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Objectivos
Objectivo Específico:
Metodologia:
No que tange a realização do trabalho, este passou por um processo de pesquisa qualitativa e
análise documental de informações referentes ao tema em estudo, como forma de encontrar o
ratio correto do referido tema.
Estrutura do Trabalho
Função Pública
No alcance na noção da actividade administrativa, importa falar da função publica, que é “um
regime de direito público e um conjunto particular e funcionários e agentes” do Estado
regidos por um estatuto próprio, que submete a estes trabalhadores a uma prestação de forma
contínua ou permanente e profissional.
Serviços Públicos
“unidades orgânicas criadas por acto de autoridade pública no seio das instituições
públicas, sem prejuízo de poderem existir serviços públicos organizados em unidades
orgânicas autónomas” (Artigo 51 n°1 e 2 da Lei n°7/2012 de 8 de Fevereiro)
Segundo HELY LOPES MEIRELLES, Serviço Publico é todo aquele prestado pela
Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer
necessidades essenciais ou secundarias da coletividade. São exemplos destes serviços o
ensino público, segurança, saúde, transportes coletivos, telecomunicação.
Gestão dos Serviços Públicos
Os serviços administrativos, são constituídos por quadros funcionários e agentes que dispõem
de instrumentos necessários para desempenharem suas funções, a gestão implica uma
actividade constante destinada a manter a organização adequada aos seus fins e a assegurar
um funcionamento eficiente. A gestão do serviço publico pode ser directa ou indirecta.
A gestão directa- é efectuada por uma pessoa colectiva de direito publico, a gestão directa
pode ser efectuada em regime de integração ou de personificação. Os serviços públicos
podem ser integrados, como os outros serviços administrativos, no conjunto gerido
directamente pelos órgãos da pessoa colectiva de fins múltiplos. Mas essa integração admite
graus, pois raramente será praticável uma assimilação total do serviço publico aos serviços de
expediente, de apoio, financeiros ou de polícia, isto e, e uma integração indiferenciada do
serviço publico no conjunto dos serviços da pessoa colectiva. A gestão do serviço publico e
feita em regime de personificação quando se trata de um serviço personalizado.
A gestão indirecta pode ter lugar por delegação ou por concessão, a gestão por delegação
ocorre quando a pessoa colectiva de direito público confia o funcionamento de um serviço
seu a uma entidade privada de utilidade publica, a quem subsidiara caso seja necessário. É o
que sucede no caso de o Estado entregar um estabelecimento de assistência ou educação a
uma ordem religiosa que assuma a responsabilidade de manter os quadros do pessoal e de
fazer funcionar o serviço de acordo com as normas reguladoras da delegação que os órgãos
da pessoa colectiva de direito publico determinem.
As pessoas colectivas de direito público exprimem a sua vontade através de órgãos. Mas estes
carecem de ser auxiliados por indivíduos que colaborem na formação da vontade ou lhe deem
execução depois de manifestada, desempenhando as tarefas em que se traduz a actividade dos
serviços administrativos: são os agentes.
Agentes Administrativos
Nos termos do nº2 do art. 3 do EGFAE, dize-se agente do Estado “o cidadão contratado, ou
designado nos termos do presente EGFAE ou por outro título não compreendido no número
1, do presente artigo, para o desempenho de certas actividades nas instituições do aparelho do
Estado referidas no artigo 2 do presente EGFAE”. Por tanto são agentes do Estado todos os
indivíduos designados por via contratual para realizarem tarefas que não exigem qualificação
habilitacional ou profissional específica e cujo conteúdo do trabalho não esteja previsto nos
qualificadores profissionais e, ainda, os contratos para actividade de natureza não
permanentes que exija conhecimentos técnicos especializados.
Segundo (Marcelo Caetano, 10ª. Ed Tomo II) -Agentes administrativos são os indivíduos que
por qualquer título exerçam actividade ao serviço das pessoas colectivas de direito público,
sob a direção dos respetivos órgãos.
O agente está subordinado ao órgão, na medida em que a este compete exprimir à vontade
pela qual a pessoa colectiva de direito público prossegue as suas atribuições. Os órgãos da
pessoa colectiva traçam a orientação a seguir pelos agentes e dão as ordens e instruções.
Funcionários da Administração
Com tudo, o nº 1 do art. 3 do EGFAE define como funcionários “…o cidadão provido para o
quadro do pessoal que exerce actividades nas instituições do Aparelho do Estado, referidas no
artigo 2 do presente EGFAE”. Portante a nomeação para ocupação de lugares de quadro de
pessoal confere a qualidade de funcionário. O funcionário é um profissional da função
pública que realiza suas actividades de forma continua, a troco e uma remuneração
correspondente, a um lugar permanente como tal orçamentado e a título principal.
Segundo (Albano Macie, p.53) a diferença entre o funcionário e o agente reside, em primeiro
lugar, no tipo de vinculação: o primeiro é por nomeação e o segundo por contrato. Em
segundo momento, a vinculação do agente faz-se fora do quadro pessoal (n.º 6 do art. 31 do
EGFAE) e pode ser a tempo determinado ou indeterminado e nunca confere a qualidade de
funcionário, (art. 10, nº 3 alíneas a, b do REGFAE); ao passo que a nomeação ocorre nos
lugares de quadro pessoal. Em terceiro momento, diferem também nos requisitos exigidos e
quanto aos direitos que a cada um cabem. Para que um agente seja contratado, não impera
que o mesmo tenha dentre 18 e 35 anos, podendo ser reformado ou aposentado, nem precisa
ter a situação militar regularizada, pois estão vedadeos de correr a cargos de classe
superiores.
Segundo (Marcelo Caetano, p.654) Provimento é o acto jurídico pelo qual, alguém é
designado para exercer as funções de agente administrativo, e denomina investidura, o
conjunto de condições que a lei faz depender o exercício regular das funções em que foi
provido. Os agentes podem ser providos nos seus cargos por:
a) Acto Administrativo;
b) Contrato;
c) Assalariamento;
d) Eleição.
a) Acto Administrativo- uma decisão unilateral provinda de órgãos da Administração
pública, no exercício da função administrativa (Macie, 2015).
De acordo com Marcelo Caetano, o provimento por acto administrativo pode revestir duas
modalidades, nomeadamente:
Nomeação de acordo com Albano Macie, nomeação, é um acto unilateral, através do qual, se
procede ao provimento de forma provisoria ou definitiva, dos lugares dos quadros do pessoal
da Administrativo Pública, visando a realização de actividades profissionais correspondentes
á.,,,,,,,,,,,
é, pois, o acto administrativo que provê um indivíduo na qualidade de agente, mas ficando a
investidura nas funções dependente de posterior aceitação do nomeado. A aceitação,
traduzida na posse (…). Antes de expressa a vontade do nomeado, este ainda não é agente
administrativo. Só a partir da posse adquire tal qualidade, com todos os direitos, poderes e
deveres correspondentes. O acto de nomeação, só por si, produz um único efeito, o de
habilitar a pessoa designada a manifestar a vontade de aceitar a investidura no lugar para que
é designado.
Modalidades de Nomeação
De acordo com Ana Fernanda NEVES (2013, apud MACIE, p. 263), “Os deveres do
trabalhador, integram as obrigações, que concretizam, o complexo debitória do trabalho para
o empregador na relação jurídica de emprego público”. O EGFAE, aborda a questão dos
deveres dos funcionários e agentes do Estado, e classifica os mesmos em deveres gerais, que
esta ligado aos deveres de natureza política; deveres especiais e deveres específicos que estão
ligados directamente á prestação dos mesmos.
Com efeito, são deveres gereis, decorrem do próprio estatuto específico e são comuns s todos
os funcionários e agentes do Estado, bem como aos dirigentes, sem que tomem, em conta a
natureza da função, categoria ou na qual o servidor encontra-se enquadrado são enunciados
no art. 61 do EGFAE.
Deveres especiais, os que tem haver com a função que cada funcionário ou agente
desempenha, e encontroam-se numerados no art. 62 do EGFAE.
São deveres específicos dos dirigentes, aqueles que dizem unicamente, respeito aos agentes e
funcionários do Estado que exerção as funções de direção, chefia e confiança encontram-se
consagrados no art. 64 do EGFAE.
Direitos
Em prima facie, é mister salientar que a disciplina consiste em um conjunto de normas que
num dado grupo social asseguram sua coesão e a realização dos fins que o justifiquem, do
ponto de vista subjectivo, que corresponde aos deveres a que esta sujeito cada um dos
membros de certo grupo social nas suas relações. Um serviço administrativo, sendo
organização permanente de actividade humana é um grupo social, assim sendo, os serviços
administrativos, possuem a sua disciplina, traduzida em deveres a observar pelos respetivos
agentes, funcionários ou não. A falta de cumprimento de algum desses deveres origina a
infração disciplinar pelo qual é responsável o agente que o cometeu, e que deve ser
repreendido pelo titular do poder disciplinar.
a) Quando o servidor tenha actuado com mera culpa e no âmbito do exercício das
funções e por causa delas ter provocado prejuízo a terceiros;
b) Nos casos de responsabilidade objectiva fundada no risco, pelo facto de o
Estado manejar actividades, coisas ou serviços especialmente perigosos. Por
ex: os danos caudados por exercícios ou treinos militares com armas de fogo,
explosões de paióis, centrais nucleares, danos involuntários de agentes da
PRM, etc; neste sentido há ilicitude, porém não há culpa individual.
c) Nos casos de responsabilidade por realização de actos lícitos, mas que a sua
execução imponha encargo a terceiros ou mesmo, cause danos. Neste caso, o
Estado deve indemnizar os particulares na medida dos prejuízos suportados.
Por exemplo, as expropriações por motivo de interesse público, as requisições
de bens de particulares por interesse público, a indemnização dos contratos
administrativos por modificação unilateral, as situações de impossibilidade
objetiva de execução das sentenças administrativas, etc.