Prova 1- Tutoria
Problemas 1, 2 e 3
Método tradicional
rrrrrr
No método tradicional de ensino o
professor funciona como um mediador
entre o conhecimento e o aluno, dessa
forma, ele é o protagonista na técnica de
ensino-aprendizagem. Nesse caso, há a
prevalência de conteúdos teóricos e
mecanizados que são repassados por meio
de uma aula totalmente expositiva. Com
relação ao aluno, ele possui característica
passiva, pois não participa ativamente do
método, já que a sua única função é ouvir e
memorizar o que está sendo repassado
pelo professor verbalmente ou por slides.
Nesse modelo, as características
Análise individuais não são levadas em
crítica consideração, o que impede a formação de
seres pensantes e críticos capazes de
resolverem os problemas. O MODELO
UTILIZADO É O FLEXINERIANO.
Modelo
Flexineriano/Biomédico
O modelo biomédico flexineriano é assim
chamado em virtude do relatório Flexiner
de 1910, o qual se especializou na educação
médica (assistência e postura do médico).
As características do modelo flexineriano
são:
• Ênfase na atenção médica
individual. (NÃO CONSIDERA ESF)
Não considera • Medicina curativista (favorecia os
saúde- tratamentos com base na cura de
doença, então
sintomas, ou seja, medicina focada
não era feita a
na doença.
PREVENÇÃO
• Medicalização (consumismo em
rede) – a cura das doenças era feita
a partir do intenso uso de
medicamentos, já que ele alinhou
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a medicina com a indústria
farmacêutica.
• Hospitalocêntrico (considera os
hospitais como mediadores da
medicina, logo a prevenção de
doenças e a promoção de saúde
não são levadas em consideração).
• Evidência para especialidades
(existem apenas os especialistas Ex:
que vão curar corpos segmentados, Ortopedista
especialista
ou seja, não analisam o corpo como
em ombros.
um todo, apenas o órgão ou área
particular).
• Racionalista (considera apenas o
que está ao alcance dos olhos, ou
seja, informações quantitativas dos
pacientes).
• Tecnicista (com pouca ou nenhuma
ênfase no ensino das humanidades)
Modelo Cartesiano
Tem como principal mediador o filósofo
René Descartes, o qual racionalizava o
máximo possível o seu pensamento para
chegar na melhor resposta para o
tratamento da DOENÇA do paciente (por
isso, ele acreditava que era preciso estudar
minuciosamente cada detalhe EXTERNO do
corpo para aperfeiçoar a prática médica).
As principais características do modelo
cartesiano são:
• Composição mecanicista sobre o
pensamento e prática médica, ou
seja, a visão do homem como uma
máquina – potencializa suas partes,
pois são elas que promovem o
funcionamento do corpo e assim,
são mais importantes que o todo.
• Postura objetivista dos médicos –
prioriza o conhecimento biológico,
em detrimento das dimensões
 emocionais, afetivas, sociais e
econômicas.
• Superespecialização e tecnificação
do ato médico (valorizar a técnica
em detrimento dos valores
humanos).
A partir dessas ideias que enfocam a doença
como fator principal da medicina,
juntamente com a valorização da técnica ao
invés de valorizar também as áreas ligadas à
Análise
humanidade, surgem novos modelos e
crítica
consequentemente novos métodos de
ensino-aprendizagem. E todas essas ideias
novas tiveram como principal mediador o
chamado ‘’pai da medicina’’ – HIPÓCRATES
Hipócrates
Nasceu na Ilha de Cós e foi considerado o
pai da medicina, servindo de inspiração
para as gerações posteriores.
Para ele, as bases da prática médica não
poderiam ficar restritas às ciências
biológicas, pois para lidar com as
complexidades do processo saúde-doença
era necessário valorizar também as ciências
humanas e sociais. Então, ele foi o primeiro
a relacionar a saúde física com a saúde
mental, ao interligar todas as ciências que
existiam. O conjunto desses valores irão
compor a ética da profissão médica.
Juramento à
Hipócrates
na formatura
As principais contribuições de Hipócrates
foram:
• Considerar o processo saúde
doença ao interligar as ciências
biológicas, humanas e sociais.
• Relacionar o processo saúde-
doença do indivíduo com o
meio/ambiente no qual ele vive –
não aceitava a atenção médica
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individual de Flex, já que para ele o
sujeito adoece como um todo, ou
seja, é preciso fazer uma análise do Territoria-
corpo como um todo e do ambiente lização
no ESF
o qual ele está inserido.
• A doença deixa de ser uma
explicação mágico-religiosa e passa Epidemio-
a ser considerada um evento do logia
mundo natural (equilíbrio ou
desequilíbrio)
• Atribuiu os conceitos de
diagnóstico e tratamento,
distinção entre sintoma e doença e
os 3 aforismos: o médico, o doente
e a sua natureza individual e a
doença.
➢ Prognóstico: é uma síntese do
passado e do futuro.
➢ Ectoscopia: primeiro contato
entre médico e paciente
➢ Sintomas: manifestações
exteriores de algo que ocorre
internamente no organismo.
Epidemiologia
O conceito geral de epidemiologia
considera uma medicina baseada em
evidências (estatísticas) a partir do estudo
dos determinantes sociais das doenças em
populações humanas. Esse estudo baseia-se
no conceito de transmissão de agentes
específicos e na explicação de epidemias
através de uma relação do:
Corpo Meio
Relacionando esse conceito com os estudos
de Hipócrates, é importante considerar que
ele revolucionou a medicina ao atribuir o
adoecimento ao mundo natural/real a
partir de equilíbrios ou desequilíbrios que
acontecem no meio.
Estudos demográficos + estudos
epidemiológicos.
 Paradigma da
Integralidade
Surgiu a partir das ideias da Reforma
Sanitária Brasileira, em 2000, e tem como
principal característica TRATAR O
INDIVÍDUO NA SUA EXTENSÃO
BIOPSICOSOCIOAMBIENTAL.
Os principais pontos do paradigma da
integralidade são:
• Propõem, além da excelência
técnica da formação clínica, o
cuidado com a relevância social da
medicina.
• Atribui uma proposta curricular de
interconectar diferentes áreas do
conhecimento: humanização,
ética, controle social, pesquisa
engajada e o cuidado médico
individual.
Método PBL
O método PBL surgiu a partir do paradigma
da integralidade que propunha uma nova
proposta curricular de interconectar as
diferentes áreas do conhecimento.
Esse método, também chamado de ABP
(Aprendizagem Baseada em Problemas) foi
aplicado, inicialmente, na década de 60 na
Faculdade de Medicina de McMaster, no
Canadá.
Esse novo método de estudo surgiu para se
opor à metodologia tradicional, pois agora o
aluno participa ativamente das discussões
a fim de criar uma autonomia individual
que o prepara para a sua práxis (prática
médica).
Nesse método, tem-se a figura do
professor/tutor que vai orientar a discussão
do problema para um grupo de alunos, em
que terão o coordenador e relator do
problema a ser discutido.
Amanda Marques Brito – Turma XXXVI
As principais características dessa
metodologia são:
• Visão holística do médico com o
paciente (analisar como um todo).
• Integralidade da assistência.
• Revalorização da relação médico-
paciente.
• Humanização da medicina com
ênfase no respeito e cuidado com o
ser humano por completo.
Análise crítica das metodologias de ensino
(tradicional e PBL) a partir dos modelos flexineriano
e da integralidade.
Infere-se, portanto, a necessidade de reorientação da
formação e prática médica voltada para a
Integralidade, considerando que a educação e o
exercício profissional da medicina ainda possuem
raízes no modelo flexineriano, que foi essencial para a
evolução científica e criação de escolas médicas,
entretanto não é mais resolutivo para as necessidades
que estão emergindo no âmbito da saúde pública
como a multicausalidade das doenças, a importância
da visão holística do paciente e do modelo da
integralidade da assistência para a compreensão do
processo saúde-doença e melhoria das condições de
vida e de saúde da sociedade.
Escolas Médicas
No mundo, a primeira escola médica surgiu
em Bagdá, no Iraque, em 765.
No Brasil, surgiu em 1808 com a chegada da
Família Real, quando D. João VI autorizou a
fundação em Salvador e posteriormente no
Rio de Janeiro. Atualmente, tem-se 353
escolas médicas no Brasil, e pode-se
considerar que o surgimento e
desenvolvimento delas dependem sempre
do contexto social, político, econômico e
religioso vigente na época.
 Mais Médicos
Foi um programa criado em julho de 2013,
a partir da Lei 12.871 devido ao processo
histórico de carência de médicos no
interior do Brasil, já que a atenção básica
não chega nessas áreas, devido a extensão
territorial do país com regiões distintas e de
difícil acesso.
O Projeto Mais Médicos para o Brasil tem
como objetivos:
• Diminuir a carência de médicos nas
regiões prioritárias para o SUS
• Fortalecer a prestação de serviços
de atenção básica em saúde no
país.
• Aprimorar a formação médica no
país.
• Ampliar a inserção do médico em
formação no SUS.
• Fortalecer a política de educação
permanente com a integração
ensino-serviço.
• Promover a troca de
conhecimentos e experiências.
• Aperfeiçoar médicos para atuação
no SUS.
• Estimular a realização de pesquisas
aplicadas no SUS.
Em síntese, o Programa Mais Médicos tem
a função de levar médicos, através de
incentivos, para áreas de maior
vulnerabilidade e de difícil acesso. Esse
programa contribui para um grande passo
no Sistema Único de Saúde, já que garante
a equidade – facilidade na medida da
necessidade, já que as pessoas mais
vulneráveis são as que precisam de maior
atenção médica. Dessa forma, o programa
leva atenção humanizada para as
comunidades.
É realizado um processo seletivo e precisam
ser médicos registrados - podem ser
generalistas e o Ministério da Saúde
custear a especialização em Medicina da
Família ou já possuir essa especialização e
ser um tutor médico.
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DCNs 2014
As novas Diretrizes Curriculares Nacionais
de Medicina, aprovadas em 2014 pelo MEC,
têm o propósito de promover uma
formação médica mais geral, humanista e Método
crítica com capacidade para atuar nos PBL
diferentes níveis de atenção à saúde com
responsabilidade social e compromisso
com a defesa da cidadania, dignidade
humana e saúde integral da população.
As novas DCNs definiram que a formação
médica deverá:
➢ Ser orientada pelas necessidades
de saúde dos indivíduos e das
populações.
➢ Usar metodologias que privilegiem
a participação ativa do aluno na
construção do conhecimento e a
integração dos conteúdos de
ensino, pesquisa, extensão e
assistência.
➢ Promover a integração e
interdisciplinaridade aprendendo e
atuando em equipes
multiprofissionais.
➢ Ter a presença de ciências sociais e
discussões em temas
fundamentais para a formação
ética do estudante como a
segurança do paciente e a
diversidade na garantia de direitos
sociais, debatendo questões de
gênero, etnia, etc.
➢ Prever inserção do aluno na rede
de serviços de saúde desde as
séries iniciais da formação e ao
longo de todo o curso
proporcionando ao estudante
oportunidades de lidar com
problemas reais assumindo
responsabilidades crescentes.
➢ Dar centralidade para o ensino da
atenção básica e coordenado pela
área de Medicina de Família e
Comunidades e fortalecer também
áreas como às urgências e saúde
mental.
No papel, a parte das diretrizes são divididas
em 3 seções:
I- Da Atenção à Saúde: Art. 5º Na Atenção à
Saúde, o graduando será formado para
considerar sempre as dimensões da
diversidade biológica, subjetiva, étnico-
racial, de gênero, orientação sexual,
socioeconômica, política, ambiental,
cultural, ética e demais aspectos que
compõem o espectro da diversidade
humana que singularizam cada pessoa ou
cada grupo social.
❖ Acesso universal e equidade
❖ integralidade e humanização do
cuidado
❖ Qualidade na atenção à saúde
❖ Segurança na realização de
processos e procedimentos
❖ Preservação da biodiversidade com
sustentabilidade
❖ Ética profissional fundamentada
nos princípios da Ética e da Bioética
❖ Comunicação, por meio de
linguagem verbal e não verbal
❖ Promoção da saúde
❖ cuidado centrado na pessoa sob
cuidado, na família e na
comunidade
❖ Promoção da equidade no cuidado
adequado e eficiente das pessoas
com deficiência
II- Da Gestão em Saúde: Art. 6º Na Gestão
em Saúde, a Graduação em Medicina visa à
formação do médico capaz de compreender
os princípios, diretrizes e políticas do
sistema de saúde, e participar de ações de
gerenciamento e administração para
promover o bem estar da comunidade.
❖ Gestão do Cuidado
❖ Valorização da Vida
❖ Tomada de Decisões
❖ Comunicação
❖ Liderança
❖ Trabalho em Equipe
❖ Construção participativa do sistema
de saúde
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❖ Participação social
III- Da Educação em Saúde: Art. 7º Na
Educação em Saúde, o graduando deverá
corresponsabilizar-se pela própria
formação inicial, continuada e em serviço,
autonomia intelectual, responsabilidade
social, ao tempo em que se compromete
com a formação das futuras gerações de
profissionais de saúde, e o estímulo à
mobilidade acadêmica e profissional.
❖ Aprender a aprender
❖ Aprender com autonomia e com a
percepção da necessidade da
educação continuada
❖ Aprender interprofissionalmente
❖ Aprender em situações e ambientes
protegidos e controlados
❖ Comprometer-se com seu processo
de formação
❖ Propiciar a estudantes, professores
e profissionais da saúde a
ampliação das oportunidades de
aprendizagem
❖ Dominar língua estrangeira
Relação
médico-paciente
A relação médico-paciente é assimétrica, já
que se pressupõem que o médico deve
deter de todo conhecimento científico
acerca da doença e o paciente dos conceitos
básicos do senso comum.
Os tipos de relação médico-paciente são:
• Modelo paternalista/sacerdotal: o
médico toma todas a decisões em
nome da beneficência (fazer
sempre o bem pro paciente) sem
levar em consideração os valores, a
cultura e a opinião do paciente,
que se coloca em posição de
submissão. Esse modelo é
totalmente autoritário, já que o
 médico desvaloriza o princípio
bioético da autonomia.
• Modelo tecnicista/engenheiral: o
médico vai executar os
procedimentos necessários, mas
vai deliberar a decisão
inteiramente para o paciente, não
se comprometendo com nenhuma
decisão. Nesse modelo, o médico
fica acomodado e seu papel fica
restrito a colher dados, de
preferência de exames
complementares.
• Modelo colegial/igualitário: o
médico adota a falsa posição de
‘’colega’’, não considerando a
assimetria da relação.
• Modelo contratualista: as
habilidades e conhecimentos do
médico são consideradas,
preservando sua autoridade, mas
deseja e valoriza a participação
ativa do paciente que vai resultar
em uma efetiva troca de
informações e um
comprometimento de ambas as
partes.
Infere-se, portanto, que o modelo
contratualista é o mais adequado, já que vai
valorizar os princípios bioéticos e garantir
uma melhor visão holística do paciente e
uma melhor prevenção de doenças e
promoção de saúde de maneira mais
naturalizada e levando em consideração
todas as dimensões do paciente. Além
disso, o método PBL é de extrema
importância para que esse modelo seja
desenvolvido, já que revaloriza a relação
médico-paciente ao formar profissionais
que consideram o processo saúde-doença e
interligam-no com o ambiente no qual o ser
humano vive.
O MÉDICO - deve reconhecer o estado
de sofrimento do paciente e atuar sobre
ele, agindo com continência e de maneira
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segura para estabelecer uma boa relação.
As características de um médico devem ser:
➢ Humanista: uma palavra ou um
gesto inadequado podem
deteriorar a relação médico-
paciente.
➢ Resiliente: suportar a carga de
estresse sem adoecer.
➢ Persistente: engajar no trabalho,
sentindo satisfação no que faz.
O PACIENTE – É um ser humano, com
uma identidade de gênero, uma
determinada orientação sexual, de certa
idade, com uma história individual e uma
personalidade exclusiva.
O médico deve atuar com todas essas 3
características com todos os pacientes, mas
de maneira equitativa, ou seja, de acordo
com a necessidade e demanda específica de
cada um.
Antropologia Médica
A Antropologia Médica aponta os limites e
a insuficiência de tecnologia biomédica
responsável por mudar a forma
permanente do estado de saúde de uma
população, complementando o estudo da
epidemiologia e da sociologia da saúde.
A Antropologia Médica utiliza os
determinantes sociais para explicitar que
todas as ações relacionadas com o cuidado
à saúde são interrelacionadas e
organizadas com o objetivo de enfrentar a
doença, a desordem e o sofrimento para o
enfermo e seu grupo de pertencimento.
Relacionando-a com a relação médico-
paciente, é preciso considerar os fatores
culturais, religiosos e sociais de cada
indivíduo para que seja possível atribuir o
diagnóstico, a melhor terapêutica e os
cuidados, já que são indivíduos que
partilham de universos culturais distintos e
que precisa ser respeitado.
 Tipos de Medicina
❖ Medicina Convencional: é uma
medicina com enfoque para a cura
das doenças, já que considera o
estado de saúde como a ausência
de doença. Utiliza-se como
métodos para essa cura, as drogas
medicinais (medicalização), além
de cirurgias, radiação, aparelhos
médicos, fisioterapia, dietas,
atividades físicas, etc. É culturas e povos.
estritamente ligada às evidências
científicas. Também chamada de
medicina ortodoxa, ocidental,
alopática.
❖ Medicina Complementar:
complementa a terapêutica
utilizada na medicina convencional
(remédios, cirurgias e outras
atribuições da medicina alopática).
É uma medicina que utiliza a
relação corpo e mente, pois são
usadas técnicas que aumentem a
capacidade mental de afetar o
corpo para preservar a saúde e
prevenir ou curar doenças. Nem
todas as práticas possuem um
respaldo científico, mas atualmente
algumas práticas já possuem essas
evidências e já estão atribuídas no
SUS. Como exemplo tem-se as
práticas fitoterápicas, acupuntura,
quiropraxia, massagem, meditação,
Reiki.
❖ Medicina Alternativa: é a medicina
utilizada para substituir totalmente
a medicina convencional. As
terapêuticas utilizadas são as
mesmas da complementar, mas
nessa medicina, elas são utilizadas
isoladamente e não
complementando práticas já
utilizadas.
❖ Medicina Tradicional: utiliza-se
produtos de origens mineral,
vegetal e animal (produtos
naturais) como propriedades
terapêuticas para a promoção de
saúde e prevenção ou cura de
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doenças. É uma medicina que se
baseia nos saberes indígenas e é
bastante eficiente por oferecer um
cuidado à saúde acessível e de
maneira mais segura e eficiente do
que a indústria farmacêutica, em
alguns casos. Pode ser entendida
como a soma total das crenças,
teorias e experiências de diferentes
❖ Medicina Integrativa: é uma
medicina que vai integrar as
práticas terapêuticas da medicina
convencional, complementar e
tradicional, pois considera a saúde
como um equilíbrio entre o
psicológico, espiritual, social e o
físico do indivíduo e vai buscar a
promoção de saúde e prevenção de
doenças de acordo a necessidade
de cada um, ou seja, levando em
consideração a antropologia
médica e todos os outros assuntos
abordados a partir de Hipócrates.
Ética Médica
A ética médica vai ter como base o
estabelecimento de uma boa relação
médico-paciente com base em tudo que já
foi discorrido: paradigma da integralidade,
método PBL, DCNs, antropologia médica e a
utilização das propriedades terapêuticas da
medicina integrativa.
O que rege a ética médica é o Código de
Ética Médica:
➢ Respeito à autonomia do
paciente, inclusive na fase
de terminalidade da vida.
➢ Preservação do sigilo
profissional e na relação
entre médico e paciente.
➢ Direito de o médico
exercer sua profissão de
acordo com sua
consciência.
 Erro Médico
➢ Possibilidade de recusa de O erro médico é uma falha no exercício
atender em locais com profissional e é divido em:
condições precárias, que
➢ Negligência: quando é resultado de
expõem ao risco pacientes
falta de atenção e cuidados, ou
e profissionais.
seja, quando NÃO É FEITO algo. (Ex:
Existe também o Código de Ética Médica esquecer objetos dentro do
para o Estudante de Medicina: paciente em cirurgias, abandono do
paciente, omissão de informações
➢ O graduando de medicina tem o
do tratamento, letra ilegível)
compromisso com a vida e deve
➢ Imperícia: quando o médico não é
utilizar seus conhecimentos em
totalmente capacitado para
prol da integridade e dignidade do
realizar o tratamento. (Ex: falta de
ser humano. Além disso, são
observação das normas, deficiência
essenciais o engajamento social e a
de conhecimentos técnicos da
promoção de movimentos
profissão, o despreparo prático).
estudantis. Também é de
➢ Imprudência: quando o médico
responsabilidade do estudante o
opta por procedimentos não
sigilo e o respeito as informações
indicados e não comprovados (Ex:
dos pacientes, os quais devem ser
alta prematura, ou a realização de
tratados sem nenhum tipo de
uma operação cesariana sem a
discriminação. Vale ressaltar
equipe cirúrgica mínima
também, que é vedado ao
necessária).
estudante qualquer tipo de
atividade acadêmica com intuito Dependendo do erro médico, da proporção
lucrativo, político ou religioso. e das pessoas acometidas, o caso pode ir
para a justiça, gerando uma
O novo código de ética teve como base os
JURISPRUDÊNCIA, sendo classificado como
princípios bioéticos, por isso, pode também
crime culposo (não intencional)
ser chamado de Código de Bioética. Os
princípios são: Os tipos de erro médico mais comum são
nas áreas da ginecologia e obstetrícia,
• Beneficência: buscar sempre fazer
ortopedia, cirurgia plástica.
o bem para o paciente.
• Não maleficência: não fazer nada
de mal ao paciente.
Classificação
• Justiça: fazer sempre o que é justo, dos pacientes
considerando a equidade a fim de
oferecer oportunidades
As classificações de risco vão atribuir cores
semelhantes para todos à medida
aos pacientes de acordo a gravidade da
da sua necessidade.
situação.
• Autonomia: possibilitar que o
paciente decida sobre o ❖ VERMELHO: emergência
tratamento, tendo o direito de ❖ LARANJA: muito urgente
aceitá-lo ou não, depois do ❖ AMARELO: urgente
esclarecimento ❖ VERDE: pouco urgente
❖ AZUL: não urgente

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Histórico do SUS
As primeiras formas de saúde surgiram
antes da implementação do SUS, pois
algumas práticas eram realizadas pelas
tribos indígenas:
➢ Os pajés já cuidavam das pessoas
nas suas tribos através da medicina
tradicional que se conhece hoje, ou
seja, com a utilização que produtos
naturais para tratamento de
doenças.
➢ Não haviam políticas de saúde,
apenas algumas fiscalizações nos
portos.
➢ Os portugueses e jesuítas
trouxeram, a partir de suas crenças
e cultura técnicas para o cuidado
com as pessoas.
➢ O cuidado era feito por boticários
(farmacêuticos) e curandeiros.
➢ Com a chegada da Família Real, a
primeira escola de Medicina é
aberta no Brasil, em Salvador – aqui
o médico tinha caráter curativista,
hospitalocêntrico, tecnicista e por
demanda espontânea.
Amanda Marques Brito – Turma XXXVI
➢ As cidades sofrem com o surto de
epidemias devido ao Renascimento
Urbano e a ausência de um modelo
sanitário.
➢ Inicia-se a luta dos trabalhadores
pelo direito à cidadania, o que
engloba o direito à saúde.
➢ batalha de Emilio Ribas e
Oswaldo Cruz.
➢ Revolta da Vacina
➢ Lei Eloy Chaves – a
assistência a saúde passa a ser
vinculada a contribuição dos
trabalhadores à Previdência Social.
➢ Criação do Ministério da
Saúde e Educação
➢ Reforma Sanitária – visava a
melhoria das condições de saúde,
reconhecimento da saúde como
direito universal, responsabilidade
do estado na garantia desse direito,
reorientação do modelo de
atenção sob a ótica da
Integralidade da Atenção e da
Equidade.
➢ 8ª Conferência Nacional da
Saúde – primeira a contar com a
participação da população.
➢ é estabelecido nos artigos
196 ao 200 o direito à saúde como
dever do estado, criando o Sistema
Único de Saúde.
Princípios do SUS
São divididos em doutrinários e
organizativos:
a saúde é um direito de
todos como garantia da cidadania,
independente da raça, gênero, cor, religião,
e é dever do Estado.
como cada indivíduo é
diferente, esse princípio visa diminuir as
desigualdades ao atender as necessidades
de cada um e oferecer uma atenção maior a
quem mais precisa.
atender todas as
necessidades de um indivíduo como um
todo para garantir a qualidade de vida a
partir do PPR – promoção, prevenção e
recuperação.
os
serviços de saúde são organizados em
ordem crescente de complexidade, indo do
menos complexo (município) ao mais
complexo (União) e são disponibilizados em
uma área geográfica delimitada. Garante o
acesso ao serviço de acordo com sua
necessidade, dividindo de acordo com os
recursos de cada região.
a No geral, a Lei 8.080, além de garantir a
responsabilidade compete aos três entes:
federação, estado e município, onde o
município consegue estar mais perto de
cada localidade, acompanhando de perto
onde os recursos são mais bem
empregados. O comando único garante a
autonomia de cada esfera.
é a exigência que quando
um indivíduo busca atendimento para
promoção ou prevenção, o serviço ofertado
seja capaz de atendê-lo até o nível da sua
competência.
participação das
pessoas que se dá através das conferências
e conselhos com a finalidade de formular,
controlar e avaliar a execução da política
de saúde.
Lei 8.080/90
Também chamada de Lei Orgânica da
Saúde, é a lei que regulamentou o SUS em
1990. Dispõem sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da
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saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes.
O artigo 1º das disposições gerais é muito
importante, pois é ele que universaliza o
direito à saúde em toda extensão
territorial, que pode ser de maneira isolada
ou conjuntamente, de direito Público ou
Privado.
É esse artigo que é violado se um
hospital conveniado e que complementa
a rede pública se recusar a atender um
paciente. Viola então o artigo 196 da CF
que prevê o atendimento a qualquer
indivíduo em hospitais particulares que
são conveniados ao SUS e viola o artigo
1º da Lei Orgânica de Saúde que garante
a universalidade do acesso à saúde em
todo território nacional.
universalidade propõem:
➢ O Estado deve formular e executar
políticas que reduzam o risco de
doenças e agravos e garantir o PPR
– promoção, prevenção e
recuperação.
➢ Relacionar a saúde com os
condicionantes e determinantes.
➢ Atua na VIGILÂNCIA SANITÁRIA:
conjunto de ações que são capazes
de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes
do meio ambiente, da produção e
circulação de bens e da prestação
de serviços de interesse da
saúde. E também o controle
da prestação de serviços que se
relacionam direta ou indiretamente
com a saúde (restaurantes,
farmácias, hospitais, asilos,
presídios, laboratórios).
➢ Atua na VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA: conjunto de
ações que proporcionam o
 conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança
nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual
ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças
ou agravos.
➢ Atua na SAÚDE DO TRABALHADOR:
sua abrangência vai desde a
assistência ao trabalhador vítima
de acidentes de trabalho, avaliação
do impacto que as tecnologias
provocam à saúde, participação na
normatização, fiscalização e doenças crônicas)
controle dos serviços de saúde do
trabalhador nas instituições e
empresas públicas e privadas,
dentre outras.
Lei 8.142/90
É a lei que complementa a Lei Orgânica da
Saúde, pois dispõem sobre a participação
da comunidade na gestão do Sistema Único
de Saúde e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde.
❖ Conferência de Saúde: ocorre a
cada 4 anos e tem como objetivo
principal avaliar a situação de
saúde e propor as diretrizes para a
formulação da política de saúde
nos níveis correspondentes. É
convocada pelo Poder Executivo,
Conselho de Saúde ou pela própria
Conferência.
❖ Conselho de Saúde: é de caráter
deliberativo e permanente, ou
seja, tem poder decisório, não
existe um período para acontecer e
não se dissolve. Atua
na formulação de estratégias e
no controle da execução da
política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos
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aspectos econômicos e financeiros,
cujas decisões serão homologadas
pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do
governo (Prefeito, Governador e
Presidente).
Nos municípios, os Conselhos devem
acontecer todo mês.
A parte mais importante que a Lei 8.142
assegura é com relação a composição dos
participantes dessas reuniões:
• 50% dos usuários da saúde
(associações, ONGs, portadores de
• 25% de trabalhadores da saúde
(médicos, enfermeiros, psicólogos)
• 12,5% de prestadores de serviço da
saúde (hospitais e clínicas)
• 12,5% pelos representantes do
governo (Secretarias de Saúde
Estaduais, Municipais e Ministério
da Saúde)
Outro ponto importante, além da
composição das reuniões, que a Lei 8.142
assegura é com relação ao repasse
financeiro.
Os recursos financeiros do SUS são
provenientes do Fundo Nacional de Saúde
(FNS), que é um fundo criado em 1969 para
aprimorar a gestão dos recursos destinados
às ações e serviços em saúde. A
transferência de recursos ocorre de fundo a
fundo, ou seja, o Fundo Nacional faz o
repasse diretamente para os fundos
municipais, estaduais e do Distrito Federal.
A Lei 8.142/90 define que os recursos do
FNS serão alocados como:
I – Despesas de custeio e de capital do
Ministério da Saúde, seus órgãos e
entidades, da administração direta e
indireta;
II – Investimentos previstos em lei
orçamentária, de iniciativa do Poder
Legislativo e aprovados pelo Congresso
Nacional;
III – investimentos previstos no Plano
Quinquenal do Ministério da Saúde;
IV – Cobertura das ações e serviços de saúde
a serem implementados pelos Municípios,
Estados e Distrito Federal.
Pelo menos 70% dos recursos do FNS são
repassados aos municípios, e o restante é
repassado aos Estados. Para receberem os
recursos do FNS, os municípios, estados e o
Distrito Federal devem contar com os
seguintes elementos:
➢ Fundo de Saúde
➢ Conselho de Saúde, com
participação paritária.
➢ Relatórios de gestão
➢ Contrapartida de recursos para
saúde no respectivo orçamento
➢ Comissão de elaboração do plano
de carreira
Decreto 7.508/11
O decreto 7.508 de 2011 regulamenta a Lei
Orgânica da Saúde, para dispor sobre a
organização do Sistema Único de Saúde, o
planejamento da saúde, a assistência à
saúde e a articulação interfederativa. Então
esse decreto considera:
➢ Região de Saúde
➢ Contrato Organizativo da Ação
Pública da Saúde
➢ Porta de entrada
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➢ Comissões Intergestores
➢ Mapa da Saúde
➢ Rede de Atenção à Saúde
➢ Serviços especiais de acesso aberto
➢ Protocolo clínico e Diretriz
terapêutica
A CIT é um espaço de articulação e
expressão das demandas dos gestores
federais, estaduais e municipais. Ela
negocia e pactua sobre aspectos
operacionais da gestão do Suas e, para isso,
mantém contato permanente com a CIB, de
modo a garantir a troca de informações
sobre o processo de descentralização.
Entre as principais funções da CIT estão:
➢ pactuar estratégias para
implantação e operacionalização;
➢ estabelecer acordos sobre questões
operacionais da implantação dos
serviços, programas, projetos e
benefícios;
➢ atuar como fórum de pactuação de
instrumentos, parâmetros,
mecanismos de implementação e
regulamentação;
➢ pactuar os critérios e
procedimentos de transferência de
recursos para cofinanciamentos;
entre muitas outras.
A CIB consiste na instância estadual
destinada à interlocução de gestores,
constituídas por representantes do estado,
indicados pela Secretaria Estadual de
Assistência Social ou congênere e por
representantes dos municípios, indicados
pelo Colegiado Estadual de Gestores
Municipais de Assistência Social
(Coegemas) que representam os interesses
e as necessidades do estado, referentes à
assistência social.
A CIB, como instância na qual se concretiza
a gestão compartilhada do Suas em âmbito
estadual, deve pactuar a operacionalização
da gestão e organização do sistema,
definindo estratégias para implementar e
operacionalizar a oferta de serviços e
benefícios em âmbito estadual.
RAS
As Redes de Atenção à Saúde organiza os
níveis de atenção (primário, secundário e
terciário) por meio da utilização de
tecnologias que irão garantir o tratamento
integrativo para a população, ou seja, do
início ao fim. Em síntese, é a organização do
sistema de promoção de saúde e prevenção
de doenças com uma gestão bem dividida,
para facilitar o acesso da população e
melhorar a saúde pública.
Essa rede de atenção garante uma
estrutura poligárquica que se opõem à
estrutura hierárquica/piramidal que excluía
boa parte da população no sentido de não
garantir a integralidade
A Rede de Atenção à Saúde foi criada para
acabar com o sistema fragmentado que não
tem porta de entrada definida, sem base
populacional e sem território definido. Além
disso, os serviços atuavam de maneira
individual por níveis hierárquicos, dessa
forma, os níveis não eram ligados um com
outro. Ademais, foca em eventos agudos da
doença e desconsidera os aspectos
silenciosos da doença.
Níveis de Atenção
É o primeiro contato do indivíduo, das
famílias e da comunidade com o sistema de
atenção à saúde que é responsável por
resolver cerca de 90% dos problemas, já
que possui uma relação médico-paciente
muito ampla e contratualista e atua, além
da prevenção de doenças, na promoção de
saúde por meio de projetos
governamentais como vacinação, esporte,
PROERD, etc.
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A APS é constituída por UBS e é responsável
pelos atendimentos de rotina, como
consultas com o clínico geral, tratamentos,
vacinação, pré-natal, atendimento
odontológico e acompanhamento de
hipertensos e diabéticos.
Nesse nível, a doença já foi identificada, por
isso vão atuar profissionais mais
específicos, por isso, necessita de uma
maior demanda tecnológica.
Nesse nível, estão presentes os
ambulatórios e as Unidades de Pronto
Atendimento (UPA) que vão atender casos
de corte, fraturas, traumas, infartos e
derrames.
Além disso, definem-se como pontos de
atenção secundária:
• Centro de Apoio Psicossocial
(CAPSs)
• Centro de Especialidades
Odontológicas
• Unidade de Terapia Renal
Substitutiva
• Centro de Referência de Atenção
aos Idosos
• Redes de atenção às mulheres e
crianças
A atenção terciária designa o conjunto de
terapias e procedimentos de elevada
especialização, com procedimentos que
necessitam da alta tecnologia e alto custo,
como oncologia, cardiologia, oftalmologia,
transplantes, parto de alto risco, traumato-
ortopedia, neurocirurgia, diálise, otologia.
PDR
O Plano Diretor de Regionalização divide o
estado em microrregiões e macrorregiões
para melhor otimização de recursos e
facilidade de acesso (considerando até o
tipo de estrada, se é asfaltada ou não,
distância entre uma e outra).

PPI
A Programação Pactuada e Integrada é um
pacto entre gestores que tem como
objetivo definir a quantos e quais serviços
de saúde a população terá acesso em seu
município e quais serão referenciados às
cidades vizinhas, de acordo com o PDR

• Sus fácil: programa em que se

planejam as cirurgias eletivas, por
exemplo, levando o
encaminhamento para a secretaria
de saúde que agendará com base
no PDR e PPI
• Central de regulação: controla as
situações emergenciais (ex:
encaminha um paciente que passou
mal em Japonvá de maneira
correta)
• Cartão SUS: é necessário para que
faça o encaminhamento
• Consórcios são opcionais

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