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Cristais de urina ácida

Cristais de ácido úrico

Os estados patológicos em que se encontram aumentados no sangue são: Gota, metabolismo


das purinas aumentado, pode ocorrer em enfermidades febris agudas e nefrites crônicas.
Cristais de oxalato de cálcio

Se uma grande quantidade de cristais de Oxalato de Cálcio estiver presente na urina recém-
emitida, deve-se suspeitar de processos patológicos como intoxicação pelo Etilenogliocol, diabetes
mellitus, doença hepática ou enfermidade renal crônica grave. A ingestão de grande quantidade de
vitamina C pode promover o aparecimento desses cristais na urina, pois o ácido oxálico é um derivado
da degradação do ácido ascórbico e produz a precipitação de íons de cálcio. Essa precipitação pode
dar lugar também a uma diminuição dos níveis séricos de cálcio.
Cristais de urato amorfo

Como o ácido úrico, só apresentam como componentes normais dos carnívoros. Aparecem como
sais de urato (sódio, potássio, magnésio e cálcio). Não apresentam significado cínico.
Cristais de cistina

A presença desses cristais tem sempre significado clínico, como na cistinose, cistinúria congênita,
insuficiente absorção renal ou em hepatopatias toxicas.
Cristais de leucina

Tem significado patológico importante como enfermidades hepáticas em fase terminal, como
cirrose, hepatite viral, atrofia aguda do fígado e em severas lesões hepáticas provocadas por
envenenamento por fósforo, tetracloretode carbono ou clorofórmio. Nas doenças hepáticas, estão
normalmente associadas a cristais de tirosina.
Cristais de tirosina

A presença desses cristais está associada a enfermidades hepáticas graves ou em tirosinoses.

Cristal de colesterol

Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular em quadros nefróticos,


como também na quilúria, está em consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal
de drenagem linfática, ou por ruptura de vasos linfáticos no interior da pélvis renal ou no trato
urinário.

Cristais de urina alcalina

Cristais de fosfato triplo

Cristais de fosfato triplo são solúveis em ácido acético. Condições patológicas em que podem
ser encontradas incluem pielonefrite crônica, cistite crônica, da próstata e quando a urina é retida na
bexiga.
Cristais de fosfatos amorfos

São partículas granulares, não possuem forma definidas. São geralmente indistinguíveis dos
uratos amorfos, o pH e as propriedades de solubilidade ajudam a distingui-los. Os cristais de uratos
amorfos são solúveis em ácido acético, enquanto os cristais de uratos amorfos são insolúveis. Fosfatos
amorfos não apresentam significado clínico.
Cristais de fosfato de cálcio

São longos, finos, prismas incolores e pode ter uma extremidade pontiaguda, também podem
assumir formas grandes, finas ou de placas irregulares que podem flutuar na superfície da urina. São
solúveis em ácido acético diluído.
Cristais de biurato de amônio

Também referidos como uratos de amônio, são encontrados em urina alcalina e neutra.
Ocasionalmente pode ser encontrada em urina ácida. São amarelos amarronzados apresentando
formas de corpos esféricos com ligas espículas irregulares. São solúveis enquanto aquecendo a urina
ou acrescentando o ácido acético.
Cristais de carbonato de cálcio

São pequenos, incolores e se apresentam em forma de haltere ou formas esféricas. Elas podem
ocorrem em aglomerados que se assemelham a material amorfo, mas eles podem ser distinguidos pela
formação de gás após a formação de ácido acético.

Cilindros urinários

Cilindro Hialino ou Translúcido

os cilindros hialinos são formados pelo acúmulo de proteínas de Tamm-Horsfall gelificada no


interior do túbulo renal. Uma vez que são compostos por proteína única, tem um índice de refração muito
baixa e deve ser observada sob luz fraca. Eles são incolores, homogênea e transparente, e geralmente
possuem as extremidades arredondadas. A presença de cilindros hialinos em pequena quantidade na
urina é normal, principalmente após exercícios físicos, desidratação, calor e estresse. Porém pode
aparecer de forma patológica quando o indivíduo apresentar glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal
crônica e insuficiência cardíaca congestiva.
Cilindro Céreo

Possuem um índice de refração muito elevado, são de cor amarela acinzentada, ou incolor e
tem uma aparência lisa e homogênea com bordas serrilhadas. A presença desses cilindros representa
um estágio avançado de evolução natural dos cilindros hialinos patológicos, sendo indicativo de
insuficiência renal crônica grave, hipertensão maligna, amiloidose renal e nefropatia diabética. Eles
podem também ser encontrados em doença renal aguda da inflamação, tubular e degeneração e
durante a rejeição de aloenxerto renal.
Cilindro granuloso ou granulares

São oriundos da desintegração dos cilindros celulares que permanecem nos túbulos devido à
estresse urinário, ou podem representar a agregação direta das proteínas do soro em uma matriz de
mucoproteína de Tamm-Horsfall, ou ser resultante de restos de leucócitos e bactérias. Normalmente, os
grânulos são grandes e grosseiros, mas quando a estase urinária é prolongada, estes grânulos podem
quebrar e virar grânulos finos. Normalmente estão presentes quando ocorre estase urinária, podem
aparecer também por um curto período de tempo após a exercício físico intenso.

Cilindro eritrocitário ou hemático

São cilindros hialinos que contém aglomerados de hemácias ou hemoglobina ao seu redor ou
em seu interior. Em muitos casos estão associados a glomerulonefrite, lesões glomerulares, tubulares
e capilares renais, sendo formado devido ao sangramento no interior dos nefros. Por isso são
importantes para definir se lesão é glomerular, ureteral, da bexiga, da próstata ou da uretra.
Cilindro leucocitário

São cilindros hialinos que contém leucócitos ao redor e em seu interior. A maioria são neutrófilos
polimorfonucleares, em muitos casos as células ainda apresentam-se intactas podendo visualizar
claramente os núcleos. Geralmente ocorre concomitante com leucocitúria e mostra a necessidade de
se realizar uma cultura de urina. São indicativos de infecção ou inflamação no interior de néfron tais
como: pielonefrite e glomerulonefrite.
Cilindróide

São cilindros formados na junção da alça de Henle do túbulo contornado distal. Possuem uma
extremidade que se afunila-se como um fino muco e apresenta-se como uma “caldinha”. São
frequentemente hialinos.

Leucócitos

O número elevado de leucócitos na urina é chamado de piúria e indica a


presença de infecção ou inflamação do sistema no urogenital. Entre as causas mais
frequentes de piúria estão as infecções bacterianas, tais como pielonefrite, cistite,
prostatite e uretrite, mas a presença de leucócitos também podem ser observadas em
doenças não bacterianas, como glomerulonefrite, o lúpos eritematoso e tumores.
Hemácias

A existência de hemácias na urina tem relação com lesões na membrana


glomerular ou nos vasos do sistema urogenital. Seu número também ajuda a determinar
a extensão de lesão renal. A observação da hematúria microscópica pode ser essencial
para o diagnóstico de cálculos renais. Também é importante considerar a possibilidade
de contaminação menstrual em amostras de urina feminina.
Células epiteliais pavimentosas ou escamosas

são as mais frequentes e menos significativas. Provem do revestimento da


vagina e das porções inferiores da uretra masculina e feminina, podem ser encontradas
em grande número em amostras de urina de mulher colhidas sem usar a técnica do jato
médio estéreo.
Células epiteliais de transição/transicionais ou uroteliais

Recobrem a pelve renal, ureter e bexiga. Sua presença em grande número pode
indicar inflamação da via urinária descendente, se associada a leucocitúria.
Frequentemente são redondas com núcleos também redondos e relativamente grande.
Células epiteliais renais

São oriundas do epitélio tubular. São um pouco maiores que os leucócitos e


apresentam um núcleo grande, geralmente excêntrico. Como representa esfoliação
renal, a presença de mais do que uma dessas células por campo de grande aumento
(400x) sugere dano tubular renal.
Muco

É um material proteico produzido por glândulas e células epiteliais do sistema


urogenital. Não é considerado clinicamente significativo e sua quantidade é maior
quando há contaminação vaginal. É visto como estruturas filamentosas com baixo índice
de refração, o que exige observação em luz de baixa intensidade.
Bactérias

Normalmente a urina não possui bactérias. No entanto se as bactérias não forem


colhidas em condições estéreis, pode ocorrer contaminação bacteriana sem significado
clínico. As amostras que permanecem em temperatura ambiente por muito tempo
também podem conter quantidades detectáveis de bactérias, que representam apenas
a multiplicação dos microrganismos detectáveis.
Leveduras

As leveduras, geralmente Candida albicans, podem ser observadas em urina


de pacientes com diabetes mellito e com mulheres com candidíase vaginal.
Parasitas

O parasita encontrado com mais frequência na urina é o Trichomonas vaginalis,


devido a contaminação por secreções vaginais. Por vezes são observados ovos de
oxiúrios e outros parasitos intestinais, resultado de contaminação fecal.
Espermatozoide

Encontra-se espermatozoide na urina após relações sexuais ou ejaculação


noturna, não tem significado clínico.

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