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de
“...uma coleta desenfreada. Um homem não podia dar nascença ou curso à mais simples mentira do mundo, ainda daquelas que aproveitam ao
inventor ou divulgador, que não fosse logo metido na Casa Verde. Tudo era loucura. Os cultores de enigmas, os fabricantes de charadas, de
anagramas, os maldizentes, os curiosos da vida alheia, os que põem todo o seu cuidado na tafularia, um ou outro almotacé enfunado [...]. Ele
respeitava os namorados e não poupava as namoradeiras, dizendo que as primeiras cediam a um impulso natural e as segundas a um vício. Se
um homem era avaro ou pródigo, ia do mesmo modo ara a Casa Verde; daí a alegação de que não havia regra para a completa sanidade mental.”
p.58
https://www.youtube.com/watch?v=rlU-jVvfgV0
https://www.youtube.com/watch?v=5hTNtWEMAco
Manicômio de
Barbacena – um campo
de concentração
• Militantes políticos;
• Mães solteiras;
• Homossexuais;
• Epiléticos;
• Mendigos;
• Portadores de
transtornos mentais;
• Todos que não se
enquadravam no
padrão social.
• 1968: I Conferência de Saúde Mental das Américas (no Texas):
criação de serviços de modalidade comunitária
Antecedentes •
compareceram os principais professores das escolas médicas
brasileiras.
Segunda metade da década de 70: redemocratização; críticas
históricos •
a ineficiência da assistência; denúncias.
1978: Criado o Movimento dos Trabalhadores em Saúde
Mental (MTSM). Reivindicações trabalhistas e um discurso
humanitário liderou acontecimentos que fizeram avançar a
luta até o seu caráter antimanicomial.
• Em paralelo... A reforma sanitária.
Antecedentes
históricos
• A VIII CNS (1986) também
defendeu a reestruturação do
modelo assistencial em Saúde
Mental, criticando fortemente o
hospitalocentrismo e o
institucionalismo dominantes,
dando destaque, sobretudo, à
necessidade de revisão da
legislação psiquiátrica, pondo
em foco a preservação dos
direitos dos chamados doentes
mentais.
• 1987: I Conferência Nacional de
Saúde Mental.
• Nasce da crítica à violência e
Princípios ineficácia do manicômio.
• Sustenta-se em tradições teóricas e
da Reforma histórias diversas.
• Reorientação do modelo assistencial.
Brasileira território.
• Mudança na clínica (clínica de
atenção psicossocial).
• Mudança na gestão (gestão
participativa, com o protagonismo
do usuário e familiares.
• Mudança política (micro e macro
política) agenda política.
• Mudança cultural (representações
sociais sobre a loucura e sobre o
cuidado).
Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental
Promover uma maior integração e participação social do indivíduo que apresenta transtorno mental.
Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental
1989 foi apresentado o Projeto de Lei nº 3.657/89 pelo Deputado Paulo Delgado que propunha
extinção dos manicômios e regulamentação à internação compulsória.
RAPS instituída pela Portaria MS/GM nº 3.088, de
23/12/2011
• Constitui-se a partir de 1991,
com as primeiras diretrizes
no âmbito do SUS;
Política • Tem sustentação jurídica;
Nacional de • Articula-se estruturalmente
Saúde Mental com a Política do SUS.
(PNSM) • Abre-se para a
LEI N. 10.216, Intersetorialidade como o
DE 6 DE ABRIL único futuro possível.
• Legitima-se em sua
DE 2001 efetividade e no apoio social.
Diretrizes da 1. Reestruturação da assistência psiquiátrica
hospitalar – desinstitucionalização.
Nacional de
– Programa “De volta para Casa”.
– Expansão dos serviços residenciais
terapêuticos.
Saúde – Reorientação
judiciários.
dos manicômios
Mental: 2.
– Leitos em Hospitais Gerais.
Expansão e consolidação da rede de
atenção psicossocial (CAPS I, II, III, i e AD).
3. Inclusão das ações de saúde mental na
Atenção Básica.
4. Atenção integral a usuários de álcool e
drogas.
5. Programa Permanente de Formação de
profissionais para a Reforma Psiquiátrica.
6. Inclusão social e empoderamento: geração
de renda e trabalho, mobilização de
usuários e familiares.
Componentes da Rede de Atenção
Psicossocial
Serviços de Residência Terapêutica
Portaria 106 / MS, de 11 de Fevereiro de 2000
• Moradias inseridas na
comunidade (localizadas no
espaço urbano).
• Destinados a indivíduos com
transtornos mentais, egressos
de internações psiquiátricas de
longa permanência.
• Para os que não possuem
suporte social e laços
familiares e, que viabilizam sua
inserção social.
• Inseridos em Projetos
Terapêuticos e acompanhados
nos CAPS.
http://www.saude.am.gov.br/visualizar-noticia.php?id=3458
Sobre as • Mudanças no Modelo assistencial – instituições fechadas
baseadas na abstinência para uma rede de atenção integral
mudanças na que reduza à exclusão e a falta de cuidados.
Politica Nacional • Redução de danos como estratégia.
de Saúde Mental • Integração intra e intersetorial.
Desafios
Pesquisa aponta 83% dos profissionais de saúde com Síndrome de
Burnout: 'Desgastante'
• https://globoplay.globo.com/v/8835497/
https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp-content/uploads/20
20/05/cartilha_prevencaosuicidio.pdf
COMUNIDADE
TERAPÊUTICA
https://www.youtube.com/watch?v=vdIfP6-
urIg
https://www.youtube.com/watch?v=vdIfP6-urIg
MEDICALIZAÇÃO
⮚ Escuta qualificada;
⮚ Trabalho multiprofissional e
interdisciplinar;
⮚ Encaminhamento aos
equipamento;
⮚ Acompanhamento;
⮚ Tratamento humanizado;
⮚ Cautela no prescrição de
psicotrópicos.
CUIDEM
Cuidem-se
Referências bibliográficas
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm#:~:text
=L10216&text=LEI%20No%2010.216%2C%20DE,modelo%20assistencial%20em%20sa%C3%BAde%20mental.
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