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# Antes de Florence, o trabalho era relacionado a vigília, disciplina e punição. Muito relacionado
à igreja, cultura hospitalar, da reclusão e retirada de todas as pessoas que incomodavam pela não
compreensão do outro.
É preciso: cuidado, aconselhamento, acolhimento, medicação. Debater casos, pesquisar,
compreender, organizar, compartilhamento de informações, construção de condutas. Conectar
com o sistema social.
Dependendo do caso: o paciente é inimputável → não é julgado, perante a justiça, da mesma
forma que corresponde a atitude. Ex: um esquizofrênico que bateu em alguém não será julgado
como alguém que tentou homicídio.
Medicamentos psicoterápicos + terapia ocupacional + atividade de recreação → tentar englobar
tudo.
# Cultura higienista social – considerar que algumas pessoas não são importantes para a
sociedade, ao invés disso, elas atrapalham. O que leva e conduz até os dias de hoje a
permanência dessa cultura nos centros psiquiátricos.
# Paciente internado → gera uma AIH - que faz o SUS pagar um valor
# História
- Grécia antiga: loucos tinham poderes divinos
- Idade média: eram demônios
- Séc VII – XIX → psiquiatria > loucura > doença > Escola de Pinel > alienistas
-
# Práticas assistenciais
- Psiquiatria organicista/biológica: revolução pineliana no final do séc XVII, hospital como
espaço para observação, tratamento e cura dos doentes mentais.
- Psiquiatria psicoterápica: influenciada pela psicanálise, que propunha o entendimento da
doença mental como patologia do psiquismo, em contraposição à psiquiatria organicista.
- Psiquiatria social: após a II Guerra Mundial, com o objetivo de restabelecer a mão de
obra dos países o mais rápido possível e, constatação dos efeitos deletérios do hospital
aos pacientes
- Comunidade terapêutica na Inglaterra: Preconizava a participação do doente nos
processos decisórios das atividades das unidades de internação em igualdade de status
com a equipe.
- Psiquiatria preventiva norte americana: marca o surgimento da saúde mental, articulada
aos conceitos da saúde pública // Seu espaço de atuação é a comunidade e seu objetivo de
intervenção os indivíduos considerados em situação de risco para o desenvolvimento ou
agravo mental.
- Psiquiatria de setor da França: Internação psiquiátrica deveria ser algo transitório // o
hospital deveria ser dividido em comunidades esquadrinhadas e responsável por uma área
geográfica e social da comunidade, com equipe de saúde mental e serviços
extra-hospitalares.
- Psiquiatria democrática italiana: preconizava a desinstitucionalização e culminou com a
Lei 180 em maior de 1978, proibindo a construção e utilização do manicômio como
terapêutica e reconhece a função essencial dos equipamentos extra-hospitalares.
- Fatores que influenciam o movimento da Reforma
Descoberta de novos medicamentos e novas modalidades de intervenções terapêuticas
Movimento em favor dos direitos humanos após Segunda Guerra Mundial
A incorporação de componentes sociais e mentais na definição de saúde pela OMS
Dimensão conceitual: um novo modelo que trabalha com revisão e reconstrução no campo
teórico da ciência, da psiquiatria e da saúde mental.
Dimensão estrutural: na construção e invenção de novas estratégias e dispositivos de
assistência e cuidado, tais como os centros de convivência, os núcleos e centros de atenção
psicossocial, as cooperativas de trabalho,...
Dimensão jurídico-política: temos a revisão de conceitos fundamentais na legislação civil,
penal e sanitária (irresponsabilidade civil, periculosidade, etc) e a transformação, na prática
social e política, de conceitos como cidadania, direitos civis, sociais e humanos.
Dimensão cultural: conjunto amplo de iniciativas que vão estimular as pessoas a repensarem
seus princípios, preconceitos e suas opiniões formadas - com a ajuda da psiquiatria, sobre a
loucura. É a transformação do imaginário social sobre a loucura, não como lugar de morte, de
ausência e de falta, mas como também de desejo e de vida.
- A reforma psiquiátrica no Brasil
Início dos anos 70 - eclosão do movimento sanitário
Crise do modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico
Movimentos sociais pelo direito do paciente psiquiátrico
É um processo político e social composto por diferentes atores
Compreende um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais
Processo marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios.
######## Um hospital só pode ser filantrópico (Filantropia vem do grego φίλος e άνθρωπος, e
significa "amor à humanidade". O seu antônimo é a misantropia) se ele tiver mais de 60% de
atendimento do SUS.
•Boa qualidade
•Qualidade suficiente
-Para ter o programa, o município deverá possuir uma rede efetiva de atenção à saúde mental.
Dificuldades do programa
Objetivos da RAPS
Rede de Atenção Psicossocial
- Normativas: RAPS
- Pontos de atenção da RAPS
As diretrizes e estratégias para a saúde mental no Brasil envolvem o Governo Federal, Estados e
Municípios.
3) Urgência e emergência: SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e pronto socorro.
8) Hospital-Dia
São substitutivos ao modelo asilar, ou seja, aqueles em que os pacientes deveriam morar
(manicômios).
- CAPS 1
- CAPS 2
- CAPS 3
- CAPS i
- CAPS Ad
- CAPS Ad 3
- Serviços Residenciais Terapêuticos - SRT
Moradias em espaços urbanos para portadores de transtornos mentais graves egressos ou não de
hospitais psiquiátricos.
Objetivos
Reintegração na comunidade.
Metodologia
Máximo 8 moradores.
- Unidades de acolhimento
Cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24h/dia.
Ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas, de ambos os sexos.
Devem apresentar acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento
terapêutico e protetivo de caráter transitório.
O tempo de permanência nessas unidades é de até seis meses.
As UA contam com equipe qualificada e funcionam exatamente como uma casa, onde o usuário
é acolhido e abrigado enquanto seu tratamento e projeto de vida acontecem nos diversos outros
pontos da RAPS.
- Urgência e emergência: SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e Pronto socorro
São serviços para o atendimento de urgências e emergências rápidas.
São responsáveis pela classificação de risco e tratamento das pessoas com transtorno mental
e/ou necessidades decorrentes do uso de drogas em situação de emergência.
Atendimento em momentos de crise forte.
- Alguns desafios da RAPS
Existe a expansão dos serviços abertos, mas isso poderia ser mais rápido.
Assegurar o desenvolvimento do modelo de atenção com foco no cuidado comunitário e integral.
Estimular a produção de autonomia, fundamentados nos princípios do SUS e da Reforma
Psiquiátrica brasileira.
- DESAFIOS
Proteger os CAPS dos desafios da sociedade e da fragilidade da rede, que reproduz práticas
tutelares e cronificantes.
Financiamento.
Referência e contrarreferência.
Recursos humanos.
Outros......