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IVCF 20

ÍNDICE DE VULNERABILIDADE
CLÍNICA FUNCIONAL

Medicina
6° Período

Rio Branco - AC
Processo de Envelhecimento
2023
DISCENTES:

CAROLINE PARRILHA PANONT


DANIEL GURGEL LINARD
EDUARDO PARRILHA PANONT
LAÍS DE BRITO GARCIA
THIAGO IWAKURA NASCIMENTO
CASO CLÍNICO
Nome: Joana S. S. Idade: 69 anos. Sexo: feminino.
Estado civil: divorciada. Ocupação: aposentada. Religião: católica.
Endereço: Rua Estrada da Sobral, Bairro Sobral, N° 2229.
QP: “ando tendo escapes de urina algumas vezes quando fico muito apertada”.
HDA: paciente refere escapes de urina há aproximadamente 2 meses, que ocorrem
em pouca quantidade quando a mesma demora a ir ao banheiro assim que a
vontade de urinar surge.
HPP: Prolapso da válvula mitral que causa arritmia cardíaca, nega HAS, DM e
alergias.
Inspeção: bom estado geral, lúcida e orientada, eupneica, acianótica, corada,
anictérica e afebril. Ausência de adenomegalias.
ACV: ritmo cardíaco em dois tempos, bulhas normofonéticas.
AR: murmúrios vesiculares presentes, sem ruídos adventícios.
AGO: G2P0C2A0, engravidou aos 36 e 40 anos de idade, gravidez sem fatores de
risco ou complicações, cesárea em ambos os partos a termo. Entrou em menopausa
aos 49 anos de idade.
CASO CLÍNICO
Medicamentos em uso: Sinvastatina 20 mg, Ginkgo Biloba 80mg, Succinato de
Metoprolol 25mg, Ômega-3 4800mg.

Administração dos medicamentos:


1.Sinvastatina há 6-8 anos, 1x ao dia, diariamente, toma pela noite ao deitar;
2.Ginkgo Biloba há 6 meses, 1x ao dia, diariamente, pela manhã;
3.Succinato de Metoprolol há 20 anos, 1x ao dia, diariamente, pela manhã;
4.Ômega-3 há 3 anos, 1x ao dia, diariamente, após a refeição no café da manhã ou
almoço.

PA: 135/70 mmHg. SpO2: 97% FC: 78 bpm.


Peso: 69 kg Altura: 1.53 cm IMC: 30 Kg/m² Panturrilha: 40 cm.
CASO CLÍNICO

Considerações e apontamentos:
Durante a visita a paciente estava visivelmente calma e
tranquila, ela e seus dois filhos foram receptivos e
colaborativos com os discentes. A paciente queixou-se de
esquecimento, no entanto, quando questionado aos
familiares, estes relataram não notar nada de diferente, além
de relatar que vem tendo escapes de urina quando está com
a bexiga muito cheia nos últimos dias. Durante o diálogo com
a idosa, a mesma cita que realizou exames de rotina a menos
de 1 ano, dentre eles o mapa, eletrocardiograma, hemograma,
ecocardiograma, holter e doppler de carótidas.
CASO CLÍNICO

Considerações e apontamentos:
A casa é administrada pelos filhos e pela paciente, é dividida
em dois andares, possui escadas com corrimão, segundo os
moradores os banheiros não são adaptados e possuem
tapetes, há auxílio de diarista que vai 2x na semana e
possuem 3 gatos de estimação.
A idosa relata que faz hidroginástica 3x na semana e procura
manter uma dieta balanceada, reclama que engordou um
pouco nos últimos dias, mas que está se alimentando melhor
agora.
IVCF 20
O QUE É O IVCF 20?
O IVCF 20 é um instrumento de aplicação
rápida (5-10 minutos) e fácil.

Pode ser executado por profissionais


previamente treinados, e não
necessariamente por especialistas em
gerontologia e geriatria.
PARA QUE SERVE O
IVCF 20?
Avalia e identifica idosos de risco.

Atua como instrumento triagem inicial.

Orienta profissionais para o cuidado da


pessoa idosa no sistema único de saúde.

Orienta quando é necessário encaminhar o


idoso para avaliação geriátrico-gerontológica.
O QUE O IVCF 20 AVALIA?
O IVCF 20 é um questionário com 20 questões, que contemplam aspectos
multidimensionais da saúde do idoso:
idade (1 questão),
auto percepção da saúde (1 questão),
atividades de vida diária (4 questões),
cognição (3 questões),
humor (2 questões),
mobilidade (6 questões),
comunicação (2 questões),
comorbidades múltiplas (1 questão).
Cada uma das seções supracitadas possui pontuações específicas que
somadas levam ao total de 40 pontos

Quanto mais baixo o valor obtido, menor é o risco de vulnerabilidade


clínico funcional do idoso avaliado e vice-versa.

O instrumento avalia o paciente por idade:


60-74 anos = 0 ponto, 75-84 anos = 1 ponto, > 85 anos = 3 pontos.
COMO E QUANDO O IVCF 20
SURGIU?
O IVCF 20 surgiu através de discussões em reuniões e oficinas

profissionais atuantes
realizadas pelo Ministério da Saúde entre
na atenção primária.

Houveram contribuições de outros profissionais como


enfermeiros, agentes comunitários, técnicos de enfermagem,
médicos, gestores da atenção primária e equipes do Núcleo de
Apoio à Saúde da Família, totalizando 42 participantes.

O início das avaliações pelo IVCF 20 iniciaram de fato em agosto


de 2021.

As visitas domiciliares ocorreram a partir de outubro do mesmo


ano.
INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO
IVCF 20
TESTE DE VELOCIDADE
DA MARCHA
O Teste de Velocidade de Marcha é um
método avaliativo de sobrevida em idosos.
É utilizado como marcador de funcionalidade
e qualidade de vida.
Nele avaliamos o risco de queda e a
velocidade que o paciente caminha em um
trajeto de 4 metros.
TESTE DE VELOCIDADE
DA MARCHA
Risco de queda:
velocidade da marcha superior a 1,0 metro
por segundo - baixo risco de queda,

de 0,7 a 1,0 m/s possuem moderado risco de


queda,

resultados inferiores a 0,7 m/s são indicativos


de risco 5x maior de queda.
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL
MINI EXAME DO
ESTADO MENTAL
O Mini Exame do Estado Mental compõe-se de
questões que avaliam funções cognitivas
específicas.
Estas estão agrupadas em 7 categorias, que
são: orientação para tempo (5 pontos),
orientação para local (5 pontos), registro de 3
palavras (3 pontos), atenção e cálculo (5
pontos), lembrança das 3 palavras (3 pontos),
linguagem (8 pontos), e capacidade
construtiva visual (1 ponto).
MINI EXAME DO
ESTADO MENTAL
Interpretação do MEEM:
Não alfabetizado: 19 pontos;
De 1 a 3 anos de estudo: 23
pontos; De 4 a 7 anos de estudo:
24 pontos;
> 7anos de estudo: 28 pontos.
TESTE DO DESENHO DO
RELÓGIO
O Teste do Desenhos do Relógio é utilizado
como forma de triagem com intuito de orientar
profissionais para o início de uma investigação
acerca de doenças neurodegenerativas.
TESTE DO DESENHO DO
RELÓGIO
Ao realizar o TDR o examinador solicita
verbalmente que o paciente desenhe um
relógio em uma folha de papel em branco e
orienta que o mesmo desenhe os ponteiros
indicando um horário específico. Esse teste não
possui limite de tempo de realização, mas tem
duração média de 5 minutos.
TESTE DO DESENHO DO
RELÓGIO
Ao cumprimento das tarefas são
notados eventos como:
compreensão verbal, memória de
curto prazo e função executiva.

Alguns aspectos são avaliados no


desenho, como a ordem de
execução do desenho, proporções,
aparência geral, ordem e
disposição dos números, possíveis
assimetrias e a maneira como os
ponteiros foram dispostos.
APGAR FAMILIAR
X

X
APGAR FAMILIAR
O acrônimo APGAR é resultado dos aspectos descritos pela
língua inglesa que são:
1- Adaptation (adaptação): refere-se ao grau de satisfação do
paciente com a atenção que recebe da família.
2- Partnership (companheirismo): satisfação do paciente com
a reciprocidade da comunicação e resolução dos problemas
no seio familiar.
3- Growth (desenvolvimento: como a promoção do
crescimento é compartilhada e qual o nível de satisfação do
paciente com a liberdade no ambiente familiar.
4- Affection (afetividade): avalia interações emocionais e a
relação de intimidade entre os membros da família.
5- Resolve (capacidade resolutiva): trata-se do tempo
compartilhado entre a família e qual é o nível de satisfação
com essa interação.
APGAR FAMILIAR
A pontuação de cada resposta são:
sempre (2 pontos),
algumas vezes (1 ponto),
e nunca (0 ponto).

A pontuação final varia entre 0 e 10, onde o intervalo de 0 a 4


aponta elevada disfunção familiar; 5 a 6 moderada disfunção
familiar e 7 a 10 apresenta uma boa funcionalidade familiar.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE URGÊNCIA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE URGÊNCIA
A incontinência urinária de urgência é a perda de urina
precedida ou acompanhada de urgência miccional, é o
tipo de incontinência mais comum entre os idosos,
principalmente do sexo feminino.
Além dos fatores clínicos relacionados a incontinência
urinária, esta patologia possui impacto negativo
significativo na vida da mulher, que vai muito além do
nível físico, mas também psicológico, emocional, íntimo
e social.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE URGÊNCIA
O melhor tratamento para incontinência urinária é
aquele que se demonstra menos invasivo e satisfaça as
expectativas da paciente. Métodos comportamentais
são considerados a primeira linha de tratamento, que
incluem: mudanças no estilo de vida, treinamento
vesical, fortalecimento da musculatura pélvica e
biofeedback.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE URGÊNCIA
As orientações de ingesta hídrica baseiam-se na
redução das xantinas e abandono do tabagismo, evitar
chás, cafeínas, chimarrão, álcool, nicotina, reduzir
ingesta exagerada de líquidos, especialmente durante a
noite.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE URGÊNCIA
É importante orientar a mulher a criar um hábito
miccional que possuam intervalos de 2-3 horas, evitando
o aumento excessivo da capacidade vesical e
reestabelece o funcionamento normal da bexiga.

Os exercícios de reforço da musculatura pélvica


consistem na contração da musculatura do assoalho
pélvico, este exercício deve ser ensinado à paciente
durante o exame físico.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
DE URGÊNCIA
O biofeedback busca detectar através de eletrodos a
atividade eletromiográfica da contração do assoalho
pélvico, com o objetivo de controlar voluntariamente os
músculos do assoalho pélvico através de estimulo visual
ou sinal sonoro. É uma terapêutica que exige uma
equipe treinada com aparelhagem e capacidade de
entendimento da paciente.
CONDUTA

Orientar mudanças no estilo de vida, como o aumento da


frequência das atividades físicas e encaminhamento ao
nutricionista;
profissionais de saúde em nutrição criarão um plano de ação ou
elaborar um Projeto Terapêutico Singular,
Além de auxiliar na perda de peso, a reeducação alimentar e o
consequente emagrecimento também contribuirão no
tratamento da incontinência urinária de urgência;
Caso as recomendações de exercícios para musculatura do
assoalho pélvico e acompanhamento com fisioterapeuta não
resolvam, outra solução é o tratamento cirúrgico.
CONCLUSÃO
Ao fim do estudo, nota-se que o IVCF 20 de fato é um ótimo
instrumento para avaliar a capacidade funcional do idoso,
mostra-se eficaz dentro das respectivas competências que o
compete, é de fácil e rápida aplicação o que colabora com a
investigação do profissional que o aplica, além de promover
compreensão clara e dinâmica aquele que está sendo
avaliado, demonstrando resultados fidedignos ao que é
vivenciado pelo paciente e por amigos e familiares que
convivem com o mesmo.
CONCLUSÃO
O IVCF 20 é um instrumento de rápida e fácil utilização, que
pode ser aplicado por profissionais de nível médio
previamente treinados e por aqueles que não possuem
especialização em geriatria e gerontologia. Mostra-se como
um bom instrumento para identificar de forma inicial o
idoso de risco que necessita ser submetido a uma avaliação
especializada de uma equipe geriátrico-gerontológica.
É necessário salientar que se trata de um instrumento de
triagem inicial, logo, quando indicada, haverá inserção de
intervenções interdisciplinares que auxiliem na melhora e
recuperação da autonomia, prevenção da
institucionalização, óbito e declínio funcional dos idosos os
quais não foram submetidos a AGA.
CONCLUSÃO
Apesar da extrema importância desta, no Brasil, poucas
regiões contam com geriatras e gerontólogos, por este
motivo o IVCF 20 sugere medidas preventivas que auxiliarão
o idoso e seus familiares até que seja possível atenção
especializada geriátrico-gerontológica.
Uma crítica que pode ser feita ao IVCF 20 deve-se a
ausência da avaliação do suporte socio familiar e os fatores
socio ambientais de risco de queda como escada mal
iluminada, cachorro/gato, tapetes, entre outros, que estão
inclusos na caderneta do idoso e ausentes nesta avaliação.
REFERÊNCIAS
1.https://www.ivcf20.org/ - Acessado em: 22/03/2023
2.Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do
idoso frágil - Edgar Nunes de MoraesI , Juliana Alves do CarmoII, Flávia Lanna de
MoraesIII, et al. - https://www.scielo.br/j/rsp/a/HMMB75NZ93YFBzyysMWYgWG/?
format=pdf&lang=pt – Acessado em: 23/03/2023
3. Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20: proposta de classificação e
hierarquização entre os idosos identificados como frágeis - Edgar Nunes Moraes1, Juliana
Alves Carmo - https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/43424/pdf -
Acessado em: 23/03/2023
4.https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202101/29102908-mini-exame-do-estado-
mental-meem.pdf - Acessado em: 24/03/2023
5.https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-
incontinencia-e-urgencia-
urinaria/#:~:text=Incontin%C3%AAncia%20Urin%C3%A1ria%20de%20Urg%C3%AAncia%20(
Urgeincontin%C3%AAncia,sem%20perda%20involunt%C3%A1ria%20de%20urina. –
Acessado em: 24/03/2023
REFERÊNCIAS
6.Qualidade de vida em mulheres com Incontinência Urinária - Susana Fernandes*; Emília Carvalho Coutinho**;
João Carvalho Duarte***; Paula Alexandra Batista Nelas****, et al -
https://www.redalyc.org/pdf/3882/388241158014.pdf - Acessado em: 25/03/2023
7.A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS É UM FATOR MODIFICÁVEL DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA
EM MULHERES IDOSAS - Janeisa Franck Virtuoso, Giovana Zapellon Mazo. -
https://www.scielo.br/j/rbme/a/qYrYzbrBK78pmvtBLhwNgCf/?format=pdf&lang=pt – Acessado em: 25/03/2023
8.MINI EXAME DO ESTADO MENTAL E O DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIA NO BRASIL - OSVALDO P. ALMEIDA -
https://www.scielo.br/j/anp/a/Xmt3w7TVPV7M78XRb5prnrG/?format=pdf&lang=pt – Acessado em: 26/03/2023
9.Jornal Brasileiro de Psiquiatria - volume 52 • mai/jun-2003 Pu b l i cação bimest ral -
https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/3245499/Usuarios_De_Drogas_Ilicitas_Internados_Em_Hospital_Psiquiatrico_
Padroes_De_Uso_E_Aspectos_Demograficos_E_Epidemiologicos-libre.pdf?1390830577=&response-content-
disposition=inline%3B+filename%3DUsuarios_De_Drogas_Ilicitas_Internados_E.pdf&Expires=1679871735&Signature
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MMmHLVViQ7LwNj0ykYNpY8PveXW8WrVCz1TaerURpvZFWap4QCeE1jJcPaJaeka4UCtinZgwUIS~jLe0jpHyV3q4L
euwPJ8uMHgXy1DoVGQpKcKlydF5zSV0snZ42w8DnwtfUwR4EZBeYH3GEZ2JiuY1UTd49njyRsw__&Key-Pair-
Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA#page=56 – Acessado em: 26/03/2023
10.Qual o melhor protocolo e ponto de corte no teste 4-metre gait speed para discriminar capacidade de exercício
na DPOC? - Vanessa Yumi Kozu Tino1 , Andrea Akemi Morita1,2 , Gianna Waldrich Bisca1,2, et al -
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REFERÊNCIAS

11.Cadernos de atenção básica – estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica obesidade-
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf -
Acessado em: 26/03/2023
12.https://bvsms.saude.gov.br/incontinencia-
urinaria/#:~:text=Para%20a%20incontin%C3%AAncia%20urin%C3%A1ria%20de,depois%20dos%2050%2C%2060%20
anos. – Acessado em: 26/03/2023
13. AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE FAMILIAR DE IDOSOS -file:///C:/Users/Ivane/Downloads/13673-35190-1-PB.pdf
– Acessado em: 26/03/2023

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