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CAPÍTULO- I. INTRODUÇÃO

A depressão, uma condição de saúde mental que aflige milhões globalmente,


constitui um desafio significativo para a saúde pública. Como destacou a renomada
psiquiatra Helen S. Mayberg, "a depressão não é simplesmente uma tristeza prolongada,
mas uma alteração complexa nos circuitos cerebrais que afeta a percepção, a emoção e a
motivação". Nesse cenário desafiador, os antidepressivos emergem como protagonistas
essenciais no tratamento, exercendo um papel vital na atenuação dos sintomas e na
restauração do equilíbrio bioquímico associado à depressão.
A importância dos antidepressivos manifesta-se não apenas na mitigação dos
sintomas depressivos, mas também na prevenção de recaídas e na gestão a longo prazo

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de transtornos depressivos crônicos. Em consonância com as palavras do
psicofarmacologista John M. Davis, "os antidepressivos são ferramentas essenciais para
proporcionar alívio imediato e, ao mesmo tempo, estabilizar a condição para um
tratamento contínuo". Dessa forma, esta pesquisa visa não apenas explorar o papel dos
antidepressivos na saúde mental, mas também contribuir para a compreensão contínua e
aprimoramento dessas intervenções, visando o bem-estar duradouro dos pacientes.
A escolha de abordar o tema dos antidepressivos é justificada pela relevância
social e médica desses medicamentos, que desempenham um papel vital na saúde
mental da população. A depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo
o mundo, e compreender o papel dos antidepressivos no tratamento desse transtorno é
essencial para profissionais de saúde, pesquisadores e a sociedade em geral.

OBJECTIVOS
Geral
 Descrever as classes dos antidepressivos e seus mecanismos de Açcão.
Especificos
 Compreender os mecanismos de acção dos antidepressivos
 Avaliar as suas reações adversas.
 Descrever as interações medicamentosas, e conhecer os principais grupos
existentes.

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CAPITULO II - REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Histórico dos Antidepressivos:
O surgimento dos medicamentos antidepressivos ocorreu após a Segunda Guerra
Mundial, pela ampliação de testes com fármacos industrializados. Durante o teste com
drogas Iproniazida (1950) para o tratamento da tuberculose, notaram a melhoria do
humor de pacientes com sintomas depressivos. Assim surge a primeira classe de
antidepressivos a ser descoberta, a dos Inibidores da MAO.
Atualmente existem cinco classes de fármacos antidepressivos disponíveis no
mercado:
 Os inibidores da monoaminoxidase (IMAO) (década de 1950).
 Os tricíclicos (década de 1950).
 Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) (década de
1980)

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 Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e da noradrenalina
(décadas de 1980-2000).
 Os atípicos Atípicos (década de 1990).
Década de 1980: Surgimento dos Inibidores Seletivos da Recaptação de
Serotonina (ISRS): Com o Prozac (fluoxetina) sendo aprovado pelo FDA em 1987,
iniciou-se a era dos ISRS. Esses medicamentos, como a sertralina e a paroxetina,
ganharam popularidade devido à sua eficácia e perfil de efeitos colaterais mais
favorável.
Década de 1990: Antidepressivos Atípicos: Nesta década, foram introduzidos
antidepressivos atípicos, como a bupropiona, que atua de forma única, e a mirtazapina,
que tem um perfil diferente em comparação com os tricíclicos e ISRS. Década de 2000:
Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Serotonina (IRNS) e Outras Inovações:
Novas classes de antidepressivos, como os IRNS (venlafaxina e duloxetina), foram
desenvolvidas, proporcionando opções adicionais para o tratamento (Crespo de Souza,
2013).

2.2 Estrutura Química dos Antidepressivos:

Os antidepressivos, fundamentais no tratamento de transtornos do humor,


apresentam uma riqueza de estruturas químicas, cada qual com sua influência específica
na modulação neural. Vamos explorar as classes mais comuns:
1. Tricíclicos (ADTs): Os tricíclicos são caracterizados por sua estrutura
tricíclica única, composta por três anéis fundidos. A amitriptilina, por exemplo, possui
essa estrutura, sendo um representante clássico. A interação desses compostos com os
receptores de serotonina e noradrenalina é vital para seu efeito antidepressivo,
bloqueando a recaptação desses neurotransmissores e prolongando sua permanência na
fenda sináptica. (Harmer; Duman; Cowen, 2017)..
2. Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS): Os ISRS
compartilham uma característica central de possuir um anel aromático em sua estrutura.
A fluoxetina, pertencente a esta classe, exemplifica essa arquitetura. A inibição seletiva
da recaptação de serotonina eleva as concentrações desse neurotransmissor,
promovendo a regulação do humor e aliviando os sintomas depressivos.
3. Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Serotonina (IRNS): Os
IRNS, como venlafaxina, apresentam uma estrutura semelhante aos ISRS, mas com um
espectro de ação expandido para incluir a noradrenalina. Essa dualidade de ação permite
uma intervenção mais abrangente nos sistemas neurotransmissores, proporcionando
uma resposta terapêutica mais ampla. (Wong; Bymaster, 2007)
4. Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO): Os IMAO, como fenelzina, são
caracterizados por sua ação inibitória na enzima monoaminoxidase. A estrutura desses
medicamentos varia, mas sua função central é preservada. Ao impedir a degradação de
neurotransmissores, eles aumentam suas concentrações sinápticas, melhorando os
sintomas depressivos. (López-Muñoz, 2007).

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Antidepressivos Atípicos: Os antidepressivos atípicos constituem uma
categoria heterogênea, sem uma estrutura química unificada. A bupropiona, por
exemplo, possui uma estrutura diferente das demais classes, atuando principalmente na
dopamina. A diversidade dessas estruturas reflete uma abordagem mais personalizada
no tratamento dos transtornos do humor. (Harmer; Duman; Cowen, 2017).
A compreensão das estruturas químicas dos antidepressivos é crucial para
discernir como esses medicamentos interagem com os complexos sistemas neurais. Essa
diversidade estrutural não apenas influencia a eficácia terapêutica, mas também
determina o perfil de efeitos colaterais e a adaptabilidade desses agentes no contexto
clínico.

2.3 Uso Terapêutico dos Antidepressivos: Explorando Suas Aplicações Clínicas

Os antidepressivos desempenham um papel essencial no tratamento de


transtornos psiquiátricos, oferecendo alívio aos pacientes que enfrentam desafios
emocionais significativos.
Transtorno Depressivo Maior:
Os antidepressivos são frequentemente prescritos como tratamento de primeira
linha para o transtorno depressivo maior. Esses medicamentos visam aliviar os sintomas
associados à depressão, como tristeza persistente, perda de interesse e alterações no
sono e apetite.
Transtornos de Ansiedade:
Diversas classes de antidepressivos, incluindo ISRS e benzodiazepínicos, são
utilizadas para tratar transtornos de ansiedade. Eles ajudam a regular os níveis de
neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina, que desempenham um papel
crucial na regulação do humor e da ansiedade.
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC):
Os ISRS, em particular, mostraram eficácia no tratamento do TOC. Aumentando
os níveis de serotonina, esses medicamentos ajudam a reduzir os pensamentos
obsessivos e comportamentos compulsivos associados a esse transtorno.
Transtorno do Pânico:
Antidepressivos, como ISRS e tricíclicos, são frequentemente utilizados para
tratar o transtorno do pânico, ajudando a reduzir a frequência e a intensidade dos
ataques de pânico.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT):
ISRS e IRNS são comumente empregados no tratamento do TEPT. Eles
auxiliam na gestão dos sintomas relacionados a experiências traumáticas, como
flashbacks e pesadelos.
É importante ressaltar que o uso terapêutico dos antidepressivos deve ser
individualizado, levando em consideração a natureza específica do transtorno, a

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gravidade dos sintomas e as características do paciente. O acompanhamento clínico
regular é crucial para avaliar a resposta ao tratamento e fazer ajustes conforme
necessário. A compreensão dessas aplicações terapêuticas contribui para uma
abordagem mais informada na prática clínica.

2.4 Interações Medicamentosas:

As interações medicamentosas dos antidepressivos são um campo crítico da


farmacologia, onde a administração simultânea de diferentes medicamentos pode alterar
a eficácia terapêutica, a segurança e a tolerabilidade. Entender essas interações é
fundamental para os profissionais de saúde ao prescrever antidepressivos, garantindo a
segurança do paciente e otimizando os resultados terapêuticos. A revisão cuidadosa da
lista de medicamentos do paciente e uma abordagem individualizada são essenciais para
evitar complicações decorrentes de interações medicamentosas. (Rey, J. A. 2016)..
Interação com Outros Antidepressivos:
Síndrome Serotoninérgica: Combinações de medicamentos que aumentam os
níveis de serotonina, como ISRS e IMAO, podem resultar na síndrome serotoninérgica.
Isso inclui sintomas como agitação, confusão, hipertermia e instabilidade autonômica.
Interação com Medicamentos que Afetam a Pressão Arterial:
Crises Hipertensivas: IMAO, devido à inibição da monoaminoxidase, podem
interagir perigosamente com medicamentos que elevam a pressão arterial, como
descongestionantes contendo pseudoefedrina, podendo desencadear crises hipertensivas.
Interação com Medicamentos Metabolizados pelo Citocromo P450:
Influência no Metabolismo: Muitos antidepressivos são metabolizados pelo
sistema enzimático do citocromo P450. A coadministração com outros medicamentos
que afetam esse sistema pode influenciar os níveis plasmáticos dos antidepressivos,
afetando sua eficácia ou aumentando o risco de efeitos colaterais.
Interações com Medicamentos Cardíacos:
Riscos Cardiovasculares: Antidepressivos tricíclicos podem prolongar o
intervalo QT no ECG, aumentando o risco de arritmias, o que é particularmente
preocupante quando combinados com outros medicamentos que têm o mesmo efeito.
Interações com Substâncias Psicoativas:
Aumento do Risco de Sedação: A combinação de antidepressivos com
substâncias que causam sedação, como álcool ou benzodiazepínicos, pode aumentar o
risco de sedação excessiva e comprometimento cognitivo.
Interações com Medicamentos Anti-hipertensivos:
Potencial para Hipotensão: Alguns antidepressivos, como tricíclicos, podem
potencializar os efeitos anti-hipertensivos de certos medicamentos, aumentando o risco
de hipotensão.

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Entender essas interações é fundamental para os profissionais de saúde ao
prescrever antidepressivos, garantindo a segurança do paciente e otimizando os
resultados terapêuticos. A revisão cuidadosa da lista de medicamentos do paciente e
uma abordagem individualizada são essenciais para evitar complicações decorrentes de
interações medicamentosas.

2.5 Reações Adversas:

As reações adversas associadas aos antidepressivos podem variar


significativamente entre as classes de medicamentos. Entender esses efeitos colaterais é
crucial para uma administração clínica segura e para ajudar os pacientes a tomar
decisões informadas sobre o tratamento. Vamos explorar algumas das reações adversas
mais comuns:
Efeitos Anticolinérgicos:
 Exemplos: Boca seca, visão turva, constipação, retenção urinária.
 Associados principalmente com: Tricíclicos.
Alterações no Peso:
 Exemplos: ganho ou perda de peso.
 Observado em várias classes: alguns ISRS, tricíclicos.
Distúrbios do Sono:
 Exemplos: Insônia ou sonolência excessiva.
 Associados principalmente com: varia entre classes.
Síndrome Serotoninérgica:
 Exemplos: Agitação, confusão, hipertermia.
 Associada principalmente com: Combinação de medicamentos aumentadores de
serotonina.
Complicações Cardiovasculares:
 Exemplos: Prolongamento do intervalo QT, arritmias.
 Associados principalmente com: Tricíclicos.

2.6 Contraindicações:
Identificar situações em que o uso de antidepressivos é contraindicado é
fundamental para a segurança do paciente. A avaliação criteriosa dessas
contraindicações é essencial para garantir a segurança do paciente e a eficácia do
tratamento. A decisão de prescrever antidepressivos deve ser baseada em uma análise
abrangente do histórico médico, sintomas e necessidades individuais de cada paciente.
Gravidez e Lactação:

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 Razão: alguns antidepressivos podem representar riscos para o desenvolvimento
fetal ou para o lactente durante a amamentação.
Doença Cardiovascular Não Controlada:
 Razão: Antidepressivos podem aumentar a pressão arterial, sendo
contraindicados em pacientes com doença cardiovascular não controlada.
Glaucoma de Ângulo Fechado:
 Razão: Antidepressivos tricíclicos, devido aos seus efeitos anticolinérgicos,
podem agravar o glaucoma de ângulo fechado.
Insuficiência Hepática ou Renal Grave:
 Razão: Alterações no metabolismo e excreção podem ocorrer em casos de
insuficiência hepática ou renal grave.
Essas contraindicações destacam a importância da avaliação individualizada de cada
paciente antes da prescrição de antidepressivos. A decisão de utilizar esses
medicamentos deve levar em consideração fatores como histórico médico, condições
clínicas específicas e possíveis interações medicamentosas, visando à segurança e
eficácia do tratamento.

2.7 Cuidados de Enfermagem:

Os cuidados de enfermagem ao administrar antidepressivos incluem:


Avaliação do Paciente:
 Realizar uma avaliação completa do histórico médico, incluindo condições pré-
existentes, alergias e medicamentos em uso.
 Monitorar sinais vitais, especialmente em pacientes idosos.
Educação do Paciente:
 Fornecer informações sobre o medicamento, incluindo dose, horário de
administração e potenciais efeitos colaterais.
 Destacar a importância da aderência ao tratamento e esclarecer dúvidas do
paciente.
Monitoramento de Efeitos Colaterais:
 Observar atentamente sinais de efeitos colaterais, como alterações no humor,
padrões de sono, apetite e sintomas gastrointestinais.
 Monitorar indicadores de síndrome serotoninérgica, como hipertermia, confusão
e agitação.
Avaliação da Função Hepática e Renal:
 Em casos de antidepressivos que podem afetar a função hepática ou renal,
realizar exames laboratoriais regulares.
 Identificação de Risco de Quedas:

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 Em pacientes idosos, estar atento aos efeitos colaterais que possam aumentar o
risco de quedas, como tonturas.

2.8 Modo de Preparo do Medicamento:

O modo de preparo dos antidepressivos pode variar de acordo com a forma


farmacêutica do medicamento (comprimidos, cápsulas, soluções). Em geral:
Comprimidos e Cápsulas:
 Administração oral. Verificar se o paciente pode deglutir os
comprimidos/cápsulas.
 Evitar esmagar ou partir os comprimidos, a menos que especificamente
indicado, para manter a liberação controlada do medicamento.
Soluções Líquidas:
 Medir cuidadosamente a dose com um dispositivo de medição adequado.
 Agitar bem antes de administrar, se recomendado pelo fabricante.
Injeções (se aplicável):
 Seguir procedimentos assépticos rigorosos durante a preparação e administração.
 Respeitar as orientações sobre diluição, via de administração e taxa de infusão.

2.9 Vias de Administração:

As vias de administração dos antidepressivos podem incluir:


Via Oral:
Administração por via oral é a mais comum para a maioria dos antidepressivos,
seja na forma de comprimidos, cápsulas ou soluções líquidas.
Via Intramuscular (IM) ou subcutânea (SC) (se aplicável):
Algumas formulações podem ser administradas por via intramuscular ou
subcutânea, geralmente em ambientes hospitalares.
Via Intravenosa (IV) (em casos selecionados):
Alguns antidepressivos podem ser administrados por via intravenosa em
situações específicas e sob monitoramento cuidadoso.

2.10 Farmacocinética dos Antidepressivos

A farmacocinética dos antidepressivos abrange diversos processos que delineiam


a jornada desses medicamentos no organismo. Vamos explorar os principais aspectos:
1. Absorção:

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 A maioria dos antidepressivos é bem absorvida no trato gastrointestinal após a
administração oral.
 A velocidade e extensão da absorção podem variar entre diferentes classes de
antidepressivos.
2. Distribuição:
 Os antidepressivos se distribuem pelos tecidos corporais, alcançando órgãos-
alvo, como o cérebro, onde exercem seus efeitos terapêuticos.
 A ligação a proteínas plasmáticas pode afetar a quantidade de medicamento
disponível para distribuição.
3. Metabolismo:
 O fígado desempenha um papel crucial no metabolismo dos antidepressivos,
onde ocorrem processos de biotransformação.
 Enzimas hepáticas, como o citocromo P450, estão envolvidas na metabolização
de muitos antidepressivos.
4. Excreção:
 Os produtos metabolizados são excretados principalmente pelos rins. Alguns
metabólitos também podem ser eliminados nas fezes.
 A taxa de excreção influencia a meia-vida do medicamento no organismo.

2.10 Mecanismos de Acção dos Antidepressivos.

Mecanismos de Acção dos Antidepressivos.

ISRS ISRSN IMAO ATC IRDN NaSSAs NRIs

Aumentam a Inibem a Inibem a enzima Inibem a Bloqueiam a Modulam os Bloqueiam a


disponibilidade de recaptação de monoaminoxidase, recaptação de recaptação de receptores recaptação de
serotonina nas norepinefrina e aumentando os serotonina e dopamina e pré- norepinefrina e
sinapses, serotonina, níveis de norepinefrina, norepinefrina, sinápticos de dopamina
bloqueando sua aumentando a serotonina, além de afetando serotonina e
Mecanismo: recaptação nos concentração norepinefrina e bloquear positivamente norepinefrina
neurônios pré- desses dopamina receptores de o humor
sinápticos neurotransmissores. histamina e
acetilcolina
Atomoxetina
(usada
principalmente
Fluoxetina, Venlafaxina, Fenelzina, Amitriptilina, Bupropiona. Mirtazapina, para TDAH,
sertralina. duloxetina tranilcipromina. nortriptilina. mianserina mas com
propriedades
Exemplos: antidepressivas).

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CAPÍTULO III- METODOLOGIA

3.1 Tipo de Pesquisa


A metodologia adotada para este trabalho baseiou-se em uma pesquisa
bibliográfica e revisão sistemática da literatura. O enfoque principal foi explorar e
analisar de forma abrangente as informações disponíveis sobre antidepressivos no
período de 2000 a 2023.
3.2 Técnicas de Coleta de Dados
Para realizar a pesquisa bibliográfica e a revisão sistemática, foram utilizadas as
seguintes técnicas:

 Identificação de Palavras-chave:
 Seleção cuidadosa de palavras-chave relacionadas a antidepressivos, divididas
em categorias como classes de medicamentos, efeitos colaterais, mecanismos de
ação, entre outras.
Busca em Bases de Dados:
 Utilização de bases de dados confiáveis, como PubMed, Scopus e ScienceDirect,
para encontrar artigos científicos, revisões sistemáticas e meta-análises
relacionadas ao tema.
Filtragem e Seleção de Artigos:
 Aplicação de critérios rigorosos para selecionar artigos publicados no período de
2000 a 2023, priorizando estudos revisados por pares, ensaios clínicos, revisões
sistemáticas e meta-análises.
Consulta a Fontes Oficiais:
 Revisão de documentos oficiais de órgãos de saúde, diretrizes clínicas e
relatórios de agências reguladoras para garantir informações atualizadas e
relevantes.
3.3 Critérios de Inclusão e Exclusão
A seleção de literatura foi conduzida com base em critérios específicos para
garantir a relevância, atualidade e confiabilidade dos dados apresentados no trabalho:
Critérios de Inclusão:
 Publicações científicas revisadas por pares.
 Documentos oficiais de agências de saúde e organizações médicas.
 Materiais publicados no período de 2000 a 2023.
 Critérios de Exclusão:
 Fontes não científicas ou não revisadas por pares.
 Informações desatualizadas ou anteriores a 2000.
 Estudos não relacionados ao escopo específico dos antidepressivos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÃO

Em síntese, esta investigação proporcionou uma imersão profunda no universo


dos antidepressivos, oferecendo uma panorâmica abrangente desde o histórico até as
considerações contemporâneas. A revisão bibliográfica, limitada ao intervalo de 2000 a
2023, proporcionou uma perspectiva atualizada sobre o cenário dos antidepressivos no
tratamento dos transtornos depressivos.
A compreensão da diversidade de classes de antidepressivos e a necessidade de
uma abordagem personalizada foram pontos destacados. A enfermagem emergiu como
peça-chave na administração e monitoramento, refletindo o papel essencial dos
profissionais de saúde na jornada terapêutica do paciente.
Sugestões para Futuras Pesquisas Relacionadas a Antidepressivos:
Identificação de Biomarcadores Predictivos:
 Explorar biomarcadores predictivos para a personalização da escolha de
antidepressivos, visando maximizar a eficácia do tratamento.
Desenvolvimento de Estratégias de Prevenção de Efeitos Colaterais a Longo Prazo:
 Conduzir pesquisas sobre estratégias eficazes para prevenir e gerenciar os efeitos
colaterais a longo prazo associados ao uso contínuo de antidepressivos.
Promoção de Abordagens Colaborativas na Prática Clínica:
 Incentivar a implementação de abordagens colaborativas entre profissionais de
saúde mental, enfermeiros e médicos para otimizar a eficácia e a qualidade do
tratamento.
Integração de Terapias Complementares:
 Investigar a integração de terapias complementares, como a terapia cognitivo-
comportamental, para ampliar as opções terapêuticas disponíveis.
Fortalecimento da Educação do Paciente:
 Desenvolver programas educacionais voltados para os pacientes, destacando a
importância da adesão ao tratamento, gerenciamento de efeitos colaterais e
promoção do autocuidado.
Estas sugestões representam direções estratégicas para futuras pesquisas e práticas
clínicas, visando aprimorar a eficácia, segurança e qualidade de vida dos pacientes que
utilizam antidepressivos.
Em última análise, este trabalho busca contribuir para o contínuo avanço na
compreensão e abordagem dos transtornos depressivos, incentivando a busca incessante
por estratégias terapêuticas inovadoras e personalizadas. Que esta pesquisa inspire não
apenas a reflexão, mas também ações concretas que impactem positivamente a vida
daqueles que enfrentam desafios relacionados à saúde mental.

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REFERÊNCIAS. BIBLOGRÁFICAS

1- Bonilla-Jaime, H., Sánchez-Salcedo, J. A., Estevez-Cabrera, M. M., Molina-

Jiménez, T., Cortes-Altamirano, J. L., & Alfaro-Rodríguez, A. (2022).

Depression and Pain: Use of Antidepressants. Current Neuropharmacology,

20(2), 384-402. doi: 10.2174/1570159X19666210609161447. PMID: 34151765;

PMCID: PMC9413796.

2- Bourin, M., David, D. J., Jolliet, P., & Gardier, A. (2002). Mécanisme d'action

des antidépresseurs et perspectives thérapeutiques [Mecanismo de ação dos

antidepressivos e perspectivas terapêuticas]. Terapêutica, 57(4), 385-96.

Francês. PMID: 12422559.

3- Crespo de Souza, C. A. (2013, Maio). Histórico dos antidepressivos, novos

compostos e precauções – Parte 1. Psychiatry on line Brasil, 18(5).

4- Debattista, C. (2017). Agentes antidepressivos. In: Katzung, B. G.; Trevor, A. J.

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5- Kennedy, S. H. (2009). Agomelatine: efficacy at each phase of antidepressant

treatment. CNS Drugs, 23(Suppl 2), 41-7.

6- Rey, J. A. (2016). Antidepressivos. In: Whalen, K. et al. Farmacologia Ilustrada.

6. ed. Porto Alegre: ArtMed, cap. 10.

7- Richelson, E. (2001, Maio). Farmacologia dos antidepressivos. Mayo Clinic

Proceedings, 76(5), 511-27. DOI: 10.4065/76.5.511. PMID: 11357798.

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