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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ- UNIARAXÁ

PSICOLOGIA

IRIZ SARA MELO


JONATHAN CARLOS DE PAULA LIMA

EPIDEMIOLOGIA- ARTIGO CIENTÍFICO


Transtornos de Ansiedade e Influências da Pandemia

ARAXÁ-MG
2022
JONATHAN CARLOS DE PAULA LIMA
IRIZ SARA MELO

EPIDEMIOLOGIA- ARTIGO CIENTÍFICO


Transtornos de Ansiedade e Influências da Pandemia

Pesquisa Científica apresentada ao Curso de


Psicologia no Centro Universitário Do Planalto
De Araxá- Uniaraxá, como requisito parcial para
a obtenção do título de bacharel em Psicologia.

Orientador (a): Carlos Freitas

ARAXÁ- MG
2022
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E INFLUÊNCIAS DA
PANDEMIA

Resumo: Este artigo objetiva, mediante pesquisa de campo quantitativo, medir os níveis
de ansiedade, antes, durante e após a pandemia causada pelo vírus COVID-19. A
pandemia alterou a rotina de milhões de pessoas em todo o mundo, e isso desencadeou
muitos desafios de adaptação devido o isolamento social e alguns casos, isolamento
familiar. A pesquisa não delimitou um público alvo visando alcançar a maior
quantidade de pessoas possíveis, visto que, todo o Brasil passou pela pandemia.
Palavras-chave: Ansiedade, Pandemia, COVID-19, Saúde Mental, Desafios, Isolamento
Social.

Abstract: This article aims, through quantitative field research, to measure anxiety
levels before, during and after the pandemic caused by the COVID-19 virus. The
pandemic has changed the routine of millions of people around the world, and this has
triggered many adaptation challenges due to social isolation and, in some cases, family
isolation. The research did not define a target audience in order to reach as many people
as possible, as all of Brazil went through the pandemic.
Keywords: Anxiety, Pandemic, COVID-19, Mental Health, Challenges, Social
Isolation.
PANDEMIA- COVID-19

(João Roberto Cavalcante, 2020) Em dezembro de 2019, a cidade de Wuhan, localizada na


província de Hubei, na China, vivenciou um surto de pneumonia de causa desconhecida.
Em janeiro de 2020, pesquisadores chineses identificaram um novo coronavírus (SARS-
CoV-2) como agente etiológico de uma síndrome respiratória aguda grave, denominada
doença do coronavírus 2019, ou simplesmente COVID-19. A principal especificidade
do vírus é a grande resistência e facilidade de contaminação comparado com os demais
já conhecidos.
No Brasil, os primeiros casos foram confirmados no mês de fevereiro, e diversas ações
foram implementadas a fim de conter e de mitigar o avanço da doença, entre elas, o
isolamento e distanciamento social, uso de máscaras, uso de álcool gel para
higienização das mãos e objetos, etc.
(João Roberto Cavalcante, 2020) De 31 de dezembro de 2019 a 16 de maio de 2020, foram
registrados 4.425.485 casos e 302.059 óbitos confirmados por COVID-19 em 216
países e territórios. Em 16 de maio de 2020, os Estados Unidos apresentavam o maior
número de casos (1.443.397; 4.380,1 por 1 milhão de hab.), seguido da Rússia
(262.843; 1.820,6 por 1 milhão de hab.), Reino Unido (236.711; 3.540,6 por 1 milhão
de hab.) e Brasil (233.142; 1.109,4 por 1 milhão de hab.). Naquela data, o Brasil
ocupava a 4a posição em números absolutos de casos confirmados, e a 6a posição
segundo óbitos confirmados. Os maiores números de óbitos foram encontrados nos
Estados Unidos (89.562; 271,8 óbitos por 1 milhão de hab.), vindo em seguida o Reino
Unido (34.636; 518,1 óbitos por 1 milhão de hab.) e a Itália (31.908; 528,8 óbitos por 1
milhão de hab.). (Figura 01 e 02)
Figura 01:
Figura 02:
Portanto, percebe-se nos gráficos acima o nível da gravidade da pandemia causada pelo
vírus COVID-19, que foi a causa de muitas mortes e sequelas na saúde da sociedade
mundial. A mídia se demonstrou, desde o início, presente em transmitir esses dados para
a população em geral, com grande frequência nos noticiários e rede aberta de televisão,
e em muitas vezes em tempo real. Isso pode dizer um pouco sobre a influência que os
indivíduos receberam estando em casa, isolados. O artigo foi criado visando as
preocupações com a saúde mental dessas pessoas que passaram pela pandemia e que em
muitos casos, desenvolveram sintomas ansiosos. Alguns fatores como, o medo de se
contaminar com o vírus ou perder um ente querido, pode ter potencializado o nível de
estresse e aumentando a possibilidade e intensidade dos gatilhos mentais e/ou crises de
ansiedade.

METODOLOGIA
O estudo foi realizado através de um questionário na plataforma virtual Google Forms
(Google Forms, 2022) com o público em geral. Essa plataforma é de caráter gratuito e
fidedigna com os resultados e anonimato dos participantes.
(Iriz Melo, 2022) O questionário foi criado pelos pesquisadores desse artigo, o mesmo
possui as seguintes perguntas e respectivas opções (método múltipla escolha) como
respostas:

Pergunta 01:

Pergunta 02:
Pergunta 03:

Pergunta 04:

O questionário (Iriz Melo, 2022) foi desenvolvido visando medir a influência da


pandemia nos níveis de ansiedade do ser humano, dividido em três momentos, antes,
durante e após a pandemia. A criação das perguntas foi de forma objetiva e clara, sem a
preocupação de uma complexidade que poderia dificultar a leitura e o entendimento dos
participantes, contudo, os sintomas citados nas perguntas, se baseiam no Manual de
Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (Associação Americana de
Psiquiatria, 2018), para tornar a pesquisa mais fidedigna.
RESULTADOS

A Pesquisa teve um total de 23 participantes, dentre eles 60,9% tinham idade entre 19 a
30 anos, 34,8% de 31 a 50 e 4,3% de 0 a 18 anos. Veja figura 03:

Figura 03:

Resultado pergunta 02: 47,8% responderam que muitas vezes antes da pandemia
tinham sintomas ansiosos, a mesma quantidade respondera que algumas vezes tinham
esses sintomas. Somente 4,3% responderam não sentir nenhum sintoma de ansiedade
antes da pandemia.

Figura 04:
Resultado pergunta 03: 65,2% dos participantes responderam ter sentido muitas vezes
sintomas ansiosos durante a pandemia, e somente 4,3% responderam que não. Os outros
30,4% responderam que tiveram esses sintomas algumas vezes.
Figura 05:

Resultado pergunta 04: 17,4% responderam não sentir mais esses sintomas hoje em
dia, já 47,8% responderam que tem esses sintomas algumas vezes e 34,8% responderam
que ainda tem muitas vezes sintomas ansiosos.
Figura 06:
DISCUSSÃO
Foi observado nos dados coletados, que durante a pandemia houve um aumento de
36,4% de pessoas que responderam sentir muitas vezes sintomas ansiosos comparado
com a pergunta anterior que visava o período antes da pandemia. Isso pode ser devido
as mudanças ambientais, tais como:
 Alteração na rotina devido o isolamento social;
 Alteração nos conteúdos publicados pela mídia (muitas vezes falando sobre a
quantidade de mortos e acometidos pelo vírus);
 Alteração nas relações sociais- muitas famílias modificaram seus costumes de
manter contato;
Além disso, na pergunta 03, foi analisado a diferença de pessoas que responderam sentir
muitas vezes os sintomas de ansiedade durante a pandemia com as que responderam no
período pós pandemia, onde foi visto que houve uma diminuição de 87,35% de pessoas
que sofreram muitas vezes com esses sintomas. No último gráfico, percebe-se que esse
período pós pandemia diminuiu o número de pessoas que sofrem de ansiedade
comparado com os outros períodos (antes e durante). Essas pessoas podem ter
desenvolvido a capacidade de lidar com pensamentos ansiosos devido o grande estresse
vivido na pandemia, que certamente as motivou a buscar por ajuda e dar mais atenção à
saúde como um todo e principalmente a saúde mental.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, percebe-se a importância do cuidado com a saúde mental e o quanto somos
influenciados por fatores ambientais. Além disso, podemos concluir que todos somos
humanos, necessitados de cuidados, tanto físico quanto mental, logo ambos se
completam de forma integral. Muitas pessoas perderam familiares e coisas que julgam
como importante (emprego, saúde, rotina, amigos, etc) e assim tiveram a oportunidade
de aprender a lidar com a perca, que não é uma tarefa fácil, mas as circunstâncias as
motivaram. Sendo assim, foi visto que agora no período “pós covid-19” as pessoas estão
mais adaptáveis e flexíveis com a realidade que vivem e principalmente com os
pensamentos ansiosos.
REFERÊNCIAS

Associação Americana de Psiquiatria. (2018). MANUAL DIAGNÓSTICO E


ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS- 5° EDIÇÃO. PORTO
ALEGRE: ARTMED.
Google Forms. (17 de Abril de 2022). Formulários. Fonte: Google:
https://www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/
Iriz Melo, J. L. (Abril de 2022). Ansiedade x Pandemia. Fonte: Google Forms:
https://forms.gle/zxWwPFFVgUx6j8WZ8
João Roberto Cavalcante, A. C.-d.-S. (05 de Agosto de 2020). COVID-19 no Brasil:
evolução da epidemia até a semana epidemiológica 20 de 2020. Epidemiologia e
Serviços de Saúde, p. vol.29 no.4.

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