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Síndromes Geriátricas e AGA

Carlos Montes Paixão Júnior


Prof. Adjunto – Geriatria – DCM
Serviço Geriatria - UERJ
World Population Aging
300

World 200
Population
Aged >75 Years
(Millions)

100

0
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030
Year
Morte e Incapacidade - Mundo
Mortalidade % Incapacidades %
Doença coronária 13.7 Infecção resp. baixa 6.7
Dças cerebrovasculares 9.5 HIV/AIDS 6.2
Infecção resp. baixa 6.4 Condições Perinatais 6.2
HIV/AIDS 4.2 Diarréias 5.0
DPOC 4.2 Depressão 4.1
Diarréias 4.1 Doença coronária 4.1
Condições Perinatais 4.0 Doença Cerebrovascular 3.5
Tuberculose 2.8 Malaria 3.1
Cancer Pulmão 2.3 Acidentes automotores 2.8
Acidentes autom. 2.2 DPOC 2.7
Objetivos do cuidado geriátrico
 Envelhecimento bem sucedido
 Prevenir ou reduzir incapacidades, maximizar função
 Tratamentos de doenças baseados em evidências
 Antecipar e prevenir catástrofes clínicas
 Cuidados paliativos
 Administrar complexidades
 Cuidados crônicos apropriados
 Individualizar cuidados e tratamento
 Tratamento e cuidados guiados pela preferência do
paciente
Dois casos clínicos
Homem

?
Homem 78 anos
66 anos Lesão pulmonar
traumática de guerra
Fibrilação atrial
Hematoma subdural
Hipertiroidismo
Câncer baso-celular
 Hipoacusia
Sintomas de Compromet. cognitivo
leve
insuficiência cardíaca

aguda
Dx de câncer de cólon na
flexura hepática
Dois casos clínicos

George Bush Ronald Reagan


41st president of the U.S. 40th president of the U.S.
Síndromes Geriátricas
 Conceito Clássico de Síndrome
 Conceito geriátrico
1. Sintomas ou sinais clinicos frequentes em idosos (pex. Tonteira,
desnutrição)
2. Etiologia Multifatorial, com fatores contribuintes (não obrigatoriamente
essenciais) múltiplos
3. Ocorrem primariamente em combinação com fragilidade
4. Marcador prognóstico para maior risco de complicações/efeitos
colaterais e maior mortalidade
5. Síndromes geriátricas com frequência ocorrem em combinação, com
fatores contribuintes comuns a elas
6. Diagnóstico extenso e multidisciplinar, multifacetado, bem como
intervenções, são os mais efetivos (p.ex. quedas)
Síndromes Geriátricas e evidências de origem
multifatorial
Forte evidência de origem Evidência preliminar de origem
multifatorial multifatorial
Delirium Disfagia
Síncope Distúrbios da marcha
Quedas Demências
Perda aguda funcional Desidratação
Tonteiras Depressão
Desnutrição Úlceras por pressão
Incontinência Distúrbios de sono
Sarcopenia Auto negligência
Osteoporose Prurido
Fragilidade* Fadiga crônica
Síndromes Agudas x Crônicas

Agudas

 Reservas funcionais diminuídas


 Maior dependência entre os vários sistemas
 Fatores predisponentes
 Fatores precipitantes
Síndromes Agudas x Crônicas

Crônicas

 Reservas funcionais diminuídas


 Maior dependência entre os vários sistemas
 Fatores predisponentes múltiplos
 Sem fatores precipitantes, em geral
Síndromes Crônicas: Composição de
Causas (Rothman)
Síndromes Geriátricas

 Interdependência biopsicossocial

 Fatores biológicos
 Fatores sociais
 Fatores mentais
(Engel 1977; Scheffer et al 2012)
Fig. 48.2 Characteristic changes in a patient’s stable state approaching the tipping point to an acute geriatric syndrome,
as illustrated by a simple mathematical model.

Chapter: Conceptualizing geriatric syndromes


Author(s): Marcel G. M. Olde Rikkert
From: Oxford Textbook of Geriatric Medicine

Downloaded from Oxford Medicine Online. © Oxford University Press


Prevalência
Síndrome Geriátrica Prevalência (%)
Perda Funcional 16-20
Fragilidade 14-35
Desnutrição 2-3
Homeostenose 1-4
Demência 0,5-47
Síndromes Geriátricas
 Entidades Clínicas altamente prevalentes
 Impacto sobre saúde e bem estar
 Distúrbios de mobilidade
 Quedas
 Incontinência
 Depressão
 Delirium
 Demências
 Tonteiras
Avaliação Geriátrica Ampla
(AGA)

1. Definição

2. Utilização e objetivos

3. Domínios

4. Escolha de instrumentos

5. Instrumentos chave

6. Resultados mais relevantes

7. Limitações

8. Mensagens principais
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
=
Multidimensional,
geralmente interdisciplinar.
Procedimento diagnóstico voltado a determinar
as capacidades e limitações médicas, psicossociais
e funcionais de um idoso frágil
com objetivo de desenvolver
- um plano geral de tratamento
e
- seguimento de longo prazo

LZ RUBENSTEIN et al In: Bocklehurst’s textbook of geriatric medicine RC TALLIS and H M FILLIT Ed. 2000
Perspectiva Global Escalas de
avaliação
ESCALAS
ABVD
AIVD
MIF
MNA
MEEM

Equipe Diagnóstico e
Conduta

1 Diagnóstico

2 
Plano de conduta
3
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
=
AVALIAÇÃO DE SAÚDE DO IDOSO
(≠ avaliação médica padrão)

=
Processo diagnóstico
incluindo

AVALIAÇÃO CONDUTA
REUBEN DB In: Principles of geriatric medicine and gerontology WR HAZZARD et al
Mc Graw-Hill Publ. NY
Inst B
Inst A

Identifica Plano de
Inst C Problemas cuidados

Inst D Inst E
Avaliação Geriátrica
Ampla (AGA)

1. Definição

2. Utilização e objetivos

3. Domínios

4. Escolha de instrumentos

5. Instrumentos chave

6. Resultados mais relevantes

7. Limitações

8. Mensagens principais
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
Necessidade de descrição acurada do processo

1. Qual a intenção da AGA ? Por quê?


2. Quem irá avaliar? Quem?
3. Onde se dará a AGA? Onde?
4. Em que estágio da avaliação médica? Quando?
5. Quais serão os componentes da AGA? O que?
6. Quais os critérios de escolha dos instrumentos? Como?
AGA: Por quê ?
OBJETIVOS RESULTADOS
ESPERADOS
. 1.Permitir aos pacientes
continuar vivendo sozinhos
Melhorar: no domicílio
- Saúde 2. Evitar hospitalização
3. Identificar problemas não
- Estado Funcional
declarados:
- Qualidade de vida quedas, continência
urinária…
- Sobrevida 4. Prevenir ou retardar
declínico funcional

Adapted from DB REUBEN In: WR HAZZARD et al Mc Graw-Hill NY 2002


AGA: Por quê ?
OBJETIVOS MEIOS

. Equipe
Melhorar: . Coordenação racional
. Escalas de avaliação
- Saúde . Conselhos de
- Estado Funcional prevenção
- Qualidade de vida . Programa de
- Sobrevida reabilitação
AGA: Por quê ?
OBJETIVOS PROCESSO

. Coleta de dados
Melhorar: . Discussão na
- Saúde equipe do
- Estado Funcional PLANO DE TRATAMENTO
- Qualidade de vida . Implementação
- Sobrevida . Monitoramento da resposta
. Revisão do plano

Adapted from DB REUBEN In: WR HAZZARD et al Mc Graw-Hill NY 2002


AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
Necessidade de descrição acurada do processo

1. Qual a intenção da AGA? Por quê ?


2. Quem irá avaliar? Quem ?
3. Onde se dará a AGA? Onde?
4. Em que estágio da avaliação médica? Quando?
5. Quais serão os componentes da AGA? O que?
6. Quais os critérios de escolha dos instrumentos? Como ?
Avaliação Geriátrica?
Quem ?

Médico clínico
Rastreamento
Avaliação Geriátrica?
Quem ?

Médico clínico
Rastreamento
Profissionais de saúde
(equipe bem treinada)

= AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA


Avaliação Geriátrica?
Quem ?

Questionário pré
consulta
(auto avaliação pelo paciente ou acompanhantes)

Médico clínico
Rastreamento
Profissionais de saúde
(equipe bem treinada)

= AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA


Avaliação Geriátrica?
Quem ?
Pode selecionar
pacientes que se
beneficiarão da AGA

Questionário pré
consulta
(auto avaliação por paciente ou acompanhantes)

Médico clínico
Rastreamento
Profissionais de Saúde
(Equipe bem treinada)

= AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA


AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
Necessidade de descrição acurada do processo

1. Qual a intenção da AGA? Por quê?


2. Quem irá avaliar? Quem?
3. Onde se dará a AGA? Onde?
4. Em que estágio da avaliação médica? Quando?
5. Quais serão os componentes da AGA? O que?
6. Quais os critérios de escolha dos instrumentos? Como ?
AGA: Onde?
Domicílio
fatores ambientais , perdas sensoriais…

Ambulatorial
Incontinência, altarações tímicas, função sexual (…)

Serviço de Emergências
Quadro médico agudo, dor aguda, AVC (…)

Unidades Agudas Unidade de Reabilitação


Status funcional e cognitivo (…) Apoio social e ambiente

ILPI Casas de repouso


Comorbidade, polifarmácia e Nutrição, atividades de auto
qualidade de vida cuidado e qualidade de vida…
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
Necessidade de descrição acurada do processo

1. Qual a intenção da AGA? Por quê?


2. Quem irá avaliar? Quem?
3. Onde se dará a AGA? Onde?
4. Em que estágio da avaliação médica? Quando?
5. Quais serão os componentes da AGA? O que?
6. Quais os critérios de escolha dos instrumentos? Como?
AGA: Quando ?
Vive sozinho e independente no domicílio
Prevenir declínio funcional (…)

Após início de um sintoma/sinal específico


Primeira queda, hipertensão arterial (…)

Após problemas repetitivos


Desorientação espaço-temporal (…)

Doença ou lesão aguda


Broncopneumonia, fratura de quadril (…)

Doença crônica com comorbidade múltipla


ICC, perdas cognitivas (…)
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
AMPLA (AGA)
Necessidade de descrição acurada do processo

1. Qual a intenção da AGA? Por quê?


2. Quem irá avaliar? Quem?
3. Onde se dará a AGA? Onde?
4. Em que estágio da avaliação médica? Quando?
5. Quais serão os componentes da AGA? O que?
6. Quais os critérios de escolha dos instrumentos? Como?
Avaliação Geriátrica Ampla
(AGA)

1. Definição

2. Utilização e objetivos

3. Domínios

4. Escolha de instrumentos

5. Instrumentos chave

6. Resultados mais relevantes

7. Limitações

8. Mensagens principais
AGA = Caixa preta
Dimensões interativas da AGA

Cognição Médica Afetiva

Ambiente Apoio social


Estado
Funcional

Econômica Espiritualidade
Dimensões interativas da AGA
Sensório Marcha/ Nutrição
equilíbrio

Cognição Médica Afetiva

Ambiente Apoio social


Estado
Funcional

Econômica Espiritualidade
Dimensões interativas da AGA
Sensório Marcha/ Nutrição
equilíbrio

Cognição Médica Afetiva

Ambiente Apoio social


Estado
Funcional

Econômica Espiritualidade

Plano de conduta
Dimensões interativas da AGA
Sensório Marcha/ Nutrição
equilíbrio
Prevenção

Cognição Médica Afetiva

Ambiente Apoio social


Estado
Funcional

Econômica Espiritualidade

Plano de conduta
Agravos preveníveis
Hipertensão arterial sist. Medida PA A cada 2 anos

Desnutrição/ « obeso frágil » Peso Anualmente

Etilismo Questionários (CAGE) Sempre que


suspeitar
Perda visual Testes visuais Anualmente

Perda auditiva Teste auditivo Anualmente

CA Mama / Colo uterino Exame clínico / A cada 2 anos


Papanicolau
Ca Cólon Sangue oculto/ Anualmente/ 5-7
colonoscopia anos
Ca pulmão Abster-se de fumar/ TC Anualmente

Tétano Vacina A cada 10 anos

Influenza Vacina Anualmente

Infec. pneumocócicas Vacina A cada 5 anos


US preventive services task force and Canadian task force on the periodic health examination
Dimensões interativas da AGA
Sensório Marcha/ Nutrição
equilíbrio
Prevenção Mau uso subst

Cognição Médica Afetiva

Extremidades sup Órteses


Ambiente Apoio social
Estado
Cuidadores Funcional Cuidados avançados

Econômica Espiritualidade

Plano de conduta
AGA: Como ?
Saúde
Saúde
Física:
dx médico Mental:
estado nutricional humor, afeto
e cognição

Estado Problemas Plano


Funcional diagnósticos de cuidados

Ambiente
Social
Valores
e Pessoais
econômico
Seguimento
AGA: Como ???

AGA = Caixa preta


Avaliação Geriátrica Ampla

1. Definição

2. Utilização e objetivos

3. Escolha de Instrumentos

4. Instrumentos chave

6. Resultados mais relevantes

7. Limitações

8. Mensagens principais
Alvo

População
a rastrear
A validade pode variar dependendo
da população alvo
Alvo

Instrumentos População
de rastreio a rastrear
AGA = caixa preta

Qualidade dos instrumentos de rastreio:


- Confiabilidade
- Validade
- Condições de aplicação
- População alvo (…)
AGA = caixa preta
Apoios
Nutrição ABVD

?
Sociais AIVD Dor

Qualidade Mobilidade
de vida
Pele

Depressão
Visão
Cognição Continência
Audição
Estrutura das escalas
Razões

Intervalar

FIM Ordinal
Testes rastreamento:
Confiabilidade - Teste reteste
Folstein Folstein
MEEM MEEM

13 13
Confiabilidade
interexaminadores
MEEM = 30
Efeito teto

Efeito chão
MEEM = 0
Validdade
Habilidade do instrumento em medir os atributos de interesse

Temperatura Peso
Validade
Habilidade do instrumento em medir os atributos de interesse

Folstein Especificidade = 95 % Yesavage


MEEM EDG
MMSE ≥ 24 EDG Especificidade = 75%
MMSE < 24 EDG Especificidade = 25%

Demência Depressão
Validade
Non
Não Oui
Sim
Non

Não
Confiab.
Oui
Sim

Courtesy of F HERRMANN University Department of Geriatrics and Rehabilitation, Geneva 57


Condições da avaliação
 Dê o tempo necessário

 Encoraje o paciente

 Incorpore elementos da
história no exame clínico

 Esteja preparado para


interromper e continuar
mais tarde
Condições da avaliação

Óculos,
órteses auditivas,
bengalas,
etc..
AGA = caixa preta
Apoios AVD
Nutrição
Sociais
Dor
AIVD
Mobilidade
Qualidade
de vida
Pele
Escolha adequada dos componentes

Depressão
Visão
Cognição Continência
Audição
Avaliação Geriátrica
Ampla (AGA)

1. Definição

2. Utilização e objetivos

3. CGA domains

4. Escolha dos instrumentos

5. Instrumentos chave

6. Resultados mais relevantes

7. Limitações

8. Mensagens principais
Avaliação de….
 Teste do
 Cognição sussurro

 Emoção  Audioscópio
Welch Allyn Audioscope
- YouTube
Presbiacusia Perda
auditiva Hearing
handicap
 Função inventory

 vida social 
órteses !!!
0 to 8 = 13% probability of hearing impairme
(no handicap/no referral)
10 to 24 = 50% probability of hearing
impairment (mild-moderate handicap/refer)
26 to 40 = 84% probability of hearing
impairment (severe handicap/refer)
Avaliação de ….

Catarata

degeneração  Carta de
macular Snellen
Perda
Cartão de Jaeger
Presbiopia visual

Glaucoma Auto

Retinopatia
 questionário

diabética
Cartão de Jaeger
Avaliação de….

Obesidade
 MNA

« Obesidade  Peso/ IMC


frágil »
Idoso Frágil Nutrição Bioimpedância

Perda ponderal
Nível albumina
não intencional
Queda(s)
Anorexia
Avaliação de ….
Causas Primeira queda Teste de alcance
mecânicas Quedas múltiplas++ funcional
Timed up
Hipotensão and go test
ortostática
Manobras
Dificuldades consultório
equilíbrio/marcha
Avaliação
de marcha
Teste velocidade da
Marcha - YouTube
https://twitter.com/intent/tweet?url=https%3A//youtu.b
e/yYBmBkbvAyk&text=Functional%20Reach%20Test&via
=YouTube&related=YouTube,YouTubeTrends,YTCreators
TIMED UP AND GO
TEST
https://youtu.be/j77QUMPTnE0

PODSIADLO D et RICHARDSON S J Am Geriatr Soc 1991; 39: 142-8


Avaliação de ….
Causa Primeira queda
mecânica Quedas múltiplas++
Timed and
Hipotensão go test
ortostática
Dificuldades Manobras no
Medicações equilíbrio/ consultório
marcha
Teste visual Análise da
marcha
Desnutrição /
sarcopenia
Avaliação de…. POLIFARMÁCIA

Number of prescribed drugs and adverse effects

100

Efeitos adversos
80
% pacientes com

60

40

20

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
AUTO
910

Número de medicamentos
MEDICAÇÃO

DENHAM MJ et al Brit Med Bull 1990;46:53-62


Avaliação de ….

Instrumento de
Cognição
avaliação breve

MEEM
Avaliação de ….

No último ano você


perdeu urina ou
ficou molhado por
acidente?

Subavaliado Incontinência

Você perdeu
urina ao menos
em 6 dias
diferentes?
Avaliação de ….

Atividade sexual
Avaliação Geriátrica Ampla

1. Definição

2. Usos

3. Domínios

4. Escolha de instrumentos

5. Instrumentos chave

6. Resultados mais importantes

7. Limitações

8. Mensagens importantes
AGA: Histórico
1975-1995
Publicação seminal: Rubenstein NEJM, 1984
Muitas outras publicações desde então
Estabelecendo critérios, refinando, testando a efetividade

Courtesy of L PIENTKA, University of Bochum, Germany


Impactos da AGA
Efeito do programa Hospital Comunidade

 Acurácia diagnóstica  
 Uso de medicamentos 
 Estado funcional  
 Afeto ou cognição  
 Alocação  
 Uso de ILPIs  
 Serviços hospitalares 
 Sobrevivência 
Adapted from LZ RUBENSTEIN et al In: P LAWTON Springer Ed. NY 1990
Benefícios avaliados em estudos
com AGA
 Redução da mortalidade
 (22% unidades hospitalares x 14% outros)
 Aumento da probabilidade de retorno ao lar em 12
meses (47% x 26%)
 Redução do risco de hospitalização ou reinternação
 (12% para todos os programas)
 Maior chance de melhora cognitiva (47% p/ todos )

 Melhora da capacidade funcional para pacientes em


unidades hospitalares (72%)
78
AGA: História
1975-1995
Publicação seminal: Rubenstein NEJM, 1984
Muitas outras publicações desde então
Estabelecendo critérios, refinando, testando a efetividade

1995 até o presente


Período de integração e consolidação
Meta-análises e revisões sistemáticas
Muito poucos estudos originais

Courtesy of L PIENTKA, University of Bochum, Germany


AGA: onde ?
Domicílio do paciente
Fatores ambientais, perdas sensoriais… 
Serviços de AGA ambulatorial
Incontinência, alterações do humor, função sexual (…) 
Serviços de emergência
Problema médico agudo, dor aguda, AVC (…)

Unidades de cuidado agudo Unidades de reabilitação


Estado cognitivo e funcional (…) Apoio social e ambiente

ILPIs Casas asilares


Comorbidade, polifarmácia e Nutrição, atividades de
qualidade de vida autocuidado e qualidade de vida…
AGA domiciliar
Redução do declínio funcional?
Análise de estudos publicados relevantes (N = 17)

Estudos randomizados (N =18 correspondendo a 13’447 patientes)

Declínio funcional
- reduzido em estudos que usaram AGA com seguimento
(RR 0.76 [0.64-0.91])

- mas não em outros estudos


(RR 1.01 [0.92-1.11])

Alta correlação entre declínio funcional e taxa de mortalidade

STUCK A et al Jama 2002; 287: 1022-8


AGA domiciliar
Impacto na saúde mental?
Análise de estudos relevantes publicados (N = 7)

Estudos originais
Estudos controlados (randomizados ou não)
Publicados em inglês ou francês
Incluindo ao menos uma medida de saúde mental

2 estudos indicaram:
efeito pequeno na moral e saúde autopercebida

5 estudos não indicaram efeito algum

COLE MG Int Psychogeriatrics 1998; 10: 97-102


AGA: Redução nas visitas a
serviços de emergência?
Análise de estudos relevantes publicados (N = 26)

Estudos Randomizados (N =17)
Não randomizados (N = 3)
Antes e após intervenção (N = 4)
Outros tipos de estudos (N = 2)

Ambulatoriais ou atenção primária parecem efetivos

Intervenções hospitalares de curto prazo menos efetivas

Entretanto, impossível concluir (grande heterogeneidade)

Mc CUSKER J et al J Gerontol-Med Sci 2006; 61: 53-62


AGA domiciliares
e na admissão a casas asilares?
Análise de estudos relevantes publicados (N = 17)

Estudos randomizados (N =18 correspondendo a 13.447 pacientes)

Risco relativo agrupado


- diminuiu no grupo que teve > 9 visitas
(RR = 0,6 [0,48-0,92])

- NÃO influenciado no grupo < 4 visitas


(RR = 1,05 [0,85-1,30])

STUCK A et al Jama 2002; 287: 1022-8


AGA: Redução da mortalidade ?
Análise de estudos relevantes publicados (N = 9)

Estudos randomizados (N = 3.750)

AGA ambulatorial
comparada a atendimento tradicional
Razão de risco mortalidade 0.95 (95% IC 0,82-1,12 p=0,62)

Sem sobrevida clara demonstrada

Resultados não explicados por limitações estatísticas

KUO HK et al Arch Gerontol Geriatr 2004; 39: 245-54


AGA: onde ?
Domicílio do paciente
Fatores ambientais, perdas sensoriais… 
Serviços de AGA ambulatorial
Incontinência, alterações do humor, função sexual (…) 
Serviços de emergência
Problema médico agudo, dor aguda, AVC (…)

Unidades de cuidado agudo Unidades de reabilitação


Estado cognitivo e funcional (…) Apoio social e ambiente

ILPIs Casas asilares


Comorbidade, polifarmácia e Nutrição, atividades de
qualidade de vida autocuidado e qualidade de vida…
Impactos da AGA
2023
Efeito do programa Hospital Comunidade

 Acurácia diagnóstica 
Proba

 Uso de medicamentos 
bly
 Estado funcional  
Proba
 Afeto ou cognição  
 Alocação  bly 
 Uso de ILPIs  Yes/No 
 Serviços hospitalares  No
 Sobrevivência ? 

Yes
Adapted from LZ RUBENSTEIN et al In: P LAWTON Springer Ed. NY 1990
Avaliação Geriátrica Ampla

1. Definição

2. Usos

3. Domínios

4. Escolha de instrumentos

5. Instrumentos chave

6. Resultados mais importantes

7. Limitações

8. Mensagens importantes
AGA:
quais as razões
para os
resultados inconsistentes?
Populações de pacientes diferentes

Ambientes diferentes:
Atenção primária vs. agudos vs. Reab vs ILPIs

Intervenções diferentes (????!!!!)

Estruturas de equipes diferentes/


treinamento/funcionamento

Resultados demais

(Prerequisitos metodológicos para meta análises?)


AGA: Domínios avaliados (…)
Habilidade cotidiana Marcha e equilíbrio
Habilidade de extremidades Habilidade sensorial
superiores
Uso de órteses Afeto

Nutrição Cognição

Nome de fármacos Medidas preventivas

Mau uso de substâncias Diretivas avançadas

Cuidadores Condição
socioeconômica
Adapted from MH BEERS et al In: Merck manual of geriatric medicine 2002
Qualidades das medidas de
avaliação funcional
• Aceitabilidade (distribuições de escores)
• Confiabilidade (consistência interna, confiabilidade inter examinador)
• Validade (concorrente, convergente and discriminante)
• Resposta (média das respostas padronizadas)
• Adaptação transcultural
Envolvimento pessoal e treinamento de cada
indivíduo da equipe
Habilidade para participar de uma equipe
interdisciplinar
Adapted from
HOBART JC et al Neurology 2001; 57: 639-44
KONIG A et al Z Orthop Ihre Grenzgeb 2000; 138: 295-301
MENSAGENS FINAIS
AGA ?

AGA não é substituto


para
habilidades clínicas e julgamento
(incluindo a habilidade de extrair informação relevante
da anamnese e exame físico)
Perspectiva Global Instrumentos

ESCALAS
ABVD
AIVD
MIF
MNA

AGA ? MEEM

AVALIAÇÃO DE Diagnóstico e intervenção


EQUIPE

1 Diagnóstico

2 
Plano de
3 intervenção
AGA: Como ?
Saúde
Saúde
física:
dx médico mental:
status nutricional humor, afeto
e cognição

Estado Problemas Plano


Funcional
Diagnósticos de cuidado
Ambiente
social e Valores
econômico Pessoais
Seguimento
AGA ++
Patologias e incapacidades não identificadas entre
a população mais idosa

Iatrogenia entre as pessoas mais velhas

Negligências generalizadas de necessidades de


reabilitação

Melhora dos resultados terapêuticos

Grande número de admissões prematuras e


evitáveis em ILPIs
Programas de AGA necessitam focar
nos subgrupos corretos de pacientes
Idosos de baixo
. risco,
um programa de saúde de rastreamento periódico,
conduzido pela atenção primária,
É APROPRIADO
Idosos de risco moderado
ou acima 75 anos sem comorbidades,
AGA domiciliar preventiva e seguimento
É APROPRIADO
Para idosos frágeis e de alto risco, especialmente
.
recém hospitalizados e
sendo considerados
. para ILPIs,
AGA individualizado É APROPRIADO
ANTES DE
TERMINAR
The development of health goals
requires
assessing the individual‘s strengths
resources,
interests,
needs,
and
personal values,
in addition
to determining obstacles and challenges

CLARK PG et al Gerontologist 1995; 35: 402-11


Envelhecimento
 Fato Universal

 Doenças crônicas x Incapacidade x Síndromes


Geriátricas
 Impacto funcional

 Dx Síndromes Geriátricas: Conhecimento Sólido,


Experiência Prática, Sensibilidade, Avaliação
multiprofissional, Treinamento de equipe, Empatia
autêntica, Comportamento Ético, INDIVIDUALIZAÇÃO

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