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ÍNDICE

I – INTRODUÇÃO......................................................................................................1

1.1. Relevância do tema.........................................................................................2

1.2. Problema Cientifico........................................................................................2

1.3. Objectivos.......................................................................................................2

1.4. Hipóteses de Investigação...............................................................................3

1.5. Metodologia....................................................................................................3

Metodologia aplicada:...........................................................................................3

Nível Empírico.......................................................................................................4

II – DESCRIÇÃO TÉORICA.....................................................................................4

2.1. Dependência Química.....................................................................................4

2.2. Os sintomas da dependência...........................................................................6

2.3. Os tipos de dependência química...................................................................7

2.4. Causa a dependência química.........................................................................7

2.5. Formas de tratamento e prevenção da dependência química..........................8

2.6. O papel da família no tratamento da dependência química..........................10

VI – CONCLUSÕES.................................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.....................................................................14
I – INTRODUÇÃO
Droga é qualquer substância que tem a capacidade de atuar sobre um ou mais sistemas
do organismo, produzindo alterações em seu funcionamento. O consumo de drogas
pelos jovens está cada vez mais frequente em nossa sociedade. Tornando-se problema
de saúde pública devido à gravidade dos problemas associados ao uso abusivo. O
período de transição, tanto física quanto comportamental, torna o jovem vulnerável às
drogas, tornando o uso de substâncias psicoativas ilícitas cada vez mais abusivas, sendo
assim passa a utilizar as drogas não pelo prazer antes oferecido, mas sim pelo desprazer
de ficar sem ela.

Pode-se considerar a dependência química um grave problema de saúde pública, haja


vista as implicações que o uso, o abuso e a dependência de drogas acarretam para a
pessoa e para a sociedade. Os profissionais da área da saúde devem dar importância ao
componente físico no momento da avaliação do usuário de substância psicoativa.
Também, devem desenvolver competências básicas para atender essa demanda, pois,
quando a dependência química não é detectada, ela pode acarretar problemas clínicos,
psiquiátricos e sociais. Ressalta-se que os planejamentos das ações nos serviços de
reabilitação devem ser voltados à atenção integral dessa população, visto que a política
nacional do Brasil preconiza e assegura aos dependentes químicos o direito a um
modelo de tratamento integrado e descentralizado.

O uso e abuso de substâncias psicoativas e consequentemente a dependência química


representa um dos grandes dilemas sociais do século XXI, com impacto importante na
saúde do indivíduo, da família, da comunidade e da sociedade em geral. O consumo
progressivo da substância faz com que o indivíduo perca a liberdade de escolher ou não
usar, já que o organismo adaptou-se ao prazer proporcionado pela droga e sente cada
vez mais a necessidade incontrolável de consumir mesmo que, por vezes conheçam as
consequências advindas desse consumo que vão desde os danos fisiológicos e
neurológicos aos de desagregação familiar e aumento nos índices de violência.
1.1. Relevância do tema
Temos como relevância do conhecer a dependência química.

1.2. Problema Cientifico


Temos como problema o seguinte;

P1: O que leva uma pessoa a ser dependente químico?

P2: Como deve ser o tratamento de um dependente químico?

1.3. Objectivos
Objetivo geral:

 Compreender sobre os factores que leva uma pessoa na dependencia quimica.

Objectivos específicos:

 Dar conceito de dependência química;


 Conhecer as causas e as consequência da dependência química;
 Conhecer sobre os tratamentos de uma pessoa dependente químico, e a terapia
com familiares.

1.4. Hipóteses de Investigação


H1: Geralmente, a dependência química com uma junção de diversos fatores.
Dificuldades de lidar com frustrações e resolver problemas, além de traumas da
infância, sintomas de depressão, tristeza sem motivo, quadros de ansiedade ou qualquer
outro sentimento são alguns deles.

H2: A psicoterapia é parte fundamental de qualquer tratamento as drogas. É nela que se


estabelece as origens e razões da dependência química, também vai ajudar a controlar
melhor a situação em que se encontra. Ela aliada a outros tipos de tratamento agiliza em
muito a recuperação da pessoa.

1.5. Metodologia
Trata-se de uma revisão de literatura de estratégia documental para a produção
cientifica. Segundo Campos (2001), a pesquisa documental tem como objetivo colocar o
pesquisador em contato direto com tudo o que foi dito, escrito ou filmado sobre
determinado assunto.
Metodologia aplicada:

 Para a realização o trabalho, foram utilizados dois instrumentos metodológicos


importantes:

Nível Teórico

 Método análise síntese: Utilizou-se em análises de todas as informações e


resultados obtidos durante a investigação, assim como sintetizar os elementos
essenciais do objecto de investigação.
 Método de indução dedução: Permiti-o analisar o caso particular que investiga,
chegar a um conhecimento geral, procedimento da informação e a interpretação
de resultados que permitem arrumar as conclusões.
 Métodos análise histórico lógico: permiti-o dar a investigar com uma
sequência lógica e descobrir a essência para o fenómeno, sobre aprofundamento
de conhecimentos da psicologia organizacional ao determinar as situações
inerentes ao objecto investigado que se manifestam no problema que podem ser
resultados da investigação.
 Sistéma-estrutral: permiti-o modelar o objecto de investigação, determinando
seus componentes, assim como as relações entre eles, o que determinaram por
um lado, a estrutura do objecto e por outro lado, as dinâmicas do
desenvolvimento.

Nível Empírico
 Inquérito: Aplicou-se aos alunos com os objectivos de obter informações
utilizou-se com objectivos de obter informações sobre a existência de
bibliografia sobre os conteúdos de biologia.
 Revisão de documentos: Utilizou-se com objectivos de comprovar nos
documentos, revistas, trabalhos científicos, sites e biblioteca.
II – DESCRIÇÃO TÉORICA
2.1. Dependência Química
Segundo Fontaine (2006), o uso de drogas atualmente é considerado um grave e
complexo problema de saúde pública. Falar sobre drogas é discutir o processo
saúde/doença, considerando-se os modelos que contribuem para a compreensão do
fenômeno no momento atual e das estratégias de intervenção estabelecidas. Discutir a
dependência química hoje exige uma reflexão sobre como a droga foi encarada ao longo
da história, tendo em vista as questões de saúde/doença e os paradigmas hegemônicos
em cada momento.

A dependência química na atualidade corresponde a um fenômeno amplamente


divulgado e discutido, uma vez que o uso abusivo de substâncias psicoativas se tornou
um grave problema social e de saúde pública em nossa realidade. Entretanto, falar sobre
o uso de drogas, particularmente sobre a dependência química, traz à tona questões
relacionadas diretamente ao campo da saúde, o que implica na necessidade de realizar
uma reflexão sobre esse fenômeno no âmbito das concepções sobre saúde e doença,
vigentes ao longo da história do homem, bem como no momento atual. Isso porque
temas como saúde, doença e drogas sempre estiveram presentes ao longo da história da
humanidade, embora cada período apresente uma maneira particular de encarar e lidar
com esses fenômenos, de acordo com os conhecimentos e interesses de cada época (LE
GUILLANT, 2006).

A dependência química é um transtorno heterogêneo, visto que atinge pessoas de


diferentes maneiras, afeta tanto seu corpo físico como suas relações interpessoais, por
diversas razões, em diferentes meios e circunstâncias. A questão do uso abusivo de
álcool e outras drogas têm sido tratadas, predominantemente, sob o ponto de vista
biomédico, centrado na doença e na cura. Entretanto, as implicações sociais,
psicológicas, econômicas e políticas são evidentes e devem ser consideradas na
compreensão global do problema. Pode-se considerar a dependência química um grave
problema de saúde pública, haja vista as implicações que o uso, o abuso e a dependência
de drogas acarretam para a pessoa e para a sociedade (PIALOUX, 1992; CASTELAIN,
1989).

A dependência frequentemente envolve não apenas ingestão compulsiva de droga, mas


também uma grande escala de comportamentos disfuncionais que possam interferir no
andamento normal da família, local de trabalho e comunidade. Pode também colocar as
pessoas em risco crescente de contágio de muitas outras doenças. Elas podem ser
causadas por comportamentos, tais como condições precárias de moradia e saúde que
comumente acompanham a vida de um dependente, ou devido aos efeitos tóxicos das
drogas (Lowesntein 2009, op. cit.).

Disserta- se acerca dos sinais e sintomas que acometem o usuário fazendo uma
abordagem sobre os aspectos fisiológicos das diferentes drogas com seus potencias
patogênicos destacando os quadros clínicos mais comuns que o dependente pode
apresentar entre eles a intoxicação aguda caracterizada pelo consumo de uma ou mais
substâncias e quantidade suficiente para interferir no funcionamento normal do
organismo ocorrendo perturbações no nível de consciência, percepção, cognição, afeto e
comportamento do indivíduo.

O uso nocivo/abusivo quadro caracterizado por um padrão episódico de consumo, em


quantidade elevada, constituindo uma situação intermediária entre o uso de baixo risco e
a dependência. A síndrome de abstinência conjunto de sinais e sintomas que ocorre
quando o indivíduo diminui ou interrompe o consumo de determinada substância
psicoativa, após o uso prolongado e/ou em altas doses. É provável que o paciente relate
uma redução dos sintomas, com o uso posterior da substância (ex. uso de álcool logo
pela manhã, para reduzir os tremores provocados pela abstinência).

E a Síndrome de dependência: conjunto de fenômenos fisiológicos e comportamentais,


no uso de uma substância alcança prioridade na vida do indivíduo.

A Dependência Química é uma doença complexa. É caracterizado por busca compulsiva


e algumas vezes incontrolável e uso que persiste mesmo diante de consequências
extremamente negativas. Para muitas pessoas a dependência se torna crônica com
possíveis recorrências mesmo após longos períodos de abstinência. A compulsão para
uso de drogas pode tomar conta da vida de uma pessoa.

2.2. Os sintomas da dependência


De acordo com Silveira (2004, p.14), a dependência química é considerada uma doença
crônica, e para ser categorizada como uma patologia existem diversos fatores que
concordam para que se defina esse quadro.
A abstinência e tolerância são os sintomas mais importantes, sendo a abstinência a
manifestação de sintomas fisiológicos e cognitivos normalmente desconfortáveis,
causados pela interrupção do uso e consumo da droga; a tolerância é a necessidade de
doses cada vez maiores e de usos com menos interrupções para se atingir os efeitos
desejados.

Um padrão de uso de substâncias que causam prejuízos físicos e cognitivos


significativos, possuindo três dos seguintes critérios, ocorrendo a qualquer momento no
mesmo período de 12 meses:

 Desejo incontrolável de usar a substância.

 Perda de controle (não conseguir parar depois de ter começado).

 Aumento da tolerância (necessidade de doses maiores para atingir o mesmo


efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor com
uma mesma dose da substância).

 Abstinência.

 Alterações comportamentais decorrentes do uso de substância.

 Diminuição das atividades sociais e interações sociais limitadas, em decorrência


do uso da substância.

 Desejo expresso de interrupção do uso, mas sem conseguir exercer controle


necessário para tal.

 Isolamento social.

 Problemas financeiros.

 Descuido com a aparência e com cuidados pessoais.

2.3. Os tipos de dependência química


Segundo Silveira (2004), os tipos de dependência química se classificam pelas drogas
administradas, podendo ser medicamentos como os ansiolíticos e anticolinérgicos,
repositores hormonais, substâncias lícitas e ilícitas.
2.4. Causa a dependência química
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece, as causas específicas da
dependência química ainda não são totalmente conhecidas, mas alguns estudos indicam
fatores que influenciam diretamente no aumento do risco de alguém se tornar
dependente.

A genética, por exemplo, costuma estar associada à predisposição a desenvolver uma


dependência química, assim como o convívio com outra pessoa que influencie no abuso
de substâncias.

A dependência química não costuma ocorrer a partir do primeiro contato com a


substância. Para que se possa classificar como dependência, é preciso que o usuário
passe por alguns estágios de consumo que variam de acordo com a droga (OMS, 2003).

Ainda que nem todos passem pelas mesmas fases ou tenham o mesmo ritmo, os passos
até a dependência costumam ser:

 Experimentação: ocorre no primeiro contato com a substância, que passa a ser


usada esporadicamente;

 Uso regular: a substância passa a ser usada com mais frequência e, em alguns
casos, há uma tolerância maior aos seus efeitos, o que faz com que a dose
aumente;

 Uso diário: a utilização da substância ocorre diariamente, até mais de uma vez
ao dia, e passa a ser uma preocupação do usuário;

 Dependência química: o usuário perde o controle sobre o uso da droga, há


alterações psicológicas, físicas e comportamentais significativas que trazem
danos ao seu bem-estar e ao de quem faz parte de sua rotina.

2.5. Formas de tratamento e prevenção da dependência química


segundo Marques e Ribeiro (2003), muitas pessoas não sabem que dependência química
é uma doença crônica que possui tratamento. Ela se caracteriza pelo abuso de álcool,
maconha, cocaína, crack ou outras substâncias entorpecentes, lícitas ou ilícitas. Esse
tipo de doença afeta todos os aspectos da vida de um indivíduo e pode ser causado por
múltiplos fatores genéticos, ambientais, sociais, familiares e individuais. A facilidade de
acesso às drogas aumenta a incidência desse transtorno no mundo, tornando o
tratamento e prevenção da dependência química um assunto de saúde pública.

Segundo dados do relatório mundial sobre drogas 2017, elaborado pelo escritório das
nações unidas sobre drogas e crime (unodc), cerca de 250 milhões de pessoas usaram
drogas em 2015; entre elas, aproximadamente 29,5 milhões apresentaram algum tipo de
transtorno relacionado ao consumo dessas substâncias, incluindo dependência química.

O uso de drogas normalmente começa com fins recreativos ou como uma fuga da
realidade. Mas, quando a necessidade de consumi-las passa a ser incontrolável, o
usuário se torna dependente, apresentando distúrbios físicos, emocionais e mentais.
Com o tempo, cria-se tolerância às substâncias e as doses começam a aumentar para se
obter os mesmos efeitos de antes, o que pode levar a uma overdose .

 Tratamentos indicados: A escolha de tratamentos para dependência química


começa com um diagnóstico criterioso, realizado por uma equipe
multidisciplinar, que deve levar em consideração as especificidades de cada
caso. A partir daí, é montada uma estratégia de tratamento personalizada, que
deve ser revista periodicamente, visando o atendimento das múltiplas
necessidades do paciente e a reorganização de sua vida como um todo.

 Desintoxicação: A desintoxicação é apenas uma das fases do tratamento para


dependência química. Essa etapa é considerada a mais crítica, pois o paciente
recebe assistência médica durante um determinado período de tempo —
geralmente 24 horas para a eliminação das drogas do seu organismo.

 Medicamentos: O abuso de drogas pode ser um fator de risco para a contração e


o desenvolvimento de algumas doenças físicas e mentais, tais como
esquizofrenia, depressão, transtorno de personalidade, cirrose, câncer,
insuficiência renal, hiv, hepatite b e c, sífilis, lesões cerebrais e desnutrição;
também pode ser uma consequência de algumas dessas enfermidades.

 Psicoterapias: Diversas abordagens psicoterapêuticas têm sido eficazes no


tratamento da dependência química, entre elas a psicanálise, a terapia cognitivo-
comportamental, a terapia em grupo e a terapia ocupacional. As psicoterapias se
baseiam na aplicação de um conjunto de técnicas e métodos psicológicos,
podendo ter objetivos diferentes, como a solução de problemas, a modificação
de comportamentos e o auxílio no desenvolvimento de novas concepções sobre
si mesmo e o mundo. A opção por uma dessas modalidades depende dos
sintomas apresentados, do grau de evolução do transtorno, da estratégia de
tratamento e da aceitação e personalidade do paciente.

 Internações: De modo geral, as internações são realizadas quando o paciente


necessita de assistência integral e multidisciplinar ou apresenta comportamentos
agressivos e pensamentos suicidas. A lei 10.216/2001, conhecida também como
lei de proteção e direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais, prevê as
formas de internação voluntária, involuntária e compulsória.

 Voluntária: Como o nome sugere, esse tipo de internação é feito com o


consentimento do usuário, com base na avaliação e indicação de uma equipe de
profissionais especializados. Na maioria dos casos, o paciente solicita sua
internação voluntariamente e passa para o tratamento ambulatorial quando
recebe a alta hospitalar.

 Involuntária: A internação involuntária pode ser solicitada por um familiar,


responsável legal ou especialista que acompanha o tratamento, sendo realizada
sem o consentimento do dependente químico. Em geral, o usuário não tem a
percepção crítica da necessidade de internação e oferece risco iminente para si
mesmo ou para outras pessoas.

 Compulsória: A internação compulsória é determinada pela justiça mediante


um pedido formal de um médico, que precisa fazer um laudo atestando que a
pessoa não tem condições físicas e psicológicas para procurar tratamento sem
intervenção de um terceiro. Quando falamos de abuso de drogas e dependência
química, informação e conscientização são essenciais.

Algumas drogas são lícitas como o álcool e alguns remédios. O álcool apresenta no
dependente, sérios prejuízos psicológicos e relacionais a longo prazo. No entanto, as
drogas que são chamadas de ilícitas (como os psicoativos), caracterizam prejuízos
psicológicos a curto prazo.

Entre as formas de tratamento que os empregadores podem utilizar para prevenir e


cuidar da dependência química é a conscientização e disseminação de informação
correta, em primeiro lugar. Investir em iniciativas de prevenção é manter a saúde
social em conformidade com as diretrizes internacionais.

Em segundo lugar, reconhecendo o problema, a pessoa deverá ser indicada para o


profissional da saúde, psicólogo, médico do trabalho ou assistente social.

Mesmo que o consumo abusivo de drogas ainda seja alto e envolva as relações de
trabalho, os profissionais de saúde ocupacional devem enfrentar a complexidade do
problema de forma individual.

Para o dependente químico receber um tratamento adequado, ele precisa ser atendido
nas 3 esferas: psicológica, física e social. Por isso é preciso uma equipe multidisciplinar
que o ajude a lidar com esse problema.

Neste caso, a psicoterapia é indicada para tratamentos de dependentes químicos cuja


atuação multidisciplinar gera um acompanhamento profissional adequado ao indivíduo
e à família.

2.6. O papel da família no tratamento da dependência química


Conforme Fracasso 2004, o uso de drogas tem um impacto muito grande nas relações
sociais e principalmente no âmbito familiar do usuário, portanto, para que haja uma
possibilidade de recuperação a família é de fundamental importância, já que ela é um
ponto de equilíbrio e sustentação e seus vínculos servem como base para reestruturação
da vida dos dependentes.

Entretanto, vale ressaltar o impacto que a família é submetida tendo vista o sofrimento
que passa em detrimento o uso de drogas por seus membros, já que, o contexto
emocional é tão devastador quanto as reações que o usuário de drogas possa a ter.

Existem algumas características que são peculiares aos impactos pelo qual a os
membros da família passam, em primeiro momento ocorre o mecanismo de negação,
tensão e desentendimento e a não aceitação de tal fato do uso abuso das substância
entorpecentes, entretanto o quadro se agrava com mentiras e cumplicidades e com
ilusão de que as drogas não estão causando maiores problemas familiares.

Em consequência de todo a dinâmica desestruturação familiar. Seus membros acabam


por assumir papeis rígidos e previsíveis, servido de facilitadores, já que, as famílias se
responsabilizam por atos que não são seus, propiciando ao dependente químico se
eximir de responsabilidades e da oportunidade de perceber as consequências do uso
abusivo das drogas.

Assim essas atitudes diante da problemática incide na exaustão emocional, podendo


surgir graves distúrbios de comportamentos e de saúde todos os envolvidos nesse
ambiente familiar.

Nesse sentido, o desespero e a fragilidade emocional pelo qual a família está passando é
tão grande que quase sempre atrapalha de exercer adequadamente seus papéis. Assim é
importante que a família que possui um membro com dependência química receba
assistência de profissionais qualificados e sensíveis, capacitados para prepara-la ao
enfrentamento da situação visto que a família representa a principal rede de apoio desse
indivíduo.

Enfim, a família também precisa ter um acompanhamento terapêutico para aprender a


lidar com as situações imposta pelo familiar dependente químico, pois essa sofre uma
sobrecarga de seu familiar acometido pela dependência, visto ser submetida a desgastes
físicos e emocionais e com potencial significativo para o adoecimento.
VI – CONCLUSÕES
A dependência química é o resultado de um distúrbio no qual o usuário de álcool,
drogas ou medicamentos, por exemplo, perde o controle sobre o uso ou consumo dessas
substâncias.

O que muitas vezes começa como um hobby, um hábito ou uma simples aventura, pode
se tornar uma prática abusiva e muito frequente, que gera impactos em diferentes
esferas da sua vida, prejudicando as relações familiares, de trabalho e sociais e, por
consequência, trazendo inúmeros malefícios psicológicos e até físicos.

Antes mesmo de o usuário se encontrar neste estágio de vício é fundamental identificar


quais questões levam essa pessoa a precisar de uma substância de forma tão obsessiva e
compulsiva.

E ninguém melhor do que um psicólogo para tentar ajudar o paciente a entender quais


são os reais motivos pela busca incessante por algo que o tire da realidade e acabe o
levando para um mundo novo, de fantasia.

O interesse do ser humano pelo uso de substâncias que oferecem sensações de prazer,
tranqüilidade e poder, vem desde os primórdios da civilização humana, porém, nunca a
humanidade se deparou com um problema social e de saúde tão grave como o que se
tem hoje, provocado pelo uso abusivo de determinadas substâncias lícitas ou ilícitas,
como o álcool e outras drogas.

A situação tomou proporções incontroláveis, atingindo indivíduos desde a mais tenra


idade e se expandindo assustadoramente em nossa juventude e idade adulta. Além disso,
as características das drogas utilizadas, desde o álcool destilado até o uso contínuo e
crescente de outras drogas, estão destruindo cérebros, famílias e sociedade em geral.
Toda esta problemática ainda vem acompanhada de um agravante maior, o monstro do
tráfico, que é idealizado e realizado pela ganância inescrupulosa de alguns indivíduos
criminosos e alimentado quase compulsivamente pelo usuário.

A situação está aí, posta de forma assustadora e cabe, também, a nós profissionais de
saúde e de enfermagem, buscar conhecimentos e soluções para o enfrentamento do
problema, contribuindo coletivamente para uma sociedade mais saudável.
A realização deste trabalho oportunizou uma aproximação com a problemática, dentro
dos parâmetros de iniciação da pesquisa, permeada pelos princípios científicos,
ampliando conhecimentos e propiciando com os participantes momentos de reflexão e
descobertas dentro deste processo de cuidados.

O interesse de estudar este tema surgiu primeiramente na minha trajetória de vida, pois,
bastava olhar para os lados e o problema estava ali, bem presente, assustador. Depois na
minha vida acadêmica e profissional, inclusive com atuação em trabalhos voluntários
nesta área, que me trazem inquietações diárias na minha prática de ser e fazer
enfermagem, na arte de cuidar de pessoas que convivem com a problemática da
dependência química, muitas vezes abandonadas, descriminadas e desesperançadas.

O desenvolvimento do estudo só foi possível pela participação e receptividade dos


residentes, que através de um sentimento de confiança facilitaram a realização do
mesmo. No decorrer da pesquisa, os residentes mostraram-se confiantes para
compartilhar suas vivências, experiências, percepções, emoções e sentimentos, como
também o esforço para manterem-se no tratamento a caminho do processo de
recuperação.

Entende-se que este estudo pode esclarecer e produziu conhecimentos sobre o tema
pesquisado, oferecendo benefícios aos participantes, tanto pelos momentos de reflexão
oportunizados pela pesquisa, como também, com a produção dos resultados.
Entendemos que além de estudar e pesquisar o tema, foi, também de essencial
importância ouvir o paciente, neste caso, o residente em processo de recuperação da
Comunidade Terapêutica, pois, ele em alguns momentos, é o único que pode esclarecer
alguns aspectos, só percebidos e sentidos por quem vivencia a experiência e é a pessoa
mais importante neste processo de ajuda.

Em suma, o desenvolvimento e conclusão deste trabalho me fez sentir realizado, pois,


acredito ter colaborado tanto pela participação no estágio, como pelos conhecimentos
repassados nestes textos, de grande importância não só para o serviço de saúde e
profissionais de saúde, mas para todo cidadão envolvido com a melhoria da qualidade
do atendimento a esta clientela.
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