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PATOLOGIA

GASTRINTESTINAL I
Esôfago e estômago
ESÔFAGO
ESÔFAGO
 Esofagites
 Refluxo
 Infecciosas
 Metaplasia (Esôfago) de Barrett
 Carcinomas
 Adenocarcinoma
 Carcinoma de células escamosas
ESOFAGITE DE REFLUXO

 CAUSAS
 Redução do tônus do EEI

 Hérnia de hiato

 Retardo do esvaziamento gástrico

 Aumento da pressão abdominal


ESOFAGITE DE REFLUXO

 CLÍNICA
 Correlação anátomo-clínica
 Intensidade X duração

 Adultos

 Disfagia/ odinofagia

 Queimação

 Hemorragia digestiva
ESOFAGITE DE REFLUXO

 MORFOLOGIA – Macro e Microscopia


 Hiperemia

 Permeação epitelial por células inflamatórias

 Hiperplasia epitelial

 Alongamento das papilas conjuntivas


OUTRAS ESOFAGITES
 INFECCIOSAS
 Candida sp.
 Citomegalovírus
 Herpes

 ACTÍNICA
 QUÍMICA
 EOSINOFÍLICA
ESOFAGITE DE REFLUXO

 COMPLICAÇÕES
 Ulceração

 Hemorragia

 Estreitamento/ estenose (fibrose)

 Metaplasia colunar (gástrica ou intestinal)

Esôfago de Barrett
ESÔFAGO DE BARRETT

 É a metaplasia colunar em resposta à agressão


prolongada (refluxo ácido do estômago)
ESÔFAGO DE BARRETT

 MORFOLOGIA – macroscopia
 Mucosa avermelhada e aveludada

 Pode ou não ter contigüidade com a mucosa gástrica

 MORFOLOGIA – microscopia
 Mucosa idêntica à gástrica

 Pode ter células caliciformes (metaplasia intestinal)


ESÔFAGO DE BARRETT

 COMPLICAÇÕES
 Displasia

 Adenocarcinoma
A. Sem atipia

B. Atipia regenerativa

C. Indeterminado para displasia

D. Displasia de baixo grau

E. Displasia de alto grau/ carcinoma “in situ”

F. Carcinoma intra-mucoso
CARCINOMA DE CÉLUAS ESCAMOSAS

 FATORES DE RISCO
 Tabagismo

 Etilismo

 HPV ?
CARCINOMA DE CÉLUAS ESCAMOSAS

 CLÍNICA
 Mais comum (tendência de queda relativa)

 Acima dos 50 anos


CARCINOMA DE CÉLUAS ESCAMOSAS

 MORFOLOGIA – Macro e microscopia


 Mais comum no terço médio

 Ulcerado

 Úlcero-infiltrativo

 Anular estenosante (infiltrativo)

 Vegetante

 Infiltrativo
ESTÔMAGO

GASTRITE CRÔNICA
ÚLCERA PÉPTICA
ADENOCARCINOMA
Alimento
GASTRITES

 Banalizadas e mal diagnosticadas

 Aguda

 Crônicas
GASTRITE CRÔNICA

 Inflamação crônica na mucosa gástrica

 Comumente associada a
 Metaplasia e atrofia

 Ocasionalmente/ raramente associada a


 Displasia
GASTRITE CRÔNICA
 ETIOLOGIA
 Infecção por Helicobacter pylori (gastrite tipo B)

 Resposta auto-imune (gastrite tipo A)

 Álcool

 Tabagismo

 Refluxo biliar, pós-gastrectomia parcial

 Transtornos de motilidade...
GASTRITE CRÔNICA
 ETIOLOGIA
 Infecção por Helicobacter pylori (tipo B)

 Resposta auto-imune (tipo A)

 Álcool

 Tabagismo

 Refluxo biliar, pós-gastrectomia parcial

 Transtornos de motilidade...
GASTRITE CRÔNICA
 PATOGÊNESE
 Infecção por Helicobacter pylori (tipo B)
 (1) adesão ás células epiteliais gástricas

 (2) motilidade por flagelo

 (3) secreção de urease que permite alcalinização do meio e


sua sobrevivência

 (4) fatores pró-inflamatórios (CagA)


GASTRITE CRÔNICA

 CLÍNICA
 Grande porcentagem de pacientes assintomáticos

 Dor epigástrica

 Náusea e vômitos
GASTRITE CRÔNICA

 MORFOLOGIA – Macroscopia
 Mucosa irregular e avermelhada (hiperemia)

 Nodularidades

 Mucosa aplanada e vasos sub-mucosos evidentes


GASTRITE CRÔNICA

 MORFOLOGIA – Microscopia
 Pode não haver correlação da intensidade
inflamatória com clínica ou macroscopia

 Células do infiltrado (PLASM & LINFO)

 Gastrite crônica superficial

 Gastrite crônica atrófica

 Atrofia gástrica
GASTRITE CRÔNICA

 MORFOLOGIA – Microscopia
 Atividade

 Metaplasia intestinal

 Agregados linfóides

 Alterações regenerativas

 Displasia
GASTRITE CRÔNICA

 COMPLICAÇÕES
 Displasia e adenocarcinoma

 Linfoma

 Úlcera péptica
ÚLCERA PÉPTICA

 DEFINIÇÕES
 Úlceras são solução de continuidade da mucosa que
se estende pelo menos até a muscularis mucosae

 As úlceras pépticas são as que ocorrem no trato


gastrintestinal, associadas à exposição ao ácido

 Geralmente solitárias
ÚLCERA PÉPTICA

 PATOGÊNESE
 Desequilíbrio entre as defesas e as forças lesivas da
mucosa
ÚLCERA PÉPTICA

 PATOGÊNESE - Forças lesivas - H. pylori


 Presente em quase 100% dos pacientes com úlcera
duodenal (associada a gastrite antral)

 Presente em cerca de 70% dos pacientes com úlcera


gástrica (associada a pangastrite)
ÚLCERA PÉPTICA

 PATOGÊNESE - Forças lesivas - H. pylori


 Proteases  destrói muco

 Fosfolipases  mediadores químicos da inflamação

 LPS  quimiotaxia  NEU  peroxidase

 Fator ativador de plaquetas  trombose


ÚLCERA PÉPTICA

 CLÍNICA
 Geralmente meia idade

 Dor epigástrica em queimação

 Náusea, vômito, plenitude, eructação, perda de peso

 Hemorragia e suas consequências


ÚLCERA PÉPTICA

 LOCALIZAÇÕES MAIS FREQUENTES


 Primeira porção do duodeno (poucos cm do piloro)

 Antro gástrico (pequena curvatura)

 Junção esôfago-gástrica
ÚLCERA PÉPTICA

 MORFOLOGIA - Macroscopia
 Bem delimitada

 Redonda, oval ou linear

 Geralmente menos de 2 cm

 Borda pouco ou nada sobrelevada

 Borda proximal se projeta para o centro

 Borda distal em aclive


ÚLCERA PÉPTICA

 MORFOLOGIA - Macroscopia
 Fundo liso (digestão)

 Vaso trombótico ou patente

 Mucosa adjacente com pregas irradiadas e alterações


de gastrite

 Linfonodos
ÚLCERA PÉPTICA

 MORFOLOGIA - Macroscopia
 Superficial

 Escavante

 Transmural/ perfurada
ÚLCERA PÉPTICA

 MORFOLOGIA - Microscopia
 Para diagnosticar câncer
 Pelo menos quatro fragmentos da borda (quadrantes)

 Até 10 ou 12 fragmentos podem ser necessários

 Repetição da endoscopia também pode ser necessária


ÚLCERA PÉPTICA

 MORFOLOGIA – Microscopia – “Camadas”


 Perda do epitélio

 Necrose, exsudato purulento e bactérias

 Exsudato fibrinoso

 Tecido de granulação

 Fibrose
ÚLCERA PÉPTICA

 MORFOLOGIA – Microscopia – Miscelâneos


 Vasos espessados

 Alterações das gastrites


 Alterações regenerativas

 Metaplasia, displasia...
ÚLCERA PÉPTICA

 COMPLICAÇÕES
 Podem ser emergências médicas, com necessidade de
cirurgia de urgência

 Principais:
 Hemorragia

 Perfuração

 Obstrução
ÚLCERA PÉPTICA

 COMPLICAÇÕES
 Hemorragia
 Complicação mais frequente (aprox 20% dos pacientes)

 Pode ser 1ª manifestação

 Causa 25% dos óbitos dos pacientes com úlcera péptica


ÚLCERA PÉPTICA

 COMPLICAÇÕES
 Perfuração
 Ocorre em 5% dos pacientes

 É a causa de 2/3 dos óbitos dos pacientes com úlcera


péptica
ÚLCERA PÉPTICA

 COMPLICAÇÕES
 Obstrução
 Ocorre em cerca de 2% dos pacientes

 Mais frequente no piloro e duodeno


(ADENO)CARCINOMA GÁSTRICO

 EPIDEMIOLOGIA
 Homem: Mulher = quase 2:1

 4.º câncer mais freqüente nos homens

 6.º câncer mais freqüente nas mulheres

 Mortalidade idem
CARCINOMA GÁSTRICO

 EPIDEMIOLOGIA – Fatores de Risco


 Ambientais
 H. Pylori

 Fatores nutricionais

 Nitritos e nitratos

 Pobreza em alimentos frescos

 Defumados

 Tabaco
CARCINOMA GÁSTRICO

 EPIDEMIOLOGIA – Fatores de Risco


 Hospedeiro
 Gastrite crônica/ metaplasia intestinal

 Gastrectomia

 Esofago de Barrett

 Genético
 Sangue grupo A

 História familiar

 Câncer colônico hereditário não-polipose


CARCINOMA GÁSTRICO

 MORFOLOLOGIA – Macroscopia
 Borrmann I – Vegetante ou polipóide

 Borrmann II – Ulcerado

 Borrmann III – Ulcero-infiltrativo

 Borrmann IV – Infiltrativo (linite plástica)


CARCINOMA GÁSTRICO

 MORFOLOLOGIA – Microscopia
 Intestinal

 Difuso
CARCINOMA GÁSTRICO

 PROGNÓSTICO
 Profundidade de infiltração (T)

 Metástases ganglionares (N)

 Metástases a distância (M)


CARCINOMA GÁSTRICO

 PROGNÓSTICO
 Profundidade de infiltração (T)

 Metástases ganglionares (N)

 Metástases a distância (M)

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