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Legislação do Exercício Profissional (aula 1)

Art. 194 á 200:


 Art. 194:















Sobre o Art. 194: Diz que todo trabalhador terá direito a seguridade social.
Oque é seguridade social? R: É separada em um tripé, formado pela previdência
social, assistência social, e saúde.
 (Primeiro tripé) Previdência social (tem caráter contributivo) ou seja
que todos que trabalham pagam a previdência em forma de impostos.

Qual a finalidade da Constituição Federal de 88? Começou a tirar em imposto


do contribuinte e será restituído em forma de saúde, educação, segurança e
aposentadoria.

O que mudou de 88 até os dias atuais? Foi notificado o teto de aposentadoria,


ou seja, os trabalhadores não podem ganhar aposentadoria conforme o seu
salário. Pois o teto máximo é de 5 mil e 500$.

 Segundo tripé) Assistência social, no qual não é contributiva, pois foi


criado para ajudar as pessoas que necessitam. Ex: Auxilio gás, bolsa
família, auxilio doença, casa verde e amarela.
 (Terceiro tripé) A saúde, no qual também não é contributiva, o
dinheiro da saúde não vem do contribuinte, porém pode ser retirado
indiretamente. Ex: Ao pagar IPTU e IPVA, tem uma certa
porcentagem que vai para saúde

 No parágrafo único, começa a falar sobre vários componentes da


seguridade social:

Universalidade da cobertura e do atendimento: Significa que todas as pessoas que


trabalham serão atendidas.

Equidade na participação de custeio: Todas as pessoas pagaram de maneira


desigual a previdência.

Obs: A equidade tenta equiparar os valores diferentes. Trata os desiguais como


desiguais. (não confundi com as diretrizes do SUS) Descentralização: Significa
que não é mais hierarquizada a previdência social. Ela será quadripartite.

 Quadripartite: Quadri vem de 4 que são: Trabalhadores, Empregadores,


Aposentados e Governo. Serão esses que vão ajudar a pagar a previdência.

Qual a diferença de equidade e igualdade? R: A igualdade é baseada no princípio


da universalidade, ou seja, que todos devem ser regidos pelas mesmas regras e
devem ter os mesmos direitos e deveres. A equidade, por outro lado, reconhece
que não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse “desequilíbrio”.

 Art. 195: (Fala sobre o financiamento da seguridade social por toda


sociedade. Este artigo define o orçamento que será gasto com a seguridade.)

 Cada governo, define o valor do orçamento do ano chamado: lei


orçamentaria anual LOA.
O Art. 195 é o financiamento da seguridade social. Quem financia? O
Empregador, Trabalhador, Valores Provenientes de Concursos (loterias)

 Art. 196: (O Art. 196 fala sobre: a saúde é direito de todos e dever do
estado).
 É o primeiro Artigo da legislação de saúde.

Significa dizer que todos têm direito ao sistema de saúde. Garantindo mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença, ou seja o
governo federal é obrigado a fornecer da melhor forma possível, saúde para a sua
população.

Obs: É dever do estado pagar o serviço de saúde a população. Ex: tratamentos


caros, e remédios que são dados na UBS.

O art. 196 fala sobre: Promoção, proteção ou prevenção, recuperação ou


reabilitação.

 Art. 197: (fala sobre: Ações e serviços de saúde, fiscalização e controle


desses serviços.)

 Quem fiscaliza? :São os órgãos de competências, as autarquias.


Ex: Anvisa

O artigo 197 Regulamenta, fiscaliza, e controla as ações e serviços de saúde. Na


atenção primária, secundária e terciária.

 Art. 198: (Fala sobre uma rede regionalizada e hierarquizada.)

 Rede Regionalizada: Que está em âmbito local ou regional. Ou seja, cada


estado possui a sua própria rede de saúde. Trabalha como: UBS, SPA,
UPA.

 Quem tá na base dessa pirâmide?


1. UBS (atenção primária)
2. Hospitais especializados
3. Prontos Socorros
4. SPA.

 O Art. 198 diz que pra funcionar essa pirâmide, é necessário ter o PAD
(participação da comunidade, atendimento integral e descentralização).
Obs: para esses itens da pirâmide funcionar, é necessário ter atendimento integral
com prioridade para prevenção.

O que seria descentralização? descentralização das atividades de assistências, ou


seja, as UBS são descentralizadas pois elas estão em lugares específicos para o
atendimento de toda a população.
 Art. 198 fala também sobre orçamento destinado à saúde. O governo
federal é obrigado a repassar 15% de todo seu recurso disponível à saúde.
Antigamente o orçamento do governo do estado era de 12% de tudo
arrecadado tinha que ir pra saúde. A prefeitura dava 15% de tudo que
recebia (Antigamente).

 Sobre o parágrafo 4 do Art.198: Diz que a prefeitura deve fazer por meio de
processos seletivo ou concurso contratar agentes comunitários, e agentes de
endemias. Esse parágrafo ampara o trabalho do ACS.

 Art. 199: (Fala sobre a assistência à saúde é livre a iniciativa privada. Ou


seja, quer dizer que a iniciativa privada, trabalha de forma complementar.
Tudo que o governo do estado, governo federal e prefeitura não
conseguirem fazer pela população, vai recorrer ao serviço particular)
É vedada a destinação de recursos públicos e privados confins lucrativos. Obs: o
SUS não aceita dinheiro estrangeiro.
 Art. 200: (Fala sobre ter o poder de fiscalização e controle)
O sus é o maior interessado imunobiológicos, hemoderivados e produções de
medicamentos.
 Vigilância sanitária também é competência do sus. Mas não é o próprio
ministério da saúde que fiscaliza isso.
 Ordenar recursos humanos para a saúde
 Saneamento básico
Sobre o art.200 É obrigação do SUS investir em tecnologia, ou seja, ele dar
dinheiro para as organizações investir em medicamentos.
 O sus fiscaliza e inspecionar –
 Participação e controle de produção de transporte e logística.
 Proteção do meio ambiente
Legislação do Exercício Profissional (aula 2)
 Lei 2.604, de 17 de setembro de 1995:
 Art1°: é livre o exercício de enfermagem em todo território nacional,
observadas as disposições da presente lei.
Antigamente você podia ir e vir, sem precisar consultar o conselho de
enfermagem pois ele ainda não existia nessa época.
 Art2°: diz que poderão exercer a enfermagem: enfermeiros, obstetriz, tec.
Enfermagem e auxiliar de enfermagem.
Antigamente existia algumas universidades, com a da Ana Neri no qual a
graduação não era em Enfermagem e sim em obstetrícia.

 Parágrafo 2°:
Quem é o enfermeiro? O Enf. só será enfermeiro mediante a um diploma de
graduação de qualquer instituto superior, seja público ou privado
Se o diploma vier de fora? Os diplomas por escolas estrangeiras, reconhecidas
pelas leis de seu país e que revalidaram seus diplomas de acordo com a legislação
em vigor
Obs: Só quem pode revalidar o diploma são as universidades federais

 Parágrafo 3° do Art2° não se aplica!

 Lei 7.498/86 de 25 de junho de 1986: (fala sobre a criação do conselho de


enf.)

 Art1°: diz a mesma coisa que o art.1 da lei 2604 O parecer do estado de
Pernambuco em 2007 estabeleceu que estava proibido qualquer tipo de aula
de punção entre pessoas dentro de uma universidade (Parecer estabelecido
pelo Coren). Em 2021 veio um novo parecer que diz que é liberado ter aula
de punção em um ambiente universitário, onde os alunos pratiquem um nos
outros.

 Art2°: a enfermagem só pode ser exercida por pessoas legalmente inscritas


no corem e com jurisdição na área onde ocorre o exercício.
 Parágrafo único: A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro,
pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira,
respeitados os respectivos graus de habilitação. Obs: De 1986 em diante
não tem faculdade de obstetrícia, portanto a parteira não necessitava de
graduação.
 Art3 e 4°: o planejamento e a programação das instituições e serviços de
saúde incluem: planejamento e programação de enfermagem.

Em 1896 o profissional enfermeiro passou a planejar o seu cuidado, este


planejamento começa pelo processo de enfermagem. No processo de
enfermagem tem a SAE (Sistematização da Assistência a Enfermagem)

 Art6°: (Repete a mesma coisa que o parágrafo 2 da lei 2604) são


enfermeiros: quem possui diploma conferido por instituições de ensino;

II: pessoa como enfermagem obstétrica é enfermeiro (antigo, não se usa nos dias
atuais)

 Lei 5.905/73 de 12 de julho de 1973

Dispõe sobre o conselho federal de enfermagem:

 Art1°: São criados o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os


Conselhos Regionais de Enfermagem (COREN), constituindo em seu
conjunto uma autarquia, vinculada ao Ministério do Trabalho e
Previdência Social.
Obs: Em 1986 regulamentou o conselho de enfermagem e em 1973 criou o
conselho.

 Art 2º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos


disciplinadores do exercício da profissão de enfermeiro e das demais
profissões compreendidas nos serviços de enfermagem. O órgão foi
criado para disciplinar os erros cometidos pelos enfermeiros e técnicos
de enfermagem.

 Art 3º - O Conselho Federal, ao qual ficam subordinados os Conselhos


Regionais, terá jurisdição em todo o território nacional e sede na Capital
da República.
 Art 4º - Haverá um Conselho Regional em cada Estado e Território, com
sede na respectiva capital, e no Distrito Federal. Obs: Foi criado o
conselho federal e cada conselho federal teria que criar um conselho
estadual. - Existem 27 corens

 Art8°: compete ao conselho federal TODO O PODER.


I. Aprovar seu regimento interno e os dos Conselhos Regionais. Quem aprova
o regimento interno de cada conselho? R: Coren
II. Instalar os Conselhos Regionais: (Cofen é responsável por isso)
III. Elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando
necessário, ouvidos os Conselhos Regionais.
IV. Baixar provimentos e expedir instruções, para uniformidade de
procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais. (Cofen é
responsável por isso). Obs: Tudo que envolver lei, decreto, normativa é
amparado pelo Cofen
V. Dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais.
VI. Apreciar, em grau de recursos, as decisões dos Conselhos Regionais.
VII. Instituir o modelo das carteiras profissionais de identidade e as insígnias da
profissão.
VIII. Homologar, suprir ou anular atos dos Conselhos Regionais.
IX. Aprovar anualmente as contas e a proposta orçamentária da autarquia,
remetendo-as aos órgãos competentes.
X. Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional.
XI. Publicar relatórios anuais de seus trabalhos.
XII. Convocar e realizar as eleições para sua diretoria.
XIII. Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei.

 Art10°. A receita do Conselho Federal de Enfermagem será constituída será


constituída de:
I. Um quarto da taxa de expedição das carteiras profissionais;
II. Um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais;
III. Um quarto das anuidades recebidas pelos Conselhos Regionais;
IV. Doações e legados;
V. Subvenções oficiais;
VI. Rendas eventuais.

 25% de tudo que os conselhos arrecadam vai para o conselho federal


(cofem)

 A renda do conselho regional será constituída de 75% das arrecadações,


essas irão para o conselho regional (COREM);
 Lei n 5.905/73, de 12 de julho de 1973: (casos de infração)

I. Advertência verbal;
II. Multa;
III. Censura;
IV. Suspensão do exercício profissional;
V. Cassação do direito ao exercício profissional.

Existe penalidade quando o enfermeiro comete infração? Qual a penalidade?


SIM. A advertência verbal.

 Decreto n° 2.956, de 10/08/38


Art. Único: – Fica instituído o “” Dia do Enfermeiro””, que será celebrado a 12
de maio, devendo nesta data serem prestadas homenagens especiais à memória
de Ana Neri, em todos os hospitais e escolas de Enfermagem do País. (10 de
agosto de 1938)
Em 1960 foi instituído a semana da enfermagem, por que dia 12 era para
homenagear a Florence Nightingale e 20 Ana Neri.

 Decreto n° 94.406/87

 (Função do enfermeiro)

I. Enfermeiro é o diretor de órgãos de combate;


II. Consulta de enfermagem;
III. Prescrição de assistência a enfermagem;
IV. Cuidado de enfermagem de maior complexidade só é feito pelo enfermeiro.

 Prescrição de medicamento
O enfermeiro pode prescrever medicamentos dentro de uma unidade básica de
saúde (UBS).
Legislação do Exercício Profissional (aula 3)
 Imprudência:

É quando se sabe o risco de realizar um certo procedimento e ainda assim


executa-lo.
 É uma conduta precipitada;
 Enquanto em uma situação de negligência o erro está em ser omisso (não
fazer). A imprudência o erro está justamente na ação realizada;
 O risco envolvido é conhecido, mas as medidas de segurança ou não são
tomadas ou são realizadas sem o rigor necessário, ou seja, a equipe de
enfermagem exerce suas práticas assistenciais sem o devido cuidado que a
situação requer.

 Imperícia: (Se refere a falta de habilidade técnica)

Ex: Quando é solicitado um certo trabalho ao profissional, e ele é inexperiente


para fazer tal técnica, mas de qualquer forma faz.
 Assim como nas situações de imprudência, quando existe a imperícia o ato
condenável está na ação e não na omissão. Ou seja, a pessoa está sendo
condenado por fazer sem saber. Sendo assim, ele assume um risco a ele e as
outras pessoas.
 A imperícia gera responsabilidade civil e criminal ao profissional que
realizou as ações.

Ex: Um técnico de enf. Passar sonda vesical, não é permitido pois é de


competência somente do enfermeiro.

Ex2: Um enf. Realizar passagem de cateter venoso em um paciente, não é


permitido pois é de competência somente do médico.

Obs: Se caso realizar os tais exemplos acima, o indivíduo está realizando


imperícia

 Negligencia:

É a falta de atenção devida resultado da omissão do indivíduo (profissional). É


quando o indivíduo deixa de prestar o máximo dele para o paciente.
Ex: enf. Não faz a identificação correta do paciente causando erro na
administração dos medicamentos com danos irreversíveis a saúde do cliente

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