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O texto transcrito de Mundt, Lillian A. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff [recurso eletrônico] /
Lillian A. Mundt, Kristy Shanahan E DE OUTROS AUTORES citados na bibliografia e nos endereços
eletrônicos citados nas notas de rodapé busca facilitar o acompanhamento, a discussão e a compreensão
dos assuntos estudados em sala de aula evitando, dessa forma, demoradas anotações em cadernos. Em
nenhum momento dispensa a leitura das bibliografias consultadas e sugeridas.
Células
ERITRÓCITOS
Em alta resolução, os eritrócitos aparecem com discos pálidos. Eles apresentam alguma variação
Eritrócitos dismórficos
1
Hidronefrose é a dilatação da pélvis e dos cálices do rim, como consequência da obstrução do trato urinário. Distúrbio causado
pelo excesso de líquido em um rim devido ao acúmulo de urina. Disponível em: <
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/hidronefrose/>. Acesso em: 12 jul. 2019.
2
Rins policísticos, ou doença renal policística (PKD, sigla de Polycistic Kidney Disease) é uma moléstia genética, relativamente
comum, progressiva e hereditária, determinada por mutações nos genes PKD1 (85% dos casos) e PKD2 (15% dos casos).
Distúrbio hereditário em que grupos de cistos se desenvolvem nos rins. Disponível em: <
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/rins-policisticos/>. Acesso em: 12 jul. 2019.
3
A necrose tubular aguda é caracterizada por lesão renal decorrente de lesão tubular aguda e disfunção. As causas comuns
são hipotensão ou sepse que provoca hipoperfusão renal e drogas nefrotóxicas. Disponível em: <
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-tubulointersticiais/
necrose-tubular-aguda>. Acesso em: 12 jul. 2019.
4
A Nefroesclerose Maligna é uma doença renal associada à fase maligna ou acelerada da hipertensão. É relacionada à
hipertensão prévia, formas secundárias de hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou doença renal crônica subjacente. Disponível
em: < http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_470_desc_Patologia_pagina_2_subtopico_49_busca_>. Acesso em: 12 jul. 2019.
5
A poliarterite nodosa (PAN), panarterite nodosa, periarterite nodosa ou doença de Kussmaul-Meier é uma inflamação que
danifica artérias medianas e pequenas (vasculite) causado pelas células autoimunes, levando a formação de aneurismas
nodulares nestes vasos que podem romper e sangrar. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliarterite_nodosa >. Acesso
em: 12 jul. 2019.
6
Discrasia é uma alteração sanguínea, do tipo leucopenia, agranulocitose ou anemia aplásica, que pode produzir-se pelo uso de
determinados medicamentos psicoativos, tais como a carbamazepina, clorpromazina e clozapina. Disponível em: <
http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerDicionario&idZDicionario=248 >. Acesso em: 12 jul. 2019.
7
Escorbuto é uma doença aguda ou crônica devida a uma carência de vitamina C, caracterizada por hemorragias, alteração das
gengivas e queda da resistência às infecções. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-
escorbuto.htm>. Acesso em: 22 jun. 2019.
4
Leucócitos
Piúria
30/campo sugerem uma infecção aguda. Culturas repetidas estéreis nessa condição podem
indicar tuberculose ou nefrite. Uma piúria intensa pode refletir ruptura de um abcesso renal ou do
trato urinário (HENRY, 2012).
Quantidades moderadas de leucócitos em conjunção com cilindros leucocitários podem refletir
uma doença renal bacteriana (pielonefrite aguda ou crônica) ou não bacteriana (glomerulonefrite
aguda, nefrite). A litíase8 em qualquer nível pode dar origem a uma quantidade aumentada de
leucócitos urinários seja pela infecção ascendente induzida pela estase, seja pela resposta
inflamatória localizada da mucosa (HENRY, 2012).
Tumores de bexiga, bem como vários processos inflamatórios localizados agudos ou crônicos,
também podem aumentar o número de leucócitos na urina. Entre esses três últimos distúrbios
encontram-se a cistite, prostatite, uretrite e balanite. Nas mulheres, a síndrome uretral aguda ou a
síndrome disúria-piúria está regularmente associada com um excesso de neutrófilo em amostras
urinárias coletadas com cuidados de assepsia. Entretanto, as contagens de colônias bacterianas
são menores do que as esperadas. Entre os agentes causais incluem-se a Chlamydia
trachomatis, bem como os estafilococos e os coliformes (HENRY, 2012).
Deve-se reconhecer que mesmo em circunstâncias normais, são encontrados alguns leucócitos
nas secreções do trato genital masculino e feminino e que aparecem na urina. Os leucócitos são
rapidamente lisados na urina hipotônica ou alcalina. Aproximadamente 50% são perdidos após
duas a três horas de repouso em temperatura ambiente. Portanto, a realização de um exame
imediato do sedimento urinário após a coleta é imperativa (HENRY, 2012).
Eosinófilos
Quando houver indicação clínica, a leucocitúria deve ser melhor analisada, buscando-se a
presença de eosinófilos. Quando é feita coloração adequada, pode-se observar eosinófilos
bilobados em pacientes com doença túbulo-intersticial associada com reação de
hipersensibilidade a drogas como a penicilina e seus análogos. A eosinofilúria também é
observada em outros distúrbios agudos do trato geniturinário. O padrão celular na nefrite
intersticial alérgica usualmente inclui muitos eritrócitos e algumas células epiteliais tubulares
renais (HENRY, 2012).
8
Lítíase ou cálculo são termos utilizados para designar formações pétreas de composições diversas (cálcio, colesterol, urato, etc.)
no organismo humano em especial nas vias urinárias e biliares e também nos animais, podendo levar a doenças. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Lit%C3%ADase>. Acesso em: 22 jun. 2019.
6
Pequenos linfócitos estão normalmente presentes na urina, embora eles não sejam
rotineiramente reconhecidos. A diferenciação dessas células e dos histiócitos 9 é feita mais
facilmente nos esfregaços corados. Quando células mononucleares (histiócitos, linfócitos ou
células plasmáticas10) constituem 30% ou mais da contagem diferencial, é uma indicação de uma
inflamação crônica. Muitos linfócitos pequenos podem ser encontrados na urina durante a
rejeição de transplante renal. Quando presentes, os plasmócitos e linfócitos atípicos devem ser
registrados e é essencial a realização de uma investigação suplementar (HENRY, 2012).
Pequenas quantidades de células tubulares podem ser observadas na urina normal, refletindo a
descamação normal das células mais velhas. Elas estão presentes num número um pouco maior
na urina dos recém-natos normais (HENRY, 2012).
A coloração de Papanicolaou tem se mostrado eficiente na identificação das células tubulares
renais dos túbulos contornados proximais e distais. As células tubulares renais dos túbulos
Os núcleos podem ser múltiplos, mas são pequenos, com cromatina densa e raros nucléolos
(HENRY, 2012).
As células epiteliais dos ductos coletores pequenos e grandes medem entre 12 e 20 m e são
identificados pela sua forma característica cuboidal ou poligonal e pelo seu núcleo grande e
Significado clínico
9
Histiócitos mostram tamanhos e formas diferentes e podem transformar-se em macrófagos. Classicamente um
histiócito é uma célula com um núcleo em formato de rim e um citoplasma microvacuolado. Os histiócitos podem ser
multinucleados com um citoplasma maior. Disponível em: <https://screening.iarc.fr/atlasglossdef.php?key=Histi
%F3citos%20e%20pequenas%20c%E9lulas&lang=4>. Acesso em 22 jun. 2019.
10
O sistema imunológico é composto de vários tipos de células que atuam juntas no combate às infecções e outras
doenças. Os linfócitos são o principal tipo de célula do sistema imunológico. Existem dois tipos de linfócitos: células T
e células B. Quando as células B respondem a uma infecção, elas amadurecem e se transformam em células
plasmáticas. As células plasmáticas produzem os anticorpos (imunoglobulinas) que atacam e destroem os germes.
Disponível em: < http://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-que-sao-celulas-plasmaticas/5363/752/>. Acesso em 22 jun.
2019.
7
Quantidades maiores de células epiteliais dos túbulos contornados proximais e distais renais são
observados nos casos de necrose tubular e intoxicação por certas drogas ou metais pesados
(HENRY, 2012).
Quantidades aumentadas das células epiteliais dos ductos coletores são observadas na rejeição
de transplante renal, necrose tubular aguda (fase diurética) e outras lesões isquêmicas renais.
Elas podem estar aumentadas na nefroesclerose maligna bem como nos casos de
glomerulonefrite aguda acompanhada por lesão tubular. A ingestão de várias drogas e produtos
químicos pode causar uma descamação tubular significativa. As células tubulares dos ductos
coletores são facilmente encontradas na urina após a intoxicação salicílica (HENRY, 2012).
Fragmentos epiteliais renais originários dos ductos coletores têm sido descritos. As células dos
túbulos contornados proximais e distais não são encontradas sob a forma de fragmentos. Três ou
mais células renais originárias dos ductos coletores constituem um fragmento epitelial renal e
indicam uma forma mais severa de lesão tubular renal com ruptura da membrana basal. Os
fragmentos epiteliais renais são indicadores de necrose isquêmica e são usualmente encontrados
acompanhando vários graus de lesão tubular e cilindros patológicos (HENRY, 2012).
Corpos gordurosos ovais são células tubulares que absorvam lipoproteínas com colesterol e
triglicerídeos extravasados pelos glomérulos nefróticos. Dessa forma, os corpos gordurosos ovais
constituem uma forma de lipidúria. Os lipídeos podem estar na urina sob a forma de gotículas
livres de gordura. Os histiócitos podem absorver lipídeos tornando-se impossível diferenciá-los
dos corpos gordurosos ovais. Entretanto, o seu significado clínico é similar. A presença de
qualquer uma dessas formas de lipídeos acompanhada de uma proteinúria acentuada é
característica da síndrome nefrótica (HENRY, 2012).
Quando gotículas livres ou incorporadas contém grandes quantidades de colesterol, elas exibem
uma formação em cruz de malta sob luz polarizada. Quando elas contêm grandes quantidades de
triglicerídeos, os corantes de gordura (Óleo Vermelho O e Sudan III) são necessários para uma
identificação positiva dos lipídeos.
urinário. Os grânulos são amarelo-acastanhados e coram para o ferro com o azul da Prússia.
Essas células também são incorporadas aos cilindros.
Os grânulos de melanina são absorvidos pelas células tubulares nos raros casos de melanúria.
As células pigmentadas descamadas também podem ser observadas no sedimento. As células
tumorais pigmentadas também são encontradas em pacientes com metástases de melanoma na
bexiga. A bilirrubina colore todos os elementos do sedimento, incluindo as células epiteliais
tubulares renais e cilindros. Convém observar que a urobilina não colore as células ou os cilindros
(HENRY, 2012).
Enquanto as células dos túbulos contorcidos distais têm forma oval ou redonda, as células dos tubos
coletores são, geralmente, cúbicas ou poliédricas. O núcleo dessas células, geralmente excêntrico. Essas
células renais apresentam relação citoplasma/núcleo menor que as células de transição, de
aproximadamente 3/1.
Célula tubular renal. Disponível em: < http://www.enjoypath.com/cp/Chem/Urine-Morphology/>. Acesso em: 13 jul. 2019.
Essas células revestem o trato urinário desde a pelve renal até os dois terços proximais da uretra.
Na urina, o seu tamanho varia de 40 a 200 m e elas possuem uma forma arredonda ou
piriforme. Os núcleos são arredondados e centrais. Ocasionalmente, essas células podem ser
binucleadas. Algumas dessas células podem ser encontradas na urina normal, refletindo a
descamação normal. A presença de grandes aglomerados ou camadas dessas células, na
ausência de uma manipulação (p.ex. cauterização) sugere a necessidade de um exame citológico
com coloração Papanicolaou em razão da possibilidade de existência de um carcinoma de células
transicionais em qualquer região situada entre a pelve renal e a bexiga.
O tamanho do núcleo é, aproximadamente o mesmo do núcleo das células pavimentosas, mas o
citoplasma dessas células aparece mais denso e apresenta maior número de inclusões, bem como maior
vacuolização. A relação citoplasma/núcleo das células de transição é de aproximadamente 5/1.
As células de transição podem apresentar forma caudada quando são originárias da pelve renal ou da base
da bexiga denominada de trígono.
Cilindros
Os cilindros são elementos exclusivamente de origem renal, formados nos túbulos dos
néfrons, principalmente no túbulo contornado distal e ducto coletor. Suas formas são
representativas da luz do túbulo, consistindo de lados paralelos e extremidades arredondadas.
O tamanho depende da área de sua formação. Pequenas quantidades podem estar presentes em
indivíduos normais, após exercício físico intenso acompanhando a proteinúria do exercício,
processos febris ou stress físico.
Nas doenças renais, os cilindros estão presentes em grande quantidade e sob diferentes formas.
(CARMO, Andréa Moreira S. Análise Laboratorial da Urina Humana: Urinálise. p. 88-9.)
A grande quantidade de cilindros e sob várias formas pode indicar que a doença renal é
disseminada e que muitos néfrons se encontram envolvidos.
Nas doenças renais crônicas, alguns cilindros apresentam uma aparência mais densa e são
denominados cilindros céreos.
A formação de cilindros aumenta com um pH baixo e com uma concentração iônica aumentada e
com a estase11 ou obstrução do néfron por células ou resíduos celulares. Os cilindros começam a
desintegrar numa urina diluída e alcalina ou na presença de bactérias que, provavelmente,
contribuem para a alcalinidade.
A urina normal possui uma quantidade muito pequena de proteínas – cerca de 150 mg/24horas. A
albumina e as globulinas plasmáticas de peso molecular baixo constituem 2/3 das proteínas e 1/3
é representado pela glicoproteína secretada pela porção grossa ascendente da alça de Henle
11
Estase: Parada da circulação de um líquido orgânico – de sangue, de humores et. [] Dicio. Dicionário virtual.
12
1. Cilindros Hialinos
Cilindros hialinos
Ádamo Porto Gama. Disponível em: < http://adamogama.blogspot.com/2012/08/cilindros-na-urina.html >. Acesso
em: 21 jun. 2019. Imagem central e da direita.
13
Cilindros hialinos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-
de-urinalise>. Acesso em: 07 jul. 2019
2. Cilindros céreos
Significado clínico:
Cilindros céreos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>. Acesso
em: 07 jul. 2019
Eles são cilindros comuns. Parece não haver qualquer vantagem na separação dos tipos
de cilindros granulosos (HENRY, 2012).
O surgimento de cilindros granulosos grosseiros ou finos é representativo da desintegração
dos cilindros celulares ou leucocitários que permanecem nos túbulos com resultado de
estase urinária, podem ser de origem bacteriana, de cristais (uratos) ou agregados
proteicos (CARMO, 2012).
15
Significado clínico
Os cilindros grânulos aparecem nas doenças glomerulares e tubulares; na doença túbulo-
intersticial e na rejeição de aloenxerto renal. Os cilindros granulosos grosseiros aparecem,
junto com hematúria, nos casos de necrose papilar renal. É possível que alguns dos
grânulos finos representem precipitados de fosfato de cálcio no hiperparatireoidismo.
Esses grânulos finos desaparecem da matriz hialina quando a urina do paciente é
acidificada pela adição de cloreto de amônio e retornam quando a urina se torna mais
alcalina (HENRY, 2012).
Os cilindros granulosos são observados em estase do fluxo urinário, infecção do trato
urinário, estresse e exercício severo (CARMO, 2012).
Cilindros granulosos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>.
Acesso em: 07 jul. 2019.
16
Significado clínico
Eles são comuns na presença de uma proteinúria maciça e são uma das características da
síndrome nefrótica (CARMO, 2012; HENRY, 1999).
17
Cilindros adiposos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>. Acesso em: 07 jul. 2019
3. Cilindros de Hemossiderina
Os grânulos de hemossiderina nos cilindros derivam das células tubulares renais
carregadas de pigmentos (HENRY, 2012).
4. Cilindros de cristais
Ocasionalmente, são observados cilindros contendo uratos, oxalato de cálcio e
sulfonamidas (sulfametoxazol). Uma matriz é visível num cilindro de cristal verdadeiro. Os
cristais podem polarizar e são prontamente identificados no interior e em torno do cilindro
(HENRY, 2012).
Significado clínico
Esses cilindros indicam a deposição de cristais nos túbulos e nos ductos coletores. A
ocorrência de obstrução e a hematúria, possivelmente relacionadas com a lesão tubular,
são regularmente vistas com cilindros de cristais. Cilindros hialinos que incorporam
depósitos de cálcio foram descritos no hiperparatireoidismo (HENRY, 2012).
Cilindros pigmentados
2. Cilindros de mioglobina
Esses cilindros são vermelho-acastanhados e aparecem na mioglobinúria após uma lesão
muscular aguda. Podem estar associados com a insuficiência renal aguda (HENRY, 2012).
Cilindros celulares
12
Coloração supravital: A coloração supravital consiste na coloração das células após a morte somática e antes da
ocorrência da morte molecular, isto é, depois de removidas do organismo vivo, mas antes de cessarem todas as
atividades celulares. Os primeiros trabalhos sobre tal tipo de coloração foram feitos por Pappenhein e Israel em 1896.
Este método de coloração evidencia certas particularidades dos glóbulos sanguíneos, especialmente a substância
granulofilamentosa dos eritrócitos. Disponível em: <http://www.labdel.com.br/shop/azul-de-cresil/ >. Acesso em: 21
jun. 2019.
19
Significado clínico
Cilindros leucocitários
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>.
Acesso em: 07 jul. 2019
14
A nefrite túbulo-intersticial é uma inflamação que afeta os túbulos renais e os tecidos que circundam os rins (tecido
túbulo-intersticial). Este distúrbio pode ser causado por várias doenças, medicamentos ou certas toxinas que
lesionam os rins. [...] A nefrite túbulo-intersticial frequentemente provoca insuficiência renal. Pode ser causada por
várias doenças, medicamentos, toxinas ou radiação que lesionam os rins. Disponível em:
<https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/dist%C3%BArbios-da-filtra
%C3%A7%C3%A3o-dos-rins/nefrite-t%C3%BAbulo-intersticial>. Acesso em: 21 jun. 2019.
21
Significado clínico
Os cilindros de células epiteliais tubulares são observados na urina na necrose tubular
aguda, doenças virais (p.ex., citomegalovírus) ou exposição a várias drogas. A intoxicação
por metal pesado, etileno-glicol e salicilatos podem acarretar o aparecimento de células
tubulares e cilindros na urina. Nas unidades de transplantes, essas células e cilindros
constituem um dos critérios mais confiáveis para a detecção de rejeição aguda de
aloenxerto após o terceiro dia de pós-operatório (HENRY, 2012).
5. Cilindros largos
Os cilindros largos são definidos como aqueles com um diâmetro duas a seis vezes maior
do que o dos cilindros normais. Eles indicam uma dilatação tubular ou uma estase no ducto
coletor distal. Tipicamente, eles são encontrados em indivíduos com insuficiência renal
crônica e representam um mau prognóstico. Qualquer tipo de cilindro pode ser largo
(HENRY, 2012).
22
CRISTAIS
Algumas formações de cristais na urina são normais, embora a presença de cristais no sedimento
urinário pode, em determinados casos, estar ligada ao aparecimento de cálculo renal. A formação
de cristais ocorre pela precipitação dos sais presentes na urina submetidos a alterações de pH,
temperatura ou concentração que afetam sua solubilidade. A formação de cálculos renais
(urolitíase) depende de facilitadores tais como a constante supersaturação e agregação dos
cristais, infecção urinária ou ausência de inibidores da formação dos cálculos (por exemplo, o
citrato urinário). Depende ainda, da dieta do indivíduo (ingestão elevada de cálcio, proteínas,
refrigerantes, bebidas alcoólicas, vitamina C) e da ingestão insuficiente de água ou alterações no
pH da urina. A refrigeração da urina pode levar a precipitação de sais presentes na amostra e
consequente formação de cristais. Portanto, a sedimentoscopia da urina deve ser realizada com a
amostra em temperatura ambiente. O valor do pH urinário é utilizado para a identificação de um
dado cristal urinário.
(CARMO, 2012, p 99)
Uratos amorfos, oxalato de cálcio, ácido úrico, leucina, tirosina, cistina e ácido hipúrico.
Figura da esquerda:
grânulos de urato
25
Os cristais de ácido úrico ocorrem num pH baixo (5 a 5,5). São encontrados sob várias formas e
os cristais normalmente são coloridos. Tipicamente, eles possuem quatro lados, são achatados,
amarelos ou vermelhos-acastanhados. Eles podem apresentar-se com outras formas (placas
rômbicas ou prismas, formas ovaladas com extremidades pontiagudas (forma de limão), cunhas,
rosetas, e placas irregulares. Raramente são incolores e hexagonais como a cistina.
(HENRY, 2012, p. 444)
26
Ácido úrico
Encontram-se cristais de ácido hipúrico na urina ácida, neutra ou ligeiramente alcalina. Estes
cristais incolores são prismas, placas, ou em forma de agulha. Estes cristais são frequentemente
aglomerados em massas.
Os fosfatos formam sais de sódio e potássio solúveis e sais de magnésio cálcio menos solúveis.
O fosfato de cálcio e o de magnésio são os menos solúveis na urina alcalina, o fosfato
monoidrogenado de cálcio e o de magnésio não são muito solúveis, mas os fosfatos
diidrogenados são solúveis num pH alcalino. Em geral, os fosfatos se dissolvem em ácido
clorídrico e o ácido nítrico diluídos e variam em solubilidade com o ácido acético. Eles não se
dissolvem em soluções diluídas de hidróxido de sódio ou álcool.
1. Fosfatos amorfos (cálcio e magnésio)
Esses grânulos amorfos incolores são encontrados na urina num pH de solução alcalina ou
ligeiramente ácida. Aglomerados ou massas são observados. Tipicamente os fosfatos
amorfos formam um precipitado macroscopicamente fino ou rendado.
Podem ocorrer nos seguintes estados patológicos: pielite crônica, cistite crônica, hipertrofia de
próstata e retenção vesical. Aparecem também em urinas normais.
Os cristais de fosfato hidrogenado di-cálcico são prismas longos, com três lados e
extremidades pontiagudas. São encontrados na urina neutra ou discretamente ácida.
Formam aglomerados ou rosetas.
O fosfato de magnésio forma romboides incolores, alguns com extremidades ou cantos
chanfrados. Raramente são reconhecidos.
Urato ou biurato de amônio pode aparecer em urinas alcalinas, ácidas ou neutras. São corpos
esféricos castanhos amarelados, com espículas longas e irregulares. São patogênicos se
aparecem em urina recém-emitida, como ocorre em doenças hepáticas. Podem ocorrer em
doenças hepáticasSão solúveis aquecendo a urina ou acrescentando o ácido acético e, se
ficar em repouso, formam cristais de ácido úrico.A precipitação de solutos depende do pH
urinário e da solubilidade e concentração do cristaloide.
Eles são dissolvidos com o aquecimento a 60º C com ácido acético, reaparecendo como cristais
típicos de ácido úrico após cerca de 20 minutos.
Os cristais de cistina são encontrados num pH de solução ácida. Eles são lâminas
hexagonais incolores e refringentes, apresentando-se, às vezes, em pares. São solúveis
em água num pH inferior a 2 e superior a 8. Podem ser confundidos com as formas
hexagonais de ácido úrico. Enquanto os cristais de ácido úrico polarizam, os de cistina não
o fazem, embora as formas laminadas espessas polarizem.
Tanto o ácido úrico quanto a cistina são solúveis em água amoniacal, mas a cistina
também é dissolvida pelo ácido clorídrico, mas o ácido úrico não.
Cristais de cistina são placas planas incolores e têm a característica cristais de forma hexagonal
com lados iguais ou desiguais. Eles ocorrem em urina ácida que estão associados com uma
33
Cristais de cistina
A presença desses cristais tem sempre significado clínico, como na cistinose, cistinúria congênita,
insuficiente reabsorção renal ou em hepatopatias tóxicas.
Os Cristais de bilirrubina são cristais anormais na urina. Eles se formam a partir de bilirrubina
conjugada e são cristais tipo agulha em formato granular de cor amarela. Frequentemente estão
ligados à superfície das células. Cristais de bilirrubina são vistos em várias doenças hepáticas.
Cristais de bilirrubina
Disponível em:< https://forum.facmedicine.com/threads/types-
of-crystals-found-in-human-urine-and-their-clinical-
significance.32774/>. Acesso em: 12 jul. 2019.
34
Os cristais de tirosina são incomuns, apresentando-se como agulhas finas e sedosas que podem
se arranjar em feixes ou grumos, especialmente após a refrigeração. Eles são incolores ou
amarelos, parecendo pretos à medida em que o microscópio focaliza. São solúveis em bases
(amônio e hidróxido de potássio) e em ácido clorídrico diluído. Não são solúveis em álcool ou
éter. São menos solúveis do que a leucina e, por isso, são mais frequentemente precipitados na
urina.
Cristais de tirosina
Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose.
Disponível em: <http://atlasdeurinalise.blogspot.com/p/cristais.html>. Acesso em: 20 jun. 2019.
Disponível
em:< https://forum.facmedicine.com/threads/types-of-crystals-found-in-human-urine-and-their-clinical-
significance.32774/>. Acesso em: 12 jul. 2019.
35
São cristais raros. Os cristais são esferas amarelas com aspecto oleoso e com estrias
radiais e concêntricas. Os cristais de leucina e tirosina podem ocorrer conjuntamente. A
leucina pode ser precipitada com os cristais de tirosina se for feita adição de álcool na
urina. Eles são solúveis em ácidos e bases. Diferentemente dos glóbulos gordurosos, a
leucina não é solúvel em éter e pode ser diferenciado da gordura.
Cristais de Leucina
Acetylsulfadiazine, como feixes de trigo com ligação excêntrica e células vermelhas do sangue,
6. Cristais de Indinavir
O indinavir é um medicamento usado para tratar o HIV. Pode causar a formação de cristais na
urina. Os cristais de indinavir podem assemelhar-se a explosões de estrelas, placas
retangulares ou ventiladores. Disponível em: < https://microbenotes.com/types-of-crystals-in-urine/>. Acesso em: 13 jul.
2019.
37
7. Ampicilina (dose alta) – Esses cristais ocorrem em pH de solução ácida. Cristais longos, finos e
incolores formam feixes grosseiros após a refrigeração.
Cristais de colesterol
Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular e em quadros nefróticos, como
também na quilúria, está em consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal da
drenagem linfática, ou por ruptura de vasos linfáticos no interior da pélvis renal ou no trato
urinário.
Cristais de cistina
Cristais de cistina são placas planas incolores e têm a característica cristais de forma hexagonal
com lados iguais ou desiguais. Eles ocorrem em urina ácida que estão associados com uma
39
Novos cilindros vêm sendo identificados quando corados pelo método Papanicolaou. A urinálise
citodiagnóstica permite uma maior exatidão na identificação e quantificação dos tipos de cilindros
e de quaisquer inclusões presente. Os métodos imunocitológicos vêm sendo desenvolvidos para
analisar os sedimentos urinários com a utilização de anticorpos monoclonais (HENRY, 2012).
Sedimento telescopado
Sedimento telescopado é o termo utilizado para descrever a ocorrência simultânea de elementos
da glomerulonefrite aguda e crônica, bem como daqueles que ocorrem na síndrome nefrótica, na
mesma amostra de urina. Um sedimento telescopado pode, portanto, incluir eritrócitos, cilindros
hemáticos, cilindros celulares, cilindros céreos largos, gotículas de lipídeos, corpos gordurosos
ovais e cilindros gordurosos (HENRY, 2012).
Significado clínico
Tal sedimento pode ser encontrado nas doenças vasculares do colágeno, sobretudo na nefrite
lúpica, e na endocardite bacteriana subaguda (HENRY, 2012).
Células tumorais
As células tumorais malignas esfoliadas da pelve renal, ureter, parede vesical e uretra são
melhores identificadas com a utilização de técnicas citológicas.
Células com inclusão viral
Células epiteliais com corpos de inclusão podem ser encontradas no sedimento urinário de certas
doenças virais. Células gigantes sinciciais contendo inclusão intranuclear eosinofílica são
observadas em pacientes com infecção herpética. Nas crianças ou pacientes imunodeprimidos
com doença de inclusão citomegálica, células epitelioides com inclusão intranuclear basófila ou
corpos citoplasmáticos podem ser observadas no sedimento urinário. As técnicas citológicas são
mais sensíveis do que a microscopia urinária convencional para a detecção de células infectadas
por vírus (HENRY, 2012).
Plaquetas
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Elas têm sido encontradas na urina, até 30.000/uL são encontradas na urina de pacientes com
síndrome urêmico-hemolítica, antes de após a terapia. Elas são observadas na microscopia de
fase e confirmadas pela microscopia eletrônica (HENRY, 2012).
Bactérias
A presença de bactérias pode ou não ser significativa, dependendo do método de coleta urinária
e quanto tempo se passou entre a coleta e a realização do exame. A urina não centrifugada e
bem misturada pode ser examinada com coloração de Gram. Se houver identificação de bactérias
na amostra não centrifugada sob uma lente de imersão, provavelmente existem mais de 100.000
organismos por milímetro (bacteriúria significativa). Bactérias com forma de bastonetes são as
mais comumente observadas, em virtude dos micro-organismos entéricos serem os mais
frequentemente encontrados nas infecções do trato urinário. Se a infecção do trato urinário estiver
presente, muitos leucócitos são visualizados no sedimento (HENRY, 2012).
A coloração ácido-resistente do sedimento urinário pode revelar o bacilo da tuberculose, mas
como a uretra pode conter organismos ácido-resistentes não patogênicos, a presença do bacilo
da tuberculose deve ser substanciado pela cultura (HENRY, 2012).
Fungos
Células de leveduras (Candida) são observadas na infecção do trato urinário (p.ex., no diabetes
mellitus), mas as leveduras também são contaminantes usuais da pele e do ar. Elas podem ser
confundidas com eritrócitos; normalmente são observados brotos que auxiliam na diferenciação.
Formas pseudomiceliais de Candida são encontradas ocasionalmente (HENRY, 2012).
Parasitas
Parasitas e ovos de parasitas podem ser encontrados no sedimento urinário como resultado de
contaminação fecal ou vaginal. Quando eles são detectados, o exame deve ser repetido com uma
amostra de urina nova, recente e colhida com todos os cuidados de assepsia. Nos pacientes com
esquistossomose devida ao Schistosoma haematobium, os ovos típicos são liberados
diretamente na urina junto com eritrócitos da bexiga. Trichomonas sp podem estar presentes
como resultado de contaminação vaginal. Quando se suspeita de uma infecção uretral ou vesical,
o protozoário deve ser investigado imediatamente numa preparação molhada do sedimento; a
motilidade do micro-organismo é útil para a realização da identificação adequada (HENRY, 2012).
O micro-organismo quando imóvel pode ser confundido com leucócito (CARMO, 2012). As
amebas raramente são encontradas na urina; elas podem atingir a bexiga através dos linfáticos e,
mais provavelmente, pela contaminação fecal da uretra. A Entamoeba histolytica patogênica
usualmente é acompanhada por eritrócitos e leucócitos (HENRY, 2012).
Alguns parasitas intestinais e seus cistos ou ovos podem alcançar os órgãos do sistema urinário
por meio de contaminação com material fecal. Ex. Enterobius vermicularis.
Contaminantes e artefatos
Fibras musculares ou células vegetais parcialmente digeridas podem ser encontradas quando há
contaminação fecal.
Algumas vezes pode haver espermatozoides na urina do homem e, ocasionalmente, na urina da
mulher.
Os grãos de pólen contaminam as amostras sazonalmente.
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Algodão, cabelos e outras fibras podem estar presentes e são facilmente identificadas.
Fibras de madeira podem ser encontradas quando forem utilizados palitos para misturar o
sedimento.
Fibras pequenas de fraldas descartáveis são facilmente confundidas com cilindros.
Diferentemente dos cilindros, essas fibras polarizam brilhantemente.
Grânulos de amido possuem uma aparência brilhante, são discretamente estriados e não devem
ser confundidos com células. Eles possuem uma borda irregular e uma depressão central. O
amido de luvas cirúrgicas é o contaminante mais comum da urina.
As gotículas de óleo de lubrificante de cateteres podem ser confundidas com células,
especialmente com os eritrócitos, mas não possuem estrutura. O material lipídico de cremes
vaginais também forma gotículas na urina e podem agregar em grandes conjuntos amorfos.
Espermatozoides
Figura superior esquerda: Disponível em: <https://docplayer.com.br/50323752-Exame-microscopico-da-urina-
professora-melissa-kayser.html>. Acesso em: 21 jun. 2019
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Corantes e colorações
Microscopia em campo claro de urina não corada
Uma luz suave é necessária para que sejam delineados os elementos formados mais
transparentes da urina, tais como os cilindros hialinos, cristais e filamentos mucosos. A
identificação de leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, linfócitos), histiócitos, células epiteliais renais,
células com inclusão viral, células neoplásicas e cilindros celulares pode ser muito difícil nas
preparações não coradas. A microscopia de fase é altamente recomendável para a detecção de
cilindros.
Microscopia em campo claro com coloração supravital
Os detalhes celulares são melhor observados em sedimentos corados. Uma coloração com
violeta-cristal safranina pode ser utilizada como auxiliar na identificação de elementos celulares.
REAGENTES
Solução I Violeta cristal 3,0 g
Álcool etílico 95% 20,0 mL
Oxalato de amônio 0,8 g
Solução II Safranina O 1,0 g
Álcool etílico 95% 40,0 mL
Água destilada 400,0 mL
Preparo
Três partes da solução I e 97 partes da solução II são misturadas e filtradas. A mistura deve ser
clarificada, através de filtração, a cada duas semanas. Deve ser descartada após três meses.
Separadamente, as soluções I e II mantêm-se indefinidamente em temperatura ambiente. Em
amostras urinárias altamente alcalinas, o corante precipita.
Procedimento
Adicione uma ou duas gotas do corante violeta-cristal safranina em aproximadamente 1 mL de
sedimento urinário concentrado. Misture e com uma pipeta coloque uma gota dessa suspensão
numa lâmina e cubra com uma lamínula (HENRY, 1999, p. 446).
Obs.: A solução de azul de metileno a 2% e o azul de toluidina também podem ser utilizados
como um corante supravital simples.
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Bibliografia
ABNT NBR 15268, 2005.
CARMO, Andréa Moreira S. Análise Laboratorial da Urina Humana: Urinálise. 1ª ed. Joinville –
SC: Clube dos Autores, 2012. p. 112.
European Urinalysis Guideline, 2000; NCCLS, 2001
DIAGNÓSTICOS clínicos e tratamento por métodos laboratoriais de Henry. 21. São Paulo Manole
Mundt, Lillian A. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff [recurso eletrônico] / Lillian
A. Mundt, Kristy Shanahan; tradução: Cynthia Maria Kyaw, Martha Maria Macedo Kyaw;
revisão técnica: Miguel Luis Graciano. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre:
Artmed, 2012.
STRASSINGER, Susan King. Uroanálise e Fluídos Biológicos. 3. ed. Premier Editorial. 2000.