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RITA A MENINA

HIPERACTIVA

Drª Maria Goreti Rodrigues 1


NOTA AOS PAIS

Ð A hiperactividade é um transtorno de
comportamento cujas causas ainda não se conhecem
muito bem.
Ð As explicações que são dadas neste livro devem ser
consideradas como uma forma simples de
apresentar o transtorno às crianças.
Ð Para conhecer mais detalhes sobre este tema
devem consultar um médico especialista nesta área
ou um psicólogo

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Ð A Rita é uma menina de seis anos que vive
numa grande cidade com os seus pais e
com os seus irmãos mais velhos.
Ð Há três anos que frequenta a escola
primária, tem sido muito difícil.
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Ð Todos os dias a sua professora, Dona
Gabriela, fica zangada. Já chamou os seus
pais para se queixar do seu comportamento
na escola.

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Ð Ela diz que a Rita é um menina muito irrequieto. Incomoda os
seus colegas com muito frequência: empurra-os quando entra
e sai da sala, tira-lhe as coisas e não os deixa fazer os
trabalhos.

Ð Alem disso, mexe-se constantemente, levanta-se do seu lugar


e passeia de sitio para outro, sem ser necessário. Brinca com
todo que tem à mão, come o lápis, borracha, até papel.
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Ð O que mais preocupa a Professora Gabriela, é que a Rita
parece não estar com atenção a nada que ela ensina.
Ð Quando explica algo aos meninos, a Rita olha para outro sitio
ou entretém-se a pintar ou a brincar com o lápis ou borracha.

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Ð Quando a professora pede para fazer alguma coisa, a Rita
começa com muito interesse mas, em pouco tempo,
levanta-se do seu lugar deixando o trabalho sem terminar.
Ð Às vezes, o que faz é completamente diferente do que a
professora pede.

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Ð Quando os pais foram falar com a professora, explicaram que
em casa a Rita também é assim.
Ð Quando está a comer não para quieta na cadeira, levanta-se
da mesa sem dizer nada, brinca com os talheres ou com a
comida, interrompe os pais quando estes estão a falar e,
quase todos os dias entorna agua ou comida.
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Ð Os irmãos também ficam muitas vezes zangados.
Quando eles estão a estudar a Rita faz barulho.
Rasga ou suja os trabalhos deles, parte os jogos ou
perde peças.
Ð Em casa ninguém está tranquilo até a Rita ir para a
cama e adormecer.
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Ð Muitas vezes a Rita diz mentiras e parte coisas.
Ð Quando os pais falam com ela, a Rita promete que
se vai portar bem. Diz que não vai incomodar os seu
colegas da escola e que vai fazer tudo que a
professora Gabriela manda.

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Ð Mas, todos os dias repete-se a mesma história. Ou tem
problemas com os colegas da escola ou aborrece os irmãos.
Ð Na realidade, a Rita é uma menina que não tem amigos.
Ninguém quer brincar com ela. Tudo isto porque ela não
segue as regras dos jogos e muitas vezes aborrece-se e
grita.

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Ð Depois da professora ouvir todas as queixas dos pais, pensou
que talvez a Rita não tinha culpa de se comportar assim.
Talvez existia algo que a impedia de se comportar como os
outros meninos e que precisava de ajuda.
Ð Aconselhou os pais a irem falar com o Pediatra ou com um
psicólogo.

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Ð A Primeira coisa que fizeram foi consultar o pediatra da Rita.
Ele ouvi-ou e enviou-os para um Pedo-psiquiatra, o Dr. Paulo .
Ð Depois de o Dr. Paulo ter ouvido os pais da Rita, achou que
era necessário fazer um estudo mais profundo da situação.

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Ð Nas semanas seguintes, a Rita falou muitas vezes com o Dr.
Paulo.
Ð Ela contou-lhe tudo o que acontecia na escola e em casa e que
não queria portar-se mal, mas por muito que tentava, não
conseguia evitar, parecia que alguma coisa a levava a fazer as
coisas.
Ð Por exemplo, queria estar quieta na cadeira, mas em pouco
tempo sentia necessidade de se levantar.

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Ð O Dr. Paulo também falou muitas vezes com os pais da Rita.
Perguntou-lhe várias coisas; como tinha sido a gravidez e o
parto, se a Rita teve alguma doença grave quando pequenina,
se sempre foi uma menina irrequieta e muitas mais coisas.

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Ð Finalmente, o Dr. Paulo decidiu que já sabia o que se passava:
A Rita é uma menina hiperactiva.
Ð Hiperactividade – explicou aos pais – quer dizer que o
cérebro da criança trabalha muito mais depressa do que o
normal.
Ð Por isso, a Rita mexe-se muito, não para de falar, é
irrequieta, não para nem um minuto.
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Ð Quando receberam o resultado do estudo, os pais da Rita
ficaram assustados, mas o Dr. Paulo tranquilizou-os. Disse-
lhes que a hiperactividade é algo complicado mas que não é
grave. Requer é compreensão por parte de todas as pessoas
que fazem parte da vida da criança.
Ð Com o tempo, a Rita vai começar a comportar-se como as
outras crianças, mas que tanto a Rita como os pais vão
precisar de uma ajuda.
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Ð Dr. Paulo explicou a Rita que o cérebro é como um motor de
um automóvel: quando se acelera o motor o carro anda muito
depressa.
Ð Cada pessoa tem um cérebro diferente. Algumas crianças
têm um cérebro que anda mais devagar do que o normal e
outras crianças têm um cérebro que anda muito depressa.
Estes meninos que têm um cérebro que anda muito depressa
chamam-se Hiperactivos.
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Ð As crianças Hiperactivas têm que estar sempre a fazer
alguma coisa, não conseguem estar quietos durante muito
tempo.
Ð Também acontece que quando estão muito tempo a fazer
alguma coisa, o cérebro exige que mudem e por isso deixam
sem terminar o que começaram a fazer.

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Ð Mas, se não se ensina o cérebro a andar mais devagar, as
consequências para a criança hiperactiva são muito
desagradáveis; não consegue aprender coisas importantes na
escola e os professores não ficam muito contentes.
Ð Se não trata com respeito os seus colegas, nunca vem a ter
amigos e fica sozinho.

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Ð O Dr. Paulo disse aos pais da Rita que existiam um
comprimidos que ela poderia tomar durante algum tempo e
que poderiam ajudá-la a sentir-se melhor, a estar com mais
atenção ás coisas e mexer-se menos.

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Ð No entanto, a melhor solução para os seus problemas seria
consultar um Psicólogo. Os Psicólogos podem explicar aos
pais, professores e a outros familiares das crianças
hiperactivas formas e métodos eficazes para tratar os seus
problemas de comportamento em casa e na escola.

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Ð Alem disso, o Psicólogo pode ensinar à Rita umas técnicas
para melhorar a sua capacidade de atenção e para resolver
os conflitos com os colegas.
Ð Assim, a Rita vai, pouco a pouco, controlar a sua
hiperactividade e aprender a dar-se melhor com todos.

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Ð Seguindo os conselhos do Dr. Paulo, os pais da Rita
deram todos os dias antes de ir para a escola um
comprimido “anti-hiperactividade”.
Ð Também encontraram um Psicólogo que, dois dias
por semana ensinava a Rita técnicas para controlar
o comportamento e a estar mais atenta às coisas.
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Ð A Rita anda muito mais tranquila, os colegas são mais amigos
e gostam de brincar com ela.
Ð A Professora Gabriela nomeou-a a sua ajudante, e de vez em
quando, manda-a tratar de recados para ela se poder mexer
um pouco dentro da sala e na escola.

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Ð Em casa, aprendeu a respeitar os seus pais e os seus irmãos;
pede para poder mudar o canal de televisão, não se aborrece
com os irmãos quando estes estão ocupados a estudar e não
podem brincar com ela.
Ð Devido às melhorias no seu comportamento, os seu pais
prometeram que no Verão a levavam ao Oceanário.

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Ð Antes, a Rita era uma menina muito agressiva e mal
humorada, com quem ninguém queria brincar ou passar tempo.
Ð Mas, agora todos se dão bem com ela. Tem feito muitos
amigos e já não diz mentiras. Poucas vezes pega-se com os
outros.

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™ Todos compreenderam que a Rita era uma menina
diferente e que devido a velocidade que trabalhava
o seu cérebro, às vezes tinha que mexer-se um
pouco e mudar de actividade depois de algum
tempo.
™ Agora A Rita è uma menina muito mais feliz.
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Q Esta história explica a Hiperactividade
como um problema de comportamento de
que as crianças não são responsáveis. Aqui
mostram-se as principais características da
Hiperactividade e as ajudas que as
crianças, pais e professores podem receber
dos médicos e psicólogos. Para poder ajudar
estas crianças é importante conhecer bem
o que representa a hiperactividade.

Q Esta história é uma adaptação de “Rubem o


Nino Hiperactivo” de E. Manuel Garcia
Pérez.

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