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HISTÓRIA

DA REFORMA
PSIQUIÁTRI
CA:
DIREITOS
HUMANOS E
SAÚDE
M E N TA L
INTRODUÇÃO À REFORMA PSIQUIÁTRICA
NO BRASIL E PO LÍTICA DE SAÚDE M ENTAL
DO SUS
Contexto histórico: Movimento sanitário nos anos 70.

• Princípios: Mudança nos modelos de atenção, eqüidade nos serviços, protagonismo dos trabalhadores e usuários.

Complexidade da Reforma Psiquiátrica

• História própria: Distinta da Reforma Sanitária, vinculada à superação da violência asilar.

• Amplitude: Envolvimento de diversos atores, instituições e forças em diferentes territórios.

Descrição da História da Reforma Psiquiátrica no Brasil

• Processo político e social complexo: Transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais.

• Avanço no cotidiano: Nas instituições, serviços e relações interpessoais, marcado por impasses, tensões, conflitos
e desafios.
Histórico da Reforma:
Crítica do Modelo Hospitalocêntrico (1978-1991)
• Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM): Denúncia da
violência nos manicômios e crítica ao modelo hospitalocêntrico.
• Crítica ao modelo hospitalocêntrico e busca por alternativas.
• Surgimento do primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em 1987.
• Intervenção em 1989 na Casa de Saúde Anchieta em Santos como marco
nacional.
Implantação da Rede Extra-hospitalar (1992-2000)
• Leis estaduais: Substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por rede
integrada de atenção à saúde mental.
• Crescimento da política do Ministério da Saúde: Diretrizes alinhadas à
Reforma Psiquiátrica.
• Normativas federais regulamentam CAPS, NAPS e Hospitais-dia.
• Expansão descontínua dos CAPS e NAPS, recursos ainda
majoritariamente destinados aos hospitais psiquiátricos.
A Reforma Psiquiátrica depois da lei Nacional (2001 - 2005)**

O processo de desinstitucionalização:

• Lei Federal 10.216 é sancionada em 2001, redirecionando a assistência em saúde mental.

• Criação de linhas específicas de financiamento para serviços abertos e substitutivos.

• Programa "De Volta para Casa" para desinstitucionalização de longos internados.

• Consolidação da Reforma Psiquiátrica como política oficial do governo federal.

A III Conferência Nacional de Saúde Mental e a participação de usuários e familiares:

• Realizada em 2001, após a sanção da Lei 10.216.

• Participação ativa de usuários, familiares e movimentos sociais.

• Consenso em torno das propostas da Reforma Psiquiátrica.

• Pactuação democrática de princípios, diretrizes e estratégias.


LEI 10216/2001
1. Princípios da Reforma Psiquiátrica: A lei estabelece os princípios que devem nortear a assistência em saúde mental,
como a preservação da autonomia, a valorização da participação social, a garantia de direitos e a humanização do
atendimento.
2. Desinstitucionalização: Propõe a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos por serviços comunitários e de
base territorial, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as Residências Terapêuticas.
3. Internação Compulsória: Define critérios rigorosos para a internação compulsória, respeitando sempre os direitos do
paciente. A internação involuntária só é permitida quando há grave risco à vida do próprio paciente ou de terceiros.
4. Proibição de Práticas Asilares: A lei veda práticas que caracterizam tratamento desumano ou degradante, bem como
o isolamento, contenção física ou química abusiva dos pacientes.
5. Criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Estabelece a criação de CAPS, que são serviços substitutivos
aos hospitais psiquiátricos, promovendo assistência em saúde mental de forma integral, em regime de 24 horas.
6. Residências Terapêuticas: Institui a criação de Residências Terapêuticas como moradia protegida para pessoas em
processo de desinstitucionalização.

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