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Introdução
A avaliação geriátrica busca descortinar problemas que até então eram atribuídos ao processo de
envelhecimento per si (“da idade”) e, portanto, não abordados de forma adequada. É um processo
diagnóstico multidimensional que envolve o idoso, a família e a comunidade onde está inserido. Na
avaliação do idoso busca-se quantificar o grau de comprometimento funcional global (diagnóstico
funcional) e identificar a presença de disfunções/doenças nos sistemas fisiológicos principais
(diagnóstico etiológico ou doenças). A dimensão familiar (suporte familiar) e social (suporte social)
devem ser avaliadas rotineiramente.
A avaliação multidimensional do idoso é a sistematização desse “novo olhar”, a partir do qual
se pode valorizar e “enxergar” os problemas biopsicossociais trazidos pelo paciente e sua família,
apontando um plano de cuidados capaz de recuperar ou manter a sua autonomia e independência, tendo
em mente que “sempre é possível melhorar alguma coisa”, mesmo que isto signifique, pelo menos,
“não piorar a vida desse idoso” (iatrogenia). Esse plano de cuidados é composto de ações de promoção
e prevenção de doenças (primária e secundária), ações curativas, reabilitadoras e paliativas. As
habilidades exigidas são, portanto, inúmeras e impossíveis de serem contempladas integralmente por
uma única especialidade. Daí a importância do trabalho interdisciplinar, sem o qual dificilmente se
obtém sucesso na otimização da qualidade de vida. Portanto, a relação médico-equipe interdisciplinar é
indissociável.
Desta forma, a abordagem geriátrica difere da abordagem padrão ao incluir domínios não
médicos, enfatizar a habilidade funcional e a qualidade de vida e, na maioria das vezes, envolver o
trabalho interdisciplinar de preservação ou recuperação da funcionalidade (fisioterapia, serviço social,
fonoaudiologia, enfermagem, terapia ocupacional, nutrição, psicologia, odontologia, entre outras),
resgatando a integralidade e a multidisciplinaridade na atenção à saúde.
A avaliação do idoso e a formulação e implementação do plano de cuidados são, portanto,
complexas. A fragmentação do cuidado, o excesso de especialistas, o entusiasmo exagerado pelos
“consensos” e “guidelines”, a precipitação nas decisões, o “paradigma hospitalocêntrico do cuidado”, o
ímpeto pela prescrição de tratamentos duvidosos associados à maior vulnerabilidade do paciente são os
componentes básicos da maior síndrome geriátrica, a iatrogenia.
A individualização do cuidado é essencial. Não existem drogas ou atividades específicas que
devam ser utilizadas por todos. A heterogeneidade do idoso/família impede o estabelecimento de regras
gerais. A única regra que se aplica em Geriatria é a seguinte: “Na dúvida, não faça nada”. Estudar
melhor o caso, discuti-lo ou encaminhá-lo para outro profissional mais experiente ou, simplesmente,
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aguardar algum tempo até melhor definição do quadro podem ser as estratégias mais seguras para o
paciente.
Avaliação geriátrica
A avaliação do idoso deve ser individualizada. O roteiro apresentado a seguir permite a melhor
sistematização da avaliação, fornecendo os instrumentos diagnósticos mais utilizados em Geriatria.
Durante a entrevista com o paciente e sua família, a metodologia aplicada é extremamente variável e
flexível, dependendo do tipo de atendimento, da demanda do paciente e de sua família, do tempo
disponível, do objetivo da consulta, etc.
Os diversos sinais e sintomas apresentados pelo paciente devem ser avaliados minuciosamente,
tentando-se diferenciar as alterações do envelhecimento fisiológico daquelas presentes no
envelhecimento anormal. O raciocínio clínico tradicional de explicar todos os sinais e sintomas por uma
única doença não se aplica ao idoso (unidade diagnóstica). A presença de co-morbidades ou
polipatogenia altera a apresentação das doenças, tornando-as atípicas, ou melhor, típicas do idoso. Na
literatura médica, é comum falar-se em “apresentação atípica das doenças no idoso”. Na verdade, a
apresentação é atípica somente quando o referencial é o jovem e típica quando se trata do paciente
idoso (Quadros 2).
Comumente, a desordem em um órgão pode se manifestar por sintomas em outros,
especialmente na presença de co-morbidades, de tal forma que o órgão usualmente associado a
determinado sintoma é menos provável de ser a fonte do problema principal. Por exemplo, confusão
mental pode ser manifestação de infecção urinária e não necessariamente do comprometimento direto
do sistema nervoso central. Da mesma forma, a história de queda pode significar comprometimento do
sistema nervoso central (delirium, demência, etc.) ou ser a apresentação inicial de uma infecção
respiratória.
Várias doenças podem apresentar-se com a mesma sintomatologia, como, por exemplo, fadiga,
anorexia, insônia, emagrecimento, quedas, confusão mental, incontinência, imobilidade, síncope,
depressão, etc. e, portanto, merecem ampla investigação clínica e laboratorial. Recomenda-se sempre
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afastar, inicialmente, doenças mais graves, com maior morbimortalidade. A simplificação diagnóstica é
extremamente perigosa em Geriatria.
•
Co-morbidades: o raciocínio clínico tradicional de explicar todos os sinais e sintomas por uma única doença
não se aplica ao idoso, sendo mais rara a unidade diagnóstica.
•
Insuficiência de múltiplos órgãos: a desordem em um órgão pode se manifestar por sintomas em outros
órgãos.
• Dificuldade de acesso a serviços de saúde: inexistência, transporte, medo, custos elevados, etc.
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Revisão dos sistemas fisiológicos principais
A revisão dos sistemas fisiológicos principais deve ser ampla e cuidadosa, tentando-se
diferenciar as alterações que podem ser exclusivamente atribuídas ao envelhecimento fisiológico das
principais insuficiências responsáveis por maior comprometimento funcional no idoso.
As doenças crônico-degenerativas representam a principal causa de morbimortalidade e
incapacidade, particularmente aquelas que comprometem, direta ou indiretamente, as funções
cognição/humor, mobilidade e comunicação (Quadro 3). O diagnóstico correto e o tratamento precoce
dessas condições devem ser priorizados. Todos os profissionais da área de saúde devem estar, portanto,
amplamente familiarizados com o manejo adequado dessas condições clínicas. A multiplicidade de
doenças concomitantes ou co-morbidades (polipatogenia) dificulta o diagnóstico correto e o tratamento,
aumentando o risco de iatrogenia. Cabe, portanto, ao geriatra o gerenciamento dessas co-morbidades.
Quadro 3. Grandes insuficiências e suas principais causas
INSUFICIÊNCIAS PRINCIPAIS CAUSAS
Depressão - Distimia
Afetiva
Disfunção de bomba cardíaca ICC
Insuficiência Cardiovascular Disfunção perfusional Insuficiência coronariana
Disfunção elétrica Bloqueio de condução
Fibrilação atrial
Insuficiência Osteomuscular Osso Fratura (osteoporose)
Articulação Osteoartrose
Músculo Sarcopenia (desuso)
Insuficiência Respiratória DPOC e Pneumonia
O desempenho do indivíduo na execução das tarefas do cotidiano pode ser avaliado de diversas
formas. As informações fornecidas pelo paciente e confirmadas pelo acompanhante são essenciais para
o estabelecimento do grau de independência funcional prévio. É importante perguntar quais eram as
atividades realizadas pelo paciente, hábitos, distrações, esportes, lazer, capacidade de resolução de
problemas, consertos, viagens, trabalhos, etc. A partir daí, pode-se definir o potencial pré-mórbido e
avaliar se houve perda funcional ou não. Deve-se sempre ter em mente que o envelhecimento
fisiológico não impede a realização de qualquer atividade previamente executada. A senescência pode
limitar ou lentificar a execução de determinada atividade, mas não restringir por completo.
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Atividades de vida diária
A funcionalidade global do indivíduo é objetivamente avaliada pelo desempenho na execução
de tarefas pessoais diárias e mais simples, denominadas atividades básicas de vida diária (ABVDs).
Reflete a sua capacidade de cuidar do seu corpo ou autocuidado. Tarefas mais complexas que requerem
mais alto grau de independência e autonomia são denominadas atividades instrumentais de vida diária
(AIVDs). Refletem a sua capacidade de cuidar da sua vida ou de viver sozinho na comunidade. Todas
as informações obtidas do paciente devem ser confirmadas pelo acompanhante ou familiar. A
anosognosia é freqüente na demência e caracteriza-se pela não percepção das limitações nas atividades
de vida diária.
Após avaliação das atividades básicas de vida diária, os pacientes são agrupados segundo as
seguintes categorias:
• Independente: realiza todas as atividades básicas de vida diária de forma independente.
• Sem-dependente: apresenta comprometimento de uma das funções influenciadas pela cultura e
aprendizado (banhar-se e/ou vestir-se e/ou uso do banheiro).
• Dependente incompleto: apresenta comprometimento de uma das funções vegetativas simples
(transferência e/ou continência), além de, obviamente, ser dependente para banhar-se, vestir-se
e usar o banheiro. A presença de incontinência urinária de causa local ou urinária não é
considerada, pois é uma função e não uma atividade.
• Dependente completo: apresenta comprometimento de todas as AVDs, inclusive alimentar-se.
Representa o grau máximo de dependência e/ou fragilidade.
E finalmente, a questão: “o que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo?”
também fornece informações preciosas quanto às necessidades funcionais do paciente do seu ponto de
vista e, portanto, deve ser incluída na avaliação funcional global. A perspectiva do paciente é valorizada
e utilizada no planejamento do plano de cuidados a ser implementado.
A independência e autonomia nas atividades de vida diária estão intimamente relacionadas ao
funcionamento integrado e harmonioso das seguintes grandes funções ou domínios COGNIÇÃO,
HUMOR, MOBILIDADE e COMUNICAÇÃO, em maior ou menor intensidade, conforme pode ser
visto no quadro 8.
Ele (Ela) é capaz de esquentar a água para o café e apagar +++ ++ +++ +
o fogo?
Ele (Ela) é capaz de prestar atenção, entender e discutir +++ +++ 0 +++
um programa de rádio ou televisão, um jornal ou uma
revista?
Ele (Ela) é pode ser deixado (a) em casa sozinho (a) de +++ + + +
forma segura?
O comprometimento das ABVDs e/ou AIVDs pode ser o reflexo de uma doença grave ou
conjunto de doenças que comprometam direta ou indiretamente essas quatro grandes funções ou
domínios, de forma isolada ou associada. Dessa forma, a perda de uma função no idoso previamente
independente nunca deve ser atribuída à velhice e sim representar sinal precoce de doença ou conjunto
de doenças não tratadas, caracterizadas pela ausência de sinais e sintomas típicos. A presença de
dependência funcional, definida como a incapacidade de funcionar satisfatoriamente sem ajuda, devido
a limitações físicas ou cognitivas, deve desencadear uma ampla investigação clínica, buscando doenças
que, na sua maioria, são total ou parcialmente reversíveis.
Cada uma dessas grandes funções deverá ser avaliada isoladamente, utilizando-se testes
específicos, de fácil aplicação e interpretação. A preservação ou não dessas funções relaciona-se com a
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integridade dos sistemas fisiológicos principais, representados pelo sistema cardiovascular, respiratório,
gastrintestinal, geniturinário, nervoso central, músculo-esquelético e endócrino-metabólico, pele e
anexos, enfim, por tudo aquilo que deve ser rotineiramente avaliado em todo exame clínico. A mudança
é no enfoque global que é dado e não nos procedimentos clássicos propostos para uma boa anamnese e
exame físico. Em Geriatria a revisão dos sistemas fisiológicos principais deve ser complementada pela
análise das funções globais (Quadro 9). A avaliação funcional global deve incluir a análise das
atividades de vida diária (ABVDs e AIVDs), cognição/humor, mobilidade e comunicação (ver capítulos
específicos).
Avaliação da cognição
A independência e a autonomia nas atividades de vida diária, básicas e instrumentais, estão
estritamente relacionadas com a cognição e o humor. São, portanto, essenciais no processo diagnóstico
funcional. A cognição é um conceito global que permite ao indivíduo a manutenção de sua capacidade
de resolver os problemas do cotidiano. Deve ser testadas em todo paciente, particularmente no idoso
que apresenta alguma limitação nas atividades de vida diária.
A execução adequada das atividades de vida diária, particularmente as instrumentais, exige o
funcionamento integrado e harmonioso das diversas funções cognitivas, como memória, linguagem,
função executiva, percepção (gnosia), praxia e função visuo-espacial. Essas habilidades cognitivas
dependem da estrutura e função de células nervosas e suas conexões, em diferentes regiões do sistema
nervoso.
As diversas funções cognitivas estão preferencialmente localizadas em determinadas regiões do
cérebro (Figura 3). A localização topográfica é útil na avaliação da neuro-imagem nos quadros
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demenciais (tomografia computadorizada, ressonância magnética, SPECT), facilitando o diagnóstico
etiológico. Entretanto, as interconexões são abundantes e fundamentais no processamento cognitivo. O
humor permite a ativação e manutenção do interesse na execução das tarefas, atuando no
funcionamento de todas as funções cognitivas, particularmente, na função executiva
O envelhecimento fisiológico não afeta as funções cognitivas, de forma significativa. Ocorre uma
lentificação do processamento cognitivo global, sem, contudo, comprometer autonomia e
independência do idoso. Esquecimento significativo, portanto, não faz parte das alterações da
senescência. A incapacidade cognitiva é a perda de habilidades cognitivas essenciais para uma vida
independente. Triagem cognitiva
Vários testes estão disponíveis para avaliação da cognição e do humor. O critério de escolha que
adotamos foi a facilidade na aplicação, rápida duração, baixo custo e a fidedignidade quando associada
a outros instrumentos utilizados na avaliação multidimensional do idoso (Figura 4).
Mini-Mental
O Mini-mental é um instrumento extremamente útil na triagem cognitiva por ser simples e de
fácil aplicação, com duração de 5 a 10 minutos. É o teste mais amplamente utilizado para triagem
inicial de idosos com déficit cognitivo, seguimento evolutivo de pacientes demenciados e
monitoramento da resposta terapêutica.
É composto por 11 ítens e a pontuação máxima é de 30 pontos. A primeira metade do teste avalia
basicamente a memória, atenção e concentração (ítens 1 a 5). A segunda metade avalia as outras
funções corticais (linguagem, gnosia, praxia, função executiva e função visuoespacial). Portanto, é um
teste capaz de rastrear todas as funções cognitivas, de modo variável, não podendo ser utilizado
isoladamente para o diagnóstico das síndromes demenciais.
A tendência atual é considerar o ponto de corte como sendo 18 para analfabetos/baixa escolaridade e
26 para idosos com oito anos ou mais de escolaridade. Entretanto, a maior utilidade do teste não está na
pontuação obtida (avaliação quantitativa), e sim, no grau de dificuldade observado nas respostas dadas
pelo paciente (avaliação qualitativa). O score é mais um dado a ser considerado na interpretação do
teste e não pode ser avaliado isoladamente (Quadro 10).
Quadro 10 Pontos de corte utilizados no Brasi
Folstein 1975 ³ 8 anos de escolaridade 24
Bertolucci, 1994 Analfabetos 13
1 a 8 anos incompletos 18
³ 8 anos 26
Bertolucci et al, 1998 (CERAD) Escolaridade média: 6,9 anos 26
Caramelli et al, 1999 Analfabetos 18
Herrera et al, 2002 (Catanduva) Analfabeto 19
1-3 anos 23
4-7 anos 24
21
> 7 anos 28
Quadro 11. Mini-Mental
ESCREVER UMA FRASE COMPLETA “Escreva alguma frase que tenha começo, meio e fim”
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O ítem escrever uma frase ou sentença completa implica na presença mínima do sujeito e do verbo, devendo ter sentido. O
comando é “escreva uma frase que tenha começo, meio e fim, e faça sentido”. Gramática e pontuação corretas não são
necessárias. O termo frase pode não ser entendido. Peça ao paciente escrever “alguma frase bonita” ou ditado conhecido. Não
exemplifique para o paciente.
Fluência Verbal
O teste de fluência verbal também é extremamente simples e avalia a memória semântica
(conhecimento geral sobre o mundo, dos fatos, das palavras, sem relação com o momento do seu
aprendizado). Consiste na avaliação de categorias semânticas pré-definidas, como por exemplo animais
e frutas. O teste avalia melhor a função executiva, linguagem e memória semântica.
Solicita-se ao paciente que enumere o máximo de animais (“bichos”) e frutas, em 1 minuto
cronometrado. O comando que se dá ao paciente é: “Você deve falar todos os nomes de animais que
se lembrar, no menor tempo possível. Qualquer animal vale: insetos, pássaros, peixes e animais de
quatro patas. Quantos mais você falar, melhor. Pode começar”. (Considere “boi e vaca” como dois
animais, mas “gato e gata” como um só. Se disser passarinho, cobra, lagarto” conte como três
animais; se disser “passarinho, canário e peixe”, conte como dois. Ou seja: a classe vale como nome,
se não houver outros nomes da mesma classe).
O teste depende também do nível de escolaridade e deve ser interpretado da seguinte forma: •
Analfabeto ou baixa escolaridade: 9 ou mais animais ou frutas;
• 8 anos ou mais de escolaridade: 13 ou mais animais ou frutas.
Teste de figuras
O teste de figura é, também, simples aplicação e depende pouco do nível de escolaridade. São
apresentadas 10 figuras (figura 4) e pergunte: “Que figuras são estas? O escore é dado pelo número de
figuras corretamente identificadas mesmo que não tenham sido adequadamente nomeadas (percepção
visual e nomeação). Se não tiver identificado alguma figura, explique o que representa. Em seguida,
esconda a folha e pergunte: “Que figuras eu lhe mostrei?” O tempo máximo de evocação é de 60
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segundos. O escore é dado pelo número de respostas certas (Memória incidental). Mostre novamente as
figuras durante 30 segundos dizendo: “Olhe bem e procure memorizar esta figuras” . Esconda as
figuras e pergunte: “que figuras eu acabei de lhe mostrar?” (Memória Imediata). Mostre novamente a
folha que contém as figuras durante 30 segundos dizendo: “Olhe bem e procure guardar na memória”
(Memória imediata 2 ou aprendizado). Pergunte novamente as figuras e anote o score. Em seguida,
inclua qualquer distrator (provas de interferência), que pode, inclusive, ser um outro teste cognitivo
(teste do relógio, fluência verbal, etc), de tal forma que demore, no mínimo, 5 minutos, e pergunte:
“Quais as figuras desenhadas que eu lhe mostrei há 5 minutos? O escore é dado pelo número de
respostas corretas (Recordação de 5 minutos). Finalmente, avalia-se o reconhecimento das figuras,
mostrando ao paciente 20 figuras, incluindo as 10 figuras iniciais. Pergunte ao paciente quais figuras já
tinham sido mostradas (figura 5).
TESTE DE FIGURAS
Percepção visual correta: ...........................................................................( 9 )
Nomeação correta: .....................................................................................( 9 )
Memória Incidental:....................................................................................( 5 )
Memória Imediata:......................................................................................( 6 )
Aprendizado (memória imediata 2)........................................................... ( 6 )
Recordação após 5 minutos....................................................................... ( 5 )
Reconhecimento de figuras.........................................................................( 8 )
Teste do Relógio
O teste do relógio também faz parte da triagem cognitiva pela sua simplicidade e rapidez na
aplicação. Além disso, a sua interpretação é visual e funciona como “termômetro cognitivo” para os
familiares do paciente. É um teste simples, mas que pode trazer surpresas, particularmente, quando há
comprometimento da atenção e/ou função executiva.
Consiste em solicitar ao paciente desenhar os números do relógio, marcando determinada hora (11:10),
sem mencionar a necessidade de ponteiros. O círculo pode ou não ser oferecido previamente (10 a
12cm). O teste é considerado completo quando o paciente desenha todos os números do relógio,
espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros marcando 11:10. O teste não é cronometrado e pode ser
repetido quantas vezes forem necessárias. O comando a ser dado ao paciente é “Este círculo é um
relógio. Desenhe os números que tem no relógio marcando 11 horas e 10 minutos.”
O teste do relógio é de fácil aplicação e sofre menor influência do grau de alfabetização,
aumentando a fidedignidade do teste em pacientes com baixo nível de escolaridade. Avalia diversas
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funções cognitivas: memória semântica, função executiva (planejamento), praxia e função
visuoespacial.
Orient Temporal
Orient Espacial
Registro
Atenção/Cálculo
Evocação
Nomear
Repetir
Comando 3
estágios
Ler e executar
Escrever frase
Pentágono
TESTE DE
FIGURAS
LISTA DE
PALAVRAS
FLUÊNCIA
VERBAL
RELÓGIO
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3. Índice de Pfeffer
O índice de Pfeffer é uma escala de avaliação das atividades de vida diária instrumentais,
semelhante à escala de Lawton-Brody. Todavia, é mais direcionada para atividades dependentes
mais diretamente do funcionamento adequado das funções cognitivas. O desempenho satisfatório
em determinadas atividades complexas do cotidiano representa a melhor forma de avaliar a
cognição como um todo. Não é propriamente uma escala, como as demais apresentadas. Entretanto,
pontuação superior a 5 indica a presença de provável déficit cognitivo (Quadro 16).
Ele (Ela) é pode ser deixado (a) em casa sozinho (a) de forma
segura?
0. Normal 0. Nunca ficou, mas poderia ficar agora
1. Sim, com precauções 1. Nunca ficou e agora teria dificuldade
2. Sim, por curtos períodos
3. Não poderia
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PONTUAÇÃO
Avaliação do humor
A avaliação da função psíquica busca, sobretudo, o diagnóstico de rebaixamento do humor e
depressão maior, que representam uma importante causa de incapacidade no mundo e vem se
constituindo em verdadeira "epidemia silenciosa". A prevalência de depressão maior em idosos de
comunidade varia de 1 a 16%, elevando-se para 8 a 27% para a depessão sub-sindrômica. Mais de
50% das desordens depressivas não são diagnosticadas na atenção primária. Os idosos tendem a
negligenciar os sintomas afetivos e/ou psicológicos, predominando os sintomas somáticos (cansaço,
emagrecimento ou ganho de peso, tonteira, dores em geral, etc) e/ou neurovegetativos (alteração do
ciclo sono-vigília, perda ou aumento do apetite, disfunção sexual, falta de concentração, agitação ou
retardo psicomotor, hipocondria, etc), dificultando o diagnóstico.
A repercussão da depressão no bem estar geral e no funcionamento global do paciente é
equivalente ou maior àquele observado nas doenças crônicas debilitantes clássicas, como
hipertensão arterial, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, artrite,
lombalgia crônica, DPOC e doenças gastro-intestinais.
Toda consulta geriátrica deve investigar a presença de sintomas depressivos, utilizando-se
instrumentos estruturados ou escalas de depressão. A confirmação diagnóstica requer a aplicação
dos critérios de depressão do DSM-IV.
A escala de depressão mais utilizada em Geriatria é a “Escala de Depressão Geriátrica”
(Geriatric Depression Scale – GDS), desenvolvida por Brink e Yesavage, em 1982 (versão 30 ítens)
e simplificada por Sheikh-Yesavage, em 1986 (versão 15 ítens). Em 1999, Trinidad et al sugeriram
a utilização da GDS simplificada de 5 ítens, facilitando ainda mais o diagnóstico de depressão. O
diagnóstico de depressão deve ser suspeitado em idosos com, respectivamente, 6 e 2 respostas
positivas para depressão na GDS-15 e GDS-5 (Quadro 17).
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Você tem medo que algum mal vá lhe acontecer? ...................................... .SIM Não
Você acha que sua situação é sem esperanças?..............................................SIM Não
Você acha maravilhoso estar vivo?............................................................... Sim NÃO
Você sente que sua vida está vazia?.............................................................. SIM Não
Você sente que a maioria das pessoas está melhor que você?.......................SIM Não
Você se sente com mais problemas de memória do que a maioria?............. SIM Não
Você deixou muitos de seus interesses e atividades? ................................... SIM Não
Você se sente de bom humor a maior parte do tempo?................................. Sim NÃO
Você se sente cheio de energia?.................................................................... Sim NÃO
Você se sente feliz a maior parte do tempo?..................................................Sim NÃO
Avaliação da mobilidade
A mobilidade é fundamental para execução das decisões tomadas (independência funcional). Todo
idoso deve ser submetido a uma triagem para o diagnóstico de instabilidade postural e/ou
imobilidade, assim como fazemos na incapacidade cognitiva. A função mobilidade depende,
basicamente, da postura/marcha, do condicionamento cardio-respiratório, da capacidade de alcance,
preensão e pinça, essenciais para a manipução do meio e, também, da continência esfincteriana
(Figura 6).
Investigamos a presença de quedas no último ano e aplicamos os testes específicos, para avaliar o
risco de queda relacionado a distúrbios da marcha e do equilíbrio. Além disso, avaliamos o
condicionamento cardio-respiratório, que indica a capacidade aeróbica do paciente. A avaliação da
mobilidade é complementada pela observação dos riscos ambientais (fatores extrínsecos).
Avaliação da Postura e Marcha Teste Levantar e andar 3 metros (Timed Up and Go test)
O paciente deve levantar-se de uma cadeira de braço, sem o apoio de braços, caminhar três
metros com passos seguros e confortáveis, girar 180 o e retornar, sentando-se na cadeira. O tempo no
qual o idoso realiza essa tarefa é cronometrado. Algumas recomendações são necessárias na
aplicação do teste:
A altura aproximada do assento da cadeira é de 46 cm;
•
O paciente inicia o teste recostado e com os braços repousados na cadeira;
•
Sempre que possível, o paciente deverá ser treinado no teste, previamente;
•
O tempo é cronometrado à partir do comando de partida até o paciente assentar-se
• novamente na cadeira;
O paciente deve usar seu calçado usual e, até mesmo, seu dispositivo de ajuda;
•
Equilíbrio imediato ao Estável sem segurar em algum auxílio para a marcha ou outro
levantar-se (3 a 5 seg) objeto de suporte
LOCOMOÇÃO
Início da marcha Inicia a caminhada imediatamente, sem nenhuma hesitação; o início da
marcha é único suave
Desvio de curso ou Os pés seguem próximo à linha reta, enquanto o paciente avança
trajeto
Estabilidade do tronco O tronco não oscila, joelhos e tronco não estão fletidos; braços não são
abduzidos num esforço para manter a estabilidade
Suporte Unipodal
É fácil de ser aplicado, apresentando alta confiabilidade e sensibilidade. O teste tem sido
aplicado em idosos da comunidade, institucionalizados, e em hospitais. Pede-se ao sujeito que
permaneça na posição de pé somente em uma das pernas por 5 segundos sem apoio, o teste é
realizado com olhos abertos e fechados. É um dos testes clínicos mais utilizados na avaliação do
equilíbrio em idosos.
Equilíbrio com os olhos fechados (com os pés o mais próximo possível): estável, sem segurar
algum objeto, com os pés unidos
Nudge test: paciente de pé com os pés o mais próximo possível, o examinador empurra com pressão
uniforme 3x sobre o esterno (impulsão)
Equilíbrio unipodálico: capaz de manter-se estável sobre uma perna por 5 segundos sem apoiar-se
1. Seu problema auditivo faz com que você se sinta embaraçado ao conhecer alguém?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
2. Seu problema auditivo o faz sentir-se frustrado quando conversa com membros de sua família?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES 3.
Você sente dificuldade em ouvir quando alguém fala sussurrando?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES 4.
Você se sente prejudicado em função do seu problema auditivo?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
5. Seu problema auditivo lhe traz dificuldades ao visitar amigos, parentes ou vizinhos?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
6. Seu problema auditivo faz com que você freqüente menos a igreja do que gostaria?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
9. Você sente que qualquer dificuldade com sua situação limita sua vida pessoal e social?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
10. Seu problema auditivo lhe causa dificuldades em restaurantes com parentes ou amigos?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÀS VEZES
Teste do sussurro
O teste do sussurro avalia a compreensão de sons de baixa intensidade (30 dB) e alta freqüência. É
um teste simples, rápido e não exige nenhum instrumental específico. O examinador deve
permanecer de pé, fora do alcance do campo visual do pacientes, para evitar a leitura labial, a uma
distância equivalente ao comprimento do braço do paciente estendido (60 cm). O examinador
sussura, enquanto, gentilmente comprime e massageia o trágus da orelha contralateral. A obstrução
do conduto auditivo, isoladamente, é incapaz de mascarar a audição do ouvido não testado. Após
uma expiração completa, o examinador sussura um conjunto de três letras/números (“5, B, 6”),
selecionados aleatoriamente. Antes do teste, o paciente deverá ter compreendido o comando,
utilizando-se a voz alta e um número simples como “99”. Cada ouvido é testado individualmente e
com combinações diferentes. O teste é considerado positivo caso o paciente não consiga repetir
corretamente o conjunto de três letras/números. Caso positivo, o paciente deverá ser submetido à
audiometria, exceto se não concordar com o uso de prótese auditiva.
Visão
A triagem da acuidade visual deve ser feita em todo idoso, utilizando-se os seguintes instrumentos:
• Avaliação da capacidade de reconhecimento de faces a uma distância de 4 metros,
em uso de lentes corretivas, caso necessário: a incapacidade de reconhecimento
confirma a presença de déficit visual e a necessidade de avaliação oftalmológica
específica;
• Teste de Snellen a 5 metros, em uso de lentes corretivas, caso necessário: pergunte se
as hastes do "E" estão viradas para cima ou para baixo, para a direita ou para a
esquerda. A presença de visão < 0,3 confirma a presença de déficit visual e a
necessidade de avaliação oftalmológica específica (Figura 7);
• Leitura de jornal ou revista a 25 cm, em uso de lentes corretivas, caso necessário: a
dificuldade para leitura confirma a presença de déficit visual e a necessidade de
avaliação oftalmológica específica;
Figura 7 Teste de Snellen simplificado
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
Continência esfincteriana
COGNIÇÃO
COMUNICAÇÃO
Saúde bucal
Nos últimos 3 meses o (a) senhor (a) ... Nunca Algumas Sempre
vezes
1 Diminuiu a quantidade de alimentos ou mudou o tipo de alimentação
por causa dos seus dentes?
Circunferência da panturrilha
A massa muscular e a sarcopenia podem ser avaliadas pela medida da circunferência da
panturrilha (CP). A sarcopenia – definida como “uma condição na qual a força muscular é
insuficiente para realizar as tarefas normais associadas a um estilo de vida independente" – ocorre
devido à perda involuntária de massa muscular. Ela pode aparecer com o avançar da idade e,
também, resulta no decréscimo da força e da resistência muscular. Está significativamente associada
à perda de independência. Assim, a CP é um indicador em potencial da capacidade funcional.
Tratase de um procedimento de medida simples, barato e não invasivo e parece ser relevante no
diagnóstico da condição nutricional, da capacidade funcional e de saúde.
Uma CP inferior a 31cm é considerada, atualmente, o melhor indicador clínico de sarcopenia
(sensibilidade de 44,3%, especificidade = 91,4%) e está agregada à incapacidade funcional e ao
risco de queda, pelo papel fundamental da musculatura das pernas, particularmente tríceps sural e
quadríceps, na mobilidade.
identificar idosos com bom estado nutricional (MAN >24), em risco nutricional (MAN entre 17 e
Avaliação do sono
Os três principais tipos de queixas de sono são sonolência excessiva (hiperssonia), dificuldade em
iniciar ou manter o sono (insônia) e comportamentos estranhos ou não usuais durante o sono
(parassonias). Uma história médica cuidadosa é necessária para determinar a presença e a
severidade de uma doença concomitante. A história de roncos, pausas ou esforços respiratórios,
movimentos periódicos durante o sono e comportamentos automáticos são melhor descritos pelo
parceiro de cama ou outros observadores. Medicamentos prescritos, especialmente sedativos, uso
de álcool e automedicação pode ter um efeito importante na arquitetura do sono e pode incapacitar
os mecanismos cardiopulmonares durante o sono. A história e avaliação psiquiátrica identificam
ansiedade, depressão e acontecimentos importantes da vida que são sabidos afetar os hábitos ou a
higiene do sono. Em alguns casos o uso de um diário do sono pelo paciente para avaliar os padrões
de sono/vigília são úteis para identificar os distúrbios rítmicos e circadianos ou para documentar a
magnitude da intrusão do sono nas atividades diárias. Um exame físico apropriado dependerá da
natureza da queixa e da história obtida do paciente. Por exemplo, ronco forte pode necessitar um
exame detalhado do nariz e da garganta. Da mesma forma, testes laboratoriais apropriados podem
estar indicados. Dentre os exames de sono destacam-se: a) polissonografia, b) actigrafia e c) Teste
Múltiplo de Latência do Sono (TMLS).
Sente-se compreendido?
Sente-se satisfeito com a maneira como é tratado na família?
Viuvez recente
Perda de filhos (recente)
Vive sozinho
Deve-se estar atento aos indicadores de violência domiciliar, abuso e maus tratos contra a
pessoa idosa. Lesões corporais inexplicadas, descuido com a higiene pessoal, demora na busca de
atenção médica, discordâncias entre a história do paciente e a do cuidador, internações freqüentes
por não adesão ao tratamento de doenças crônicas, ausência do familiar na consulta ou recusa à
visita domiliciar são extremamente sugestivos de violência familiar.
A rede de apoio ou suporte social é decisiva para o envelhecimento saudável. A capacidade
de socialização e integração social é considerada fator protetor da saúde e bem-estar. Participação
em clubes de terceira idade, centros comunitários, associação de aposentados, centros-dia,
organizações de voluntários deve ser estimulada a todo idoso.
A instituição de longa permanência para idosos (ILPI) deve ser indicada nos casos de
insuficiência familiar grave, onde as outras modalidades de atendimento foram insuficientes para
garantir o cuidado. Não deve ser encarada como abandono e sim como uma alternativa digna para o
idoso frágil. Devem ser equipadas com recursos humanos e materiais necessários ao atendimento
das necessidades de cuidados com assistência, saúde, alimentação, higiene, repouso e lazer dos
usuários e desenvolver outras atividades que garantam qualidade de vida. No Brasil, estima-se que
1% da população idosa resida em ILPI, número bem inferior ao que é descrito nos países
desenvolvidos.
As ILPIs devem ter como principais objetivos:
• Oferecer ambiente seguro e acolhedor para idosos cronicamente debilitados e
funcionalmente dependentes.
• Garantir aos idosos em estado de vulnerabilidade serviços de atenção biopsicossocial em
regime integral, de acordo com as suas necessidades, priorizando, sempre que possível, o
vínculo familiar e a integração comunitária.
• Restaurar e manter o máximo de independência funcional.
• Preservar a autonomia individual.
• Maximizar o bem-estar biopsicossocial e otimizar a qualidade de vida.
• Promover o conforto e a dignidade de idosos com doença terminal e de seus familiares.
• Estabilizar ou lentificar a progressão de doenças crônico-degenerativas.
• Prevenir e reconhecer precocemente intercorrências agudas e a iatrogenia.
Diagnóstico Geriátrico-Gerontológico
O diagnóstico em Geriatria deve ser capaz de identificar todos os determinantes da saúde do idoso:
condição da saúde (doenças e fatores de risco), incapacidades (deficiências, limitações das
atividades e restrição da participação social e fatores contextuais - ambientais e pessoais) - (Fig. 1).
Requer tempo e disponibilidade do médico, do paciente e da família. Não é imprescindível que
todas as dimensões sejam avaliadas no primeiro contato com o paciente. O vínculo que se
estabelece com o idoso frágil e sua família deve ser consistente e duradouro. A Geriatria como
especialidade torna-se diferenciada pela capacidade de gerenciar a polipatogenia e as incapacidades,
buscando preservar ou restaurar o máximo da capacidade funcional do paciente. A confiança, o
interesse e o respeito mútuo são as bases desse processo de adoção recíproca (vínculo
geriatrapaciente-família) - (Fig. 9).
Figura 9 Avaliação Multidimensional do idoso
Marcha,postura e
transferência
Capacidade aeróbica
Continência
esfincteriana
Visão
COMUNICAÇÃO Audição
Fala / Voz
Saúde Bucal
Outras Funções Estado Nutricional
Orgânicas:
Sono
Lazer
Interação Social Suporte Familiar
Suporte Social
Segurança Ambiental
Plano de cuidados
O plano de cuidados deve incluir todas as intervenções propostas, nas seguintes áreas:
OUTRAS
INTERVENÇÕES
• Lazer.
• Riscos ambientais.
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