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Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata
esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo,
orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e
ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares
ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único
deste artigo.
II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde,
visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não
de sua hospitalização involuntária;
VII – receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar,
no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.
Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz
competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à
salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão
comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao
representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo
máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas
sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida
comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional
para acompanhar a implementação desta Lei.
ISBN: 85-363-0754-4
Avançamos para o capítulo quatro no qual Isabel Bordini & Cristiane de Paula
apresentam um quadro pormenorizado e claro acerca dos estudos epidemiológicos
da infância e adolescência, discutindo nove estudos populacionais brasileiros
publicados a partir de 1980, para os quais explicitou critérios de inclusão e
exclusão. Penso, porém, que o subtítulo "Estudos Populacionais e Prevalência" não
denominam corretamente os aspectos metodológicos da revisão ali tratados.
Estudos que combinaram dados de dois ou três informantes demonstraram altas
taxas de prevalência - 22 e 24,6% - entre famílias de baixa renda. Assinala-se
ainda que características familiares como mãe solteira, ausência paterna, brigas
freqüentes entre os pais, têm sido associadas com atrasos no desenvolvimento
mental e motor de menores de três anos que freqüentam creches.
FATOS RÁPIDOS
Cerca de 50% dos adultos tende a sofrer de doença mental em algum momento da
sua vida. Mais de metade dessas pessoas sentem sintomas de moderados a graves.
Na verdade, quatro das dez principais causas de incapacidade nas pessoas com
cinco anos de idade ou mais se devem a transtornos de saúde mental, sendo a
depressão a principal causa de todas as doenças que causam incapacidade. Apesar
dessa prevalência elevada de doenças mentais, apenas cerca de 20% das pessoas
que têm doença mental procura assistência médica.
Causas
Genética
Psicológico
Além disso, muitos especialistas acreditam que uma disfunção no controle dos
mensageiros químicos no cérebro (neurotransmissores) pode contribuir para os
transtornos de saúde mental. Técnicas de diagnóstico por imagem como, por
exemplo, ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (TEP),
frequentemente mostram alterações no cérebro de pessoas com transtorno de
saúde mental. Por isso, muitos transtornos de saúde mental parecem ter um
componente biológico, semelhantemente aos transtornos que são considerados
neurológicos (por exemplo, a doença de Alzheimer). Contudo, ainda não está claro
se as alterações observadas nos exames de imagem são a causa ou o resultado do
transtorno de saúde mental.
Desinstitucionalização
Apoio social
Todas as pessoas necessitam de uma rede social para satisfazer a necessidade
humana de serem tratadas, aceitas e apoiadas emocionalmente, sobretudo em
períodos de estresse. As investigações demonstraram que um apoio social solidário
pode acelerar de forma significativa a recuperação de doenças físicas e mentais.
Mudanças na sociedade diminuíram o tradicional apoio que, antigamente, os
vizinhos e os familiares proporcionavam. Alternativamente, surgiram grupos de
autoajuda e de ajuda mútua em muitos países.
Michael B. First
Última revisão/alteração completa mar 2020| Última modificação do conteúdo mar 2020
Confusão ou delirium
Delírios
Fala ou comportamento desorganizado
Alucinações
Extremos de humor (por exemplo, depressão ou mania)
Essas categorias não são transtornos. Elas são apenas uma maneira que os médicos
usam para organizar diferentes tipos de pensamento, fala e comportamento
anormal. Essas mudanças de personalidade e de comportamento podem ser
causadas por problemas de saúde física ou mental.
As pessoas podem ter mais de um tipo de mudança. Por exemplo, pessoas com
confusão devido a uma interação medicamentosa às vezes têm alucinações e
pessoas com extremos de humor podem ter delírios.
Confusão e delirium
Confusão e delirium dizem respeito a uma perturbação da consciência. Ou seja, a
pessoa está menos consciente do seu ambiente e, dependendo da causa, pode ficar
excessivamente agitada e violenta ou sonolenta e lenta. Algumas pessoas alternam
entre falta de atenção e excesso de atenção. O seu pensamento parece nebuloso e
lento, ou não apropriado. A pessoa tem dificuldade de se concentrar em perguntas
simples e demora a responder. A fala pode ficar arrastada. Frequentemente, a
pessoa não sabe que dia é, e é possível que ela não consiga dizer onde está. Algumas
não conseguem dizer o seu nome.
Delírios
Delírios são crenças fixas falsas que a pessoa tem, apesar de existirem provas em
contrário. Alguns delírios estão baseados em uma interpretação errada de
percepções e experiências reais. Por exemplo, a pessoa pode se sentir perseguida,
pensando que ela está sendo seguida pela pessoa que está atrás dela na rua ou que
um comum acidente é uma sabotagem propositada. Outras pessoas pensam que
música lírica ou artigos de jornal contém mensagens que se referem especificamente
a elas.
Algumas crenças parecem mais plausíveis e podem ser difíceis de identificar como
sendo delírios, porque elas poderiam ocorrer ou já ocorreram na vida real. Por
exemplo, pessoas são ocasionalmente seguidas por investigadores do governo ou
têm o seu trabalho prejudicado pelos colegas. Nesses casos, é possível classificar a
crença como sendo um delírio devido à insistência da pessoa em continuar a manter
a crença apesar de existirem provas em contrário.
Outros delírios são mais fáceis de identificar. Por exemplo, em delírios religiosos ou
de grandiosidade, a pessoa pode crer que ela é Jesus ou o presidente do país. Alguns
delírios são bastante estranhos. Por exemplo, a pessoa pode pensar que seus órgãos
foram todos substituídos por peças mecânicas, ou que sua cabeça contém um rádio
que recebe mensagens do governo.
Fala desorganizada
Fala desorganizada se refere à fala que não contém as ligações lógicas esperadas
entre os pensamentos ou entre perguntas e respostas. Por exemplo, a pessoa pode
pular de um assunto para outro sem nunca concluir um pensamento. Os assuntos
podem ser pouco relacionados ou totalmente não relacionados. Em outros casos, a
pessoa responde a perguntas simples com respostas longas e divagantes, cheias de
detalhes irrelevantes. As respostas podem ser ilógicas ou completamente
incoerentes. Esse tipo de fala difere da dificuldade em expressar ou compreender a
linguagem (afasia) ou de formar palavras (disartria) que é causada por um distúrbio
cerebral como, por exemplo, um acidente vascular cerebral.
Comportamento desorganizado
Comportamento desorganizado se refere a fazer coisas bem fora do comum (como
se despir ou se masturbar em público ou gritar e xingar sem uma razão aparente),
ou não ser capaz de se comportar normalmente. A pessoa com comportamento
desorganizado em geral tem dificuldade para realizar suas atividades diárias normais
(como manter uma boa higiene pessoal ou comprar alimentos).
Alucinações
Alucinações dizem respeito a ouvir, ver, sentir o odor, sentir o gosto ou sentir coisas
que não existem de verdade. Ou seja, a pessoa percebe coisas, aparentemente
através dos seus sentidos, que não são causadas por estímulos externos. Isso pode
ocorrer com qualquer sentido. As alucinações mais comuns incluem escutar coisas
(alucinações auditivas), geralmente vozes. As vozes fazem em geral comentários
negativos sobre a pessoa ou ordenam a pessoa a fazer alguma coisa.
Nem todas as alucinações são causadas por transtornos mentais. Alguns tipos de
alucinações têm maior probabilidade de serem causadas por um transtorno
neurológico. Por exemplo, antes de uma convulsão ocorrer, a pessoa pode sentir o
cheiro de algo quando na realidade não há nenhum cheiro (uma alucinação olfativa).
Extremos de humor
Humores extremos incluem ataques de raiva, períodos de extrema euforia (mania)
ou depressão e, inversamente, uma expressão constante de pouca ou nenhuma
emoção (a pessoa parece não responsiva ou apática).
Causas
Embora às vezes as pessoas presumam que mudanças de personalidade,
pensamento ou comportamento são todas devidas a transtornos mentais, existem
muitas causas possíveis. Em última análise, todas as causas envolvem o cérebro, mas
dividi-las em quatro categorias pode ser útil:
Transtornos mentais
Drogas (incluindo intoxicação por drogas, abstinência e efeitos colaterais)
Transtornos que afetam principalmente o cérebro
Transtornos em todo o corpo (sistêmicos) que também afetam o cérebro
Transtornos mentais
Transtornos mentais incluem
Transtornos de ansiedade
Transtorno bipolar
Depressão
Transtornos dissociativos (quando a pessoa se sente desconectada de si própria ou
do mundo ao seu redor)
Transtornos obsessivo-compulsivos
Transtornos de personalidade
Esquizofrenia
Transtornos somáticos (quando fatores mentais são expressos na forma de sintomas
físicos)
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
Medicamentos
Drogas podem afetar a personalidade ou o comportamento quando elas causam
Doença de Alzheimer
Infecções no cérebro, como meningite, encefalite e infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV) que afeta o cérebro (um quadro clínico denominado
encefalopatia associada ao HIV)
Tumores cerebrais
Traumatismos cranianos, como concussão e síndrome pós-concussão
Esclerose múltipla
Doença de Parkinson
Transtornos convulsivos
Acidente vascular cerebral
Distúrbios em todo o corpo que também afetam o cérebro
Distúrbios em todo o corpo que também afetam o cérebro incluem
Insuficiência renal
Insuficiência hepática
Baixa glicemia (hipoglicemia)
Lúpus eritematoso sistêmico (LES ou lúpus)
Distúrbios da tireoide, como glândula tireoide hipoativa (hipotireoidismo) ou
glândula tireoide hiperativa (hipertireoidismo)
Com menos frequência, a doença de Lyme, a sarcoidose, a sífilis ou a deficiência de
vitaminas causam alterações de personalidade e comportamento.
Avaliação
Durante a avaliação inicial, o médico tenta determinar se os sintomas são devidos a
um distúrbio mental ou físico.
Sinais de alerta
Em pessoas com mudanças de personalidade ou comportamento, certos sintomas e
características são causas de preocupação. Esses sinais de alerta incluem
Pessoas que não mostram sinais de alerta devem procurar um médico dentro de um
dia ou dois se a mudança de personalidade ou comportamento for recente. Se a
mudança ocorrer gradativamente por período, a pessoa deve procurar um médico
assim que possível, mas uma espera de mais ou menos uma semana não é
prejudicial.
O médico pergunta sobre outros sintomas que podem sugerir uma causa, como
O médico pergunta sobre outros distúrbios físicos que a pessoa pode ter (por
exemplo, diabetes) e sobre seu estilo de vida (como estado civil, situação
empregatícia, formação acadêmica, uso de álcool e entorpecentes e condições de
moradia). O médico também pergunta se alguma pessoa da família já teve algum
distúrbio físico que pode causar sintomas mentais (como esclerose múltipla).
Durante o exame físico, o médico procura por sinais de distúrbios físicos que podem
causar alterações no estado mental, em especial:
O médico força o pescoço da pessoa para frente. Se fazer isso for difícil ou doloroso,
a causa pode ser uma meningite. O médico examina as pernas e o abdômen quanto
a inchaço, o que pode indicar insuficiência renal ou hepática. Se a pele ou o branco
dos olhos estiverem amarelados, a causa pode ser uma insuficiência hepática.
É possível que o médico examine o interior dos olhos com um aparelho portátil que
se parece com uma pequena lanterna (denominado oftalmoscópio). Se o médico
observar que há inchaço em parte do nervo ótico (papiledema), é possível que a
pressão dentro do crânio esteja elevada e tumores ou sangramento cerebral talvez
sejam a causa dos sintomas mentais.
TABELA
Some Causes and Features of Personality and Behavior Changes
Icon
Exames
Normalmente, os exames incluem:
Medição do nível de oxigênio no sangue por meio de um sensor que fica preso na
ponta do dedo (a denominada oximetria de pulso)
Exames de sangue para medir o nível de açúcar (glicose) no sangue
Exames de sangue para medir a concentração de álcool e os níveis de
anticonvulsivantes que a pessoa esteja tomando
Exames de urina para verificar a existência de drogas
Um hemograma (HMG) completo
Às vezes, exames de sangue para medir os níveis de eletrólitos e avaliar a função
renal
Para a maioria das pessoas com transtorno mental conhecido, não há necessidade
de fazer mais exames se os seus únicos sintomas forem a piora dos seus sintomas
tradicionais, se elas estiverem despertas e alertas e se os resultados desses exames
e do exame físico forem normais.
Geralmente, são realizados exames de sangue para detectar uma infecção pelo HIV
na maioria das outras pessoas.
Outros exames são realizados com base principalmente nos sintomas e nos
resultados dos exames (consulte a tabela Algumas causas e características das
mudanças de personalidade e comportamento). Os exames podem incluir
A pessoa que não representa um risco para si própria ou para outros pode recusar a
avaliação e o tratamento, apesar das dificuldades que a sua recusa pode criar para si
mesma ou sua família.
Tratamento das doenças mentais
Por Michael B. First, MD, Columbia University
Última revisão/alteração completa mar 2020| Última modificação do conteúdo mar
2020
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FATOS RÁPIDOS
Ocorreram avanços extraordinários no tratamento das doenças mentais. Como
resultado, atualmente, é possível tratar muitos transtornos de saúde mental quase
com tanto êxito como os físicos.
A maioria dos métodos para tratar os transtornos de saúde mental pode ser
classificada como
Somáticos
Psicoterapêuticos
Os tratamentos somáticos incluem medicamentos, eletroconvulsoterapia e outros
tipos de terapia que estimulam o cérebro (por exemplo, estimulação magnética
transcraniana e estimulação do nervo vago).
Grande parte dos estudos sugere que, para transtornos de saúde mental
importantes, uma abordagem terapêutica que contemple tanto medicamentos como
psicoterapia é mais eficaz do que qualquer um dos métodos de tratamento
utilizados isoladamente.
TABELA
Types of Mental Health Care Practitioners
Icon
Farmacoterapia
Muitos medicamentos psicoativos são altamente eficazes e amplamente usados por
psiquiatras e outros médicos. A classificação desses medicamentos costuma ser feita
de acordo com o principal transtorno para o qual eles são receitados. Por exemplo,
antidepressivos são utilizados para tratar a depressão.
Eletroconvulsoterapia
No caso da eletroconvulsoterapia, são colocados eletrodos na cabeça e, com a
pessoa sob anestesia, é aplicada uma série de descargas elétricas no cérebro para
induzir uma breve convulsão. Essa terapia demonstrou consistentemente ser a mais
eficaz para tratar a depressão grave. Muitas das pessoas tratadas com
eletroconvulsoterapia têm perda temporária da memória. No entanto,
contrariamente às informações repassadas por alguns meios de comunicação, a
eletroconvulsoterapia é segura e raramente dá origem a outras complicações. O uso
atual de anestésicos e relaxantes musculares reduziu, em grande parte, qualquer
risco para o paciente.
Psicoterapia
Nos últimos anos, houve importantes avanços no campo da psicoterapia, que às
vezes é denominada terapia de conversa. Ao criar um ambiente de empatia e
aceitação, o terapeuta é capaz de ajudar a pessoa, frequentemente, na identificação
da origem do seu problema e a considerar as alternativas para enfrentá-lo. A
intuição emocional e a introspecção que a pessoa obtém com a psicoterapia dão
lugar, com frequência, a uma mudança de atitude e de comportamento, permitindo
que a pessoa tenha uma vida mais plena e satisfatória.
Terapia comportamental
Terapia cognitiva
Terapia interpessoal
Psicanálise
Psicoterapia psicodinâmica
Psicoterapia de apoio
Terapia comportamental
A terapia comportamental implica um determinado número de intervenções que
têm como objetivo ajudar o paciente a desaprender comportamentos inadequados,
aprendendo ao mesmo tempo comportamentos adequados. A terapia da exposição,
frequentemente utilizada para tratar fobias, é um exemplo de terapia
comportamental. Na terapia de exposição, a pessoa é exposta a objetos, atividades,
ou situações que ela tem em um ambiente seguro. A finalidade é reduzir o medo e
ajudar a pessoa a parar de evitar as coisas que lhe causam medo.
Terapia cognitiva
A terapia cognitiva ajuda a pessoa a identificar as distorções do seu pensamento e a
compreender de que maneira essas distorções causam problemas na sua vida. Por
exemplo, a pessoa talvez pense de uma maneira do tipo “tudo ou nada” (“se eu não
for um sucesso total, então sou um fracasso total”). A premissa é a de que o modo
de sentir e de se comportar é determinado pela forma como a pessoa interpreta
suas experiências. Graças à identificação das crenças e suposições fundamentais, a
pessoa aprende a pensar de formas diferentes sobre as suas experiências,
reduzindo sintomas e resultando numa melhora do comportamento e dos
sentimentos.
Terapia interpessoal
A terapia interpessoal foi concebida inicialmente como um breve tratamento
psicológico para a depressão, e tem como objetivo melhorar a qualidade dos
relacionamentos da pessoa com depressão. Ela dá enfoque a:
Psicanálise
A psicanálise é a forma mais antiga de psicoterapia e foi desenvolvida por Sigmund
Freud no início do século XX. A pessoa costuma deitar-se num divã, no consultório do
terapeuta, entre quatro a cinco vezes por semana, e diz o que lhe vem à mente –
uma prática denominada de livre associação. A maior parte do tratamento se
concentra em ajudar a pessoa a entender de que maneira os padrões de
relacionamentos pessoais do passado se repetem no presente. A relação entre
paciente e terapeuta é um ponto-chave deste enfoque. O conhecimento de como o
passado afeta o presente ajuda a pessoa no desenvolvimento de formas novas e
mais adaptadas de atuação nas suas relações pessoais e profissionais.
Psicoterapia psicodinâmica
A psicoterapia psicodinâmica, como a psicanálise, coloca a ênfase na identificação de
padrões inconscientes nos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Neste
caso, o paciente costuma estar sentado em vez de deitado num divã e tem apenas
entre uma e três sessões por semana. Além disso, menos ênfase é dado ao
relacionamento entre o paciente e o terapeuta.
Psicoterapia de apoio
A psicoterapia de manutenção, que é mais comumente usada, se baseia no
relacionamento empático e de manutenção entre a pessoa e o terapeuta. Ela
estimula a expressão dos sentimentos e o terapeuta dá suporte na solução de
problemas. Psicoterapia voltada a problemas, uma forma de psicoterapia de
manutenção que pode ser usada com sucesso por clínicos gerais.