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CARBAMAZEPINA
Há décadas é utilizada como tratamento de primeira linha para casos de mania aguda.
OXCARBAZEPINA
Trata-se de uma adição mais recente à lista de estabilizadores. A oxcarbazepina foi desenvolvida a
partir de uma alteração da molécula da carbamazepina.
LÍTIO
Além de ser usado para tratamento de mania e de depressão no transtorno bipolar, é eficaz na
manutenção e prevenção de recaídas; é também o único tratamento aprovado na prevenção de
suicídio. Uma curiosidade: O elemento lítio foi descoberto no começo do século XIX pelo Patriarca
da independência do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva.
LAMOTRIGINA
Como alguns outros estabilizadores de humor, a lamotrigina é também pode ser usada como
antiepiléptico. A lamotrigina é usada para sintomas depressivos, em geral associada a outro
estabilizador de humor.
Psicofarmacologia de antidepressivos
Os medicamentos antidepressivos agem diretamente no sistema nervoso com o objetivo de
modular a produção e a liberação de substâncias responsáveis pelo humor. São, portanto,
indicados para o controle da depressão quando há redução do humor e presença de tristeza,
angústia ou desmotivação pela vida.
Assim, essas drogas atuam no cérebro, modificando e corrigindo os eventos neuroquímicos
que estejam desregulados. Diversos tipos de antidepressivos têm sido amplamente
empregados para tratamento de diversos quadros clínicos ligados às disfunções emocionais,
sobretudo quando o humor é afetado em um grau significativo.
Vale destacar, entretanto, que os medicamentos antidepressivos são não causam dependência.
Contudo, devem ser prescritos e monitorados para que tenham uma eficácia terapêutica
consoante ao reequilíbrio da perturbação depressiva que se almeja atingir.
Outro aspecto relevante é o tempo de ação terapêutica dos medicamentos antidepressivos,
que é relativamente mais lento quando comparado aos psicoestimulantes. Depois de iniciado
o tratamento, a expectativa de melhoria dos sintomas depressivos é de cerca de 15 dias. Nesse
sentido, é importante orientar o paciente e explicar esses detalhes.
Apesar de ser uma doença mais associada aos jovens, os últimos dados indicam que os idosos lideram
o ranking dos mais afetados pelas crises depressivas. O alerta é baseado na última Pesquisa Nacional
de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isocarboxazida;
Moclobemida;
Fenelzina;
Selegilina;
Tranilcipromina.
Mecanismos de ação
Ainda que o mecanismo de ação dos iMAO não esteja bem estabelecido, estudiosos sustentam a
hipótese de que eles estimulam a neurotransmissão dopaminérgica, noradrenérgica e serotonérgica.
Em tese, esses fármacos promovem o bloqueio da monoamina oxidase, uma importante enzima
mitocondrial presente em diversos órgãos. Essa enzima diminui a ação desses neurotransmissores.
Assim, a sua inibição leva ao aumento dessas substâncias e da concentração delas nas sinapses
neuronais.
As atuações terapêuticas dos iMAOS são importantes para o tratamento de:
bulimia nervosa;
transtorno de pânico;
transtorno de ansiedade generalizada;
transtorno depressivo persistente refratário;
depressão maior unipolar;
transtorno bipolar;
Doença de Parkinson.
Contraindicações e efeitos adversos
Assim como a maioria dos fármacos, os iMAOs também são contraindicados em pacientes que usam
determinadas medicações. Essa orientação se justifica devido ao risco de interação medicamentosa.
Um exemplo clássico dessas medicações são os inibidores da recaptação da serotonina, que podem
provocar toxicidade serotoninérgica. Sendo assim, para a utilização dessa terapia, o médico deve
realizar uma avaliação criteriosa do paciente e, principalmente, conferir as demais medicações em
uso.
Somado a isso, é preciso ter bastante cuidado ao prescrever iMAOs não seletivos, pois eles são
contraindicados em quem tem insuficiência cardíaca congestiva, feocromocitoma e doença hepática.
Os efeitos adversos dessas drogas podem variar conforme o gênero: os iMAOS podem causar
sobrepeso em mulheres e disfunção sexual em homens. Inclusive, essa última pode levar à
impotência.
Antidepressivos Tricíclicos (ADT)
O composto iminodibenzil deu origem aos Antidepressivos Tricíclicos, ou simplesmente, ADTs. A
droga foi descoberta por Thiele e Holzinger em 1891. Curiosamente, elas são chamadas de “drogas
sujas”, já que suas propriedades antidepressivas foram descobertas ao mero acaso.
Mas alguns anos depois passaram a ser opção de escolha para tratamento da depressão,
principalmente porque a imipramina tem a estrutura semelhante à da clorpromazina. Além disso, a
imipramina é um dos principais representantes dessa classe de antidepressivos.
Conhecidos há mais de 100 anos e amplamente empregados para intervenções antidepressivas, os
ADTs mais conhecidos são:
imipramina;
desipramina;
amitriptilina;
nortriptilina;
clomipramina.
Mecanismos de ação
Os ADTs são drogas rapidamente absorvidas após a administração oral. Em linhas gerais, a absorção
completa ocorre após um período de 4 horas. Outra característica de sua farmacodinâmica é que eles
ligam-se, em altas proporções, às proteínas do sangue.
Depois de sua administração oral, e mesmo que a droga seja totalmente absorvida no intestino, apenas
uma fração muito pequena dela estará disponível biologicamente. Entre outras razões, isso se deve à
baixa disponibilidade resultante do efeito de primeira passagem.
O processo metabólico dos ADTs depende da ação do fígado, pois esse é o órgão mais importante
para a metabolização dos ADTs, cuja meia-vida é longa: cerca de 20 a 30 horas.
O estado de equilíbrio plasmático ou steady-state também segue a mesma tendência: depende de cerca
de 5 meias-vidas para ser alcançado. Por essa razão, esses fármacos começam a fazer efeito após 1
semana.
Contraindicação
Em geral, os ADTs são contraindicados nos casos de interação com outros fármacos que dependem de
metabolismo hepático. Isso para evitar a sobrecarga do órgão.
Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS)
Essa classe de antidepressivos é a mais famosa, pois é amplamente empregada. Desde o surgimento
da fluoxetina, no final da década de 1990, que os ISRS são as drogas de primeira escolha contra os
malefícios da depressão.
São várias razões que os colocam em primeiro lugar no ranking dos antidepressivos mais conhecidos.
Os ISRS induzem uma boa resposta aos tratamentos e apresentam vantagens seletivas em relação aos
antidepressivos convencionais. Assim, eles conquistaram o mercado porque, além dos benefícios, têm
menor custo e menos risco de efeitos colaterais.
Os ISRS também são indicados para tratamento da dor crônica neuropática. Outra característica é que
apresentam meias-vidas prolongadas, o que facilita o tratamento ao permitir administração em dose
única diária.
Além da fluoxetina, outros representantes desse grupo são:
paroxetina;
sertralina;
citalopram;
fluvoxamina.
Por fim, esses fármacos também demonstram bons resultados no tratamento de outros distúrbios
psiquiátricos, tais como:
transtorno obsessivo-compulsivo;
transtorno do pânico;
transtorno de ansiedade generalizada;
transtorno de ansiedade social (fobia social);
bulimia.
Mecanismo de ação
Os ISRS são drogas de absorção lenta e completa pelo trato gastrointestinal. Elas podem ser ingeridas
junto às refeições, pois, nesse caso, não sofrem alterações significativas em suas concentrações
plasmáticas. Suas concentrações no sangue atingem o pico máximo entre 3 e 8 horas após
administração oral.
Os ISRS inibem, seletivamente, a recaptação de serotonina apenas, e não da dopamina. Com isso, eles
elevam a concentração de serotonina dentro da fenda sináptica, o que aumenta a disponibilidade da
substância.
Outro aspecto positivo — e favorável ao tratamento com esse grupo de medicamentos antidepressivos
— é em relação aos efeitos adversos no organismo. Esses inibidores apresentam menor toxicidade
hepática e cardiovascular, o que reduz os efeitos colaterais e promove uma melhor adesão ao
tratamento.
Contraindicações e efeitos adversos
Vale destacar, finalmente, que não se aconselha o uso concomitante de ISRS e iMAO, devido ao risco
de desencadear a síndrome serotoninérgica. Tal quadro pode levar a complicações potenciais como a
coagulação intravascular disseminada (CID), rabdomiólise e elevar as chances de óbito.
Por segurança, também é importante evitar o uso de ISRS concomitantemente com bebidas alcóolicas.
Considerando o desgaste que o álcool provoca nas células hepáticas, o ideal é orientar o paciente
sobre essa questão e estimular a conscientização dele quanto a esses riscos.
Os Centros de Atenção Psicossocial - Caps são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário
voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo
aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras substâncias, que se encontram
em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial.
Nos estabelecimentos atuam equipes multiprofissionais, que empregam diferentes intervenções e
estratégias de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional,
reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e
domiciliares, entre outros.