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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Naturais e Mineralogia


(FAGRENM)

Tema: Vício e Dependencia

Disciplina: Habilidades de Vida


Curso: Direito; 1º ano

Discentes:
Alcídes Fernando
Amado Luís Bechane
Beauty Memory Kenneth
Dorivaldo Andrade
Lisa Ferreira
Sheila Cadeado

Docente:
Dr. Longo Pedro Chuva

Tete, Dezembro de 2021


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 3
1.1.1. Objectivo Geral: ........................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivo Específico: ................................................................................................... 3
1.1.3. Metodologia: ................................................................................................................. 3
1.1.4. Estrutura do Trabalho: .................................................................................................. 3
1.2. Alusão Preliminar ......................................................................................................... 4
2. Vícios ....................................................................................................................................... 4
2.1. Dependência ......................................................................................................................... 4
2.2. Desproporção Vício e Dependência ................................................................................. 5
3. Classificação dos Vícios e Dependências ................................................................................ 5
3.1. Tipos de Vícios................................................................................................................. 5
3.2. Tipos de Dependência ...................................................................................................... 5
3.3. Adição .................................................................................................................................. 6
3.4. Tipos de Dependência ...................................................................................................... 6
4. Características do Vício e Dependência ........................................................................... 7
5. Dependência da Droga, Motivos e Factores do Vício ......................................................... 9
5.1. Dependência de drogas como escolha ............................................................................ 10
5.2. Como vencer os Vícios e Dependências..................................................................... 10
6. Conclusao…………………………………………………………………………………...…11
7. Referencia Bibliografica………………………………………………………………..……..12
1. Introdução
Antes do século XIX, as sociedades, vem enfrentando problemas relativas aos vícios e
dependências, e estes problemas, contribuem para a degradação emocional, física e psicológica
das sociedades, afectando tanto os adultos, os jovens, assim como os adolescentes, movimentos de
reforma social mudaram conceções. Entre eles, está a formação da Associação Americana para a
cura dos Embriagados que é, apoiada por médicos e legisladores, e divulgava que a dependência
era uma doença e que os adictos deveriam ser tratados como vítimas e não como criminosos ou
pecadores. O consumo destas substâncias na adolescência, demostra uma das mais importantes
preocupações, isso porque, adolescência é a fase que marca a transição entre a infância e a vida
adulta, sendo um período crítico na vida de cada indivíduo justamente pelas mudanças fisiológicas,
hormonais e psicológicas pelas quais ele passa. É neste período que o jovem vivencia, descobertas
significativas e afirma a personalidade e a individualidade. Por isso acaba ficando mais vulnerável
aos vícios e dependências. “É nessa fase que o conceito de interação grupal é perceptível, pois os
jovens buscam pertencer a um grupo “tribo” para se sentirem populares e com isso acabam
adquirindo algum vício” (CAVALCANTE, et al. 2008 \ citado por Santo Ângelo). O modelo da
dependência como doença ganhou sua maior força no século XX, com a formação do movimento
de Alcoólicos Anônimos, e com o trabalho de um dos seus mais importantes teóricos e
pesquisadores, E. M. Jellinek. Jellinek (1952, 1960, citado por Heyman, 1996) publicou uma série
de artigos defendendo que o alcoolismo era uma doença. Assim sendo o presente trabalho tem
como tema Vícios e Dependências, onde procuraremos abordar relativamente as causas e
consequências do consumo de drogas, de modo a compreender melhor os perigos do vício e da
dependência.

1.1. Objectivos:

1.1.1. Objectivo Geral: analisar e compreender as causas e efeitos dos Vícios e


Dependências.

1.1.2. Objectivo Específico: abordar sobre os tipos de vicio; a dependência; formaras de


conter; abordar a respeito da influência externa para o no que diz respeito ao surgimento
dos vícios e desenvolvimento das dependências.

1.1.3. Metodologia: No que tange a realização do trabalho, este passou por um processo de
pesquisa qualitativa e análise documental de informações referentes ao tema em estudo,
como forma de encontrar o rácio correto do referido tema.

1.1.4. Estrutura do Trabalho: O trabalho apresenta: a introdução; a revisão da literatura; a


conclusão e as referências bibliográficas.
1.2.Alusão Preliminar
Segundo VANDERSHUREM e EVERIT, 2005. “Oque caracteriza uma pessoa como dependente
é a perda do controle sobre o uso de drogas ou determinados comportamentos”. E é possível notar
tais alterações comportamentais pelo facto deque os vícios, afectam taxativamente a forma de agir
e pensar de um individuo. Os problemas do uso excessivo já vêm de muitos anos, e vem ganhando
mais atenção pelas implicações que provocam sobre a sociedade. Este é um facto que o ser humano
não consegue aceitar, uma pessoa pode perder o controle sobre seu próprio comportamento, como
se vê quando um viciado não consegue limitar a autoadministração de uma droga, ou quando um
indivíduo continua o seu uso apesar da presença de estímulos que podem resultar em
consequências sabiamente nocivas. O vício está relacionado ao consumo, de maneira frequente ou
esporádica, de qualquer tipo de substância, sem que ele afecte drasticamente a vida do usuário e
das pessoas à sua volta. O rápido aumento de uso… vem trazendo problemas que interferem na
vida cotidiana daqueles que usam excessivamente… (PAMOUKAGHLIAN, 2011). YOUNG,
2011 diz ainda que. “O diagnóstico do vício é difícil de ser detectado, já que, cada vez mais, jovens
e adultos têm acesso facilitado…”. Para a Organizaocao Mundial da Saude OMS vício é uma
doença física e psicoemocional

2. Vícios
O vicio, é uma palavra que provem do latim “vitium”, que significa falha ou defeito. Assim sendo,
vicio corresponde a “dependência física ou psicológica que faz alguém buscar o consumo
excessivo de algo ou uma substância (dicionário)”, o vício caracteriza-se pelo descontrolo total de
uma pessoa, em relação a alguma coisa. A pessoa fica dependente desta coisa, chegando a níveis
extremos, em alguns casos. O vício pode se referir também a uma falta, um traço de carácter
negativo, um defeito, uma enfermidade, ou maldade. O vício é um costume que a pessoa repete e
que traz para ela ou para as pessoas com as quais ela convive algum tipo de prejuízo.
Sendo assim, quando alguém não consegue mais ter controlo sobre o uso de determinada
substância, então isso quer dizer que essa pessoa é um dependente; isto é, o consumo acaba
se tornando uma compulsão, e o indivíduo direcciona todo o seu foco para o uso das drogas
ou do álcool.

2.1.Dependência
A dependência é qualquer acção que a pessoa faz de forma compulsiva e constante, e que ela não
consegue livrar-se disso. Se for privada do uso da droga ou do álcool, a pessoa dependente sofrerá
com a síndrome de abstinência. (Segundo o dicionário), o termo Dependência significa: Sujeição;
condição de quem é dependente; da pessoa que não se consegue desligar de um hábito,
especialmente de um vício: dependência física. “Uma noção de dependência… é produzida por
meio da articulação de uma semelhança entre as noções culturais de ambos, os fármacos e os
jogos eletrônicos, como uma fuga do "real" (BINAISA, 2002).
2.2.Desproporção Vício e Dependência
É possível notar, que existe uma relação entre os termos, “Vício e Dependência”, que em muitas
vezes, parecem-se ser idênticas, porém. Estes termos possuem cada um deles suas características
notórias e conceitos totalmente diferenciados um do outro.
Partido do princípio de que o vício é um hábito, um costumo notório e que pode ser diferente do
comportamento padrões exigido pela sociedade e demais membros do mesmo; paradoxalmente é
a dependência, que possui como principal factor a sujeição, ou seja necessidade obrigatória por
uma substância ou algo. A dependência é qualquer acção que a pessoa faz de forma compulsiva e
constante, e que ela não consegue livrar-se disso. Se for privada do uso da droga ou do álcool, a
pessoa dependente sofrerá com a síndrome de abstinência.
Com tudo, pode-se afirmar, que o vício corresponde ao hábito ou desejo de consumir
determinada substância, enquanto a dependência consiste na incapacidade de não fazer uso de tal
substância no dia-a-dia. O vício e a dependência, não afecta somente quem á consome, mais
também a sociedade e principalmente os que estão a sua volta, que indiretamente são afectados.

3. Classificação dos Vícios e Dependências

3.1.Tipos de Vícios
Faz-se necessário saber que o vício, é uma prática, comportamento ou hábito geralmente
considerado imoral, pecaminoso, criminoso, rude ou degradante na sociedade, assim sendo ela tem
suas subclassificações, nomeadamente:

• Vícios de Substâncias: qualquer tipo de matéria ou corpo; correspondendo ao álcool e


outras substâncias que índole ilícita. Distúrbios.
• Vícios de Comportamento: conjunto de acções de um individuo e que são observáveis,
corresponde a acuação nos quais a resposta do sujeito depende de um estímulo, como o
caso: uso excessivo do telefone, jogos, comer excessivamente. Transtornos.
• Drogas ilícitas: correspondem as drogas proibidas por lei de serem consumidas, por serem
um risco para a saúde das sociedades.

3.2.Tipos de Dependência
Partindo do princípio, de que a dependência, corresponde à Sujeição; condição de quem é
dependente; da pessoa que não se consegue desligar de um hábito, especialmente de um vício é
um transtorno, “dependentes, são aqueles que planejam usar drogas de forma descontrolada”
(Heyman)
• Dependência Física: resulta á partir do momento em que a droga é utilizada com
frequência e em grandes quantidades, provocando assim alterações no organismo, que por
sua vez, tenta estabelecer um equilíbrio adaptando-se á droga. De forma que na falta da
droga o organismo funciona mal. A dependência física é o resultado da adaptação do
organismo a uma droga. O que torna impossível a suspensão brusca da droga. Pois a
suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas (chamadas sintomas de
abstinência), por exemplo, o "delirium tremens / delírio do estremasse" sobretudo no
alcoolismo: caracterizado por convulsões e alucinações, e também perda de memória e
desorientação.
• Dependência Psicológica: correspondente aos fenómenos mentais, emocionais ou
psíquicos, quem esta num estado de dependência psicológica, sente um impulso constante
de fazer uso das drogas, é uma condição, em que a droga produz um sentimento de
satisfação e um impulso psicológico, exigindo o uso periódico ou contínuo da droga, para
produzir prazer ou evitar desconforto. No estado de dependência psíquica, o desejo de
tomar outra dose, transforma-se em necessidade, que, se não for satisfeita, leva o indivíduo
a um profundo estado de angústia depressão. (TWERKSI, 2001).

3.3.Adição
Corresponde á uma mudança no comportamento causada pelas alterações bioquímicas no cérebro
após o abuso continuado de substâncias. O uso de substâncias se torna a principal prioridade do
adicto, independentemente do dano que ele possa causar a si mesmo ou a outros. Uma adição faz
com que as pessoas actuam irracionalmente quando não têm a substância pela qual tem a adição.
“Factor genéticos assim como problemas psicológicos, emocionais e sociais, podem facilitar a
instalação da a dicção” (KOOB, 1996). “A adicção esteja ligada a mudanças na estrutura e função
do cérebro é o que a faz, fundamentalmente, uma doença do cérebro” (LESHNER, 1997, p. 46 /
citado em Miriam Garcia-Mijares e Maria Teresa Araujo Silva). Assim, a dependência fi ca defi
nida como “uma doença do cérebro que causa perda de controle sobre o uso da droga”.
a doença da adicção é produzida pela administração crônica das próprias drogas, que causam
alterações moleculares de longo prazo nas propriedades de sinalização das células nervosas
(neurônios)… (Hyman, 1995, p. 30 / citado em Miriam Garcia-Mijares e Maria Teresa Araujo
Silva).

3.4.Tipos de Dependência
• Álcool: o consumo excessivo do álcool pode acarretar o surgimento de diversas outras
doenças e levar inclusive a dependência e morte. Caracteriza-se pela vontade intensa de
consumir bebida alcoólica, os seus efeitos não recaem somente no individuo e sim em todos
a sua volta, causando violência, depressão luto e dor.
• Tabaco, cannabis sativa, cocaína, Ecstasy: o tabagismo, é uma doença que em muitas
vezes começa de uma forma “inocente”, geralmente, vem por imitação ou influencias de
outros factores externos como “amigos” pouco tempo vira vício, causando não só o
constrangimento do vicio, mas outros factores como a ocorrência do câncer de pulmão,
está relacionado ao câncer de pulmão.
• Internet: é uma dependência que chega a ser comparada ao cigarro, o álcool, e outras
drogas, por ter efeitos tão graves quanto eles, seu principal efeito é afastar as pessoas da
realidade.
• Consumo excessivo de determinados produtos alimentares: doces, chocolate, bebidas
açucaradas.
• Mídias sociais: Facebook, Twitter, Whatsapp, chat.
• Pornografia e internet, sexo, Masturbação;
• Compras, medicamentos,trabalho.

4. Características do Vício e Dependência


Um dos principais factores que influencia com que mais e mais adolescentes, jovens e adultos
consumam substâncias ou tenham um comportamento de vicio, é quem certas quantidades, estas
substâncias, liberam a “DOPAMINA”, hormona responsável pela sensação de prazer no cérebro…
(PLANETA e CRUZ, 2005).

Entretanto, alguns vícios e dependências tem suas características, passamos a citar:

• Repetição excessiva dos hábitos: mudança das coisas de lugar, insatisfação, hábitos
excessivos.
• Características Físicas aparentes: ao exemplo de quem é viciado no álcool, o rosto fica
embaraçado com aparência mais velha.
• Transtornos psicológicos: quando a mente não consegue concentrar-se nas atarefas diária.
• Sensação de abstinência: a pessoa está a sentir sintomas de abstinência quando não pode
utilizar ou estar a desenvolver a actividade sem o vício.
O comportamento do drogado obedece às mesmas leis do comportamento “normal” de
todos os animais... São os eventos ambientais que determinam o comportamento, e não a
consciência e autocontrole; assim, aqui não tem sentido a consideração da falta de controle
voluntário do drogado sobre seu comportamento compulsivo, ou de características morais
da sua personalidade. Na abordagem comportamental, a adicção e a dependência geram
um comportamento inadequado e lesivo, mas não desviante. (Silva, Guerra, Gonçalves, &
Garcia-Mijares, 2001, p. 424)
4.1.Substância
As drogas ou substâncias psicoativas podem ser classificadas de acordo com vários critérios como,
por exemplo, de acordo com sua origem ou procedência, de acordo com sua estrutura, por seus
efeitos no comportamento, pelo perigo à saúde ou por seu impacto social.

4.1.1. Quanto aos Efeitos Psíquico

• Depressoras: as actividade do sistema nervoso central diminuem a actividade cerebral e


podem dificultar o processamento das mensagens, que são enviadas ao cérebro. Fazem com
que a pessoa fique mais “desligada”, desinteressada das coisas. O exemplo destas drogas
são: álcool, soníferos, mofina, Inalantes.

• Estimulantes: da actividade do sistema nervoso central aumentam a actividade do cérebro,


fazendo com que a pessoa fique mais “ligada”, sem sono. Como exemplo: cafeina,
teobromina (presente em chocolates).

• Perturbadoras: que modificam qualitativamente a actividade do cérebro. Ou seja,


perturbam, distorcem o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa passe a perceber as
coisas deformadas, parecidas com as imagens dos sonhos.

4.1.2. Quanto á sua Legalidade

• Drogas legais: são aquelas substâncias psicoactivas que são permitidas, ou seja, cujo uso
não é penalizado por lei. A legalidade das drogas varia conforme as leis de cada país, além
disso, pode ser legal o consumo de certa substância, mas não a venda da mesma. Algumas
drogas legais são: álcool, nicotina, cafeína, os fármacos.

• Drogas Ilegais: são aquelas substâncias psicoactivas cujo uso não está permitido pela lei
do país. É possível que o consumo seja permitido em algumas circunstâncias, mas a venda
é penalizada. Entre as drogas ilegais mais consumidas, temos: maconha, suruma (cannabis
sativa), haxixe, cocaína, heroína.

4.1.3. Quanto ao seu perigo na saúde e na sociedade

De acordo com a classificação popular, as drogas podem ser: pesadas ou leves. Essa classificação
é feita de acordo com a percepção de perigo, impacto social e na saúde. No entanto, essa
classificação não é considerada adequada, pois induz ao erro ao subestimar o risco do álcool, do
tabaco e da cannabis.

• Drogas leves: são as que são mais aceitas socialmente, pois são percebidas como menos
prejudiciais. Algo totalmente equívoco, como já comentamos antes, o tabaco e o álcool são
as drogas que mais provocam custos à saúde. Embora algumas das drogas leves não
produzam dependência física, elas produzem dependência psicológica. São consideradas
drogas leves: o tabaco, o álcool, a maconha, o haxixe, a cafeína, etc.

• Drogas pesadas: são percebidas com maior impacto social e à saúde, pois seu consumo é
mais perigoso a curto prazo. A esse tipo de drogas correspondem: os psicofármacos, a
heroína, a morfina, a cocaína, as anfetaminas, os cogumelos alucinógenos, a cetamina, a
metadona, etc

4.1.4. Quanto a origem ou fabricação:

• Droga de Origem Vegetal: também chamadas por drogas naturais, são as obtidas através
de determinadas plantas, de animais, ou de alguns minerais. Exemplos: a cafeína (do café),
a nicotina (presente no tabaco).
• Drogas de origem semi-sintética: Drogas semi-sintéticas, as que são produzidas, a partir
de drogas naturais, com alterações químicas produzidas artificialmente, em laboratório.
Como o crack, a cocaína, os cristais de haxixe.
• Drogas de origem sintética: São substâncias ou misturas de substâncias exclusivamente
psicoactivas produzidas através de meios químicos, no laboratório, e cujos principais
componentes activos não se encontram na natureza. A maioria das drogas sintéticas
apresenta efeitos alucinogénicos. Exemplo: LSD, anfetamina, Ecstasy.

5. Dependência da Droga, Motivos e Factores do Vício


A decisão inicial de usar drogas pode ser voluntária, mas com tempo, a capacidade de exercer
autocontrole pode ficar seriamente prejudicada, o que marca também a adição. Existem diferenças
na probabilidade de desenvolver uma dependência duma pessoa para a outra: quanto mais factores
de risco são presentes, e quanto menos factores de protecção, afecta a chance de desenvolver uma
adição depois do primeiro uso. Alguns destes factores são biológicos, outros dependem do
ambiente e contexto. Quando a droga é usada pela primeira vez, causa um efeito positivo, e uma
sensação de bem-estar, causados pela dopamina que é a hormona responsável pelo prazer, e a
pessoa acredita que pode ter domínio sobre o seu uso, mas as drogas podem rapidamente dominar
a vida de uma pessoa. Com o tempo, se o uso de drogas continuar, outras actividades agradáveis
se tornarão menos agradáveis, e a pessoa precisará tomar a droga apenas para se sentir "normal".
Considerando que em uma situação de escolha um comportamento é emitido em detrimento
de outro, e que os organismos estão continuamente se comportando, então “não é exagero dizer
que todo comportamento envolve uma escolha” (de Villiers & Herrnstein, 1976). Portanto, o
estudo de um comportamento não deve envolver apenas os reforçadores e estímulos associados a
ele, mas também os comportamentos concorrentes e seus reforçadores.

5.1.Dependência de drogas como escolha


A teoria da dependência de drogas como escolha, semelhante ao modelo do reforço, supõe que as
regras usadas para explicar outros comportamentos são as mesmas que explicam o comportamento
do dependente; porém, diferentemente do primeiro, o modelo de escolha explica a dependência
em termos da relação de concorrência entre consumo da droga e outras atividades. Também se
diferencia por considerar as drogas como estímulos com propriedades reforçadoras diferentes de
outros reforçadores naturais típicos como água, comida, entre outros.
HEYMAN (1996) desenvolveu um modelo teórico mostrando como a dependência de drogas
segue o padrão predito pela estratégia de melhoração. Para esse autor, “a dependência pode ser
entendida como um processo em que o consumo repetido de uma droga ocasiona a diminuição
progressiva do valor reforçador de atividades como família, trabalho…”.

Sob essa perspetiva, dependentes de droga se diferenciam de usuários não dependentes pelo tipo
de estratégia de escolha que controla seu comportamento. Dependentes são controlados pelo valor
reforçador local. Os Usuários, por outro lado, maximizam, pois são controlados pelo valor
reforçador combinado da droga e das atividades concorrentes, tanto local quanto futuro.

5.2.Como vencer os Vícios e Dependências


Como frisamos anteriormente, o vício, é um mecanismo de fuga em que o indivíduo passa a
depender do prazer que sente ao consumi-lo. Assim sendo, não é somente o álcool e a droga que
ira destruir a vida de alguém. Existe também a internet, o sexo, a pornografia, a masturbação, o
trabalho… tudo em excesso faz mal e prejudica a saúde mental. Seja o vício em álcool e droga ou
vício em internet e trabalho existem maneiras de controlá-los. O caminho mais recomendado é a
procura de um psicólogo ou psiquiatra. Alem de saber as origens dos problemas, também ajuda
com que a dependência emocional termine. Que é vista quando o individuo consome a fonte de
seu vício, alguns alegam sentir-se mais confortável, interessante, e sociável, quando em contacto
com álcool e drogas.
6. Conclusa
Terminado o trabalho com o tema Vício e Dependência, podemos notar que, o que antes era
considerado doença ou falta de vontade, hoje é entendido como alteração no controle de estímulos
antecedentes e consequentes sobre o comportamento de escolha, decorrente de mudanças
específicas no sistema nervoso central. Sabendo a primeira que para um individuo ser dependente,
é necessário que o seu comportamento escape ao controle do indivíduo. Porém, os comportamentos
de procura e de autoadministração de drogas não são automáticos nem inatos, porém aprendidos,
e requerem planejamento. São vários os fatores que fazem com que o individuo mergulhe no
mundo dos vícios, entretanto, é extremamente necessário que a sociedade e as pessoas a sua volta,
saibam lhe dar com estas alterações e dependência química, é difícil, mas sua cura é possível.
7. Referencia Bibliográfica

o GARCIA-MIJARES, Miriam & SILVA, Maria. Teresa Araujo. DEPENDÊNCIA DE


DROGAS. Universidade de São Paulo – USP. 2006. Acedido á 12 de Dezembro de 2021
em:https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/p
usp/a/Pv8cPLRGhHYx7HtXSqbK5dr/%3Flang%3Dpt%26format%3Dpdf&ved02ahUK
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o ROLNIK, Ariel Lorbert & FRANCO, Alfredo Sholl. Ciência e Cognição. Rio de Janeiro,
2006.
o TEXTO EDITORES, Dicionário Integral Língua Portuguesa, Texto
Editores, 3.ª Edição, 5.ª Tiragem, Maputo, 2008

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