

 Percussão:
• Técnica habitual (digito-digital)

• Identificar presença de líquidos ascético, massas sólidas, aumento


exagerado de ar nas alças intestinais ou fora delas, determinação do
tamanho do fígado e baço.

• Na ausência de suspeita de alterações significativas – pesquisar 4


quadrantes, fígado e baço.
Obs: é difícil a percussão no baço.
 Percussão Normal:
• Timpanismo;

• Exceção – hipocôndrio direito (fígado, som mais maciço)

• Hipertimpanismo – extasia gástrica, obstrução intestinal, pneumoperitônio


(ar na cavidade abdominal);

 Palpação:
• Superficial x profunda

 Objetivos
• Avaliar o grau de resistência da parede abdominal. (Quanto mais profundo
melhor)
• Estabelecer as condições físicas das vísceras
• Explorar a sensibilidade dolorosa do abdome
• Paciente em decúbito dorsal, confortável, com pernas e braços estendidos.
Obs: Nunca tracionar o braço em crise convulsiva.

 Estruturas que podem ser palpadas:


Borda inferior do fígado;
Grande curvatura do estômago
Sigmoide
Ceco
Cólon ascendente
Partes cólon transversal e descendentes
Aorta
Pólo inferior do rim direito

 Palpáveis em situações patológicas:


Duodeno
Baço
Vesicular biliar
Apêndice
Delgado
Bexiga
Útero, ovários e trompas
Palpação abdominovaginal

 Palpação superficial:
• Destina-se a superfície cutânea da parede abdominal

• Mão direita espalmada, com movimentos rápidos e rotativos

 Reconhecer:
• Hiperestesia cutânea

• Hipertonicidade muscular – defesa muscular;

 Palpação profunda:
• Para toda víscera avaliar forma, consciência, limites, mobilidades e
sensibilidade.

 Ruídos produzidos na palpação:


• Roncos
• Borborigmos
• Gargarejo
• Vascolejo
• Patinhação

 Estômago
• Palpação difícil
• Grande curvatura – mãos oblíquas com dedos convergentes – percepção de
degrau acima da cicatriz umbilical
• Na estase gástrica pode ser percebido o vascolejo e a patinhação.
 Ceco
• Fossa ilíaca
• Mãos oblíquas, em forma de arco, utilizando borda ulnar
• Consistência elástica e periforme

 Cólon ascendente
• Cordão cilíndrico (especialmente se dilatando)
 Cólon descendente
• Examinador a esquerda
• Principalmente em pacientes com obstipação

 Sigmoide
• Mais fácil de palpar
• Mãos em arco, de cima para baixo do cordão móvel.

Você também pode gostar