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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Anna Laura Andrade Oikawa


Leonardo Havandjian
Lucian Rubert Ramos Ambros
Thais Oliveira da Silva
Vanessa Rondine Borges Teixeira

Estudo de caso

São Paulo
2023
Anna Laura Andrade Oikawa
Leonardo Havandjian
Lucian Rubert Ramos Ambros
Thais Oliveira da Silva
Vanessa Rondine Borges Teixeira

Estudo de caso

Trabalho referente à Atividade 5 da disciplina


de Processos Psicológicos Básicos do curso
de Psicologia.

São Paulo
2023
“A importância do psicólogo nas intervenções, manejo, tratamento e prevenção
do abuso de drogas."

São consideradas drogas, substâncias psicoativas que modificam o estado de


consciência do indivíduo, interferindo no funcionamento dos neurotransmissores e
provocando alterações no comportamento e nos processos psicológicos básicos que
envolvem percepção, pensamento, memória, entre outros.
O álcool é uma das drogas mais comuns na vida cotidiana e, por ser uma droga
lícita, existe uma facilidade maior para o consumo. Apesar da licitude desta droga,
muitas vezes ela é porta de abertura para demais drogas, principalmente as ilícitas.
Estudos revelam que o álcool é a droga mais utilizada por jovens e estudantes, sendo o
tabaco a segunda droga mais utilizada. O abuso do álcool e de outras drogas é mais
observada em adolescentes, jovens e adultos do que na população geral, pois nessa
fase o contexto sociocultural pode funcionar como reforçador para o consumo de álcool
e outras drogas.

As causas que levam uma pessoa a se tornar um dependente químico são


diversas e quase nunca aparecem isoladamente. Fatores que influenciam a condição
do dependente químico são variáveis, podendo incluir um ambiente familiar fragilizado,
a influência de amigos, problemas emocionais e psicológicos, desejo de fuga da
realidade, busca por “alívio” e até mesmo predisposição biológica. Influências culturais
e por meio de grupos sociais podem contribuir com o uso de álcool e outras drogas,
além da pressão social de pertencimento que também pode ser fator influenciador para
o uso de substâncias psicoativas, visto que socialmente a bebida assume um caráter
de integração e socialização.

Apesar das campanhas antidrogas e da disponibilidade de informações a


respeito das consequências negativas do seu uso, o número de usuários aumenta cada
dia mais, tornando o acesso a essas substâncias ainda mais fáceis e fazendo crescer o
número de dependentes.

Existem vários métodos para redução do risco de uso de entorpecentes por


parte de psicólogos e profissionais da área da saúde. O enfoque de redução de riscos
tem como objetivo ajudar indivíduos que têm algum tipo de comportamento de risco
(como o abuso de drogas ou a realização do ato sexual desprotegido) enfatizando a
importância da saúde e da responsabilidade pessoal.
A redução de riscos também se aplica à prevenção de DST (doenças
sexualmente transmissíveis)/IST (infecções sexualmente transmissíveis) uma vez que
o consumo excessivo do álcool associado a um comportamento sexual impulsivo e
inconsequente também está diretamente relacionado a DST/IST pois quando o sexo é
praticado sob efeito de álcool ou outras drogas, as pessoas tendem a ter múltiplos
parceiros e a não utilizar preservativo, portanto, o controle do uso de drogas é um fator
importante para a redução destes tipos de novas infecções/doenças sexualmente
transmissíveis.

Temos diversos métodos de abordagem para prevenção e manejo de drogas,


dentre eles estão rodas de conversas, grupos de sociodrama (teatro) e jogos que
podem conscientizar os usuários destas substâncias sobre os impactos que tem na
vida cotidiana.

Desta forma, o profissional de Psicologia tem um papel fundamental de ajudar o


paciente a compreender os fatores, acontecimentos e influências que contribuíram para
a instalação da adicção (ou seja, ajuda-lo reconhecer a origem do vício) para que
assim se possa descobrir possíveis maneiras e estratégias de lidar com a dependência
e/ou abstinência da droga.

De acordo com KARKOW et al(2005), o tratamento para dependência química


precisa envolver mudanças cognitivo-comportamentais por meio de treinamento de
habilidades, reestruturação cognitiva e intervenção no estilo de vida dos pacientes.
Considerando isso, a Psicologia faz uso da metodologia de observação participante,
que envolve o uso do cotidiano dos pacientes como espaço social de pesquisa e
intervenção, com o objetivo de promover a manutenção do processo de abstinência
durante o tratamento.

Por meio de sessões de conversa e de testes psicológicos, este profissional


poderá ajudar o paciente a identificar a causa e os sintomas do vício e poderá agir
direcionando seu trabalho objetivamente para cada pessoa, visto que cada indivíduo é
único e possui razões e características diferentes que o levam à dependência.

O Psicólogo pode ajudar na reintegração social desse usuário, auxiliando-o a


entender os conflitos e as emoções que levam ao uso da droga, levando em conta três
aspectos principais: as características pessoais do dependente, a natureza do
ambiente em que vive e as características do vício, além de ter conhecimento de como
as drogas são usadas e a frequência desse uso.

Por isso, para que viciados em drogas tenham uma melhor reintegração aos
seus ambientes sociais, é necessário apoio de profissionais qualificados que os ajudem
a se libertar do consumo de drogas.

Vale destacar que, em publicação (CFP, 2023) recente no site do Conselho


Federal de Psicologia (CFP), tivemos um diálogo para a colaboração do CFP com o
Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde para
discutir as políticas de saúde mental e drogas, destacando a missão institucional do
CFP em servir como órgão consultivo em questões relacionadas à Psicologia

Referencias:

DÉA, Hilda. A inserção do psicólogo no trabalho de prevenção ao abuso de álcool


e outras drogas, São Paulo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
Departamento de Psicologia do Desenvolvimento,2004. Disponivel
em:https://www.scielo.br/j/pcp/a/36htZtV8MhRkNcJmDTmw7rN/abstract/?lang=pt

KARKOW, Mônica, CAMINHA, Renato, BENETTI, Sílvia. Mecanismos terapêuticos


na dependência química. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, Rio de
Janeiro dez. 2005. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1808-56872005000200013 Acessado em: 06/04/2023

LIMA, Aluísio. Dependência de Drogas e Psicologia Social: Um estudo sobre o


sentido das oficinas terapêuticas e o uso de drogas a partir da teoria de
identidade, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil, 2008. Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/psoc/a/9bZdr3zfr5YYtyb3m8c5KZS/?lang=pt&format=pdf

SARTES, Laisa. Almeida, Érica. Souza, Karine. Inserção das Estratégias Cognitivo-
Comportamentais no CAPS Álcool e Drogas. Universidade Federal de Juiz de Fora,
Juiz de Fora, MG, Brasil, 2022. Disponivel
em:https://www.scielo.br/j/pcp/a/SWqKwjNPYqVm7THwWKKCVCm/?
lang=pt&format=pdf

Conselho Federal de Psicologia. Disponível em: https://site.cfp.org.br/drogas-e-


saude-mental-reuniao-entre-cfp-e-ministerio-da-saude/

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