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FACULDADE SANTA MARCELINA

UNIDADE ITAQUERA

PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

CAMILA DA CUNHA CETRA

CATHARINA DE LOURDES ISIDORO DA CUNHA

DAMARIS ARAUJO DE OLIVEIRA

GABRIELA ARAUJO

JOÃO VITOR OLIVEIRA LIMA

PEDRO PAULO BELARMINO SILVA

ANSIEDADE NA ADOLECÊNCIA E DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA


São Paulo

2023

CAMILA DA CUNHA CETRA

CATHARINA DE LOURDES ISIDORO DA CUNHA

DAMARIS ARAUJO DE OLIVEIRA

GABRIELA ARAUJO

JOÃO VITOR OLIVEIRA LIMA

PEDRO PAULO BELARMINO SILVA

ANSIEDADE NA ADOLECÊNCIA E DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA

Projeto integrativo apresentado à disciplina Projeto


Interdisciplinar I, do curso de Graduação em
Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina.

Orientador (a): Prof.ª Dr.ª Maria Claudia Moreira da


Silva
São Paulo

2023

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................01
1.1 Dados epidemiológicos........................................................................
01
1.2 Sintomatologia.......................................................................................
02
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral........................................................................................ 03
2.2 Objetivos específicos ........................................................................... 03
3. MÉTODO ........................................................................................................ 04
3.1 Tipo de estudo........................................................................................... 04
3.2 Procedimentos para coleta de dados........................................................ 04
3.3 Método e técnica de coleta dos dados..................................................... 04

3.4 Amostra.....................................................................................................
05

4. RESULTADOS DISCUSSÃO..........................................................................
06

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 07

ANEXO 1....................................................................................................................
07
APÊNDICE 1 .............................................................................................................
08
6. REFERÊNCIAS ..............................................................................................
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1

1. INTRODUÇÃO

O transtorno de ansiedade é definido atualmente, como a preocupação


excessiva e persistente sobre algo, além do medo exagerado sobre alguma
situação ou hipótese. Também é referido por muitos como sensação continua sobre
algo ruim ou desastre que pode acontecer a qualquer momento.
Ademais, os transtornos de ansiedade afetam mais de 450 milhões de
pessoas no mundo, cujo sintomas de ansiedade sejam o fator primário. Outros
sintomas são frequentes nos transtornos de ansiedade, como doenças
cardiovasculares e renais. Este transtorno acomete as atividades diárias do
indivíduo, pois muitos deixam de fazer atividades de rotina por medo de crises ou
sintomas. (SOBRINHO, MADALENA e COSTA, 2020).
Crianças e adolescentes ansiosos costumam apresentar altas taxas de
comorbidade com outros transtornos psiquiátricos, em frequência maior do que em
adultos ansiosos (BAHLS, 2002). Goodyer e Cooper (1993) destacam que os
transtornos depressivos em crianças e adolescentes, em 40% dos casos, associam-
se a comorbidades como transtornos de ansiedade e, em 15% dos casos, com
transtornos de conduta.

1.1 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

Em todo o mundo, a depressão é uma das principais causas de doença e


incapacidade entre adolescentes geralmente iniciando-se a partir dos 14 anos de
idade, trazendo consequências a saúde mental da população adolescentes sendo
estendida até a fase adulta com isso prejudicando a saúde física e mental limitando
futuras oportunidade podendo chegar ao seu nível limite que é o suicídio.

As condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de


doenças e lesões da população de 13 á 19 anos, para que possa melhorar as
condições mentais e físicas da população depressiva é fundamental uma ação de
promoção e preventiva a saúde mental.
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1.2 SINTOMATOLOGIA
A ansiedade por não ser tratada ou acompanhada, pode ter o surgimento de
enfermidades psicossomáticas, doenças essas que prejudicam, como gastrite,
úlceras, colites, taquicardia, hipertensão, cefaleia e alergias.
As perturbações da ansiedade são frequentes na adolescência e provocam
situações problemáticas na família, na escola/colégio e socialmente. O médico
clínico da família pode acompanhar esses jovens e seu desenvolvimento tanto para
melhora quanto piora, e assim definir um tratamento ou direcioná-lo para o
acompanhamento correto. O jovem/adolescente precisa ter confiança no médico
que está o auxiliando e tratando seu caso quanto o apoio da família e controlar a
evolução e prevenir situações de risco do jovem será essencial nesse momento,
considerando sempre que um transtorno de ansiedade não tratado dá início e
suporte a um transtorno depressivo mais complexo e com um fim irreversível
(Ranña, 2001).
Este projeto visa o estudo da ansiedade associada ao crescimento, as
tecnologias e a visão do futuro dos jovens brasileiros de 10 a 19 anos, com o apoio
de artigos e embasamento científico vamos estudar e compreender melhor o mundo
em que vivem os adolescentes e suas formas de ver o mundo atreladas a sua
criação de base e o que o mundo atual lhes oferece versus as condições que tem
dentro de casa e sua relação com a pandemia e seus cárceres.
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral


Explorar na literatura cientifica os fatores relacionados com a ansiedade na
adolescência e suas consequências
2.2 Objetivo específico
Descrever as medidas de enfrentamento acerca da ansiedade na adolescência.
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3. METODO

3.1 Tipo de estudo


Várias bases eletrônicas de dados foram pesquisadas. Foram considerados
critérios de inclusão: estudos epidemiológicos de base populacional; observacionais;
com instrumentos validados; publicados em inglês, espanhol ou português; E artigos
publicados a partir do ano de 2009 com foco em populações de crianças e
adolescentes brasileiros.
3.2 Procedimentos para coleta de dados
A coleta dos dados foi realizada por meio de consulta informatizada no banco de
dados bibliográficos da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em que os termos
utilizados nesta pesquisa foram consultados na lista de descritores em Ciências
da Saúde (DECs).
Foram incluídos os artigos indexados nas bases de dados: Literatura
Latino-Americana em Ciências de Saúde (LILACS), Base de Dados
Bibliográficos Especializada na Área de Enfermagem do Brasil (BDENF) e
Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), além de livros e publicações
científicas.
Na etapa subsequente, foram selecionados os artigos de interesse para o
projeto, considerando-se como critérios: artigos da área da saúde, ser um
trabalho desenvolvido em âmbito nacional; ter sido publicado nos últimos cinco
anos ou a partir de 2009; estar disponível na íntegra em português online e
abordar no resumo e/ou no título características e/ou aspectos sobre:
ANSIEDADE NA ADOLECÊNCIA E DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA.

3.3 Método e técnica de coleta dos dados


A partir dessa busca, realizou-se leitura exploratória que se constitui na
verificação dos resumos com a finalidade de selecionar os artigos relacionados
ao objeto de estudo, após foi realizada uma leitura do artigo na íntegra e
posterior análise e discussão do mesmo, de acordo com seus resultados e
parâmetros, além de síntese dos resultados apresentados nas publicações.
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3.4 Amostra
A amostra foi composta por artigos científicos, na língua portuguesa, online,
disponíveis na íntegra e que abordassem a temática: ANSIEDADE NA
ADOLECÊNCIA E DEPRESSÃO COMO CONSEQUÊNCIA no período
compreendido entre 2009 e 2023 conforme identificados no Apêndice 1, referente
ao Fichamento.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A saúde mental está intimamente ligada a uma série de fatores, incluindo aspectos
sociais, econômicos, educacionais e o acesso aos serviços de saúde. Quando se
trata de ansiedade não patológica, uma experiência comum a todos os seres
humanos, existem gatilhos que podem desencadear os sintomas do transtorno de
ansiedade generalizada, especialmente durante a adolescência. Esses gatilhos
podem incluir eventos como semanas de provas, a escolha de uma carreira, a
preparação para o vestibular, a transição para a faculdade, o uso excessivo de redes
sociais e o bullying.
Embora o tratamento medicamentoso seja fundamental no manejo do transtorno de
ansiedade, não é a única abordagem. É igualmente importante implementar
estratégias que promovam a motivação e conscientização sobre a importância da
atividade física na transformação do estilo de vida dos adolescentes, visando
melhorar a saúde mental e a qualidade de vida. Além disso, a presença de uma
comunicação eficaz e um forte vínculo afetivo no âmbito familiar são fatores que
podem trazer benefícios significativos aos adolescentes.

4.1 Fatores relacionados com a ansiedade na adolescência

A ansiedade é um estado emocional que aflige a maioria das pessoas, gerando


medo e angústia. Na adolescência, os estudantes frequentemente enfrentam
desafios significativos, como a busca por uma vaga na universidade, o que pode
resultar em insegurança, fobias e ataques de pânico desencadeados por fatores
estressantes ou traumáticos durante o processo de ingresso ao ensino superior.
Além disso, fatores genéticos desempenham um papel na correlação com o
Transtorno do Pânico, caracterizado por preocupações excessivas, pensamentos
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irracionais e medo avassalador. Esse transtorno é mais prevalente em adolescentes


entre 12 e 15 anos, e os sintomas tendem a piorar com o tempo. É crucial que os
pais estejam atentos a esses sinais em seus filhos, embora muitas vezes tendam a
ignorar ou negar a doença (LOPES KCSP e SANTOS WL, 2018).

4.2 Consequências da depressão na adolescência

A prevalência da ansiedade em adolescentes revela que as meninas são mais


afetadas. Além disso, variáveis como sexo, renda, anos de estudo, doenças
crônicas, tabagismo e alcoolismo estão associadas a essa condição. Problemas de
saúde mental estão intrinsecamente ligados a fatores sociais, econômicos,
educacionais e ao acesso aos serviços de saúde. Independentemente das causas,
transtornos de ansiedade podem causar prejuízos significativos na funcionalidade e
na vida do indivíduo (SCHÖNHOFEN FL, et al., 2020).
A prática de atividades de lazer, em particular a atividade física, é vista como um
fator protetor para a saúde mental. Muitos adolescentes não se envolvem
regularmente em atividades físicas, o que representa um risco considerável para o
desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão. Quanto mais os
adolescentes se expõem a fatores de risco, mais suscetíveis estão a
comprometimentos físicos e mentais (MARCINO LF, et al., 2022).
A violência sexual, ocorrendo na infância ou na adolescência, é um importante
precursor do transtorno de ansiedade, bem como um fator de risco para o
desenvolvimento de depressão, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT),
problemas de sono, fobias, transtornos alimentares, tentativas ou ideação suicida,
automutilação e abuso de substâncias. A violência sexual afeta mais as mulheres, já
que as vítimas do sexo masculino muitas vezes se sentem envergonhadas e
vulneráveis, contradizendo as expectativas tradicionais de masculinidade. No
entanto, as vítimas do sexo feminino também podem se calar devido à vergonha e
ao medo (SILVA, et al., 2020).
Desde o início de 2020, o mundo enfrenta uma nova ameaça à saúde pública em
decorrência da Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2. O distanciamento e o
isolamento social foram medidas não farmacológicas adotadas para conter a
disseminação da doença. No entanto, essa situação de incerteza, distância, perda
de entes queridos e adoecimento pode resultar em raiva, depressão e ansiedade.
Essas experiências psicossociais adversas, como o isolamento social, podem ser
particularmente prejudiciais para crianças e adolescentes, já que estão em fases
críticas de desenvolvimento, afetando sua saúde física e mental. Estudos indicam
que esses fatores podem ter um impacto profundo na plasticidade cerebral,
afetando o desenvolvimento cognitivo e emocional (ALMEIDA, et al., 2022).
Eventos traumáticos podem ter um impacto duradouro na percepção de si e na
construção da identidade pessoal. Sintomas traumáticos estão correlacionados a
sintomas emocionais negativos, como depressão e ansiedade. Exemplos de
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eventos traumáticos incluem perdas, separações parentais, doenças crônicas,


rejeição, abuso sexual e bullying. Adolescentes que experimentam traumas e
sentem vergonha têm um maior risco de desenvolver ansiedade, depressão e
estresse (CUNHA MIVA, et al., 2017).
Adolescentes que fazem uso excessivo das redes sociais estão mais propensos a
desenvolver ansiedade, depressão e estresse, e apresentam um risco maior de
ideação suicida. Embora as redes sociais proporcionem interações sociais, muitas
delas são superficiais, o que pode levar a sentimentos de solidão e depressão. Além
disso, a comparação constante de suas vidas com as dos outros usuários pode
gerar sentimentos de inadequação e, consequentemente, ansiedade e depressão.
As vítimas de cyberbullying, o bullying praticado online, estão mais propensas a
tentativas de suicídio (VIEIRA, et al., 2022).
Na adolescência, é comum experimentar ansiedade não patológica, especialmente
durante eventos como semanas de provas, escolha de carreiras, vestibulares e
transições para a faculdade. Essa ansiedade muitas vezes está ligada ao aumento
do consumo de substâncias psicoativas, sendo o álcool uma das mais comuns,
devido à sua acessibilidade e aceitação cultural (MOTA RC, et al., 2021; FERREIRA
MS, et al., 2018).
Atualmente, a automutilação está em ascensão e é um sério problema de saúde
pública entre os jovens. A falta de afeto, despersonalização e problemas nas
relações interpessoais são modelos explicativos notáveis para esse fenômeno. Os
adolescentes muitas vezes buscam alívio da tensão, desvio do foco emocional para
o físico, expressão de raiva e, em última instância, uma tentativa de encontrar
significado na vida por meio da automutilação. É uma forma de busca pela
restauração da percepção e do sentido da vida (TARDIVO, et al., 2019).

4.3 Medidas de enfrentamento acerca da ansiedade na adolescência

O Tratamento da Ansiedade e Depressão: Opções Terapêuticas

O tratamento medicamentoso mais comum para o Transtorno de Ansiedade


Generalizada (TAG) envolve o uso de benzodiazepínicos. Esses ansiolíticos de
ação curta e alta potência geralmente requerem semanas de terapia, seguidas de
uma retirada gradual do medicamento para evitar o processo de abstinência. Os
antidepressivos, como os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS),
são frequentemente prescritos para tratamentos crônicos de depressão e
transtornos de ansiedade. A Fluoxetina é o único medicamento autorizado pela
Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento em crianças a partir dos 8
anos (LOPES KCSP e SANTOS WL, 2018; BARBOSA GCL, et al., 2021).
Os benzodiazepínicos mais utilizados, como Alprazolam, Clordrazepoxida,
Clonazepam, Diazepam, Lorazepam e Oxazepam, são amplamente empregados no
tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada, fobias e ataques de pânico.
A Buspirona também demonstrou eficácia na melhoria dos sintomas do TAG. No
8

entanto, o tratamento varia de pessoa para pessoa, e não há um medicamento que


funcione para todos os pacientes, pois a eficácia dos medicamentos pode variar
(PIMENTEL ASG, 2021; OLIVEIRA ALML, et al., 2020).
Em busca de alternativas para evitar os efeitos colaterais dos medicamentos
farmacológicos, a fitoterapia está ganhando popularidade como tratamento para
ansiedade e depressão em várias partes do mundo. Ela envolve o uso de plantas
medicinais e não substâncias ativas isoladas, como a Valeriana officinalis,
Passiflora Incarnata, Melissa Officinalis, Matricaria Recutita, Ginkgo Biloba,
Rhodiola Rosea, Hypericum Perforatum e o Piper Methysticum. No entanto, o uso
de fitoterápicos deve ser orientado por um profissional de saúde, pois o uso
inadequado pode causar efeitos adversos (CARVALHO, et al., 2021).
A acupuntura, uma técnica da medicina tradicional chinesa, se baseia no equilíbrio
entre yin e yang para melhorar a saúde por meio de agulhas inseridas em pontos
específicos chamados acupontos. A acupuntura é uma terapia complementar
reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da ansiedade.
O tratamento é contínuo e gradual, mesmo após a melhora dos sintomas (FRANCO
LR e QUEIROZ DBC, 2019).
Embora o tratamento medicamentoso seja primordial para transtornos de
ansiedade, existem situações em que os medicamentos não produzem os
resultados desejados. Além disso, uma dieta inadequada, com consumo excessivo
de alimentos gordurosos e ricos em açúcar e baixa ingestão de frutas e verduras,
pode estar relacionada a uma dieta inflamatória. Alguns ácidos graxos poli-
insaturados, como o ômega-3 em equilíbrio com o ômega-6, têm efeitos anti-
inflamatórios que podem melhorar os sintomas da ansiedade e depressão. Além
disso, certos aminoácidos podem influenciar neurotransmissores, hormônios e
inflamação (ROCHA et al., 2020).
Estudos demonstraram que a música tem efeitos positivos na cognição, linguagem e
bem-estar mental. A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é objetiva na
melhoria dos sintomas, e a música erudita ou sons da natureza podem ajudar a
reduzir a ansiedade, uma vez que as vozes das pessoas podem agravar os
sintomas de ansiedade. No Brasil, a terapia tem crescido em popularidade nas
últimas décadas (ASSUNÇÃO et al., 2020).
O Brasil tem uma das populações mais ansiosas do mundo, e muitas pessoas têm
dificuldade ou falta de acesso a cuidados de saúde adequados. Isso leva algumas
pessoas a recorrerem a medicamentos por conta própria, o que pode resultar em
abuso e dependência. Chás como camomila, hortelã, erva-cidreira e folha de
maracujá podem ser uma alternativa para a ansiedade leve, uma vez que possuem
propriedades ansiolíticas e antidepressivas e fazem parte da cultura do país
(SARRICO, et al., 2022).
O Programa de Saúde na Escola (PSE) desempenha um papel importante na
promoção da saúde mental dos adolescentes, oferecendo estratégias que motivem
a atividade física e reconheçam sua importância na mudança de estilo de vida. Além
disso, as equipes de saúde da família devem fornecer atividades extramurais, como
9

serviços de promoção e prevenção em unidades de saúde (MARCINO, et al., 2022;


TOTI TG, et al., 2019).
O abuso sexual na infância e adolescência tem graves consequências para a saúde
mental. A assistência especializada para as vítimas é fundamental, bem como a
promoção da conscientização e prevenção nas escolas e nos serviços de saúde. É
necessário dar voz a essas vítimas para que sejam ouvidas e apoiadas (SIEBRA
DX, et al., 2019).
A infância e adolescência são períodos críticos de desenvolvimento intelectual e
físico, e o isolamento social pode ter efeitos prejudiciais. A assistência psicológica e
o acompanhamento de profissionais de saúde física e mental são essenciais para
reduzir os danos causados pelo isolamento (ALMEIDA ILL, et al., 2022).
Um ambiente familiar de apoio desempenha um papel fundamental na proteção
contra os efeitos prejudiciais do bullying em adolescentes. As equipes da Estratégia
Saúde da Família (ESF) podem ajudar a identificar e abordar os fatores estressores
dentro de casa, fortalecendo a comunicação e o afeto positivo na família (OLIVEIRA
WA, et al., 2019).
A identificação de grupos suscetíveis ao uso excessivo de redes sociais é crucial
para a implementação de medidas preventivas, como intervenções
comportamentais para reduzir o uso excessivo e melhorar a qualidade de vida. Isso
pode ajudar a evitar o desenvolvimento de depressão, ansiedade, estresse, risco
elevado de suicídio e o uso de drogas (VIEIRA YP, et al., 2022).
É crucial que as escolas promovam a conscientização sobre o uso de drogas entre
os adolescentes, de modo que eles compreendam as consequências negativas.
Projetos de promoção da saúde voltados para os adolescentes, juntamente com um
ambiente familiar de apoio, podem desempenhar um papel importante na prevenção
e no tratamento da ansiedade e do abuso de drogas (LOPES KCSP e SANTOS WL,
2018).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O aumento na prevalência do transtorno de ansiedade entre adolescentes é uma
realidade que afeta indiscriminadamente a população, independentemente de
gênero, raça, idade ou orientação sexual. Para lidar com esse desafio, é viável
estabelecer estratégias voltadas para o diagnóstico precoce e a implementação de
medidas preventivas.
Nesse contexto, os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental ao
promover abordagens educativas em escolas e centros culturais, incentivando os
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jovens a se engajarem em atividades físicas, a cultivarem o diálogo dentro de seus


lares e a buscarem terapia quando necessário. Dessa maneira, busca-se disseminar
o conhecimento sobre o transtorno de ansiedade, aumentando as chances de
diagnóstico e tratamento eficazes e, por conseguinte, reduzindo a crescente
incidência dessa condição clínica.

ANEXOS

Apêndice 1

Artigo 1
Título “Prevalência de transtornos mentais entre crianças e
adolescentes e fatores associados: uma revisão
sistemática.”
Autores Daiana Lima Thiengo, Maria Tavares Cavalcante e
Giovanni Marcos Lovisi
Periódico/ Ano J. bras. psiquiatr. 63 (4) • Oct-Dec 2014

Objetivos Identificar transtornos mais associados à infância e


adolescência, com as suas possíveis causas e
resoluções.
Método Estudos epidemiológicos de base populacional

Principais resultados Ao identificar o problema e suas causas, a finalidade


tende a encontrar meios de intervenção na sociedade.
Contudo, amenizar o problema.

Artigo 2

Título “Depressão e ansiedade em adolescentes de escolas


públicas e privadas.”
Autores Joana D’Arc Vila Nova Jatobá e Othon Bastos

Periódico/ Ano J. bras. psiquiatr. 56 (3) • 2007 Objetivos

Objetivo Pesquisa de campo em escolas públicas e privadas de


Recife, para identificar adolescentes com sintomas de
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ansiedade e depressão
Método Questionário com a população de 10.414 alunos das
redes pública e privada
Principais resultados A partir das características identificadas, é possível
entender a necessidade da intervenção psicossocial.

Artigo 3
Título “Fatores de risco e prevenção dos Transtornos de
ansiedade na adolescência: uma revisão narrativa”
Autores João Márcio Almeida Dias Tavares, Evandro Oliveira
Campos, Rebeca Bulhões Lopes, Ramon
Souza Moreira, Fabiana Canut de Moura, Nathilla
Fernanda Ribeiro Coqueiro, Amanda Silva
Lima, Ludmylla Ketlley Caldeira, Nathália Silva
Rodrigues, Aline Benevides Sá
Feres
Periódico/ Ano Revista Eletrônica Acervo Saúde 11/2022

Objetivos Compreender fatores determinantes, a prevenção e


controle da ansiedade no adolescente.
Método Pesquisa exploratória

Principais resultados O transtorno da ansiedade na adolescência é uma


realidade cada vez maior e disseminada na população
sem restrições de gênero, raça, idade e sexualidade. É
possível definir algumas estratégias que visam
diagnosticar precocemente e instalar métodos de
prevenção.

Artigo 4
12

Título “Depressão e ansiedade em adolescentes de


escolas públicas e privadas.”
Autores Joana D’Arc, Othon Bastos
Periódico/Ano J. bras. psiquiatr. 56 (3) • 2007
Objetivos Identificar prevalência de depressão e de
ansiedade em adolescentes matriculados e
frequentando escolas públicas e privadas da
cidade do Recife – Pernambuco.
Método Pesquisa de campo
Principais Resultados As prevalências de sintomas depressivos
expressivos e de ansiedade igualaram-se a
59,9% e 19,9%, respectivamente. Foram
significativas as associações de sintomas
depressivos de intensidade grave com o sexo
feminino e a crença religiosa diferentes da
corrente do cristianismo. A ideação
suicida/tentativa de suicídio foi referida por
34,3% dos estudantes. Houve associação
significativa de ideação suicida com grau leve
ou moderado de sintomas depressivos e
moderado de ansiedade, assim como de
tentativa de suicídio com sintomas
depressivos graves, estudo em escola privada
e ansiedade severa.

Artigo 5

Título “Tratamento do transtorno de ansiedade social


em crianças e adolescentes.”

Autores Luciano Isolan, Gabriel Pheula, Gisele Gus


Manfro
Periódico/Ano Arch. Clin. Psychiatry (São Paulo) 34 (3) •
2007
Objetivos Avaliar a evidência atual para a eficácia e
efetividade de intervenções farmacológicas e
psicoterápicas no tratamento do transtorno de
ansiedade social na infância e na
13

adolescência
Método Pesquisa qualitativa
Principais Resultados Várias modalidades de tratamento, incluindo
tratamentos psicoterápicos e farmacológicos,
têm sido propostas para o tratamento desse
transtorno. Terapia cognitivo-comportamental
e farmacoterapia, principalmente com
inibidores seletivos da recaptação de
serotonina, são o tratamento de escolha para
o transtorno de ansiedade social nessa idade.

6. REFERÊNCIAS
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