instituições religiosas, porém muitos eram tolerados no convívio cotidiano; Período imperial: criado o primeiro hospital psiquiátrico, iniciando o período das internações em massa visando a cura das doenças mentais; República: consolidação da assistência psiquiátrica, com o aperfeiçoamento dos manicômios e expansão do projeto medicalizante; internação psiquiátrica como a principal forma de tratamento, bem como o poder do psiquiatra na direção do tratamento. Aspectos históricos
Em 1946 a psiquiatria clássica passou a ser questionada,
destacando-se o trabalho de Nise da Silveira que criticou a redução do sujeito à doença e trouxe a possibilidade de dar voz às pessoas em sofrimento mental. Porém, após 1950, os Estado passam a financiar leitos psiquiátricos privados, culminando numa grave crise do sistema psiquiátrico com inúmeras violações dos direitos humanos Na década de 1970, surge o Movimento de Trabalhadores da Saúde Mental, que mais tarde dá origem ao Movimento de Luta Antimanicomial. A Luta Antimanicomial
Tem como marco o Encontro de Bauru, realizado em
1987, carregando o lema “Por uma Sociedade sem Manicômios”. Propôs mudanças nos princípios teóricos e éticos da assistência, defendendo a ruptura com a cultura manicomial, produzindo como um dos símbolos deste movimento o documento denominado Manifesto de Bauru.
Criação do “18 de maio” – Dia Nacional da Luta
Antimanicomial Reforma Psiquiátrica
Foi implementada pela lei nº 10.216/2001 que dispõe
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Representa um marco na superação do modelo manicomial de atenção, que era caracterizado pela internação prolongada (e por vezes desnecessária), pela manutenção da segregação do portador de transtorno mental do espaço familiar e social, e não raro, com graves violações de direitos, tendo como foco de atenção a doença e não, a pessoa. Política Nacional de Saúde Mental Implementada pela lei nº 10.216/02, compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência a pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas. Rede de Atenção Psicossocial - RAPS ➢ Instituída pela Portaria/GM nº3.088/2011, visa articular ações e serviços em diferentes níveis de complexidade, garantindo assim, a integralidade na atenção à saúde mental. Centro de Atenção Psicossocial - CAPS
Serviços da rede pública de saúde que visam, como parte
de uma rede comunitária, à substituição dos hospitais psiquiátricos - antigos hospícios ou manicômios - e de seus métodos para cuidar de transtornos mentais; Têm se constituído como dispositivos que buscam substituir as internações psiquiátricas, oferecendo, além da atenção à crise, um espaço de convivência e a criação de redes de relações que se alarguem para além dos locais das instituições, atingindo o território da vida cotidiana dos usuários. Modalidades de CAPS:
CAPS I – Serviço de atenção à saúde mental em municípios com
população de 20 mil até 70 mil habitantes. Oferece atendimento diário de 2ª a 6ª feira em pelo menos um período/dia. CAPS II – Serviço de atenção à saúde mental em municípios com população de 70 mil a 200 mil habitantes. Oferece atendimento diário de 2ª a 6ª feira em dois períodos/dia. CAPS III – Serviço de atenção à saúde mental em municípios com população acima de 200 mil habitantes. Oferece atendimento em período integral/24h. CAPS AD – Serviço especializado para usuários de álcool e outras drogas em municípios de 70 mil a 200 mil habitantes. CAPS AD III – Serviço especializado para usuários de álcool e outras drogas em municípios com população acima de 200 mil habitantes, por período integral/24h. CAPS IJ - Serviço especializado para crianças, adolescentes e jovens (até 25 anos) em municípios com população acima de 200 mil habitantes Bibliografia
Eixo 1: dimensão ético-política da atuação da/o psicóloga/o na política
de álcool e outras drogas. In: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas. Brasília: CFP, 2013. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp- content/uploads/2014/01/CREPOP_REFERENCIAS_ALCOOL_E_DROGAS_FIN AL_10.01.13.pdf>. Acesso em 09/02/2020.
Eixo I: dimensão ético-política das políticas de saúde mental. In.:
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Brasília: CFP, 2013. Disponível em: <http://crepop.pol.org.br/wp- content/uploads/2015/09/CREPOP_2013_CAPS.pdf>. Acesso em 09/02/2020.