Você está na página 1de 8

SP 1.

Caracterizar o comportamento psicológico dos indivíduos sob efeitos do álcool.

O álcool interage com moléculas chamadas neurotransmissores que fazem a comunicação entre
as células. Entre outras coisas, o álcool inibe a atividade do cérebro, proporcionando a maioria
das mudanças de comportamento que conhecemos.

O excesso de álcool no cérebro leva a efeitos psíquicos como redução da concentração, da


atenção, da memória recente e da capacidade de julgamento.
Os efeitos do álcool atingem inclusive a região responsável pelo controle dos movimentos e
equilíbrio, o que justifica o trançar de pernas e a fala arrastada de quem exagerou na bebida.

No cerebelo e no sistema vestibular, o álcool provoca a disartria que são os problemas na


articulação de palavras que levam àquela fala enrolada. Já ataxia é o nome dado para a perda da
coordenação dos movimentos. E existem ainda os problemas da visão dupla e do nistagmo, que
são oscilações involuntárias dos olhos.
Em níveis mais altos de álcool no sangue, a cognição e a coordenação motora são tão afetadas
que multiplicam os riscos de dirigir veículos.

O excesso de álcool no corpo afeta principalmente o cérebro: há uma distorção da percepção, a


capacidade de discernimento é perturbada, a concentração diminui. Ao mesmo tempo, reduz a
timidez. Talvez surja um agradável sentimento de despreocupação. No entanto, a ingestão de
grandes quantidades pode levar a estados de delírio e até à inconsciência. Depressões e
agressões ficam mais fortes. A triste consequência: em todo o mundo, aumenta o abuso de
álcool, como também os acidentes e a violência sob a influência da bebida. Por volta de 3,3
milhões de pessoas morrem anualmente por sua causa.

Referências:
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/01/21/por-que-o-alcool-afeta-o-
seu-comportamento.htm?cmpid=copiaecola
https://www.h9j.com.br/pt/sobre-nos/blog/o-que-acontece-com-o-seu-cerebro-quando-voce-
bebe-demais

Definir o contexto histórico, cultural, psicológico e social da violência contra a mulher.

Contexto histórico

A violência contra as mulheres tem sido uma realidade ao longo da história, muitas vezes
perpetuada por estruturas patriarcais que relegam as mulheres a um status inferior e as tratam
como propriedade dos homens. Em muitas culturas antigas, as mulheres eram consideradas

SP 1.4 1
como tendo pouco ou nenhum direito e eram frequentemente submetidas a formas extremas de
violência, incluindo a violência física, sexual e emocional.

Contexto cultural

Normas culturais e crenças sobre gênero desempenham um papel significativo na perpetuação


da violência contra a mulher. Em algumas culturas, a desigualdade de gênero é enraizada em
tradições e práticas sociais que reforçam estereótipos prejudiciais sobre as mulheres, como a
ideia de que elas são inferiores aos homens e devem ser submissas. Essas normas culturais
podem normalizar ou justificar a violência contra as mulheres.

Contexto psicológico

A violência contra a mulher pode ser influenciada por fatores psicológicos, como o desejo de
controle, poder e dominação por parte do agressor. Além disso, questões como baixa
autoestima, problemas de saúde mental e experiências passadas de trauma podem contribuir
para a perpetração e a tolerância à violência contra a mulher.

Contexto social

A estrutura social desempenha um papel fundamental na perpetuação da violência contra a


mulher. Desigualdades econômicas, acesso desigual à educação e oportunidades, falta de
recursos e apoio para mulheres em situações de violência, bem como sistemas legais e políticos
que falham em proteger e responsabilizar os agressores, podem criar um ambiente propício para
a violência de gênero.

Definir o fluxograma de atendimento à vítimas de violência doméstica.

O primeiro passo
Equipe de enfermagem aciona o Serviço Social e Psicologia para realização desse acolhimento
em conjunto com o médico.

O segundo passo

Diz respeito ao serviço social comunicar ao Conselho Tutelar o acontecimento em casos de


menores de 18 anos e em casos de maiores que 60 anos, os casos a comunicação devem ser
feitos ao Conselho do Idoso, ambos são procedimentos obrigatórios. à situação de violência.

O terceiro passo

refere-se as notificações cujo preenchimento da ficha deve ser realizado pela equipe de saúde
envolvida no atendimento emergencial, sendo obrigatório o carimbo e assinatura do responsável,
a ficha de notificação deverá ser entregue à farmácia do Pronto Socorro (PS) juntamente com
receitas. A violência sexual é um agravo de notificação compulsória imediata em todo território
nacional, todo caso suspeito ou confirmado deverá ser registrado no Sistema de Informação de

SP 1.4 2
Agravos de Notificação compulsória (SINAN)2.

O quarto passo

remete-se a vítima, após ser atendida em situação emergencial no hospital, os retornos


ambulatoriais multiprofissionais ou consultas sequenciais deverão ser agendados de 7 a 14 dias
após o atendimento inicial. Deve-se entregar o encaminhamento com a data, horário e local do
atendimento e anotar o nome completo da paciente, prontuário e data de nascimento no caderno
de agendamento. Deve-se completar a Ficha de Atendimento Multiprofissional às Pessoas em
Situação de Violência Sexual no atendimento ambulatorial. No primeiro retorno do ambulatório
deve-se checar os exames de bioquímica colhidos entre 7 e 14 dias de uso das medicações
antirretrovirais, avaliar efeitos colaterais e adesão às medicações. No retorno ambulatorial avaliar
queixas ginecológicas ou de possíveis ISTs, só realizar novo exame ginecológico se queixas.
Retornos sequenciais para avaliação sorológica em 3 e 6 meses.

Referência

LÍGIA D'ARC, P.; PRADO, S. Protocolo de assistência às mulheres vítimas de violência. [s.l: s.n.].
Disponível em: <https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/703745/2/Protocolo de viol
%C3%AAncia%20contra%20mulher.pdf>.

Identificar as medidas protetivas direcionadas às mulheres vítimas de violência.

Definição

Um dos mecanismos criados pela lei para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar,
assegurando que toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual,
renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goze dos direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana e tenha oportunidades e facilidades para viver sem violência, com a
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Medidas protetivas

A Lei Maria da Penha prevê dois tipos de medidas protetivas de urgência

Obriga o agressor a não praticar determinadas condutas

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com


comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei n. 10.826, de
22 de dezembro de 2003;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a


ofendida;

SP 1.4 3
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas,
fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por
qualquer meio de comunicação;
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a
integridade física e psicológica da ofendida;

IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores,


ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

§ 1o As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de


outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da
ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser
comunicada ao Ministério Público.

§ 2o Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o


agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do
art. 6o da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz
comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as
medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição
do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor
responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena
de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência,
conforme o caso.

§ 3o Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência,


poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.

§ 4o Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o


disposto no caput e nos §§ 5o e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11
de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).

Direcionada à mulher e seus filhos, visando protegê-los

Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou


comunitário de proteção ou de atendimento;

SP 1.4 4
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes
ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor;

III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos


direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;

IV - determinar a separação de corpos.


Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes
medidas, entre outras:

I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à


ofendida;

II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de


compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa
autorização judicial;

III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao


agressor;

IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por


perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência
doméstica e familiar contra a ofendida.

Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os


fins previstos nos incisos II e III deste artigo.

Referência: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/violencia-contra-a-mulher-o-que-sao-as-
medidas-protetivas-de-urgencia/544108267

Descrever a inteligência emocional na construção de um relacionamento.

O que é inteligência emocional?


É a capacidade de identificar e entender nossas emoções e as dos outros, ajudando a guiar
pensamentos e ações. É importante para lidar com situações diárias, controlar reações, tomar
decisões e consequentemente, construir relacionamentos saudáveis.

SP 1.4 5
Nos relacionamentos, a inteligência emocional desempenha um papel fundamental. Ela nos ajuda
a ser mais empáticos e compreensivos com os outros, fortalecendo os laços afetivos e
facilitando a resolução de conflitos. Além disso, a capacidade de controlar as próprias emoções
evita reações impulsivas e agressivas, criando um ambiente mais harmonioso e saudável. Outro
benefício da inteligência emocional no trabalho é a melhoria da comunicação interpessoal.
Colaboradores com essa habilidade são mais eficientes em expressar suas ideias de forma clara
e assertiva, evitando mal-entendidos e mantendo um ambiente de trabalho harmonioso.

Referências:
Woyciekoski, Carla e Hutz, Claudio Simon. Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida,
aplicações e controvérsias. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 2009, v. 22, n. 1 [Acessado 16
Março 2024], pp. 1-11. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-79722009000100002. Epub
18 Jun 2009. ISSN 1678-7153. https://doi.org/10.1590/S0102-79722009000100002.

https://awari.com.br/inteligencia-emocional-o-que-faz-e-como-impacta-sua-vida-e-
relacionamentos/

Diferenciar os tipos de violência contra a mulher.

Violência física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.

Espancamento; atirar objetos, sacudir e apertar os braços.

Estrangulamento ou sufocamento

Lesões com objetos cortantes ou perfurantes; ferimentos causados por queimaduras ou


armas de fogo.

Tortura.

Violência psicológica: qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da


autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.

Ameaças; constrangimento; humilhação e manipulação.

Isolamento; privação, proibição do direito de ir e vir.

Vigilância constante; perseguição contumaz.

Insultos; chantagem; exploração.

Ridicularização; tirar a liberdade de crença.

Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre a sua memória e sanidade
(GASLIGHTING).

Violência sexual: qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de


relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.

SP 1.4 6
Estupro; obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa.

Impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar.

Forçar matrimônio, gravidez ou prostituição por meio de coação chantagem, suborno ou


manipulação.

Limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.

Violência patrimonial: qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição


parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores
e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

Controlar o dinheiro; privar de bens, valores ou recursos econômicos; deixar de pagar


pensão alimentícia.

Destruição de documentos pessoais; causar danos propositais a objetos da mulher ou


dos quais ela goste.

Estelionato; furto, extorsão ou dano.

Violência moral: qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Acusar a mulher de traição; fazer críticas mentirosas.

Desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir; emitir juízos morais sobre a conduta;
expor a vida da vítima.

Rebaixar a mulher por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole.

→ Violência doméstica e familiar: qualquer tipo de violência nas relações entre membros da
comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco natural, civil, de afinidade ou
afetividade.

Referências: http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 11.340-


2006?OpenDocument
https://ibdfam.org.br/noticias/8211/Saiba+reconhecer+8+formas+de+violência+contra+a+mulher

Definir emoções disfuncionais, sinais e sintomas de transtornos psicológicos (diagnóstico


diferencial) e associá-los ao autocuidado.

Emoções disfuncionais
Emoções disfuncionais são padrões de respostas emocionais que causam sofrimento ou
interferem no funcionamento diário. Sinais de transtornos psicológicos podem incluir mudanças
de humor, ansiedade, sentimentos de tristeza, pensamentos suicidas, isolamento social,
problemas de sono e irritabilidade. O diagnóstico diferencial é usado para distinguir entre

SP 1.4 7
diferentes condições que apresentam sintomas semelhantes, como ansiedade causada por
vários transtornos.

O autocuidado é fundamental para o manejo e tratamento de transtornos psicológicos. Isso


pode incluir estratégias como:

1. Atividade física regular: Exercícios físicos podem ajudar a reduzir o estresse, melhorar o
humor e promover o bem-estar emocional.

2. Alimentação saudável: Uma dieta equilibrada pode impactar positivamente o humor e a


saúde mental.

3. Sono adequado: Priorizar uma boa higiene do sono e garantir horas suficientes de sono
pode ajudar a regular as emoções e melhorar o funcionamento cognitivo.

4. Práticas de relaxamento: Técnicas como meditação, respiração profunda, ioga e


relaxamento muscular progressivo podem ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse.

5. Manter conexões sociais: O apoio social é importante para o bem-estar emocional. Manter
contato com amigos, familiares ou grupos de apoio pode ajudar a reduzir sentimentos de
isolamento e solidão.

6. Buscar ajuda profissional: Terapia psicológica, aconselhamento ou psiquiatria podem ser


fundamentais para o tratamento de transtornos psicológicos. Profissionais de saúde mental
podem oferecer suporte, orientação e intervenções específicas para lidar com sintomas
emocionais disfuncionais.

SP 1.4 8

Você também pode gostar