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Os pais devem contornar a situação com firmeza, sem apelar para gritos ou palmadas
Segundo a psicóloga Dora Lorch, autora do livro “Superdicas para Educar bem seu
Filho” (Editora Saraiva), enquanto as crianças não sabem lidar com o “não”, só os pais
podem tomar uma atitude capaz de melhorar a situação. Foi o caso da especialista em
mídias sociais Samantha Shiraishi, mãe de dois meninos e autora do blog “A Vida
Como a Vida Quer”.
Arquivo pessoal
Samantha e os filhos: autocontrole foi determinante na educação de Giorgio
Quando era pequeno, Giorgio, hoje com nove anos, queria comer um pacote inteiro de
balas de uma só vez. Ao proibi-lo, o menino deu um escândalo no meio do metrô. Na
hora, sem perder o controle, Samantha determinou que ele não poderia mais comer
aquela bala enquanto não aprendesse a se comportar em público. “Até hoje, quando
alguém oferece a bala, ele lembra que é a ‘bala proibida’”, diz a mãe.
Segundo especialistas e mães, táticas como esta podem ser muito efetivas para lidar com
as birras infantis. Leia outras dicas práticas para ajudar seu filho a aprender a se
comportar.
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Quanto mais atenção os pais derem à birra do filho, pior será o comportamento dele
Para o psiquiatra e educador Içami Tiba, autor de “Disciplina: Limite na Medida Certa”
(Integrare Editora), as crianças precisam passar pelo estresse de perder a segurança na
hora da birra. “Se ela se sente insegura, muda. A criança fica preocupada se os pais a
deixam”. Rafaela, hoje com nove anos, nunca mais teve qualquer comportamento
parecido.
Se a criança começa a desarrumar a sala logo após uma arrumação, os pais não precisam
proibi-la, mas podem deixar claro que ela terá que arrumar tudo depois. Algumas coisas
podem e devem ser negociadas com a criança. Afinal, será que 10 minutinhos a mais no
parquinho é um grande transtorno? “Essa flexibilidade também pode ser benéfica”,
concorda João David.
Por isso, o adulto deve sentar com ela e explicar que sabe como ela se sente, mas agora
não é possível ter o que ela quer, pela razão que for. Descobrir as razões infantis
também é necessário. Às vezes, a criança pode muda de comportamento por uma razão
não aparente, como o nascimento de um irmão mais novo ou a volta da mãe ao trabalho.
“Ao ser questionada, a criança vai explicar com menos ou mais recursos, dependendo
da idade, e tudo vai ficando mais fácil”, diz Dora Lorch.
8. Distraia a criança
Segundo Quézia Bombonatto, em certas situações chamar a atenção da criança para
outra coisa pode ser a melhor saída para a birra. Especialmente quando o
comportamento desanda em locais públicos. Fazê-la rir ou distraí-la com outro atrativo
costuma ser efetivo e a criança pode esquecer a razão do escândalo que estava fazendo
minutos atrás.