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VICTORIA BRITO - FESAR P5 - IESC V

Reforma Psiquiátrica
INTRODUÇÃO - Início de um processo de intervenção, em 1989, da
Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SP) em um
A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local
complexo, composto de atores, instituições e forças de maus-tratos e mortes de pacientes.
de diferentes origens, e que incide em territórios
diversos. Portanto, é compreendida como um - São implantados Núcleos de Atenção Psicossocial
conjunto de transformações de práticas, saberes, (NAPS), no município de Santos, que funcionam 24
valores culturais e sociais. horas. Além disso são criadas cooperativas,
residências para os egressos do hospital e
O PROCESSO DE REFORMA SANITÁRIA associações.
O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil - 1989: Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado, que
é contemporâneo da eclosão do “movimento propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com
sanitário”, nos anos 70. No entanto, este processo transtornos mentais e a extinção progressiva dos
está baseado na crise do modelo de assistência manicômios no país.
centrado no hospital psiquiátrico, por um lado, e na
eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos 2. Implantação da rede extra-hospitalar (1992-2000)
sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos. - Aprovação em vários estados brasileiros das
HISTÓRIA DA REFORMA: primeiras leis que determinam a substituição
progressiva dos leitos psiquiátricos por uma rede
1. Crítica do modelo hospitalocêntrico (1978-1991) integrada de atenção à saúde mental.
- Início efetivo do movimento social pelos direitos dos - Passam a entrar em vigor no país as primeiras
pacientes psiquiátricos no Brasil, por meio do normas federais regulamentando a implantação de
surgimento do Movimento dos Trabalhadores em serviços de atenção diária, fundadas nas experiências
Saúde Mental (MTSM). dos primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-dia, e as
- Denúncia da violência dos manicômios, da primeiras normas para fiscalização e classificação
mercantilização da loucura, da hegemonia de uma dos hospitais psiquiátricos.
rede privada de assistência e construção coletiva de 3. A reforma após a Lei Nacional (2001-2005)
uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao
modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas - 2001: sanção da Lei Federal 10.216
com transtornos mentais. - Linhas específicas de financiamento são criadas
- I Conferência Nacional de Saúde Mental, em 1987. pelo Ministério da Saúde para os serviços abertos e
substitutivos ao hospital psiquiátrico e novos
- Surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na cidade mecanismos são criados para a fiscalização, gestão e
de São Paulo, em 1987. redução programada de leitos psiquiátricos no país.
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- Dois movimentos simultâneos ocorrem: a construção V - Ter direito à presença médica, em qualquer
de uma rede de atenção à saúde mental substitutiva tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua
ao modelo centrado na internação hospitalar e a hospitalização involuntária;
fiscalização e redução progressiva dos leitos
psiquiátricos existentes. VI - Ter livre acesso aos meios de comunicação
disponíveis;
- No final de 2002, ocorre a III Conferência Nacional
de Saúde Mental, a qual consolida a Reforma VII - Receber o maior número de informações a
Psiquiátrica como política de governo, confere aos respeito de sua doença e de seu tratamento;
CAPS o valor estratégico para a mudança do modelo
VIII - Ser tratada em ambiente terapêutico pelos
de assistência, defende a construção de uma política
meios menos invasivos possíveis;
de saúde mental para os usuários de álcool e outras
drogas, e estabelece o controle social como a garantia IX - Ser tratada, preferencialmente, em serviços
do avanço da Reforma Psiquiátrica no Brasil. comunitários de saúde mental.
LEI DA REFORMA PSIQUIÁTRICA INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA:
A Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2021,
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas A internação, em qualquer de suas modalidades, só
portadoras de transtornos mentais e redireciona o será indicada quando os recursos extra-hospitalares
modelo assistencial em saúde mental. Além disso, essa se mostrarem insuficientes. Com isso, visará, como
lei afirma que os direitos e a proteção das pessoas finalidade permanente, a reinserção social do
acometidas de transtorno mental devem ser paciente em seu meio. Além disso, será estruturada
assegurados sem qualquer forma de discriminação. de forma a oferecer assistência integral, incluindo
serviços médicos, de assistência social, psicológicos,
DIREITOS DA PESSOA PORTADORA DE TRANSTORNO MENTAL: ocupacionais, de lazer, e outros.
I - Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de - Somente será realizada mediante laudo médico
saúde, consentâneo às suas necessidades; circunstanciado que caracterize os seus motivos.
II - Ser tratada com humanidade e respeito e no TIPOS DE INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA:
interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando
alcançar sua recuperação pela inserção na família, no 1. INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA: aquela que se dá com
trabalho e na comunidade; o consentimento do usuário.
2. INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA: aquela que se dá
III - Ser protegida contra qualquer forma de abuso e sem o consentimento do usuário e a pedido
exploração; de terceiro.
IV - Ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 3. INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: aquela determinada
pela Justiça.
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- É vedada a internação em instituições com permitindo a redução de milhares de leitos


características asilares, ou seja, desprovidas de psiquiátricos no país e o fechamento de vários
recursos e que não assegurem os direitos da pessoa hospitais psiquiátricos.
portadora de transtorno mental.
PROGRAMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DO SISTEMA
- O paciente que está há longo tempo hospitalizado HOSPITALAR/PSIQUIATRIA (PNASH/PSIQUIATRIA):
ou em situação de grave de dependência institucional
O PNASH é um instrumento de gestão que permite a
será objeto de política específica de alta planejada e
redução e o fechamento de leitos de hospitais
reabilitação psicossocial assistida.
psiquiátricos de forma gradual, pactuada e planejada.
- A internação somente será autorizada por médico Portanto, trata-se da instituição que realiza a
devidamente registrado no CRM do estado onde se avaliação sistemática e anual da rede hospitalar
localize o estabelecimento. psiquiátrica pertencente ao SUS.

- A pessoa que consente a internação deve assinar, - A avaliação ocorre por meio da coleta de dados em
no momento da admissão, uma declaração. O término cada um dos hospitais psiquiátricos. Avalia:
da internação voluntária dar-se-á por solicitação
 Estrutura física do hospital;
escrita do paciente ou por determinação do médico.
 Dinâmica de funcionamento dos fluxos
- A internação psiquiátrica involuntária deverá, no hospitalares;
prazo de 72 horas, ser comunicada ao Ministério  Processos e recursos terapêuticos da
Público Estadual pelo responsável técnico do instituição;
estabelecimento, devendo esse mesmo procedimento  Adequação e inserção dos hospitais à rede
ser adotado quando na respectiva alta. de atenção em saúde mental em seu
território e às normas técnicas do SUS.
- Evasão, transferência, acidente, intercorrência - Faz parte da avaliação a realização de “entrevistas
clínica grave e falecimento serão comunicados aos de satisfação” com pacientes longamente internados
familiares (ou representante legal) e à autoridade e pacientes às vésperas de receber alta hospitalar.
sanitária, pela direção do estabelecimento, no prazo
máximo de 24 horas. - Este instrumento permite classificar os hospitais
psiquiátricos em quatro grupos diferenciados: aqueles
O PROCESSO DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO de boa qualidade de assistência, os de qualidade
suficiente, aqueles que precisam de adequações e
O processo de desinstitucionalização pressupõe
devem sofrer revistoria, e aqueles de baixa qualidade,
transformações culturais e subjetivas na sociedade e
encaminhados para o descredenciamento pelo
depende sempre da pactuação das três esferas de
Ministério da Saúde.
governo (federal, estadual e municipal).
SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS (SRT):
REDUÇÃO DE LEITOS NOS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS:
Os Serviços Residenciais Terapêuticos, residências
A expansão de serviços como os Centros de Atenção
terapêuticas ou simplesmente moradias, são casas
Psicossocial e as Residências Terapêuticas, vem
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localizadas no espaço urbano, constituídas para documentação pessoal mínima para o cadastramento.
responder às necessidades de moradia de pessoas Desta forma, verdadeiros “mutirões da cidadania”
portadoras de transtornos mentais graves, egressas vêm se estruturando nos municípios para garantir a
de hospitais psiquiátricos ou não. Com isso, fazem identificação tardia destas pessoas.
parte do processo de desinstitucionalização e
reintegração das pessoas com transtornos mentais PROGRAMA ANUAL DE REESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
graves. HOSPITALAR NO SUS (PRH):
A principal estratégia do Programa é promover a
- Uma Residência Terapêutica deve acolher, no redução progressiva e pactuada de leitos a partir dos
máximo, oito moradores. De forma geral, um cuidador macrohospitais (acima de 600 leitos, muitas vezes
é designado para apoiar os moradores nas tarefas, hospitais-cidade, com mais de mil leitos) e hospitais de
dilemas e conflitos cotidianos do morar, do co-habitar grande porte (com 240 a 600 leitos psiquiátricos).
e do circular na cidade, em busca da autonomia do
usuário. - Para tanto, são definidos no Programa os limites
máximos e mínimos de redução anual de leitos para
- Cada residência deve estar referenciada a um cada classe de hospitais.
Centro de Atenção Psicossocial e operar junto à rede
de atenção à saúde mental dentro da lógica do  Todos os hospitais com mais de 200 leitos
território. devem reduzir no mínimo, a cada ano, 40
leitos.
O PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA:  Os hospitais entre 320 e 440 leitos podem
O objetivo do Programa é contribuir efetivamente chegar a reduzir 80 leitos ao ano.
para o processo de inserção social das pessoas com
 Os hospitais com mais de 440 leitos podem
longa história de internações em hospitais
chegar a reduzir, no máximo, 120 leitos ao
psiquiátricos, através do pagamento mensal de um
ano.
auxílio-reabilitação, no valor de R$240,00 aos seus
beneficiários. - Desta forma, busca-se a redução progressiva do
porte hospitalar, de modo a situarem-se os hospitais,
- Criado pela Lei Federal 10.708, o Programa
ao longo do tempo, em classes de menor porte
potencializa a emancipação e a autonomia dos
(idealmente, até 160 leitos).
beneficiários.
- Este processo deve incluir o aumento progressivo
- Para receber o auxílio-reabilitação do Programa De
dos equipamentos e das ações para a
Volta para Casa, a pessoa deve ser egressa de
desinstitucionalização, tais como CAPS, SRTs, Centros
Hospital Psiquiátrico ou de Hospital de Custódia e
de Convivência e a habilitação do município no
Tratamento Psiquiátrico, e ter indicação para inclusão Programa de Volta para Casa.
em programa municipal de reintegração social.
MANICÔMIOS JUDICIÁRIOS:
- Um dos desafios do Programa é que a maioria dos
São hospitais não geridos pelo SUS e sim por órgãos
potenciais beneficiários não possuem a
da Justiça. Portanto, não estão submetidos às normas
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gerais de funcionamento do SUS, ao REDE= articulação com outras instituições, associações


PNASH/Psiquiatria ou ao Programa Anual de e cooperativas
Reestruturação da Assistência Hospitalar Psiquiátrica.
TERRITÓRIO= designação não apenas de uma área
São frequentes as denúncias de maus tratos e os
geográfica, mas das pessoas, das instituições, das
óbitos nestes estabelecimentos.
redes e dos cenários nos quais se dão a vida
No ordenamento jurídico brasileiro, as pessoas com comunitária
transtornos mentais que cometem crimes são
É essa rede articulada que pode garantir
consideradas inimputáveis, isto é, isentas de pena.
resolutividade, promoção da autonomia e da cidadania
Estas pessoas são submetidas à medida de
das pessoas com transtornos mentais.
segurança, espécie de tratamento compulsório, cuja
principal consequência é a segregação perpétua ou
por longo período, através da internação.

A REDE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE


A rede de atenção à saúde mental brasileira é parte
integrante do SUS. Sendo assim, é composta por
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços
Residenciais Terapêuticos (SRT), Centros de
Convivência, Ambulatórios de Saúde Mental e
Hospitais Gerais e caracteriza-se por ser
essencialmente pública, de base municipal e com um
controle social fiscalizador e gestor no processo de
consolidação da Reforma Psiquiátrica.

REDE E TERRITÓRIO
A construção de uma rede comunitária de cuidados é
fundamental para a consolidação da Reforma
Psiquiátrica.
A articulação em rede dos variados serviços
substitutivos ao hospital psiquiátrico é crucial para a
constituição de um conjunto vivo e concreto de
referências capazes de acolher a pessoa em
sofrimento mental.

MODELO HOSPITALAR

MODELO DE BASE COMUNITÁRIA


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 Dar suporte à atenção à saúde mental na rede


básica
RESUMINDO:
Os CAPS devem organizar a rede de atenção às
pessoas com transtornos mentais nos municípios.

MODALIDADES DE CAPS:
Os CAPS se diferenciam pelo porte, capacidade de
atendimento, clientela atendida e organizam-se no
país de acordo com o perfil populacional dos
municípios brasileiros. Assim, estes serviços
diferenciam-se como CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSi
e CAPSad.

CAPS I:
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) - Menor porte, presente em municípios com
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são população entre 20.000 e 50.000 habitantes
serviços de saúde municipais, abertos, comunitários, - Equipe mínima: 9 profissionais, entre profissionais
que oferecem atendimento diário às pessoas com de nível médio e nível superior.
transtornos mentais severos e persistentes,
realizando o acompanhamento clínico e a reinserção - Clientela: adultos com transtornos mentais severos
social destas pessoas através do acesso ao trabalho, e persistentes e transtornos decorrentes do uso de
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos álcool e outras drogas.
laços familiares e comunitários. - Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e
Os CAPS devem ser substitutivos, e não têm capacidade para o acompanhamento de cerca de
complementares ao hospital psiquiátrico 240 pessoas por mês.

FUNÇÕES DOS CAPS: CAPS II:

 Prestar atendimento clínico em regime de - Médio porte, dando cobertura a municípios com mais
atenção diária, evitando assim as internações de 50.000 habitantes.
em hospitais psiquiátricos - Equipe mínima: 12 profissionais, entre profissionais
 Promover a inserção social das pessoas com de nível médio e nível superior.
transtornos mentais através de ações
intersetoriais - Clientela típica: adultos com transtornos mentais
 Regular a porta de entrada da rede de severos e persistentes.
assistência em saúde mental na sua área de
atuação
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- Funcionam durante os cinco dias úteis da semana e localização geográfica (municípios de fronteira, ou
possuem capacidade para o acompanhamento de parte de rota de tráfico de drogas) ou cenários
cerca de 360 pessoas por mês. epidemiológicos, necessitem deste serviço.

CAPS III: - Equipe mínima: 13 profissionais de nível médio e


superior
- Serviços de maior porte da rede CAPS, previstos
para dar cobertura aos municípios com mais de - Especializados no atendimento de pessoas que
200.000 habitantes. fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas.

- Equipe mínima: 16 profissionais, entre os - Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e
profissionais de nível médio e superior, além de equipe têm capacidade para realizar o acompanhamento de
noturna e de final de semana cerca de 240 pessoas por mês.

- Com no máximo cinco leitos, o CAPS III realiza, quando OBSERVAÇÃO:


necessário, acolhimento noturno (internações curtas,
Atualmente, o Ministério da Saúde estrutura as
de algumas horas a no máximo 7 dias).
modalidades dos CAPS da seguinte forma:
- Funcionam durante 24 horas em todos os dias da
semana e em feriados. Portanto, são serviços de
grande complexidade e têm capacidade para realizar
o acompanhamento de cerca de 450 pessoas por
mês.

CAPSi:
- São equipamentos geralmente necessários para dar
resposta à demanda em saúde mental em municípios
com mais de 200.000 habitantes.
- Especializados no atendimento de crianças e
adolescentes com transtornos mentais
- Equipe mínima: 11 profissionais de nível médio e
superior.
SAÚDE MENTAL NA APS
- Funcionam durante os cinco dias úteis da semana, e
As equipes da Atenção Básica, devido à sua
têm capacidade para realizar o acompanhamento de
proximidade com as famílias e as comunidades,
cerca de 180 crianças e adolescentes por mês.
apresentam-se como um recurso estratégico para o
CAPSad: enfrentamento de importantes problemas de saúde
pública, como os agravos vinculados ao uso abusivo de
- São equipamentos previstos para cidades com mais
álcool, drogas e diversas outras formas de
de 200.000 habitantes, ou cidades que, por sua
sofrimento psíquico.
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SAÚDE MENTAL E INCLUSÃO SOCIAL: A REDE SE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARA


AMPLIA APROFUNDAMENTO DO ESTUDO:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à
PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL PELO TRABALHO Saúde. DAPE. Coordenação Geral de Saúde Mental.
Um dos principais desafios da Reforma Psiquiátrica - Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil.
processo amplo de inclusão social e promoção da Documento apresentado à Conferência Regional de
cidadania das pessoas com transtornos mentais - é a Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois
potencialização do trabalho como instrumento de de Caracas. OPAS. Brasília, novembro de 2005.
inclusão social dos usuários dos serviços. LEI Nº 10.216, de 6 de abril de 2001. (Lei da reforma
Embora os diversos serviços da rede de atenção à psiquiátrica).
saúde mental fomentem a criação de cooperativas e
associações e realizem oficinas de geração de renda,
estas experiências, mesmo que com ótimos
resultados, caracterizam-se ainda por sua frágil
sustentação institucional e financeira.
Programa de Inclusão Social pelo Trabalho: articular
definitivamente a saúde mental e a economia solidária
na discussão da complexa problemática da inclusão
social da pessoa com transtornos mentais.

CENTROS DE CONVIVÊNCIA E CULTURA


Os Centros de Convivência e Cultura são dispositivos
públicos que compõe a rede de atenção substitutiva
em saúde mental e que oferecem às pessoas com
transtornos mentais espaços de sociabilidade,
produção cultural e intervenção na cidade.
Estes Centros, através da construção de espaços de
convívio e sustentação das diferenças na
comunidade, facilitam a construção de laços sociais e
a inclusão das pessoas com transtornos mentais.
O Ministério da Saúde recomenda a implementação
destes Centros para os municípios com população de
mais de 200.000 habitantes.

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