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ABORDAGEM DO IDOSO

Prof. Josecy Peixoto-2021


OBJETIVOS
• Reconhecimento das alterações fisiológicas características do
envelhecimento
• Reconhecimento das alterações que ocorrem comumente no
envelhecimento e que determinam ou não doenças específicas
com risco de incapacidade
• Conhecimento sobre doenças que imitam o processo de
envelhecimento com risco de passarem desapercebidas na
consulta do idoso
• Conhecimento de orientações terapêuticas para patologias mais
prevalentes no idoso

DOENÇA X VELHICE
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO IDOSA

• HETEROGENEIDADE

• COMORBIDADE

• APRESENTAÇÃO DAS DOENÇAS

• FARMACOLOGIA
Como você vê a velhice?
OS MITOS DAS TERAPÊUTICAS

•É POSSÍVEL IMPEDIR OU RETARDAR O


ENVELHECIMENTO ?
•NÃO É POSSÍVEL A ATIVIDADE FÍSICA
•A DIETA DEVE SER RESTRITA
•A IATROGENIA X NECESSIDADE DOS REMÉDIOS
•ELE(A) É MUITO VELHO PARA SER SUBMETIDO A ISTO:
•PROCEDIMENTOS
•HOSPITALIZAÇÃO/CIRURGIA
•UTI NÃO É LOCAL DE VELHO
•ELE NÃO PODE SABER/DECIDIR
OS MITOS DAS DOENÇAS

SÃO PRÓPRIOS DA VELHICE:


AS INCONTINÊNCIAS URINÁRIAS
A PERDA DA MEMÓRIA
AS ALTERAÇÕES DA SEXUALIDADE
TRISTEZA E APATIA
TONTURA
PERDAS SENSORIAIS
A HIPERTENSÃO
A OSTEOPOROSE
O TREMOR  D. PARKINSON
PERDA DE EQUILÍBRIO
COMPLEXIDADE
1 Sintoma
DIFICULDADES
• Quem informa (INCAPACIDADE COMUNICATIVA)
• Como informa - confiabilidade
• Por que informa – expectativas – agenda oculta
• Onde informa - limitações
DIFICULDADES TÉCNICAS
 Dificuldades na comunicação
 Deficit cognitivo
 Privações sensoriais
 Alterações da fala
 Desconforto físico
 Queixas numerosas e mal caracterizadas
 Interferência de acompanhantes
 Maior tempo de consulta
 Inversão do roteiro da anamnese

 OBSERVAR TÉCNICAS DE ENTREVISTA


PRINCÍPIOS ESSENCIAIS NO CUIDADO
DO IDOSO
• Avaliação multidimensional e abordagem multidisciplinar

• Acompanhamento longitudinal e continuidade no cuidado


• Programa de prevenção e promoção de saúde

• Suporte a família

• Decisões éticas

• Utilização adequada de recursos


INDICADORES DE SAÚDE DO IDOSO
AUTONOMIA e INDEPENDÊNCIA
AGA - DEFINIÇÃO

É UM PROCESSO DIAGNÓSTICO MULTIDIMENSIONAL, USUALMENTE


INTERDISCIPLINAR, CAPAZ DE DETERMINAR O PERFIL CLINICO E
PSICOSSOCIAL DO IDOSO, AS MODALIDADES DE INTERVENÇÕES
NECESSÁRIAS E A POSSIBILIDADE DE RESPOSTA
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL
GERIÁTRICA
OBJETIVOS

• Determinar o perfil clínico do idoso

• Melhorar a sensibilidade diagnóstica

• Guiar a seleção de intervenções para restaurar ou preservar a saúde


e resolução de problemas

• Monitorizar mudanças ao longo do tempo


PERFIL CLÍNICO DO IDOSO
• QUEM É ESTE IDOSO?

• Hígido ou doente?
• Qual o caráter dos problemas/doenças ?
• Quais as repercussões na capacidade funcional ?
• Que tipo de serviços necessitará ?
• Quais as suas necessidades prioritárias ?
• Considerar:
• complexidade
• vulnerabilidade
• possibilidade de resposta
Avaliação Geriátrica Ampla

1- Paixão Jr. CM, Reichenhein ME. Um revisão sobre os instrumentos de avaliação funcional do idoso. Cad Saúde Pública, 2005 Costa EFA. Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). In: Liberman A,
Freitas EV, Savioli Neto F, Taddei CFG. Diagnóstico e Tratamento em Cardiologia Geriátrica. São Paulo: Manole, 2005
COMPONENTES DA AVALIAÇÃO
GERIÁTRICA
• AVALIAÇÃO CLÍNICA:
• Anamnese: patologias prévias, lista de medicamentos, hábitos de
vida, imunização e avaliação de fatores de risco : Is geriátricos
• Exame clínico

• AVALIAÇÃO FUNCIONAL:
• Avaliação de AVDs e AVDI

• AVALIAÇÃO SOCIAL:
• Tipo de família , condições econômicas , condições de moradia,
cuidador

• AVALIAÇÃO FUNÇÃO MENTAL:


• Rastreamento de depressão e demência
QUEIXAS MAIS FREQUENTES
• FADIGA
• PERDA PONDERAL
• CEFALÉIA
• DISTÚRBIOS DO SONO
• ALTERAÇÕES PSIQUICAS
• TONTURA
• SÍNCOPE
• QUEDAS
• ALTERAÇÕES SENSORIAIS
• DISPNÉIA
• ALTERAÇÕES URINÁRIAS
• SINTOMAS DISPÉPTICOS
EXAME FÍSICO
• DADOS RELEVANTES
• Envelhecimento da pele/faneros
• Sinais vitais : pseudo-hipertensão
FR até 25 irpm
• AR: diametro antero-post
cifose torácica
• ACV: SS FM
Verticalização do coração
• AO:  coluna vertebral e  das curvaturas
• SN: alteração da marcha
lentificação de reflexos
 força muscular
EXAME FÍSICO
• Lembrar sempre
• Exame das carótidas
• Exame articular
• Toque retal
• Exame neurológico
“Is” Geriátricos

E INSUFICIÊNCIA FAMILIAR
Calendário Vacinal
VACINA RECOMENDAÇÃO

Influenza Dose única anual


Pneumocócicas (VPC13 e VPP23) Iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de
VPP23 seis a 12 meses depois, e uma segunda dose de
VPP23 cinco anos após a primeira.
Herpes zóster Dose unica
Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou
e coqueluche) – dTpa ou dTpa-VIP Dupla adulto (difteria e TT. Com esquema de vacinação básico completo: reforço
tétano) – dT com dTpa a cada dez anos. Com esquema de vacinação
básico incompleto: uma dose de dTpa a qualquer momento
e completar a vacinação básica com uma ou duas doses de
dT (dupla bacteriana do tipo adulto) de forma a totalizar
três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não
vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose
de dTpa e duas doses de dT no esquema 0 - 2 - 4 a 8 meses

Febre Amarela avaliar


Meningococicas avaliar
Hepatites A e B avaliar
Triplice viral avaliar
Covid
Avaliação Geriátrica Ampla
Funcional e Social
Dimensão Instrumentos de avaliação
Timed Get Up and Go Test
Equilíbrio e mobilidade Teste de velocidade da marcha
Escala de equilíbrio de Berg
Teste do sentar e levantar

Nutrição Medidas antropométricas


Mini avaliação nutricional

Suporte familiar e social APGAR familiar e de amigos

Checklist para avaliar a segurança nos


Condições ambientais ambientes domiciliar, coletivos e urbanos
Avaliação Geriátrica Ampla
Funcional e Mental
Dimensão Instrumentos de avaliação
MEEM
Fluência verbal
Cognição
Teste do relógio

Escala Geriátrica de Depressão (GDS)


Humor

Escala de Barthel
ABVD Índice de Katz
Escala de Lawton

AIVD Escala de Lawton


Questionário de Pfeffer
Atividades da Vida Diária

1- MORAES, Edgar Nunes. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 98 p. Disponível em: <http://apsredes.org/site2012/wp-
content/uploads/2012/05/Saude-do-Idoso-WEB1.pdf. Acesso em 01 ago. 2018.
Escala de Katz

1- DUARTE, Yeda Aparecida de Oliveira; ANDRADE, Claudia Laranjeira de; LEBRAO, Maria Lúcia. O Índex de Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Rev. esc. enferm. USP,  São
Paulo ,  v. 41, n. 2, p. 317-325,  June  2007 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342007000200021&lng=en&nrm=iso>. access on  01  Aug.  2018. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342007000200021.
Escala de Barthel

1- Governo do Estado da Bahia; Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; Superintendência de Atenção à Saúde; Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso; Available from
<https://pt.scribd.com/document/348622385/Indice-Barthel-Modificado>. Access on  01  Aug.  2018.
Escala de Barthel

1- Governo do Estado da Bahia; Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; Superintendência de Atenção à Saúde; Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso; Available from
<https://pt.scribd.com/document/348622385/Indice-Barthel-Modificado>. Access on  01  Aug.  2018.
Escala de Barthel

1- Governo do Estado da Bahia; Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; Superintendência de Atenção à Saúde; Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso; Available from
<https://pt.scribd.com/document/348622385/Indice-Barthel-Modificado>. Access on  01  Aug.  2018.
Escala de Barthel

1- Governo do Estado da Bahia; Secretaria de Saúde do Estado da Bahia; Superintendência de Atenção à Saúde; Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso; Available from
<https://pt.scribd.com/document/348622385/Indice-Barthel-Modificado>. Access on  01  Aug.  2018.
Escala de Pfeffer

1- Pfeffer RI, Kurosaki TT, Harrah CH Jr, Chance JM, Filos S. Measurement of functional activities in older adults in the community. J Gerontol. 1982;37 (3): 323-9..
Escala de Pfeffer

1- Pfeffer RI, Kurosaki TT, Harrah CH Jr, Chance JM, Filos S. Measurement of functional activities in older adults in the community. J Gerontol. 1982;37 (3): 323-9..
Índice de Lawton-Brody

1- ESENFC _ João Apóstolo _ Instrumentos para avaliação em geriatria Documento de apoio Maio, 2012
Índice de Lawton-Brody

8 pontos – Independente; 9 a 20 pontos - Moderadamente dependente, necessita de uma certa ajuda; > 20
pontos - Severamente dependente, necessita de muita ajuda.

1- ESENFC _ João Apóstolo _ Instrumentos para avaliação em geriatria Documento de apoio Maio, 2012
Envelhecimento Saudável
QUALIDADE DE VIDA

 Sem dor
 Sem perspectiva de sofrimento
 Com autonomia e independência

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