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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA


BACHARELADO EM MEDICINA
SEMIOLOGIA I
ANDRESSA SANTOS PEREIRA

EXAME FÍSICO DE CABEÇA, CABELO, COURO CABELUDO/CRÂNIO

 IDENTIFICAR: Commented [AP1]: Cabelos fracos e quebradiços ->


indicativo de hipotireoidismo ou doenças autoimunes
- Volume, Distribuição, Padrão de perda -> Alopécia, áreas de queda de cabelo (ex: cabelo com Commented [AP2]: Doença de Paget -> aumento do
volume, distribuição e textura normais) crânio e da face (diferente da acromegalia que cresce as
extremidades)
- Textura, Lêndeas x caspa - Descamação, Protuberâncias Commented [AP3]: “Se pegar na região, dói?”

- Lesões elementares -> primárias e secundárias (exame físico da pele) Commented [AP4]: Envelhecimento facial pode ser
indicativos importantes pro médico
- Forma, contorno, assimetrias e hipersensibilidade em crânio Commented [AP5]: Edema periorbital aponta para doença
renal
FACE
Commented [AP6]: Ocorre em anomalias genéticas
 Forma
 Contorno
 Assimetrias
 Lesões de pele (se tiver, definir o local)
 Movimentos involuntários

- Palpar procurando hipersensibilidade

OLHOS

 Globo ocular e cavidade orbitária:

- Deve-se observar, em primeiro lugar, a separação entre as duas cavidades orbitárias-> grande
afastamento sugere hipertelorismo Commented [AP7]:
Commented [AP8]: Exoftalmia unilateral, à direita,
- Em relação ao tamanho do globo ocular, pode-se observar microftalmia, que aparece na relacionada a cisto sebáceo
síndrome da rubéola congênita

- Também pode ser notado deslocamento anterior do globo ocular, decorrente do aumento do
volume orbitário, secundário a hipertireoidismo, neoplasia, anormalidade vascular ou processo
inflamatório -> Exoftalmia

 Aparelho lacrimal

- A inspeção pode detectar aumento de volume da glândula lacrimal, que se situa na parte
externa da pálpebra superior, cujas causas principais são as afecções inflamatórias
(dacrioadenites) e as neoplasias

- Pela palpação, avaliam-se:

 Consistência
 Profundidade Commented [AP9]: Inflamação da glândula lacrimal
 Sensibilidade das glândulas lacrimais Commented [AP10]: Quando localizado em um ponto
lacrimal, pode ocorrer por atrésia (fechamento de um
- Epífora: lacrimejamento em excesso -> pode ser causado por excessiva formação de lágrimas orifício), corpo estranho ou pelos cílios
ou por obstrução das vias de excreção Commented [AP11]: No glaucoma congênito, um dos
sinais é a epífora, que ocorre em consequência da
superprodução de lágrimas por estimulação do nervo
trigêmeo
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SEMIOLOGIA I
ANDRESSA SANTOS PEREIRA

- Na palpação do saco lacrimal, deve-se verificar se há refluxo de secreção mucopurulenta.


Quando isso ocorre, significa que o conduto nasolacrimal está obstruído

 Pálpebras

- São uma estrutura de proteção do globo ocular contra traumatismos e excesso de luz. Pela
inspeção, investigam-se:

 Cor
 Textura
 Posição
 Movimentos Commented [AP12]: Na exploração da motilidade
 Edema palpebral, é necessário ter em mente os três músculos que
dela participam. O orbicular, formado de fibras estriadas e
inervado pelo facial, faz a oclusão da pálpebra. O elevador
- Na região periocular, procura-se observar se os cílios estão virados para dentro (triquíase), se
da pálpebra superior, de fibras estriadas, é inervado pelo
houve queda (madarose => também para sobrancelhas) ou se tornaram-se brancos (poliose) nervo oculomotor. Por último, o músculo
tarsal de Müller, constituído de fibras lisas e inervado pelo
 Conjuntiva e esclera simpático, participa da elevação palpebral.
Commented [AP13]: No local de implantação dos cílios,
- Por debaixo da conjuntiva, é possível, às vezes, entrever alguns vasos tortuosos (vasos deve-se investigar hiperemia, escamas e úlceras, alterações
episclerais) comuns nas blefarites.
Commented [AP14]: Outro caso é a tricomegalia das
- A esclera normalmente tem cor branco-porcelana, que pode modificar-se por depósitos de
sobrancelhas e cílios (queda acentuada)
pigmentos, como acontece na icterícia (bilirrubina) e na melanose (melanina) ocular

- Quemose: edema da conjuntiva

 Pupila

- Iris e pupila (Tamanho, Forma e Igualdade das pupilas- isocóricas)

- Córnea e cristalino (incidência lateral da luz – identificar alterações) Commented [AP15]: Opacidade da pupila => catarata
nuclear
- As pupilas normais são redondas, localizadas centralmente e, na maioria das pessoas, de igual Halo senil => depósito de cálcio (pupila azul escuro)
tamanho. No entanto, pupilas de tamanhos diferentes (anisocóricas) são observadas em Commented [AP16]: Se o paciente estiver usando certas
cerca de 25% da população normal. substâncias, como a pilocarpina e a heroína, a pupila pode se
apresentar miótica (contraída)
- O teste do reflexo pupilar: A pupila normal contrai-se vigorosa e rapidamente, mantendo-se
nesse estado, caracterizando o reflexo fotomotor direto. A pupila do outro olho deve contrair-
se simultaneamente e com a mesma intensidade, ou seja, por meio do reflexo fotomotor
indireto ou consensual

OUVIDOS

 Inspeção

- A inspeção possibilita reconhecer os processos inflamatórios e neoplásicos do pavilhão da


orelha, os cistos...

 Palpação
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- A palpação fornece elementos de valor na orientação diagnóstica pela comprovação de pontos


dolorosos à pressão do antro mastoideo (processo mastoideo) nas mastoidites agudas, assim
como do pavilhão da orelha nas otites externas agudas.

A. PAVILHÃO AURICULAR:

o Examinar um de cada vez, com cuidado


o Procurar deformidades, nódulos ou lesões cutâneas
o Mover para cima e para baixo -> pode haver inflamação no ouvido médio
o Palpar o trago e região posterior do ouvido procurando identificar dor -> pode haver
inflamação no conduto auditivo

B. CANAL AUDITIVO E TÍMPANO

o Incline a cabeça do paciente para o lado oposto ao exame


o Segure o pavilhão firme e delicadamente -> Puxar para cima, para trás e um pouco
para fora.
o Ilumine com a lanterna para melhor visualização -> otoscopio
o O tímpano tem coloração amarela, é normal
o Começa pelo lado saudável e depois vai para o doente

NARIZ

- Paciente inclina cabeça para trás, puxa o ápice -> olhar mucosa nasal -> Mucosa pálida indica
rinite alérgica

- Verificar:

 Superfície externa:

- Assimetrias

- Deformidades

- Inflamações

 Vestíbulo nasal:

- Tamanho das narinas

- Desvio do septo

 Mucosa Nasal:

- Coloração

- Edema

- Exsudato Commented [AP17]: Do latim, fluir para fora -> refere a


saída de líquidos orgânicos através das paredes e
- Sangramento -> epistaxe membranas celulares
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 Septo nasal:

- Sinais de sangramento

- Crostas

- Perfuração e desvios Commented [AP18]: Pode causar sinusite de repetição ->


futuramente uma encefalite
 Conchas nasais médio e inferior e meato médio:

- Coloração

- Edema

- Exsudatos

- Pólipos Commented [AP19]: Todo pólipo é cirúrgico, corticoide


tópico nasal não vai diminuir o tamanho do pópilo.
 Inspeção e palpação Exponha as narinas, elevando a ponta do nariz e use a
o Leishmaniose: Pode destruir as narinas, lábio superior e pirâmide nasal, adquirindo o lanterna para melhorar a visualização -> obstrução nasal
não é causada por inchaço da adenoide -> investigar a
aspecto de focinho de anta causa.
o Hanseníase: A pirâmide nasal se alarga e a face apresenta infiltrações nodulosas,
adquirindo o clássico aspecto leonino
o Hipotireoidismo: Provoca infiltração mixedematosa difusa e característica da face
o Hipertrofia de vegetações adenoides: Obriga a uma respiração bucal permanente e
consequentes deformações dos traços fisionômicos, constituindo-se a chamada fácies
adenoides: boca entreaberta, lábio superior levantado, fisionomia inexpressiva,
tendência a babar, prognatismo do maxilar superior

- A palpação permite reconhecer as crepitações e desnivelamentos deparados nas fraturas da


pirâmide nasal e do maciço ósseo facial, assim como o volume e a consistência de tumorações
e os pontos dolorosos encontrados nas diversas modalidades de sinusites e neuralgias faciais
Commented [AP20]:
SEIOS PARANASAIS Commented [AP21]: Amígdalas faríngeas -> O principal
sintoma revelador é a obstrução nasal permanente, que
- Palpar os frontais, os maxilares e os etmoidais procurando hipersensibilidade acarreta respiração bucal de "suplência': estagnação de
exsudatos catarrais ou purulentos nas fossas nasais e
- Seios frontais comprimir para cima a partir da porção óssea da sobrancelha (Não comprimir tendência a surtos agudos de otite média. A criança dorme de
boca aberta, baba no travesseiro e ronca. Há predisposição
órbita) -> Comprimir para cima sobre seios maxilares. para resfriados de repetição, tosse espasmódica
(laringotraqueíte descendente), rouquidão e até laringite
BOCA estridulosa. Com o decorrer do tempo, a obstrução nasal
permanente causa certas deformações dos traços
fisionômicos, constituindo-se a chamada fácies adenoideana:
boca entreaberta, lábio superior levantado, fisionomia
Utilizam-se espátulas de madeira, afastador bucal e gaze para prender e tracionar a língua inexpressiva e tendência a babar. A abóbada palatina torna-
se
 Lábios: "ogival" e, com frequência, surge "prognatismo" do maxilar
superior.
- Coloração
Commented [AP22]: Positivo confirma a sinusite,
- Umidade negativo não afasta a suspeita
Commented [AP23]: Pode haver herpes, câncer de
- Presença de nódulos comissura labial (predisposto pelo tabagismo)

- Ulcerações
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- Rachaduras

 Gengivas:

- Inflamações

- Edemas

- Sangramentos

- Retração ou deslocamento das gengivas

 Dentes:

- Verificar dentes soltos,

- Ausentes (mastigação e condição nutricional),

- Cariados (dente séptico = cheio de lesões),

- Alterações na posição e forma Commented [AP24]: Dentes todo quebrados=> indicativo


para endocardite
 Mucosa jugal:

- Inflamações

- Edemas

- Sangramentos

- Nódulos

- Ulcerações

 Palatos duro e mole:

- Arquitetura

- Coloração

- Mobilidade do palato mole

 Assoalho da boca: Commented [AP25]: As estruturas que podem ser


examinadas são: glândulas sublinguais e duetos, parte
- Verificar nódulos, superior das glândulas submaxilares e duetos e freio lingual -
> também aproveitar para olhar a papila parotídea na mucosa
- Ulcerações jugal -> Apalpação fornece informações sobre consistência,
sensibilidade, limites, flutuação, mobilidade, temperatura e
 Língua: ocorrência de massas nas glândulas

- Coloração

- Papilas

- Anormalmente lisa? Commented [AP26]: A língua tem um aspecto irregular


causado pelas inúmeras papilas na região
 Faringe e tonsilas:
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- Pedir ao paciente para abrir a boca sem colocar a língua pra fora -> empurrar firmemente a
língua para baixo no ponto médio -> pedir ao paciente para dizer “ah” -> notar a elevação do
palato mole

 ATM:

- Verificar o grau de abertura da boca. Neste movimento de abrir e fechar a boca, é possível
observar se existem ou não desvio da articulação e sinais de tumefação Commented [AP27]: A palpação inicia-se pelos processos
condilares, procurando-se verificar as condições de
EXAME FÍSICO DE PESCOÇO deslizamento, anotando-se as alterações na excursão,
ocorrência de dor e ruídos
- Verificar:

o Simetria
o Massas
o Cicatrizes
o Aumento de parótidas ou submandibulares

 Linfonodos visíveis:

- Na palpação dos linfonodos do pescoço use dedos indicador e médio, mova a pele pelos tecidos
adjacentes

- Paciente deve estar relaxado e fletir um pouco para frente ou para o lado a ser examinado
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- Linfonodos pré-auriculares, retroautriculares. Occipitais, tonsilares, submandibulares,


submentuais, cervicais posteriores, cervicais superficiais, cervicais pronfundos,
supraclaviculares

- Observe o tamanho, o formato, a delimitação (bem definidos ou fundidos), a mobilidade e a


consistência. Verifique se existe dor à palpação. Os linfonodos pequenos, móveis, bem definidos
e indolores são encontrados, com frequência, em indivíduos normais

 Localização
 Consistência
 Mobilidade
 Fistulização
 Dor

- Linfadenomegalia dolorosa acompanha comumente faringite

- Linfonodos dolorosos à palpação sugerem inflamação; linfonodos de consistência endurecida


ou fixos indicam neoplasia maligna

- Os linfonodos aumentados devem ser descritos em duas dimensões, comprimento máximo e


diâmetro, por exemplo, 1 cm × 2 cm

- Às vezes, pode-se confundir um feixe muscular ou artéria com o linfonodo. O linfonodo permite
o deslocamento em duas direções: para cima e para baixo e de um lado para o outro. Nenhum
músculo ou artéria passa nesse teste

 Traqueia:

-Verificar mobilidade

- Verificar cartilagem cricoide, tireoide e desvios da traqueia

- Palpar observando simetria de espaços entre a mesma e o esternocleidomastoideo

- Massas no pescoço podem “empurrar” a traqueia para um dos lados. O desvio traqueal
também pode indicar problemas importantes no tórax, como massa mediastinal, atelectasia ou
pneumotórax de grande volume

 Tireoide:

- Pedir ao paciente para fletir a cabeça para trás

- Identificar a cartilagem cricoide

- Pedir ao paciente para deglutir

- Observar movimento, contorno e simetria da tireóide

- PERGUNTA: Lobos da tireoide podem ou não ser palpáveis?

 Palpação:
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- Ficar por trás, Tomar a cartilagem cricoide como ponto de referencia

- Colocar os dedos de ambas as mãos sobre o pescoço do paciente e logo abaixo da cricoide

- Observar tamanho, forma, consistência, nódulos e hipersensibilidade

- Auscultar quando aumentada de volume a procura de sopros

 Jugulares:

- Paciente deve estar deitado a 45 graus -> observar jugular externa. Alterações refletem
aumento da pressão do átrio direito -> PODE SER REALIZADO JUNTO AO EXAME
CARDIOVASCULAR

 Carótidas:

- Palpar uma de cada vez, medir simetria, volume

- Ausculta do ruído laringotraqueal (som que faz quando respiramos)

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