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Enfermagem

em Clínica
Médica
Curso Técnico em Enfermagem
2º Período

Enfª Danny Clícia


Enfermagem em Clínica Médica

É a á rea dedicada ao tratamento e diagnó stico de pacientes em


estado crítico e semicrítico sem a necessidade de intervençã o
cirú rgica. O papel da Enfermagem é de extrema importâ ncia pois,
além dos cuidados que lhe sã o pertinentes, é ela a responsável em
analisar e melhorar continuamente o estado físico, mental e
emocional do paciente, propiciando bem-estar a ele e a seus
familiares.
Objetivos

▪ Compreender o papel do técnico em enfermagem na prestaçã o de cuidados


necessá rios para a saú de, reabilitaçã o e conforto do paciente;
▪ Compreender a Sistematizaçã o da Assistência de Enfermagem (SAE), bem
como as etapas do processo de Enfermagem;
▪ Desenvolver habilidades relacionada ao cuidado ao paciente.
Abordagem Holística no Cuidado ao Paciente

A perspectiva holística enfatiza não apenas a


promoção do bem-estar, mas também a
compreensão sobre como o estado emocional de Emocional Espiritual

uma pessoa contribui para a saúde e para a


doença. Físico Mental
Processo Saúde/Doença

Emocional
O processo saú de-doença é uma
Social Ambiental
expressã o usada para fazer referência
a todas as variáveis que envolvem a

Genéticos
Educacional
saú de e a doença de um indivíduo ou
Fatores
populaçã o e considera que ambas
estã o interligadas e sã o consequência
Religioso Cultural
dos mesmos fatores.

Político Econô mico


Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE

Coleta de Dados

É uma metodologia que organiza Diagnóstico de


toda a operacionalização do Enfermagem
Processo de Enfermagem. Planejamento de
Enfermagem

Implementação
O objetivo da metodologia é garantir a
precisã o e a coesã o no cumprimento do Avaliação de Enfermagem
processo de enfermagem e de
atendimento aos pacientes.

• Privativo do Enfermeiro
Função da Enfermagem

▪ Ofertar os cuidados necessá rios para atender as necessidades


bá sicas dos pacientes;
▪ Reconhecer sinais e sintomas, bem como ofertar primeiros
socorros quando necessá rio;
▪ Administrar medicamentos conforme prescriçã o;
▪ Manter ambiente limpo e agradável;
▪ Preparar o paciente para realizaçã o de exames;
▪ Auxiliar o enfermeiro no planejamento da rotina no setor;
▪ Dar assistência aos médicos de plantã o.
Sinais e Sintomas

Nota-se que sinais e sintomas sã o conceitos diferentes e se relacionam com


a manifestaçã o clínica da doença.

• Sinais sã o as manifestaçõ es que outra pessoa nota na pessoa que está


doente.
• Sintomas sã o as queixas do paciente em relaçã o ao
que ele está sentindo no momento.
Sinais Vitais
Conceitos e parâmetros
Sinais Vitais

Sã o as medidas corporais bá sicas de um 1. Temperatura


ser humano, essenciais para que ele esteja 2. Pulso
bem, e devem ser medidos e acompanhados 3. Respiração
por profissionais sempre que o indivíduo 4. Pressão Arterial
desejar saber como vai a saú de, bem como
quando nã o estiver sentindo-se bem.
Temperatura

Diferença da quantidade de calor produzido e quantidade


de calor perdido.

Locais de aferição
• Axilas
• Reto < 35,5 graus: Hipotermia
• Cavidade oral > 37,5 graus: Hipertemia x Febre
• Membrana timpâ nica
• Fronte
Pulso

Delimitaçã o palpável da corrente

sanguínea na artéria . Nú mero de Locais de aferição


Batimentos/minuto • Dorsal do pé
batimentos por minuto. • Radial

Bebês 100-170 • Femoral • Apical

Crianças de 2 a 10 anos 70-120 • Carotídea • Ulnar


Crianças >10 anos e adultos 60-100 • Temporal • Tibial

• Poplítea

Bradisfigmia x Taquisfigmia
Frequência Respiratória

Nú mero de inspiraçã o/expiraçã o


por minuto. ▪ Eupneia
▪ Bradpneia
FR/minuto ▪ Taquipneia
Menor de 1 ano: 30 a 40 ▪ Apneia
1-2 anos: 25 a 30 irpm
2-8 anos: 20 a 25 irpm
8-12 anos: 18 a 20 irpm
Adultos: 14 a 18 irpm
Pressão Arterial

Força exercida sob a artéria pelo


sangue pulsante sob a pressã o do
coraçã o.

Locais de Aferição

• Artéria braquial
• Artéria poplítea
• Artéria pedial

Hipotensão x Hipertensão
Enfermagem e o Manejo da Dor
IMPORTANTE!!

“Uma experiência sensorial e • Sintoma comum


emocional desagradável, • Sinal de Alerta
associada a uma lesã o real ou • Atenção e orientação
em potencial do tecido ou médica
descrita em termos desse dano.
*Quinto sinal vital
A dor é sempre subjetiva”
Classificação Semiológica da Dor

Origem
Tipo
• Dor Nociceptiva
• Cutâ nea
• Dor Neuropá tica
• Visceral
• Dor Nociplá stica
• Somá tica
• Referida
• Irradiada
Tempo
• Aguda
• Crô nica
Avaliação do Paciente com Dor

Todo paciente deve ser sistematicamente avaliado, levando-se em


consideração as características semiológicas da dor, as quais são:

• Localizaçã o • Evoluçã o
• Irradiaçã o • Relaçã o com funçõ es orgâ nicas

• Itensidade • Fatores desencadeantes ou

• Duraçã o agravantes

• Manifestaçõ es concomitantes
Instrumento de Avaliação da Dor

Escala Visual Numérica

Permite quantificar a intensidade da dor através de nú meros, sendo


que o zero representa ausência de dor e 10 representa a pior dor
imaginada, os demais nú meros representam está gios intermediá rios.
Instrumento de Avaliação da Dor

Escala de Faces

Consiste em seis desenhos de faces ordenados de forma crescente em


nível de intensidade da dor ou angú stia. Sua principal vantagem é sua fá cil
utilizaçã o, sendo necessá rio apenas solicitar que o paciente escolha a face
que melhor representa sua dor atual.
Estratégias para tratamento da dor

Não farmacológicas
• Massagem de conforto
• Aplicaçã o de calor e frio
• Estimulaçã o elétrica transcutâ nea
• Orientaçõ es

Farmacológicas
• Administraçã o de medicamentos por via
oral e injetável
Sistema
Digestório
Principais afecçõ es do sistema
Sistema digestório

Responsável por garantir o processamento do


alimento que ingerimos, promovendo a absorçã o
dos nutrientes nele contidos e a eliminaçã o do
material que nã o será utilizado pelo corpo.

• Digestã o
• Secreçã o
• Motilidade
• Absorçã o
Estomatite

Inflamaçã o da mucosa oral


podendo ocorrer ulceraçõ es,
vulgarmente chamada de
aftta. Podem ser leves e
localizadas ou graves e
disseminadas.
Estomatite

Causas
• Infecçã o
• Deficiência nutricional
• Estado emocional
• Baixa resistência orgâ nica
• Má higiene oral
• Acamados
• Uso de quimioterá picos
Estomatite

Sinais e sintomas Tratamento - Paliativo


• Dor intensa  Tratamento da causa
• Hiperemia  Higiene bucal
• Lesõ es ulceradas  Enxaguantes e agentes tópicos
• Febre  Dieta adequada
• Bolhas cutâ neas
• Inflamaçã o cutâ nea
Quais as possíveis complicações?

Cuidados de Enfermagem??
Esofagite de Refluxo

Processo inflamató rio que


causa danos ao esô fago, tubo
que liga a boca ao estô mago.
Quando este se torna irritado
pode se estabelecer o refluxo
gá strico.
Esofagite de Refluxo

Sinais e sintomas Tratamento

• Pirose  Utilizaçã o de antiá cidos

• Regurgitaçã o  Alimentaçã o em pequenas quantidades


 Nã o deitar apó s as refeiçõ es
• Dores no peito
 Tratar a obesidade
• Mau há lito
 Intervençã o cirú rgica, se for o caso
• Tosse seca
• Pigarro
• Rouquidã o
Cuidados de Enfermagem??
Gastrite Inflamaçã o do revestimento
interno do estô mago. Pode ser
aguda ou crô nica a depender do
tempo de permanência dos
sintomas. As causas estã o
relacionadas ao uso prolongado de
medicamentos como anti-
inflamató rios, etilismo, tabagismo,
gastrite autoimune e infecçã o pela
bactéria Helicobacter pylori.
Gastrite

Sinais e Sintomas Tratamento


• Epigastralgia  Adesã o ao tratamento medicamentoso
• Azia  Dieta adequada
• Indigestã o  Mastigaçã o adequada, pequenas porçõ es de alimentos
• Sensaçã o de estufamento  Evitar café e refrigerantes
• Perda de apetite  Evitar etilismo e tabagismo
• Anorexia
• Halitose
• Eructaçõ es
• Ná usea e vô mito Cuidados de Enfermagem??
Apendicite

Inflamaçã o aguda do apêndice.


Na maioria dos casos, a
apendicite é provocada pela
obstruçã o do apêndice com
restos de fezes.
Apendicite

Sinais e Sintomas Complicações

• Dor pontual e contínua • Peritonite

• Náuseas • Abcesso.

• Vô mito
• Perda de apetite
Tratamento
• Flatulência • Apendicectomia
• Indigestão
• Diarreia ou constipação
• Febre e mal estar geral
Cuidados de Enfermagem??
Colecistitite
Inflamaçã o da vesícula biliar,
pequeno ó rgã o digestivo
localizado abaixo do fígado.
Pode ser aguda ou crô nica,
frequentemente associada à
coletitíase
Colecistite

Sintomas Tratamento
• Dor abdominal superior intensa Clínico:
• Ná usea  Antiespasmó dicos e antieméticos;
• Vô mito  Dieta leve, pobre em gorduras;
• Em alguns casos febre  Evitar bebidas alcoó licas e excesso
• Icterícia de condimentos.
• Urina escura
Cirúrgico
• Fezes claras
 Colecistectomia/coledocotomia.
Constipação Intestinal Frequência anormal ou
irregularidade da defecaçã o,
endurecimento anormal das fezes
fazendo com que a passagem seja
difícil e algumas vezes dolorosa,
diminuiçã o do volume das fezes ou
retençã o destas no reto por um
período de tempo prolongado.
Qualquer variaçã o dos há bitos
normais pode ser vista como um
problema.
Constipação Intestinal

Sinais e Sintomas Tratamento

 Distensã o  Dieta rica em fibras, aumentar a ingestão de líquidos e

 Desconforto abdominal exercícios físicos;


 Uso de medicamentos laxativos, enemas e supositórios.
 Reduçã o do apetite
 Cefaleia
 Fadiga
 Indigestã o Cuidados de Enfermagem??
Gastroenterite Infecçã o simultâ nea do
estô mago e intestino, transmitida
normalmente por contato com
pessoa infectada ou por á gua e
alimentos contaminados com vírus,
bactérias, fungos ou parasitas. Os
principais agentes etioló gicos sã o:
Rotavírus, Salmonela, Shigella,
Campylobacter, Escherichia Colli,
Giardia lamblia, Entamoeba
histolystica e Cryptosporidium.
Gastroenterite

Sintomas Tratamento
• Diarreia aquosa, com odor fétido podendo  Medicamento conforme agente etiológico
estar acompanhada por muco e sangue  Antieméticos e antiespasmódicos
• Ná useas  Hidratação oral/parenteral, conforme quadro
• Vô mito clínico
• Có licas abdominais  Dieta adequada
• Cefaleia
• Mal estar
• Febre
Cuidados de Enfermagem??
• Desidrataçã o e desnutriçã o
• Ó bito
Hepatites Virais
Doença inflamató ria do fígado
normalmente causada por vírus.
Os vírus mais conhecidos sã o o A,
B, C, e D e E. podendo também ser
desencadeada pelo consumo
exagerado de á lcool, fígado
gorduroso nã o alcoolico, esteatose
hepá tica, uso de alguns
medicamentos,
Hepatite A

Uma infecçã o causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite
infecciosa”. Na maioria dos casos, é uma doença de cará ter benigno, contudo o curso
sintomá tico e a letalidade aumentam com a idade.

Transmissão

• Fecal-oral

• Á gua e alimentos contaminados

• Contato de pessoa/pessoa

• Contato sexual
Hepatite A

Tratamento
Sinais e Sintomas

 Fadiga Nã o possui tratamento específico.

 Mal-estar
 Febre
Prevenção
 Dores musculares
• Cuidados diários
 Enjoo e vô mitos
 Dor abdominal • Vacinação
 Constipaçã o ou diarreia.
 Urina escura
 Icterícia

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