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Dinâmica Drogas

1. Explica ao grupo para observarem as seguintes substâncias: CHICLETE,


CHOCOLATE, CAFÉ E COCA-COLA.

2. Solicitar que cada participante responda com que frequência consome


essas substâncias:
o consome todos os dias;
o consome pelo menos uma vez por semana
o consome pelo menos uma vez por mês
o experimentou pelo menos uma vez na vida

3. Agora o facilitador explica que os produtos escolhidos para o exercício


contêm algumas substâncias que são estimulantes: o café e a coca-cola contêm
cafeína,
o chocolate e o chiclete têm açúcar, que também é estimulante.
A chiclete, por sua vez, pode ser considerada um diminuidor de
ansiedade por ser mastigado compulsivamente.
4. O facilitador explica que o exercício diz respeito à frequência do
consumo de drogas. Explica que a UNESCO, um órgão ligado à ONU (Organização das
Nações Unidas), que trabalha com educação e cultura, distingue quatro tipos de
usuários de drogas:

a. o experimentador - limita-se a experimentar uma ou várias drogas (ou


substâncias), por diversos motivos, como curiosidade, desejo de novas experiências,
pressões do grupo de pares, da publicidade, etc. Na grande maioria dos casos, o
contato com a substância não passa das primeiras experiências;
b. o consumidor ocasional - utiliza um ou vários produtos, de vez em
quando, se o ambiente for favorável e a droga disponível. Não há dependência nem
ruptura das relações afetivas, profissionais e sociais;
c. o consumidor habitual ou "funcional" - faz uso frequente de drogas.
Nas suas relações já se observa sinais de ruptura. Mesmo assim, ainda "funciona"
socialmente, embora de forma precária e correndo riscos de dependência;
d. o consumidor dependente ou "disfuncional" - vive pela droga e para a
droga, quase exclusivamente. Como consequência, rompem-se os seus vínculos
sociais, o que provoca isolamento e marginalização, acompanhados eventualmente de
decadência física e moral.

5. Colocar a questão: “o que podemos fazer para ajudar?”


Explicar a existência dos centros de tratamento, o trabalho rxistente na
divisão da ação social da CMPF e o papel do Psicólogo na intervenção com
dependentes de substâncias.

Eu queria ajudar...
O que poderíamos fazer para ajudar alguém que conhecemos e que
está usando drogas?
Uma pergunta difícil, que não tem resposta pronta. O que sabemos é
que só ficar falando, falando, não adianta.
É preciso ficar claro na cabeça de todo mundo que a droga dá prazer,
não adianta fingir o contrário. É enganar a si mesmo.
Entretanto, se para obter prazer uma pessoa precisa de drogas, isto
significa, no mínimo, que ela não está tendo experiências prazerosas em
outras situações de vida. Assim, é importante que a família, os amigos e a
escola proporcionem opções gostosas de lazer, de esportes, de trabalho,
além de uma conversa mais franca e menos repressiva.
Outra questão importante para ajudar uma pessoa que está se
utilizando de drogas é evitar desvalorizá-la, julgá-la. É melhor mostrar que
tem muita coisa interessante para se fazer na vida, que o prazer da droga
passa rápido enquanto que o prazer que se tem numa amizade, num
namoro, é muito mais duradouro e gostoso. Tomar drogas também não
resolve problemas; pelo contrário, passada a ressaca, os problemas
continuam.
Se você der essa força, já é um primeiro passo. Mas, se a pessoa for
dependente da droga, isto é, usa a droga todos os dias e não consegue ficar
sem ela, é importante procurar o auxílio de profissionais competentes nesta
área para apoiar efetivamente o usuário a largar a droga.

O papel do psicólogo na dependência química

É fundamental para o sucesso do tratamento. O indivíduo não é só corpo. Ele é


corpo e mente. Enquanto os remédios tratam da parte química do organismo, o
psicólogo cuida da mente do dependente. Com as suas intervenções, o psicólogo altera
os pensamentos do indivíduo e a sua relação com a droga.

Como o psicólogo atua?


O papel do psicólogo na dependência química é baseado na reestruturação
dos pensamentos do indivíduo. Primeiro procura-se entender a relação do sujeito com
as drogas. O papel do psicólogo na dependência química fundament-se na escuta
compreensiva sobre o sujeito. Seu olhar vai para além da doença em si. O psicólogo
procura compreender a história do sujeito, as suas motivações e razões, ajudando
o dependente a encontrar outras soluções para os seus problemas. O psicólogo ajudar
o indivíduo no processo de autonomia. Por isso, o papel do psicólogo na dependência
química não se baseia numa visão punitiva. O foco do psicólogo ajudar a que o
indivíduo pare de usar a substância e fazê-lo entender que ele é dono de sua existência
e que não precisa de algo para o controlar. Não precisa das drogas para ser feliz, para
deixar de ser tímido, para ser reconhecido, ou para qualquer motivo que seja.
O papel do psicólogo na dependência química torna-se ainda mais
indispensável quando o dependente tem certas áreas da vida comprometidas. É facto
que a dependência química afeta as áreas financeira, social, cognitiva, emocional do
sujeito. Em muitos casos, o indivíduo não sabe como lidar com essas implicações.
Como a droga causa um efeito de sensação de prazer, ele pode aumentar ainda mais o
uso para fugir dos problemas.
O psicólogo também vai trabalhar com a família do dependente químico. Em
qualquer tratamento contra uma doença, a família precisa ser suporte. Com a
dependência química não é diferente. Entretanto, a família também precisa de
cuidados para que possa cuidar do familiar dependente. Desta forma, o psicólogo vai
ajudar a família nesse processo trabalhando a comunicação entre eles.

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