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Objectivos
Objectivo geral
• Descrever a etiologia da tumefação celular, esteatose, lipidose e
glicogenoses.
Obejectivos específicos
1. Determinar fundamentos teóricos que tratam da tumefação celular, esteatose,
lipidose e glicogenoses.
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FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
1 Definição de termos e conceitos
1.1 Tumefação
Segundo o dicionário porto editora define a tumefação como aumento ou inchaço
patológico de um órgão, de uma parte do corpo ou de uma estrutura orgânica que pode
ser provocada por edema, por infiltração, por inflamação ou por neoplasia. (Dicionário
porto editora)
1.2 Célula
Para o MSD define que a célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos
e apresenta como partes fundamentais a membrana plasmática, o citoplasma e o material
genético. (MSD).
1.3 Esteatose
1.4 Lipidose
Para o dicionário porto editora define lipidose como designação dada a qualquer
alteração do metabolismo dos lípidos que determine a deposição das gorduras no interior
das células. (Dicionário porto editora)
1.5 Glicogenose
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funcional das bombas eletrolíticas (enzimas) nas membranas celulares, responsáveis pelas
concentrações diferenciadas dos eletrólitos, intra- e extracelulares.
Trata-se de uma fase mais precoce, mais aguda, mais comum, mais reversível,
menos grave e por vezes confundida com autólise.
Aumento de volume e peso da víscera, com palidez (compressão vascular pelas célu-
las tumefeitas) e/ou coloração acinzentada clara.
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➢ perda das especializações superficiais da membrana celular (cílios, microvilo-
sidades, desmossomos) e alteração nos contornos celulares.
1.14 Causas
➢ Hipóxia,
➢ infecções bacterianas e virais,
➢ hipertermia,
➢ intoxicações endógenas e exógenas etc.
1.15 Esteatose
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1.16 Etiologia
Se a falta de comida persistir, a gordura começa a ser utilizada, mas este processo
é mais demorado. Além disso, estudos sugerem que as células esteladas do fígado tentam
controlar os níveis de colesterol no sangue transportando o excesso de gorduras para
dentro do fígado. Os coelhos, por exemplo, que não tem células esteladas, sofrem muito
mais com o excesso de colesterol.
Há vários motivos pelos quais o metabolismo natural de gordura pode ser alterado
e levar à DHGNA:O mais estudado está relacionado a resistência dos tecidos ao hormônio
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insulina, que regula e influencia todos os processos metabólicos que envolvem açúcares
e gorduras.
Diversos genes foram relacionados à maior risco de DHGNA, mas ainda resta
saber como esses genes desencadeiam a doença e, mais importante, se distúrbios
genéticos diferentes darão origem a tratamentos específicos e mais eficazes para cada
situação.
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1.17 Esteatose hepática
1.18 Causas
Num número bem menor de casos, pessoas magras, abstêmias, sem alterações de
colesterol e glicemia, podem desenvolver quadros de esteatose hepática gordurosa.
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1.19 Sintomas
Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença não provoca sintomas, estes são
percebidos quando aparecem as complicações da doença. Inicialmente, as queixas são
dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado.
1.20 Diagnóstico
1.21 Prevenção
➢ procure manter o peso dentro dos padrões ideais para sua altura e idade, mas
cuidado;
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➢ Dietas radicais, que provocam emagrecimento muito rápido, podem piorar o
quadro;
➢ Beba com moderação (bebidas alcoólicas) durante a semana e nos fins de semana
também;
1.22 Tratamento
Não existe um tratamento específico para o fígado com excesso de gordura. Ele é
determinado de acordo com as causas da doença, que tem cura, e baseia-se em três pilares:
estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos.
São raros os casos em que se torna necessário introduzir medicação.
1.23 Lipidose
Pessoas com esses transtornos geralmente não produzem enzimas suficientes necessários
para metabolizar os lipídios ou eles produzem enzimas que não funcionam corretamente.
Certamente, uma lesão ou doença nesse órgão vital pode comprometer a saúde do
indivíduo em vários aspectos e no caso da lipidose hepática isso não é diferente
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1.25 Causa
➢ Perda de peso;
➢ Anorexia ou hiporexia;
➢ Vômitos;
➢ Palidez ou icterícia;
➢ Constipação ou diarreia;
➢ Letargia.
1.27 Glicogenose
Chamada de doença do armazenamento de glicogênio é
qualquer doença relacionada a erros inatos do metabolismo, resultantes de
deficiências enzimáticas, que afetam o processamento da síntese do glicogênio ou sua
quebra nos músculos e fígado. Resultam da incapacidade do indivíduo metabolizar o
glicogênio decorrente de defeitos nas enzimas envolvidas no metabolismo do mesmo. É
um nome genérico que engloba pelo menos diversas doenças hereditárias raras de
armazenamento de glicogênio nos tecidos.
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notável melhora do prognóstico nos pacientes com glicogenose tipo I, com expectativa
de vida ultrapassando a terceira década.
1.30 Tipo 0
A glicogenose tipo 0 é caracterizada por uma deficiência na enzima glicogênio
sintase. Ela afeta primordialmente o fígado e as principais manifestações dessa doença
rara desenvolvida na infância são hipoglicemia e hipercetonomia.
1.31 Tipo I
A glicogenose tipo I (doença de Von Gierke) é causada pela deficiência no
complexo da glicose-6-fosfatase (EC 3.1.3.9) responsável pela hidrólise da glicose-6-
fosfato (Santos-Antunes 2009) em fosfato e glicose durante o metabolismo do glicogênio.
Trata-se de uma anomalia gerada pela mutação no gene que codifica esta enzima. (Santos-
Antunes 2009; Sartorato et al., 1998).
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➢ Tipo Ic, caracterizado por um defeito no transportador de fosfato do retículo
endoplasmático para o citoplasma;
➢ Tipo Id, relacionado com uma disfunção da saída de glicose (OZEN, 2007;
Santos-Antunes; 2009).
Essa enfermidade compromete a glicemia, uma vez que o glicogênio estocado não é
metabolizado pelas células hepáticas e renais, contribuindo para o quadro de
hipoglicemia, hepatomegalia, hiperlipidemia, hiperuricemia, retardo no crescimento e
acidose láctica (Reis et al., 2001).
Testes enzimáticos e a análise da mutação no gene que codifica essa enzima é uma
alternativa para o diagnóstico da doença, inclusive pré-natal (Reis et al., 2001; Sartorato
et al., 1998).
1.32 Tipo II
A glicogenose tipo II (doença de Pompe) é uma doença grave e muitas vezes fatal
em que há um acúmulo de glicogênio lisossômico, primordialmente, nas células dos
tecidos musculares como resultado da deficiência da enzima alfa-glicosidase ácida.
Essa disfunção pode se manifestar sob duas formas: forma infantil, em crianças
nos primeiros meses de vida; e forma tardia, em crianças com idade mais avançada e em
adultos. Os sintomas em cada uma dessas formas também são variáveis: na forma infantil,
as crianças apresentam fraqueza muscular e cardiomiopatia; enquanto na forma tardia, o
principal sintoma é a insuficiência respiratória sendo procedida de fraqueza muscular
(Mellies; Lofaso, 2009).
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Esse distúrbio provoca um acúmulo de glicogênio no citosol celular, dificultando
o funcionamento, principalmente do fígado e dos músculos. Existe relato da prevalência
dessa patologia na população norte africana com ascendência judaica (MILI et al.,2012),
e de acordo com os sinais e sintomas, pode ser classificada em quatro subtipos IIIa, IIIb,
IIIc e IIId acometendo o organismo de formas distintas.
1.34 Tipo IV
A glicogenose tipo IV (síndrome de Andersen) é uma doença rara caracterizada
pela deficiência da enzima amilo-1,4→1,6-transglicosidase (EC 2.4.1.18), que é essencial
na ramificação do glicogênio. A atividade residual dessa enzima provoca o acúmulo,
principalmente no fígado e no músculo, de corpúsculos de poliglicosana, que é alvo no
diagnóstico da doença. A baixa atividade (5-20%) dessa enzima induz, na fase infantil e
adulta, distúrbios que acometem além do sistema muscular, o sistema nervoso central e
periférico.
1.35 Tipo V
A glicogenose tipo V (doença de McArdle) é um distúrbio causado pela
deficiência na enzima miofosforilase (EC 2.4.1.1) que afeta a musculatura esquelética
(Lorenzoni et al., 2005).
Essa condição impede que o glicogênio seja direcionado para a hidrólise, o que
resulta no seu acúmulo no músculo. Clinicamente, podemos considerar três estágios
evolutivos: a infância e a adolescência, quando há fadiga muscular excessiva após
exercícios físicos; entre os 20 e 40 anos, quando se iniciam as cãibras e ocorre
mioglobinúria depois de atividades físicas; e após os 40 anos, quando as cãibras e a
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mioglobinúria tornam-se menos intensas, enquanto a fraqueza muscular e as amiotrofias
ficam evidentes.
O caso clínico, relatado por Levy e colaboradores (1980), ilustra um paciente com
36 anos de idade, acometido pela doença há 15 anos e que, durante sua evolução,
apresentou sintomas como urina vermelha, sensação de rigidez e de fraqueza nos
membros superiores e inferiores, e fadiga excessiva após esforços físicos. Além disso,
não houve aumento da concentração de lactato após exercício do antebraço em condições
isquêmicas (Levy et al., 1980).
Portanto, nestes casos, o diagnóstico pode ser confirmado pelos baixos níveis de
lactato durante um teste de exercício físico, pela deficiência na atividade enzimática em
biópsia muscular e por estudos moleculares que avaliam variações no gene da enzima
miofosforilase (Quinlinvan et al., 2010).
1.36 Tipo VI
A glicogenose tipo VI (doença de Hers) é causada por uma mutação no
cromossomo 14, traduzindo deficientemente a enzima glicogênio fosforilase (EC 2.4.1.1)
no fígado. Essa enzima está presente também em células musculares e nervosas, porém a
sua tradução nesses locais é decorrente de mutações nos cromossomos 11 e 20,
respectivamente.
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são heterogêneos, como hemólise, morte durante a infância e intolerância ao exercício,
devido a fraqueza muscular, fadiga fácil e cãibras pós-exercícios (. Tarui et al. 1965)
A biópsia do fígado de uma criança com 17 meses de idade, retratada por um caso
clínico registado por Ludwig e colaboradores, mostraram células dilatadas carregadas de
glicogênio e sem sinais de fibrose periportal.
1.39 Tipo IX
Diferente das outras glicogenoses, a do tipo IX é uma doença recessiva ligada ao
cromossomo X e, por isso, mais comum em homens (Reptto et al., 2000). Com
prevalência na infância, esta doença é caracterizada pela deficiência da enzima
fosforilase-quinase hepática (Baptista; Viana, 2002; Beauchanp et al., 2007) ou da
fosforilase-quinase muscular (EC 2.7.11.19) (Goldstein et al., 1993-2013), que
participam da glicogenólise (Repetto et al., 2000).
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1.40 Tipo X
A glicogenose tipo XII está associada a um quadro de miopatia e anemia
hemolítica hereditária, causada pela substituição de um único aminoácido dentro da
estrutura tetrâmica da enzima aldolase A (EC 4.1.2.13) (Hicks; Wartchow; Mierau, 2011),
que também está presente no músculo esquelético e eritrócitos.
1.41 Tipo XI
A glicogenose tipo X ocorre devido à deficiência da enzima fosfoglicerato mutase
(EC 5.4.2.1) (Servidei; Dimauro, 1989), em que os principais estudos relacionados
evidenciam um acúmulo de glicogênio nos músculos dos pacientes (Naini et al., 2009).
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Uma característica marcante dessa patologia é a associação comum com
agregados tubulares provenientes do retículo sarcoplasmático, perceptíveis em biopsias
musculares que, apesar de ser uma alteração patológica inespecífica, não está presente
nas outras glicogenoses (Dimauro; Spiegel, 2011). Neste caso, os principais sintomas são
a intolerância aosexercícios, cãibras, mioglobinúria e fraqueza (Servidei; Dimauro,
1989).
Nesse aspecto, o tratamento foi direcionado com insulina, como diabetes neonatal.
Porém, aos 14 meses de idade, com a suspensão da insulina, a criança obteve baixa
estatura, hepatomegalia, acidose tubular renal proximal e raquitismo aos quatro anos de
idade, diagnosticando-se, então, a síndrome de Fanconi-Bickel. Isso comprova que
diabetes neonatal ou cetoacidose diabética podem ser as primeiras manifestações clínicas
em crianças com a glicogenose tipo XI (Setoodh; Rabbani, 2012).
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glicogenose. Se o outro genitor não possuir nenhum gene afetado, todos os filhos
receberão um gene afetado e um normal, sendo portadores de um gene, mas sem
desenvolver a doença. Mas se o outro genitor possuir um gene afetado e um normal, a
chance é de 50% receberem um gene normal e um afetado, sendo portadores somente, e
50% de receber os dois genes afetados, possuindo glicogenose.
A exceção ocorre com a glicogenose tipo IX, que possui um padrão de herança
ligado ao cromossomo X, em que a mãe portadora passa o cromossomo X afetado para o
filho. Nesse caso, se for menina, ela tem 50% de chance de não receber o gene afetado e
ser normal e 50% de chance de receber o X afetado da mãe e ser também portadora. Já se
for menino, ele tem 50% de chance de ser normal, e 50% de chance de receber o X afetado
da mãe, e possuir glicogenose.
1.44 Diagnostico
Variam de acordo com o tipo de glicogenose. O diagnóstico é clínico, baseado nos
sintomas, contudo para confirmação do diagnóstico e definição do tipo de Glicogenose,
relevante para o planejamento da terapia, torna-se importante a realização do teste
genético.
Exames
➢ Glicose;
➢ Lactato;
➢ Ácido Úrico;
➢ Triglicérides;
➢ Colesterol; e
➢ Ultrassom do Fígado.
O teste do Glucagon não é indicado e pode ser perigoso, pois não elevará o nível de
glicose e vai elevar significativamente o ácido lático, podendo provocar hipoglicemias
graves e crise convulsivo.
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1.45 Como é conviver com o glicogenose?
Não há remédios para tratá-la e nem cura, mas com conhecimento e controle
rigoroso e adequado, é possível ter um desenvolvimento praticamente normal, permitir
uma melhor qualidade de vida para os pacientes e a ausência das várias sequelas que
podem ser graves e fatais. Daí a importância de se conhecer sobre a doença!
Mas por fim, o que prevalece é o amor, a garra e a força para vencer esse grande
desafio.
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Conclusão
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Referencia bibliográfica
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Dr. Drauzio Varella
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