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Relatório

Sedimento Urinário

Estagiário: Stela Manson Grassmann


Data: 06/10/2021
Biomedicina
Na avaliação do sedimento urinário (sedimentoscopia) forma-se a terceira fase, que consiste
em uma avaliação microscópica do sedimento urinário. A terceira etapa da urinálise consiste
na avaliação microscópica do sedimento urinário. Os resultados do sedimento urinário devem
ser interpretados juntamente com o conhecimento do método de coleta, exame químico e
exame físico.

 Procedimento
1. Retirar 10 ml de amostra de urina
2. Centrifugar de 5 a 10 minutos a 1480 rpm
3. Descartar o sobrenadante
4. Ressuspender o centrifugado (0,5ml)
5. Colocar 20 uL da suspensão na lâmina
6. Analisar no microscópio com um aumento de 400x.

o Cilindros: Os cilindros formam-se nos túbulos renais a partir de mucoproteínas


secretadas pelas células epiteliais tubulares. Estas proteínas se condensam formando
os cilindros hialinos. Os cilindros hialinos podem adquirir debris celulares e tornarem-
se cilindros granulares. Quando estes cilindros envelhecem e/ou se deterioram e se
solidificam nos túbulos, ocorre a formação dos cilindros cérios. Uma urina normal
pode conter poucos cilindros hialinos e granulosos, mas uma quantidade maior
destas estruturas reflete uma patologia renal, mais precisamente uma doença tubular
aguda. Inflamação ou hemorragia renal podem levar à formação de cilindros
leucocitários ou eritrocitários, respectivamente. Os cilindros podem ser depositados
na bexiga intermitente, podendo se desintegrar rapidamente em urinas velhas ou
alcalinas. Então, a ausência de cilindros não exclui uma doença tubular renal. A
cilindrúria indica que há uma doença renal, mas não necessariamente uma falha
renal. A cilindrúria também não indica que necessariamente o rim seja o órgão
primário envolvido na doença. Por exemplo, uma hipóxia associada a choque
hipovolêmico pode resultar em cilindrúria. A presença de cilindros na urina não
discrimina entre doença glomerular, intersticial ou tubular.

o Células: Baixas quantidades de eritrócitos e leucócitos podem ser encontrados em


urinas normais. Também deve ser encontrado um pequeno número de células
epiteliais transicionais, porém em casos de irritação/inflamação da bexiga pode ser
observado um aumento na quantidade destas células. A urina também pode conter
células epiteliais escamosas da uretra ou vagina. Células epiteliais ureterais e renais
são observadas em número bastante reduzido em urinas de pacientes normais.

o Cristais: A presença de cristalúria é influenciada pelo pH urinário, densidade urinária,


saturação de precursores na urina e presença de promotores ou inibidores de cristais.
Pacientes com amostras de urina muito concentradas, com altas concentrações de
substâncias cristalogênicas ou com reduzida taxa de fluxo renal estão predispostos à
formação de cristais. A presença de cristais na 11 urina pode não ser clinicamente
significativa em animais saudáveis, mas em pacientes com histórico de urolitíase ou
sinais clínicos relevantes, pode ser significativa.

o Bactérias: A suspeita de infecção urinária pode acontecer se bactérias estiverem


presentes em amostras recentemente obtidas por coleta de jato médio,
particularmente se numerosos leucócitos estiverem também presentes.
Normalmente a urina não possui bactérias, mas se a amostra não for colhida nas
condições adequadas, pode ocorrer contaminação. Especialmente em mulheres,
bactérias e leucócitos na urina podem ser resultados de contaminação com secreções
vaginais. Em infecções do trato urinário com envolvimento dos rins, além de
leucócitos e bactérias, podem ser observados cilindros leucocitários e mesmo
cilindros contendo bactérias.

o Leucócitos: Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal. Porém


em quantidade elevada é denominada piuria. Os neutrófilos são o tipo mais comum,
mas também podem ser observados eosinófilos e linfócitos.
o Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões inflamatórias, infecciosas ou
traumáticas em qualquer nível do trato urinário. Também pode ser um indicativo de
contaminação da amostra. Por isso, deve-se sempre excluir contaminação por via
genital. É preciso observar qual tipo de célula branca está aumentada para buscar a
causa sistêmica ou local correspondente.

o Eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos): A presença de um número


aumentado de eritrócitos na urina é denominada hematúria (sangue na urina). Pode
ser microscópica ou macroscópica, dependendo de sua intensidade. As hematúrias
podem ser transitórias e benignas, mas também podem indicar lesões inflamatórias,
infecciosas ou traumáticas dos rins ou vias urinárias. A morfologia dos eritrócitos é
útil para ajudar a localizar a origem da lesão, seja uma doença nos rins ou em
qualquer outro lugar no sistema ou vias urinárias.

o Parasitas: O Trichomonas vaginalis  é o parasita encontrado com maior frequência


em amostras de urina. Por ser um protozoário flagelado é facilmente identificado
pela sua movimentação rápida e irregular pela lâmina. Porém quando não se move é
muito difícil de distingui-lo de um leucócito. O achado na urina geralmente indica
contaminação por secreções genitais, sendo uma frequente causa de vaginites e
uretrites. Alguns outros parasitas também podem ser encontrados, normalmente
resultado de uma contaminação fecal.

REFERÊNCIAS:
https://kasvi.com.br/sedimentoscopia-analise-urina/

SIMÃO, Raimunda. Relatório Uroanálise. In: SIMÃO, Raimunda. Relatório


Uruoanálise. 2017. Relatorio (Graduação em Biomedicina) - Faculdade Mauricio
de Nassau, [S. l.], 2017.

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